segunda-feira, 3 de março de 2008

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Os assessores

Os presidentes da república, primeiros - ministros, ministros, presidentes de câmara, administradores de empresas, têm ao seu serviço diversos conselheiros, chamados assessores, que constituem verdadeiras extensões dos braços, dos cérebros, das mãos, daqueles a quem servem.
Muitos põem em causa a sua existência, não a compreendem mesmo, acham que os titulares dos cargos deviam fazer tudo sozinhos.
Pensam, evidentemente, que o mundo se mantém imutável e que, actualmente, ainda é possível a um homem de estado ou gestor dispensar os especialistas.
Mas não é assim. Hoje, ao chefe máximo incumbe decidir, representar, actuar. Mas para isso tem que estar devidamente informado por pessoas que têm por missão isso mesmo.
Mas os assessores não só informam. Executam também aquelas tarefas para as quais os titulares não têm tempo. Por exemplo, preparar discursos, alinhavá-los, para serem supervisionados e modificados por quem vai dizê-los.
Esta tarefa é hoje corriqueira e não desprestigia nem quem alinhava os discursos, nem quem os aperfeiçoa e lê.
A vida actual impõe isso mesmo.
Além disso, há imensa gente com capacidade enorme de liderança mas não tem pachorra para fazer "discursatas".
Conseguimos, com os assessores, juntar a habilidade de alguns para escrevinhar (às vezes, só para isso têm jeito) à habilidade de outros para a acção.
Que mal pode haver nisto?
Acho que todos lucramos com o aproveitamento das qualidades de cada um.
João Lopes de Matos

8 comentários:

Anónimo disse...

Acho que não vem mal nenhum ao mundo pelo facto de existirem os assesores ou braços eficientes, sejam eles direitos ou esquerdos.
Assim os ajudados o mereçam...
Assim os ditos sejam eles mesmos, competentes, eficientes, trabalhadores.
Mas todos sabemos o que se passa na maior parte das vezes, tanto a nível de Ministérios, de Câmaras Municipais, de Direcções Gerais, de Institutos etc., etc..É um Deus nos acuda porque por ali vagueiam os afilhados, os compadres, os subservientes, os incompetentes, os falhados.
Isto, claro, sem perder o respeito por todos aqueles que abraçam essa função com capacidades profissionais indiscutíveis.
Veja-se o caso do Município de Carrazeda de Ansiães: - Há por ali uns abrigados em gabinetes a quem não chamam de assessores, e que em última análise não fazem rigorosamente nada, nem discursos, porque mal sabem escrever.
São uns joãozinhos, zequinhas...!
É que de verdade são tais braços que só servem para arrecar a massa no fim do mês!
Como quer o amigo JLM explicar estas inconveniências dentro das conveniências?!

Anónimo disse...

Caro amigo:pelos vistos, quanto ao problema que eu punha, parece estar de acordo comigo: os assessores podem ser muito úteis.
Quanto ao problema que me põe, acho que não é de fácil solução. Claro que há que racionalizar os serviços e acabar com muitas mordomias e com muitos cargos sem razão de ser.Mas a Câmara é, de longe,a principal empregadora do concelho e se ela despede muita gente aumenta enormemente a desertificação.
O que não se compreende é que,com tanta gente, os serviços,por vezes, não funcionem sequer bem, quando poderiam funcionar de modo excelente.
JLM

Unknown disse...

Há quem tenha vocação para servir os interesses do concelho, e dos seus habitantes e há os outros. Na questão da linha do Tua, os assessores do Presidente da Câmara de Mirandela, aconselham à manutenção da linha e vão mais longe, procurandop apoios para outros vôos e interesses de outros autarcas, para projectos futuros.Outros porque instalados, nem querem ouvir falar de linhas férreas, porque conhecem bem as linhas em que se escondem.

Anónimo disse...

Em primeiro falo ao Ex.mo Dr. JLM reafirmando que efectivamente, podem os assesssores concorrer para melhoria substancial de serviços, ou não!
Mas isto é a lei da vida!
Em nenhuma circunstância se pode justificar a entrada de pessoas para o Município por ser este o principal empregador do concelho.
Isso é passar um cheque comlpetamente em branco ao Presidente da Câmara Municipal, principalmente numa Edilidade como a nossa e vizinhas do distrito e outros.
Como diz e com razão, é muito mau que com tanta gente ao serviço, por vezes (quase sempre) não existe qualidade ou excelência de serviços.
Então para quê admitirmos meter gente e mais gente quando ela não é minimamente rentável?
Para evitar a desertificação?
Discordo em absoluto!
Isto era a falência absoluta!
Relativamente ao Sr. Manuel Pinto que fala em assessores, pelos vistos, competentes, da C. Municipal da Princesa do Tua, poderia se faz favor, concretizar melhor os projectos futuros propostos por esses mesmos assessores tendo em conta a linha do Tua.
Pelos vistos o Senhor M. Pinto saberá coisas que nós não sabemos e que convinha para apreciarmos melhor as competências dos restantes autarcas a jusante de Mirandela.

Anónimo disse...

Gostei deste último anónimo!
Parabens!

Anónimo disse...

Relativamente aos assessores ou secretários da C.M., quais foram os seus trabalhos, serviços ou ideias ao longo do mandato?

Anónimo disse...

De entre muitos há um em Carrazeda que só tem palavreado em saldo, mas aqui nada vem dizer!

Anónimo disse...

Eu falava nos assessores em geral e não me referia em particular à Câmara de Carrazeda.
Acho que a Câmara não está a admitir à toa as pessoas e que o quadro ultimamente não terá aumentado de modo significativo.
O problema que eu punha reside na dificuldade e, se quiser,na relativa injustiça, de despedir gente, porque os funcionários têm já determinadas expectativas de vida,que em princípio não devem ser defraudadas. Parece que o ideal seria diminuir o número de funcionários à medida que a existência de empregos noutros sectores o permitisse, o que me parece muito difícil.
Na resposta que me derem evitem falar no presidente e em nomes concretos.
JLM