quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

“Os Verdes” acusam EDP de arrogância

“Os Verdes” acusam a EDP de arrogância pelo facto de a empresa não apresentar uma alternativa ferroviária à Linha do Tua, por causa da construção da barragem.
O Partido Ecologista diz que esta é uma grave violação das exigências da Declaração de Impacte Ambiental e segundo os seus dirigentes é uma premissa para o Governo que não lhe adjudique a obra.
Os responsáveis da EDP têm feito declarações públicas em vários locais, onde de uma forma extremamente arrogante, afirmaram, como de fossem donos do país, que não iriam cumprir com uma das exigências do caderno de encargos e da própria Declaração de Impacte Ambiental” refere Manuela Cunha, dos Verdes, acrescentando que a EDP faz essa afirmação “como se estivesse segura que mesmo com esta atitude vai ter a adjudicação definitiva da barragem”.
Manuela Cunha salienta que a EDP já sabia há muito que tinha de encontrar uma alternativa para a linha, caso quisesse construir a barragem.
Não se pode dizer que sejam exigência que a EDP desconhecia quando se candidatou para construir a barragem” afirma. “Já em 2006 quando contactou a REFER, a própria empresa lhe colocou essa exigência num documento que nós temos em nosso poder” revela. “Mas essa exigência também ficou incluída no caderno de encargos e que a EDP é obrigada a cumprir”.
O partido contesta ainda o levantamento de carris da linha do Tua por parte da REFER.
Para esclarecer estas situações, o partido já solicitou a presença da ministra do ambiente e do ministro das obras públicas na Assembleia da República.
O ministro das obras públicas tem de explicar quais são essas operações e se elas estão relacionadas com a barragem que ainda não foi adjudicada” refere Manuela Cunha. Quanto à ministra o ambiente “tendo ela a responsabilidade do concurso público e do Estudo de Impacte Ambiental, queremos saber qual é a sua posição perante esta arrogância da EDP”.
Também a distrital de Bragança do Bloco de Esquerda contesta esta posição da EDP.
Em comunicado, os bloquistas falam no “encerramento compulsivo” da linha, por isso apelam à população, mas sobretudo aos autarcas dos concelhos afectados pela barragem, para que unam esforços e não deixem destruir um património com mais de 100 anos “a troco de um pseudo-progresso que só contribui para aumentar os lucros da EDP e dos seus gestores em detrimento dos altos interesses do país e da região transmontana”.
Brigantia

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Autarca admite protestar contra construção da barragem do Tua

O presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães não aceita que o concelho não vá receber 3% sobre a produção de energia da barragem do Tua, como compensação pelo aproveitamento dos recursos locais.
O autarca diz que o valor da renda seria uma boa ajuda para um concelho que luta com graves dificuldades financeiras.
Defendo que nos seja concedida essa renda, tal como recebemos a da albufeira da Valeira que suporta os custos da iluminação pública” refere José Luís Correia. Em relação à barragem do Tua “se recebêssemos os 3% líquidos sobre a produção andaria à volta de um milhão e quinhentos mil euros por ano”.
José Luís Correia também não se conforma com a falta de acessos prevista para a zona onde vai ser implantada a barragem.
O paredão da barragem não prevê a travessia de uma margem para a outra e isso não é fácil de explicar às populações” adianta. “Os autarcas vão tomar medidas” garante.
O autarca social-democrata de Carrazeda, admite mesmo poder vir a manifestar-se contra a construção da barragem caso ela não signifique grande benefício para Carrazeda.
Como cidadão não sou defensor da construção da barragem” pois segundo ele, “há outras formas de produzir energia hidroeléctrica e aquele vale fica perdido e a linha fica submersa para sempre”. José Luís Teixeira acrescenta que “barragem sim, mas só com muitas e boas contrapartidas para o concelho”.
A Agência de Desenvolvimento Regional, a ser constituída durante 2010, que deverá resultar de uma parceria entre os cinco municípios e a EDP, continua a ser uma esperança.
A ideia é que possa ser um mecanismo capaz de garantir financiamento comunitário para a criação de estruturas, nomeadamente de âmbito turístico, capazes de gerar emprego e riqueza. CIR/Brigantia

Barragem do Tua não garante renda energética aos municípios

Os autarcas dos concelhos onde vai ser construída a barragem do Tua, Carrazeda de Ansiães e Alijó, reivindicam uma renda de 3% sobre a produção de energia. Uma compensação pelo aproveitamento dos recursos locais.
A Câmara de Carrazeda de Ansiães já recebe anualmente cerca de 300 mil euros referentes a 3% líquidos sobre a produção energética da barragem da Valeira, instalada no rio Douro. E por isso também quer beneficiar de igual percentagem em relação ao que se vier a produzir na futura barragem do Tua. Só que o autarca, José Luís Correia, adianta, com base em informações recolhidas junto de responsáveis da EDP, que aquela verba, na ordem de um milhão e meio de euros, vai reverter a favor do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). “Seria uma renda muito importante para o nosso concelho”, afirma o edil, que promete, juntamente com os homólogos de Alijó, Murça, Vila Flor e Mirandela, vir a bater-se pela obtenção do máximo de contrapartidas pela construção daquele aproveitamento hidroeléctrico. O presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, não vê qualquer lógica na atribuição dos tais 3% sobre a produção eléctrica ao ICNB. “Esta é a parte que tem de ser alterada. Já que vamos deixar de ter um património importante como é o vale do Tua, então devemos garantir as melhores contrapartidas”. Acrescenta que os autarcas “vão bater-se por isso” durante as negociações que irão decorrer com a EDP. Outra questão que está a preocupar os dois autarcas é a falta de acessos prevista para a zona onde vai ser implantada a barragem. De acordo com José Luís Correia, “o coroamento do paredão não contempla a travessia de uma margem para a outra”. Uma situação que “não está a ser fácil explicar às populações nem tão-pouco aceitá-la”. O edil admite que os autarcas dos outros concelhos serão solidários com esta revindicação. Artur Cascarejo garante que essa será uma das reivindicações a apresentar à EDP, pois uma travessia sobre o paredão da barragem entre Carrazeda de Ansiães e Alijó, vai garantir “o acesso do espelho de água ao IC5”. E com ele, acrescenta, “também ficaria salvaguardado que as populações ribeirinhas locais não ficariam abandonadas”. Tanto o autarca social-democrata de Carrazeda como o socialista de Alijó convergem na necessidade de garantir, de forma concertada, o máximo para os concelhos abrangidos. José Luís Correia até admite vir a manifestar-se contra a barragem caso ela não represente benefícios significativos para Carrazeda. Cascarejo sempre foi a favor do empreendimento, mas também não abdica de uma boa mão-cheia de compensações. Ambos desejam que a Agência de Desenvolvimento Regional, a ser constituída durante 2010, que deverá resultar de uma parceria entre os cinco municípios e a EDP, possa garantir financiamento comunitário para a criação de estruturas, nomeadamente de âmbito turístico, capazes de gerar emprego e riqueza.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

Plano de mobilidade no Tua não prevê nova linha de comboio

A EDP não vai apresentar nenhuma proposta para construir uma nova linha férrea entre Foz-Tua e a zona da futura barragem, em Carrazeda de Ansiães. A alternativa ao troço inundado será o transporte rodoviário.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que permite à EDP construir uma barragem hidroeléctrica junto à foz do rio Tua, também a obriga a encontrar uma alternativa de mobilidade, incluindo o estudo da viabilidade de construção de um novo troço de ferrovia. É que os últimos 16 quilómetros da Linha do Tua vão ficar debaixo de água, impedido definitivamente o metro de Mirandela de fazer a ligação à Linha do Douro.
A empresa tem até Julho do próximo ano para apresentar ao Governo o projecto da barragem, bem como todas as soluções para as exigências da DIA. Apesar de ainda não haver nada de definitivo, Paulo Vasconcelos, da EDP produção, diz que “o projecto não vai contemplar a construção de uma nova linha ferroviária”.
Durante um debate sobre os impactos da barragem na região abrangida, realizado em Carrazeda de Ansiães, aquele responsável adiantou que a proposta para o transporte quotidiano, entre Foz-Tua e Brunheda vai ser feito “em autocarro e táxi”, sendo que está a ser considerada a possibilidade de utilizar transportes não poluentes. Da Brunheda a Mirandela poderá perfeitamente voltar a ser utilizado o metro, dado que esse troço não sofrerá qualquer alteração por causa da barragem.
Para efeitos turísticos, a proposta deverá passar por um transporte em autocarro até um cais a ser criado na margem do concelho de Alijó. A partir dali recorre-se a um barco para fazer a travessia do vale do Tua até um outro cais a criar na Brunheda, onde se poderá apanhar o comboio até Mirandela.
Entre os presentes duvidou-se das intenções da EDP e da sua ideia de abandonar, logo à partida, a possibilidade de construir um novo caminho-de-ferro numa cota superior à albufeira. Pedro Vasconcelos reagiu sublinhando que “seria impossível vencer os 100 metros de altitude de diferença entre a Estação de Foz-Tua e o paredão da barragem (cerca de dois quilómetros). A ser a uma opção, uma nova linha ferroviária “teria de ir para o concelho de Alijó e voltar para o de Carrazeda, obrigando à construção de duas novas pontes”. Tendo em conta que se vai trabalhar numa zona “sensível” e os “elevados custos financeiros” de tal empreitada, o responsável frisou que “uma nova linha inviabilizaria o projecto da barragem”.
O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia, é favorável à construção da barragem do Tua, mas também gostaria de manter a linha de comboio. Por isso, recomendou à EDP: “Vamos lá ter imaginação!” Acredita que com boa vontade será possível encontrar uma solução para construir uma nova via-férrea alternativa aos 16 quilómetros que vão ser inundados e ligá-la ao troço não atingido. “Nem que seja através de um sistema de elevação. É que não tem muita piada interromper a ligação à linha do Douro”.
Entretanto, a Quercus apresentou uma queixa à UNESCO contra o Governo português por causa da barragem do Tua. Exige que trave o empreendimento para evitar danos numa zona integrada na área do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. Acentua que com as obras “a paisagem será irremediavelmente alterada”, sendo que a foz do rio Tua será transformada “num imenso estaleiro de obras cujas cicatrizes perdurarão para sempre". Neste momento já são visíveis máquinas e trabalhadores a laborar nas encostas do vale do Tua, na zona onde ficará o paredão da barragem, mas a EDP garante que são apenas trabalhos de prospecção geológica indispensáveis à elaboração do projecto.

Agência para desenvolver vale do Tua

Uma das contrapartidas da EDP para os concelhos que vão ser abrangidos pela construção da barragem do Tua é a sua participação, através de um fundo financeiro, no nascimento de uma Agência Regional de Desenvolvimento (ADR). “Podem não acreditar, mas é verdade. A Agência vai mesmo ser criada em colaboração com as autarquias e os agentes privados”, garantiu Pedro Vasconcelos, perante uma plateia que o ouvia com ar de quem pouco acreditava nas suas promessas. E também vão ser criados dois museus em Foz-Tua e em Mirandela.
A constituição da ADR tem vindo a ser reivindicada pelos autarcas como um mecanismo que ajude a criar condições para o desenvolvimento e criação de emprego no vale do Tua, nomeadamente ao nível do turismo. Um turismo que não se pretende de massas, mas antes dirigido a nichos de mercado com interesses de natureza, termais e desportos náuticos.
As termas de Carlão, no concelho de Murça, e as de São Lourenço, no de Carrazeda de Ansiães, também são apontadas como um forte potencial de atracção de turistas. Só que enquanto as primeiras têm funcionado normalmente ao longo dos últimos anos, as segundas reclamam, há décadas, um projecto de requalificação. São mesmo vistas como um motor de desenvolvimento para o concelho. Promessa de eleições a fio nunca concretizada.
O anúncio da construção da barragem do Tua obrigou a alterações do plano de pormenor já realizado e por isso a EDP teve de pagar 75 mil euros à Câmara para se realizar novo estudo. O autarca carrazedense, José Luís Correia, acredita que a criação da ADR virá “permitir investir em São Lourenço a partir de 2010”.
A barragem do Tua vai começar a ser construída em 2011. As obras vão demorar quatro anos. A entrada em funcionamento está prevista para 2015.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

domingo, 27 de dezembro de 2009

Derrocada suspende ligação ao Pocinho

Troço da linha do Douro sem circulação desde sexta

Uma derrocada de pedras para a linha ferroviária do Douro, anteontem, entre Foz-Tua e Pocinho, suspendeu a circulação de comboios por tempo indeterminado. A CP está a preparar um plano de transporte alternativo.

Não são umas simples pedras. São pedregulhos de várias toneladas que se desprenderam da encosta granítica e foram parar à ferrovia, obstruindo-a por completo e danificando "entre vinte e trinta metros de linha", segundo adiantou, ao JN, o porta-voz da Refer, José Santos Lopes.

O responsável explicou que o desabamento "ficou a dever-se, seguramente, ao mau tempo" dos últimos dias e preferiu não arriscar uma data previsível para ser retomada a circulação naquele troço da linha do Douro, que liga as estações de comboios de Foz-Tua, em Carrazeda de Ansiães, e Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa. "O prognóstico é reservado. Não temos qualquer previsão para a reabertura da via", precisou José Santos Lopes.

O incidente ocorreu ao início da manhã do dia de Natal, a cerca de três quilómetros da estação de Foz-Tua, numa zona de declive acentuado repleto de pedregulhos que a qualquer momento se podem desprender e ir parar ao rio Douro. De resto, já não é a primeira vez que tal situação acontece.

O maquinista do primeiro comboio da manhã de anteontem, que saiu do Pocinho às 6.57 horas com destino ao Porto, vislumbrou o impedimento da via a tempo de interromper a marcha em segurança e regressar ao ponto de partida. No sentido inverso os comboios tiveram de parar no Tua. "Nestes casos foi feito o transbordo dos passageiros em táxi", disse, ao JN, uma fonte oficial da CP. Explicou que após a ocorrência "não foram vendidos mais bilhetes com destino ao Pocinho, pelo que deixou de ser necessário utilizar qualquer transporte alternativo". Porém, acrescentou, "a CP esta já a estudar um plano de transportes rodoviários para implementar nos próximos dias" e enquanto a circulação de comboios não é reposta.

O único acesso por terra ao local é a própria linha férrea e as telecomunicações são muito fracas, quando não inexistentes. Se os responsáveis da Refer o tivessem autorizado a passar, Mário Pinto, residente em Foz-Tua, 79 anos, teria gostado de ver as pedras que obstruíram a linha do Douro. Mais de metade da vida passou-a como vizinho daquela ferrovia e este tipo de incidentes não lhe são estranhos.

Garante que "do Tua à Ferradosa está via é muito perigosa". E vai rebuscar às suas lembranças uma ocasião em que ele próprio circulava pela berma da linha e lhe pareceu ouvir um trovão. Estranhou, porque o céu o não denunciava. "Não era nada um trovão, era um calhau do tamanho de meia casa que tinha deslizado pela encosta. Foi a linha que pegou nele".

Sobre o desmoronamento de anteontem tem uma teoria: "O outro dia houve um tremor de terra, não houve? Olhe que isso mexe com tudo. Cá mal se sentiu, mas de certeza que abalou as rochas. Depois veio a chuva e, meu amigo, mandou aquilo cá p'ra baixo". Texto e foto: Eduardo Pinto, JN

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feridos do acidente do Tua vão processar a CP

Dois dos sinistrados do descarrilamento de Agosto de 2008 dizem-se esquecidos.
Dois dos 43 sinistrados do descarrilamento de um comboio na Linha do Tua, em 22 de Agosto de 2008, vão processar a Comboios de Portugal (CP). Estão revoltados com o esquecimento depois de "tudo" o que lhes foi prometido.
"Prometeram tudo, no hospital de Vila Real, o senhor Godinho Feio, que pertence aos serviços da CP, comunicou que a CP se encarregava de tudo desde que as pessoas aceitassem, mas agora não dizem nada aos nossos pedidos", desabafa Cristina Martins, 43 anos, funcionária pública, um dos 43 sinistrados do descarrilamento de um comboio na Linha do Tua, em 22 de Agosto de 2008, que fez uma vitima mortal.
Entusiasta dos comboios, Vítor Martins, 52 anos, reformado, outro dos feridos do acidente, convenceu a esposa, Cristina, em tempo de férias, para uma volta no Tua. Apanharam o comboio em Mirandela, numa viagem que devia ser de ida e volta, mas quilómetros mais à frente a tragédia aconteceu, a um quilómetro da estação de Brunheda, Carrazeda de Ansiães.
Cristina Martins sofre hoje de stresse pós-traumático. Não pode utilizar um elevador nem andar de comboio, que utilizava gratuitamente. Tem que se servir do automóvel como meio de transporte - são mais de 100 quilómetros para se deslocar para o trabalho - "e quando se entra num túnel rodoviário ou em alguma ponte mais estreita é complicado", conta Vítor Martins.
Em termos profissionais já foi prejudicada na progressão da carreira e vai andando medicada. "Está mais nervosa e impaciente", recorda o marido, que no fatídico mês de Agosto a conseguiu retirar de baixo da carruagem descarrilada depois de ter sido projectada.
"Ela esteve em risco de vida", lembra Vítor Martins, apontando a perfuração do pulmão que sofreu e as diversas costelas partidas.
"A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, foi-nos visitar ao hospital, até recordou que estava para fazer aquela viagem dois dias antes e disse-nos para não nos preocuparmos que tudo ia ser feito para o nosso tratamento", desabafa Cristina Martins , lembrando que quando esteve internada no Hospital da Universidade de Coimbra chegou a ser visitada pelo então presidente da CP, Cardoso Reis.
Foi Vítor Martins quem na altura, depois de retirar a esposa de baixo do comboio, conseguiu subir a arriba, apanhar boleia na estrada de um automobilista e alertar o 112 para o acidente.
"O telemóvel não funcionava naquele buraco, não havia rede", recorda. "Estava a quente, só depois é que vi que tinha problemas", recorda. Problemas físicos que o vão a obrigar a uma cirurgia à coluna. "Quando disse à CP que tenho que ser operado à coluna eles puseram-se logo de lado. De início até respondiam aos nossos e-mails, mas depois disseram que se desresponsabilizavam de tudo", observa Vítor Martins.
"Vamos pôr a CP em tribunal pedindo uma indemnização não só por danos físicos e pela medicação que se anda a tomar mas pelos momentos que vivemos. É desumana a atitude deles. De início prometam que tratavam de tudo e agora nem respondem", lamenta Cristina Martins.
O JN não conseguiu contactar a CP. JN

Troféu 4x4 entregou prémios em Santa Maria da Feira

A sala mais elevada do Castelo de Santa Maria da feira ficou repleta, na entrega dos prémios da segunda edição do Troféu Ibérico de Trial 4x4. Foi com imenso agrado que a organização do Troféu acedeu ao convite para usufruir de um espaço nobre: outrora castro romano; baluarte de defesa contra invasões normandas vindas do mar; forte militar na época da reconquista; importante pólo político-militar no tempo da independência; e - depois da paz - habitação de famílias reais e de nobres, e, ultimamente, simples objecto de apreciação arquitectónica e de visita turística, para este ilustre momento de confraternização entre a família do trial 4x4. Certamente, que este momento de requinte efesta” ficará na lembrança de todos quanto se deslocaram ao Castelo de Santa Maria da Feira - um dos mais notáveis monumentos portugueses quanto à forma como espelha a diversidade de recursos defensivos utilizados entre os séc. XI e XVI e que o torna peça única da arquitectura militar portuguesa, para receberam ou aplaudirem as equipas que mais se evidenciaram ao longo da competição, depois de quatro emotivas jornadas de trial. No final, Antero Bessa, responsável pela organização do Troféu Ibérico Trial 4x4, “levantou” a ponta do véu, anunciando um calendário de “cinco provas, sendo quatro em solo nacional e uma em Espanha, mais concretamente em Santiago de Compostela”. Mais pormenores sobre as datas das provas e regulamento final, serão divulgados oportunamente, estando previsto a apresentação da 3ª edicção do Troféu Ibérico Trial 4x4 para uma data próxima do final do mês de Janeiro 2010. De destacar a presença da Drª Cristina Tenrreiro: Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura Desporto e Juventude, da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e anfitriã deste nobre momento que dignificou uma vez mais a excelente capacidade organizativa dos elementos responsáveis pela principal competição “Ibérica” do Trial 4x4. Receberam assim os prémios, por ordem de Classificação Final do Troféu 4x4 1º Stand Candeias, 136 pontos; 2º Stand Emanuel Costa, 122; 3º PJ Automóveis, 114; 4º Inersel, 107; 5º Ventilações Moura, 101; 6º Biclas Nor-Gomredíduos, 96; 7º Revi-Clap, 94; 8º Repsol Amiauto TT, 81; 9º Dinapaca Team, 79; 10º Auto Orlando, 66 Brigantia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

País a tremer

Artur Cascarejo é o novo presidente da CIM Douro

Artur Cascarejo, presidente da câmara de Alijó é o novo presidente da comunidade intermunicipal do Douro.

Eleito por unanimidade, substitui o autarca de Vila Real à frente da CIM Douro. O autarca socialista quer aumentar a taxa de execução do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que actualmente é de apenas 18% dos 105 milhões de euros contratualizados. Para isso vai solicitar ao governo a alteração do prazo de pagamento da contrapartida nacional das candidaturas. "O que acontece é que as autarquias para poderem executar estas obras financiadas pelos fundos comunitários têm que garantir a chamada contrapartida nacional, e isso implica termos 30, 40 ou 50 da totalidade da obra, ora se esses valores também contarem para os limites de endividamento, o que acontece é que muitas autarquias tendo teoricamente a possibilidade de fazer as respectivas candidaturas, na prática não as conseguem concretizar porque ultrapassa esse mesmo valor de endividamento", explica Artur Cascarejo.Para além do aumento da taxa de execução dos projectos do QREN, as escolas e a criação de emprego são também áreas prioritárias.O presidente da Câmara de Alijó substituiu o autarca de Vila Real à frente da CIM Douro, constituída em Janeiro e que engloba dezanove municípios, dez deles socialistas e os outros nove, sociais-democratas.Mantiveram-se os vice-presidentes, Francisco Lopes autarca de Lamego e Aires Ferreira, presidente da câmara de Torre de Moncorvo. RBA

Movimento denuncia destruição da linha do Tua

Alguém continua a destruir e a furtar carris da Linha do Tua, no troço desactivado, entre Carvalhais e Bragança.
A denúncia parte do Movimento Cívico da Linha do Tua que já deu conta de vários casos concretos à própria Refer e colocou mesmo um vídeo amador no Youtube.
Daniel Conde, do Movimento Cívico da Linha Tua e funcionário da empresa Metro de Mirandela, foi avisado que, na aldeia do Romeu, tinha visto maquinaria a atirar com uma linha por uma ribanceira.
Ao chegar àquela localidade do concelho de Mirandela, constatou um cenário de destruição.
Mal cheguei à aldeia vi aquele entulho todo acumulado em frente à ponte, a passagem de nível destruída, carris retorcidos e montes de terra em cima do canal” conta. “Depois estive à procura do local onde teriam derrubado a linha do leito da via e revi um cenário do ano passado que foi arrancarem carris e cortá-los em pequenos segmentos para depois serem levados” denuncia.
Este activista deparou-se ainda com “uma grande secção da via atirada pela encosta abaixo e no meio do canal havia um furo de prospecção sendo que a máquina ainda estava lá e pensa-se que esse furo pode servir para fazer prospecções para a auto-estrada transmontana”.
Alertou a Refer que garantiu não saber de nada e o próprio chefe da linha deslocou-se ao local descrito por Daniel Conde, para confirmar a situação.
Aquele elemento do Movimento Cívico da Linha do Tua considera que estamos perante um caso de contornos idênticos ao que ficou conhecido como o “Carril Dourado” em que está envolvida a empresa O2 de Manuel Godinho, que está detido no âmbito do caso “Face Oculta”.
No entanto, Daniel Conde entende que esta situação também fica a dever-se a alguma incúria por parte da Refer.
Pergunta-se onde é que está a decência de certas pessoas e empresas, neste caso públicas, que tratam a linha do Tua, que é património do Estado, pondo e dispondo de qualquer forma” refere.
Daniel Conde decidiu vestir-se de realizador e produzir um vídeo que revela todos os casos de destruição da linha, neste troço desactivado e colocá-lo no Youtube, aproveitando uma ferramenta cada vez mais poderosa.
O Movimento Cívico da linha do Tua a denunciar que continua a destruição daquela linha, no troço desactivado, um património do Estado que urge proteger.
Já a Refer confirma ter recebido a queixa e que está a tentar apurar responsabilidades
CIR/Brigantia

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Carrazeda de Ansiães - Natal é no Comércio Tradicional 2009

"Natal é no Comércio Tradicional”, começa no dia 14 de Dezembro a campanha de Natal. Esta iniciativa terá diversas actividades, desde logo, o Sorteio de Natal, que se realizará entre o dia 14 de Dezembro e o dia 31 de Dezembro. Este Sorteio terá como objectivo, estimular as compras natalícias nos comerciantes da vila. Os comerciantes aderentes a esta iniciativa ficarão com senhas que poderão distribuir pelos seus clientes, após as compras no valor igual ou superior a € 20,00.
Todas as lojas aderentes a esta iniciativa estarão devidamente identificadas com material promocional desta iniciativa. Os prémios que vão ser sorteados, foram oferecidos pelos comerciantes aderentes. O sorteio será no dia 03 de Janeiro pelas 16:30 horas, no edifício do Centro de Apoio Rural.
Haverá ainda promoções e descontos especiais, durante a época natalícia, nos comércios aderentes.
Complementar ao Sorteio, a UrbeAnsiães irá oferecer aos estabelecimentos aderentes sacos em papel reciclado, para que estes os possam distribuir pelos seus clientes.
Paralelamente a este sorteio, a UrbeAnsiães tem ainda programado Animação Musical de Natal, Iluminação Natalícia e Animação das Ruas do Centro Urbano de Carrazeda de Ansiães, com a Chegada do Pai Natal e as Mascotes do Natal; a Inauguração da Casinha do Pai Natal, onde os mais pequenos podem tirar a fotografia e deixar a Carta ao Pai – Natal, Tenda Mágica (ateliers, pinta faces), Máquina de Neve.
Esta iniciativa levada a cabo pela UrbeAnsiães, com o apoio da Câmara Municipal e da Associação Comercial, tem como objectivo atrair mais pessoas ao centro urbano, com o intuito de fazerem compras no comércio local, contribuindo também para uma maior dinamização comercial deste centro.

Tribunal mantém suspensas obras do Túnel do Marão

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel decidiu manter a suspensão das obras no Túnel do Marão, entre Amarante e Vila Real.
Os trabalhos estavam parados há um mês devido a uma providência cautelar interposta pela Águas do Marão.
A empresa que tem sede em Amarante receia que as obras do Túnel venham a prejudicar a qualidade da água captada na Serra do Marão.
O empresário, António Pereira, adiantou ao JN que recebeu a notificação do tribunal mas escusa-se a entrar em detalhes.
Apenas disse que não anda à procura de vitórias, apenas a reivindicar a sua propriedade.
O imbróglio criado pelo empresário das Águas do Marão poderá ser resolvido com a intervenção do Governo alegando o interesse público da obra.
António Pereira limitou-se a dizer que, se optarem por isso tomará as medidas que achar convenientes.
CIR/Brigantia/Rádio Ansiães

National Geographic vai ajudar a promover o Douro no Mundo

A National Geographic Society vai ajudar a internacionalizar o Alto Douro Vinhateiro como destino turístico sustentável. A parceria com as entidades regionais vai ser assinada esta segunda-feira, em Vila Real.
É no dia em que a região comemora oito anos sobre a atribuição pela Unesco do galardão de Património da Humanidade que se vai dar mais este passo para o seu desenvolvimento. A cerimónia vai fechar a conferência “Destino Douro – Turismo, Sustentabilidade e Património Mundial”, que vai decorrer no Teatro de Vila Real, a partir das dez horas da manhã, e que reunirá representantes de diversas organizações nacionais e internacionais. Um dos desafios que, neste momento, se colocam ao Douro é o modelo de desenvolvimento turístico a seguir. O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, explica que mais importante que querer assumir a região como um destino, é que este “se desenvolva mediante elevados padrões de qualidade e sustentabilidade”. Outro, não menos importante, é a sua internacionalização. “A parceria com a National Geographic Society persegue, precisamente, esses desafios”, já que se trata de “uma das maiores organizações mundiais da natureza científica. Não é só a revista que todos conhecem, é muito mais que isso”. Aquele organismo também estimula e apoia o processo de valorização dos destinos turísticos sustentáveis, o que, diz Ricardo Magalhães, “só por si já justifica a parceria”. De recordar que na avaliação deste ano, a National Geographic Society colocou o Alto Douro Vinhateiro no sétimo lugar de uma lista de 133 regiões de todo o Mundo, o que na altura foi considerado “excepcional”. O chefe da Missão do Douro explica que, na prática, a promoção internacional da região poderá passar por “integrar informação sobre o destino Douro na revista mensal que aquele organismo publica”. Tal representaria “um passo enorme” na concretização dos objectivos que a estrutura duriense persegue, já que a publicação “tem uma tiragem de uns milhões de exemplares, em vários idiomas”. Ricardo Magalhães deseja ainda que a parceria que vai ser formalizada segunda-feira seja alargada a outras entidades. No mesmo dia vai ser assinada uma declaração de compromisso entre instituições durienses para apresentar uma candidatura à rede mundial de destinos Património da Humanidade.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

"Contrato milionário" garante 136 mil turistas no Douro

A Douro Azul, empresa líder de cruzeiros no rio Douro, anunciou ter assinado com a operadora norte-americana Uniworld um "contrato milionário" para assegurar a a presença de 136.500 turistas na região durienense entre 2011 e 2015.
Em comunicado, a empresa liderada por Mário Ferreira explica que "está já há alguns meses em negociações para a construção de um novo navio-hotel" visando "satisfazer este aumento de procura".
As negociações estão a decorrer com dois estaleiros portugueses (o da Martifer em Aveiro e o de Viana do Castelo) e com construtores navais da Holanda, "onde a experiência na construção destes navios está mais avançada".
De acordo com a Douro Azul, o novo navio-hotel criará 36 postos de trabalho directos e outros tantos indirectos, e representará um investimento total de 12 milhões de euros.
O comunicado sublinha que o contrato com a norte-americana Uniworld "coloca a região do Douro na lista dos destinos mais famosos em todo o mundo e insere-se numa estratégia de crescimento consolidado" da empresa de cruzeiros de Mário Ferreira.
A Douro Azul adianta que conta fechar o ano de 2009 com os melhores resultados de sempre.
"Apesar da diminuição do mercado inglês, por culpa da crise e da baixa da libra face ao euro, o espaço libertado pelos britânicos possibilitou a entrada de novos mercados como por exemplo o israelita e o australiano", refere.
Afirma, por outro lado, que os mercados dos Estados Unidos, Holanda, Bélgica e Noruega subiram e acrescenta que o mercado suíço duplicou de quatro para por cento do total dos estrangeiros
. JN

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Verdes questionam desmantelamento da Linha do Tua

Os Verdes” apresentaram, na Assembleia da República, um requerimento a pedir esclarecimentos ao Governo sobre o eventual levantamento dos primeiros quatro quilómetros de carris da linha ferroviária do Tua, nos primeiros dias do próximo mês de Janeiro.
Um rumor que está a preocupar aquele partido ecologista.
Segundo a deputada Heloísa Apolónia, circula, em Mirandela, a informação de que o levantamento dos primeiros quatro quilómetros de carris da linha do Tua pode acontecer já no início de 2010, pelo que a deputada, revela, em comunicado, que avançou com essa pergunta ao Governo, porque a confirmar-se, ela torna-se profundamente preocupante, diz aquela deputada, designadamente porque a construção da barragem do Tua implicava, de acordo com a Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, a concretização de vários pressupostos, entre os quais o, previsto no caderno de encargos, de apresentação de uma linha ferroviária alternativa à hoje existente.
Ora, nada disso se conhece, nem de nada disso se fala, refere aquela deputada que considera estranho o facto destas informações circularem justamente na altura em que decorre a Conferência de Copenhaga, que visa estipular metas de combate às alterações climáticas, metas que, segundo “Os Verdes” nunca poderão ser cumpridas sem que os Estados tomem medidas internas ao nível dos focos de maior emissão de gases com efeito de estufa.
Ora, um dos maiores focos de emissões é justamente o sector dos transportes e o paradigma da mobilidade completamente centrado no sector rodoviário.
A fechar, aquela deputada refere que a gravidade desta decisão, caso se venha a confirmar, é tanto maior quanto ainda há cerca de um mês um estudo independente da União Europeia veio confirmar que o Programa Nacional de Barragens, das quais a barragem do Tua é um dos projectos seleccionados, vai contribuir para uma maior degradação da qualidade da água em Portugal e que os proveitos deste Programa para o país ainda estão por provar, conclui o comunicado do partido ecologista. Escrito por CIR/Brigantia

Pacto entre entidades para promover o emprego no Douro

Quinze entidades públicas e privadas assinaram ontem, no Peso da Régua, um pacto para o emprego e empregabilidade na região do Douro.
Trata-se, em suma, de um compromisso que visa a articulação entre a procura e a oferta de emprego e de formação. Os sectores apontados como estratégicos são a vitivinicultura, o turismo, a cultura, o comércio e os serviços. O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, vê no pacto ontem assumido um “instrumento de mobilização e vinculação de todos os actores com responsabilidade e influência na promoção do emprego no Douro”. A sua elaboração teve por base um estudo desenvolvido pelo Centro Regional do Porto da Universidade Católica e dois anos de trabalho da Missão do Douro, que, de acordo com Ricardo Magalhães, “vão ajudar a definir o programa de acção do próximo ano em matéria de qualificação de recursos humanos”. A Universidade Católica elaborou uma carta de empregos para o Douro, tendo enumerando os que são considerados “chave”, como gestor cultural, cozinheiro, gestor de animação turística, entre outros; “sensíveis”, caso do empregado de bar; e “emergentes”, como relações públicas ou gestor de eventos. O pacto para o emprego e a empregabilidade vai vigorar até 2013 e abrange os municípios de Alfandega da Fé, Alijó, Armamar, Baião, Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Meda, Mesão Frio, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Sabrosa, Sernancelhe, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.
Eduardo Pinto/RA

Escola EB 2,3 e S com nova biblioteca

O Agrupamento Vertical de Escolas de Carrazeda de Ansiães já inaugurou a sua nova biblioteca escolar. Um espaço amplo, de livre acesso, com mobiliário moderno e todos os suportes de informação, para cativar a comunidade estudantil e, até, os professores.
Jerónimo Pereira, presidente do Agrupamento admite que a Escola EB 2/3 e Secundária de Carrazeda já precisava de uma nova biblioteca. O espaço foi melhorado porque a biblioteca anterior "não reunia condições" e como era no terceiro piso "impossibilitava o acesso de alunos com deficiência”.
A coordenadora da biblioteca escolar, Vera Pessoa, espera que o novo equipamento venha a ter um "papel importante" no processo de aprendizagem dos alunos.
A coordenadora da rede de bibliotecas escolares do Norte do país, Carla Tavares, entende que a nova biblioteca da EB de Carrazeda, deverá contribuir para aumentar os índices de leitura, tanto dos alunos como, até, dos próprios pais. “Tem de ser um trabalho de parceria porque todos temos um objectivo comum que é criar leitores através do livre acesso á informação e do empréstimo domiciliário para os alunos podem levar livros para casa” disse.
A coordenadora Vera Pessoa deseja que a nova biblioteca escolar seja muito concorrida e que demonstre "o pulsar da escola". Eduardo Pinto/RA

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Natal animado pelo comércio tradicional em Carrazeda de Ansiães

A Urbeansiães está a preparar um programa de animação do comércio de Carrazeda de Ansiães, durante a quadra natalícia.
O objectivo é atrair mais compradores ao comércio tradicional, que para isso terá as portas abertas durante mais tempo, em dias específicos.
Nuno Carvalho, da Urbeansiães, adianta as iniciativas previstas:
Vamos fazer uma animação de rua, um sorteio de Natal e promover as montras de Natal”, explicou, garantindo que serão formas para aumentar a afluência “a um comércio com tradição”.

Nuno Carvalho admite que as edições anteriores da animação de Natal e de Verão correram bem, o que justifica a repetição da iniciativa:
Tem sido conseguido. Também temos melhorado. Temos feito uma análise aos eventos e vamos continuar a fazê-lo.”
A Urbeansiães é formada pela Câmara e pela Associação Comercial e Industrial. Para a quadra natalícia já está a preparar mais um programa de animação do comércio tradicional.
CIR/Brigantia

domingo, 6 de dezembro de 2009

Limpar Portugal 2010 Lets Do It 2008 Teeme Ära 2008 pt

Limpar Portugal - Nós já aderimos!

Projecto Limpar Portugal

Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente depositado.
Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar “Mãos à Obra” e propor “Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia”.
Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com milhares de voluntários.
Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.
Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.
O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema.

“Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?"

sábado, 5 de dezembro de 2009

Litoral VS Interior

Aposto que foram poucos aqueles que prestaram atenção a esta notícia. Pelo pouco interesse que a mesma desperta e até por serem mais, aqueles que aplaudem esta medida. Ora pouco interessa se um médico se move por incentivo monetário ou não quando temos uma novela de escutas por revelar. As escutas são a matéria primordial do momento e esse assunto é o que interessa agora. Voltando ao incentivo monetário. Podiam aplicar o mesmo a todos aqueles que se queiram fixar no interior. PORQUÊ SÓ AOS MÉDICOS?
Intertoon

Passeio Convívio de Natal Sócios e Amigos

Passeio Convívio de Natal Sócios e Amigos
Dia 13 de Dezembro

PROGRAMA

Inscrição: 10 euros

Almoço,Banhos, reforço alimentar e brindes.
(Agradecemos confirmação até dia 11 Dezembro)

9h00 Concentração (Câmara Municipal)
12h30 Banhos
13h00 Almoço

Contactos: 966 631 003

(Ligar 13h às 20h)

cc.vilaflor@gmail.com

A Direcção do Clube conta com a tua presença.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

QUERCUS queixa-se à UNESCO por causa da barragem do Tua

A Quercus apresentou uma queixa à UNESCO contra o Governo português por causa da construção da barragem de Foz Tua.
Os ambientalistas pedem àquele organismo internacional que ajude a travar o empreendimento para evitar danos no Douro Património da Humanidade.
A QUERCUS já tinha manifestado esta intenção em Fevereiro, mas só agora formalizou a queixa.
Entende que a construção da barragem é um atentando à Paisagem Cultural do Douro Vinhateiro, património da Humanidade.
Em comunicado, a associação lembra que "o próprio Estado português reconhece que o muro da barragem está situado dentro da Paisagem Cultural do Douro Vinhateiro" e sublinha que "grande parte dos atentados paisagísticos serão visíveis a partir do Douro”.
Para a QUERCUS estas obras vão alterar a paisagem, transformando a foz do rio Tua num estaleiro de obras “cujas cicatrizes vão permanecer para sempre”.
Brigantia

Autarca reclama renda pelo rendimento da barragem do Tua

A Câmara de Carrazeda de Ansiães não vai receber 3% da actividade líquida anual da barragem do Tua, à semelhança do que acontece com a barragem da Valeira.
Deste aproveitamento no rio Douro, a autarquia recebe, anualmente, cerca de 250 mil euros, o que dá para pagar a iluminação pública e ainda sobra.
O autarca entende que, tal como na Valeira, a câmara também deveria ter direito a uma renda de 3% do rendimento anual da barragem do Tua.
Já coloquei essa questão à EDP, aos engenheiros ligados à produção, e a resposta que eles me dão é que a percentagem relacionada com a produção líquida relativa a um ano de funcionamento está destinada, segundo a declaração de impacte ambiental, ao Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade” refere José Luís Correia.
Assim, restará aproveitar a participação numa futura Agência de Desenvolvimento Regional.
Queremos apostar forte nessa agencia e através dela queremos candidatar algumas iniciativas relevantes para o concelho” adianta.
Um deles deverá ser a reabilitação das termas de São Lourenço.
CIR/Brigantia

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Restauração

Antero

Água da Fontelonga dá até ao final do ano

As últimas chuvas e um plano de contingência adiaram por mais um mês o esvaziamento completo da barragem da Fontelonga, de onde bebe grande parte da população do concelho de Carrazeda de Ansiães.
Ao longo do mês de Novembro três camiões fizeram o transporte diário de 350 mil litros de água, desde o rio Tua para a barragem, tanto quanto a média de consumo exigia. Por outro lado, foram reforçados os apelos à população para a importância de poupar um recurso cada vez mais escasso.
"As quedas pluviais e as medidas mitigadoras prolongaram por mais um mês o prazo que tínhamos (finais de Novembro)”, disse Francisco Morais, administrador da Águas de Carrazeda, empresa privada que gere os sistemas de água e saneamento do concelho.
Desde que soaram as campainhas de alerta, a empresa também tratou de aproveitar ao máximo algumas linhas de água que habitualmente drenam para a albufeira da Fontelonga. A ribeira de Belver, que recentemente tinha sido desviada para a barragem, foi “completamente limpa para evitar qualquer desaproveitamento de água”.
De limpeza precisa também a própria barragem, mas Francisco Morais notou que esta não é boa altura para o fazer ao nível do leito, pois para além de turvar a pouca água disponível, iria criar problemas nos filtros e obrigar a que o processo de tratamento parasse muitas vezes. “Seria uma situação muito maléfica nesta altura no ano”, considerou o responsável.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A queda celestial do subsídio de Natal

Aproveitar o subsídio de Natal para amortizar o empréstimo à habitação é uma solução a ter em conta. Este ano em especial, dado que as taxas de juro estão em mínimos históricos. Amortizar o capital em dívida permite fazer poupanças no imediato e ao longo do contrato de crédito, isto porque se for amortizando o empréstimo vai reduzindo a factura mensal e no final pagará menos juros ao banco. O Negócios fez as contas e num empréstimo de 100 mil euros, indexado à taxa Euribor a seis meses de Novembro (0,993%), com um "spread" de 0,7%, amortizar 2.500 euros representa uma poupança de 8,88 euros por mês. Ainda que pareça uma redução de prestação pequena, ao final de um ano poupa 106,60 euros. E se comparar com o retorno de produtos de investimento, como depósitos ou certificados de aforro, não vai conseguir auferir montantes tão significativos. Jornal de Negócios

EDP ensina comerciantes de Carrazeda a reduzir custos com electricidade

A EDP foi a Carrazeda de Ansiães mostrar aos comerciantes que é possível reduzir os custos de energia no seu negócio.
Os participantes na sessão ouviram do gestor comercial da EDP que é possível gastar menos por mês aderindo à solução EDP 5D.
Podemos conseguir algumas poupanças ao nível do tarifário que rondam os 2%” refere Nuno Sousa.
Para além da poupança mensal ainda é possível obter outras vantagens.
O gestor comercial adianta que o plano EDP 5D quer distinguir-se da oferta que já existia no mercado, dando um serviço mais completo ao cliente. “Pode ir desde um seguro gratuito que oferecemos para electrodomésticos, por exemplo” explica Nuno Sousa, acrescentando que “temos um programa de fidelização que dá várias vantagens em parceiros que se associaram a nós e depois também serviços de diagnóstico à iluminação que ajudam à poupança”.
Os comerciantes de Carrazeda poderão obter todo o tipo de esclarecimentos na Associação Comercial e Industrial.
Vamos ser um elo de ligação, pois o associado vem ter connosco e mediante a factura que nos traz enquadramos numa solução da EDP” explica o presidente Nuno Carvalho, salientando que “é um processo totalmente gratuito”.
A Associação Comercial e Industrial de Carrazeda de Ansiães será, o intermediário entre os comerciantes e a EDP no acesso aos serviços proporcionados pelo plano energético EDP 5D.
Escrito por CIR - Brigantia

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cada português gasta 109 litros de água por dia

Cada português gasta diariamente 109 litros de água. A esta quantidade há que juntar mais 121 litros correspondentes às perdas e aos consumos autárquicos. Um estudo da Aquapor ontem divulgado refere que o litro de água custa, em média, 0,0023 euros.
O estudo em causa, que durante quatro anos incidiu em quatro milhões de registos de consumo de 288 mil habitantes distribuídos por dez municípios, refere que nos ambientes urbanos a média de água gasta por pessoa passa dos 109 para os 137 litros.

A Aquapor conclui que 40 por cento dos consumidores nacionais gastam mensalmente 11,75 euros na factura da água, a qual também já inclui o saneamento e a recolha do lixo. Este montante significa que o consumo é igual ou inferior a cinco metros cúbicos consumidos.
Apurou-se ainda que 16,6 por cento dos contadores analisados apresentam um consumo zero. Trata-se, dizem os autores do estudo, de casas de imigrantes, de segundas habitações, de contadores de garagens e anexos e até de contadores avariados.Quanto aos desperdícios de água estima-se que os mesmos sejam na ordem dos 32 por cento relativamente à totalidade do volume captado. Para combater este desperdício é sugerido o reforço ao combate às ligações clandestinas e a redução das perdas técnicas (roturas e fugas “permanentes”). Público

"Convite – Workshop - Redução de Custos de Energia nos Negócios”

A ACICA vai realizar no próximo no dia 27 de Novembro de 2009 pelas 14:30 horas no Centro de Apoio Rural – Carrazeda de Ansiães, juntamente com a empresa Sourcingest, um Workshop relacionado com o tema da Redução da factura energética para os empresários e comerciantes.
Nesta sessão todos os empresários participantes poderão reduzir a sua factura até 30%, participar num debate com executivos de alto escalão da EDP, ganhar brindes, ter uma página na internet gratuita, e ainda um seguro automático de avarias e de manutenção. Ainda neste fórum será discutido o relevante tema do Impacto da Barragem de Foz Tua na economia local.
Participe e traga a sua Factura de Electricidade

Daqui e dali... Manuel Barreiras Pinto

O MESTRE DE CULINÁRIA …
Parafraseando –Quim Barreiros- vamos apresentar um prato típicoda região, que pretende congregar vontades. Ingredientes: - 6cabeças de alho; - 6 folhas de massa folhada; -1 ramo de salsa e 3azeitonas.Preparação e explicação: - Numa travessa (Há uma mesa com seiscadeiras),espalham-se as 6 folhas de massa e em cima os 6 dentes dealho (Ocupadas por seis pessoas, tendo á frente delas seis folhas depapel branco) e um ramo de salsa ( um monte de ideias) e enfeita-secom azeitonas pretas –(a presença de dois ou três padres).Convidam-se todos os livres- pensadores que cultivam a suaauto-estima, que amam a sua terra, que vivem os seus problemas, queprezam as suas ideias e também sabem aceitar e respeitar as ideias dosoutros. Convidam-se os que se sentem deprimidos, chateados sem saber o quefazer, que estão desmotivados.Convidam-se os outros que querem pensar e arranjar soluções, falar,ouvir, discutir, apresentar ideias e aceitar sugestões e outrasideias. Esta surgiu de uma conversa entre amigos. Nota. A receita falaem 6 mas este número á partida está reduzido a um ou seja o autor, porisso sejam bem-vindos os que tiverem boa vontade. Venham mais cinco. Posto isto o local onde se prepara este repasto pode ser naBiblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães .Será aqui nos Blogues o local apropriado para endereçar este convite?Qual a força que exercem no meio para assim obter uma respostasatisfatória, isso meus amigos é o que vamos ver. Apareçam Sexta-Feira dia 27 às 14h na Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães.

Concessão do Douro Interior em risco

As obras do IP2 e do IC5 podem parar dentro de um mês.
É o próprio presidente da Mota-Engil quem o admite.
Em entrevista à SIC, António Mota ameaça parar as obras na concessão do Douro Interior devido à falta do visto ao contrato por parte do Tribunal de Contas.
O presidente da empresa sublinha que sem o visto, só tem dinheiro para apenas mais um mês de trabalhos.
Face a esta recusa, quando o dinheiro acabar, as obras terão de ser suspensas pois só temos dinheiro para mais um mês de obras” afirma António Mota, acrescentando que “o risco está todo do lado dos empreiteiros e do Estado”.
O presidente da Mota-Engil estima que o travão do Tribunal de Contas aos contratos das novas auto-estradas ameace milhares de empregos.
São cerca de 72 mil, segundo António Mota.
Estamos a falar de uma possibilidade de gerar, nos próximos dois anos, 72 mil empregos e que podem pôr em causa este factor importante para o país” refere.
Recorde-se que o Tribunal de Contas não deu visto prévio aos contratos das auto-estradas do Douro Interior, Transmontana e do Alentejo.
A Mota-Engil tem a concessão do Douro Interior que inclui o IP2 e o IC5. Brigantia

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Daqui e dali... Mário Crespo

Comunicado
"Ilibação progressiva" devia ser um termo da ciência jurídica em Portugal. Descreve uma tradição das procuradorias-gerais da República. Verifica-se quando o poder cai sob a suspeita pública. Pode definir-se como a reabilitação gradual das reputações escaldadas por fogos que ardem sem se ver porque a justiça é cega. Surge, sempre, a meio de processos, lançando uma atmosfera de dúvida sobre tudo. As "Ilibações" mais famosas são as declarações de Souto Moura sobre alegadas inocências de alegados arguidos em casos de alegada pedofilia. As mais infames, por serem de uma insuportável monotonia, são os avales de bom comportamento cívico do primeiro-ministro que a Procuradoria-Geral da República faz regularmente. Dos protestos verbais de inocência dos arguidos que Souto Moura deu à nossa memória colectiva, Pinto Monteiro evoluiu para certidões lavradas em papel timbrado com selo da República onde exalta a extraordinária circunstância de não haver "elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal contra o senhor primeiro-ministro". Portanto, pode parecer que sim. Só que não se prova. Ou não se pode provar. Embora possa, de facto e de direito, parecer que sim. Este género de aval oficial de "parem-lá-com-isso-porque-não-conseguimos-provar" já tinha sido feito no "Freeport". Surge agora no princípio do "Face Oculta" com uma variante assinalável. A "Ilibação progressiva" deixou de ser ad hominem para ser abrangente.
Desta vez, o procurador-geral da República não só dá a sua caução de abono ao chefe do Governo como a estende a "qualquer outro dos indivíduos mencionados nas certidões", que ficam assim abrangidos por estes cartões de livre-trânsito oficiais que lhes vão permitir dar voltas sucessivas ao jogo do Poder sem nunca ir para a prisão. Portanto, acautelem-se os investigadores e instrutores de província porque os "indivíduos mencionados em certidões" já têm a sua inocência certificada na capital e nada pode continuar como dantes.
Desta vez, nem foi preciso vir um procurador do Eurojust esclarecer a magistratura indígena sobre limites e alcances processuais. Bastou a prata da casa para, num comunicado, de uma vez só, ilibar os visados e condicionar a investigação daqui para a frente. Só fica a questão: que Estado é este em que o chefe do Executivo tem de, com soturna regularidade, ir à Procuradoria pedir uma espécie de registo criminal que descrimine vários episódios de crime público e privado e que acaba sempre com um duvidoso equivalente a "nada consta - até aqui".
Ângelo Correia, nos idos de 80, quando teve a tutela da Administração Interna acabou com a necessidade dos cidadãos terem de apresentar certidões de bom comportamento cívico nos actos públicos. A Procuradoria-Geral da República reabilitou agora estes atestados de boa conduta para certos crimes. São declarações passadas à medida que os crimes vão sendo descobertos, porque é difícil fazer valer um atestado de ilibação progressiva que cubra a "Independente", o "Freeport" e a "Face Oculta". Quando se soube do Inglês Técnico não se sabia o que os ingleses tinham pago pelos flamingos de Alcochete e as faces ainda estavam ocultas. Portanto, o atestado de inocência passado pelo detentor da acção penal, para ser abrangente, teria de conter qualquer coisa do género… "fulano não tem nada a ver com a 'Face Oculta' nem tem nada a ver com o que eventualmente se vier a provar no futuro que careça de qualquer espécie de máscara", o que seria absurdo. Por outro lado, a lei das prerrogativas processuais para titulares de órgãos de soberania do pós-"Casa Pia", devidamente manipulada, tem quase o mesmo efeito silenciador da Justiça. JN
DN

Daqui e dali... Manuel António Pina

Maldita realidade
Vítor Constâncio é a Pítia do regime. Da sua trípode do Banco de Portugal, anuncia regularmente o lamentável futuro económico do país. Mas das duas uma, ou terá negado os favores a Apolo e pena agora o castigo de ninguém o levar a sério ou inala pneuma a mais (ou, em vez das puras águas de Castália, prefere alguma bebida mais espirituosa) e as profecias saem-lhe furadas.

A verdade é que, com a mesma regularidade com que profetiza, corre no dia seguinte atrás da profecia a corrigi-la. Parece haver, de facto, um conflito insanável entre Vítor Constâncio e a realidade. As previsões do défice que foi fazendo ao longo do ano foram sucessivamente desmentidas pelos factos; e quando, há dias, o Governo anunciou, afinal, um défice de 8%, o mais que, surpreendido, encontrou para dizer foi que "esperava menos". Agora foi o aumento dos impostos. Anteontem, para Constâncio, isso era "necessário"; ontem, Sócrates desmentiu-o; horas depois, Constâncio desmentia que tivesse sugerido tal coisa. Melhor será Constâncio continuar a fazer como no caso BPN, fazer previsões só depois de os factos terem acontecido. JN

escuta!!!

Em conversa, podemos afirmar e confessar tudo e mais alguma coisa, como crimes, roubos, ofensas, corrupção, etc... mas parece que em alguns casos, essas conversas podem vir a ser consideradas inválidas aos olhos dos tribunais. É o disse pelo não disse da LEI. Assim, não basta só ter confiança na justiça Portuguesa, é preciso também ter muita FÉ! Intertoon

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Equipa do carrazedense Paulo Candeias é campeã ibérica de Trial 4x4

Foi na cidade galega de Porriño que, no domingo passado, o piloto de Carrazeda de Ansiães Paulo Candeias se sagrou campeão ibérico de Trial 4x4.
Um campeonato de apenas quatro provas, uma em Espanha e três em Portugal, mas em que os cerca de 50 pilotos enfrentam a dureza constante dos trilhos.
Em entrevista à Rádio Ansiães/CIR, Paulo Candeias, de 40 anos, traça a história de uma aventura de sucesso, logo na primeira vez.
Paulo Candeias e a sua equipa prometem voltar a entrar no Campeonato Ibérico de Trial 4x4, com provas em Portugal e Espanha. Este ano correu bem para a equipa de Carrazeda de Ansiães: A primeira participação valeu o título de campeão ibérico.
Eduardo Pinto/RA

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

OCDE diz que portugueses perdem nível de vida até 2017

Portugal será o segundo país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o menor crescimento entre 2011 e 2017 e os portugueses continuarão a afastar-se do nível de vida ostentado pelos países da Zona Euro. O país, a confirmarem-se as previsões de médio prazo, não conseguirá criar emprego nos próximos oito anos, nem atingir o equilíbrio orçamental. (...) DN

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Estradas de Portugal recorreu do chumbo das auto-estradas transmontanas

A Estradas de Portugal (EP) enviou ontem para o Tribunal de Contas (TC) o recurso aos acórdãos que recusaram o visto prévio aos contratos das concessões da Auto-estrada Transmontana e do Douro Interior (engloba o IP2 e o IC5).
A primeira é da responsabilidade do consórcio liderado pela Soares da Costa, enquanto a segunda está a ser executada pelo consórcio encabeçado pela Mota-Engil.
A EP tinha até hoje para contestar a decisão do tribunal, conhecida há 15 dias e fundamentada em graves violações da lei, que se traduziram num agravamento dos custos entre a fase de concurso e o momento da adjudicação.
O acórdão do TC sublinhou que foi violada a lei quando se permitiu que os consórcios apurados para as negociações finais dos dois concursos apresentassem propostas piores do que as iniciais. Mas o presidente da EP, Almerindo Marques, disse ontem à Lusa que tal sucedeu porque “entre a primeira e a segunda propostas dos consórcios verificou-se a crise económica global, que teve como consequência, no que respeita às concessões, um aumento significativo dos custos financeiros”.
O TC também apontou o facto de a Estradas de Portugal ter anulado os pagamentos à cabeça que receberia dos consórcios, num total de 430 milhões de euros, mas Almerindo Marques explicou que se concluiu que “era mais oneroso para a EP receber esses adiantamentos e pagar os juros do que recorrer à banca”.
O presidente da Estradas de Portugal não quis avançar os argumentos utilizados no recurso, alegando “questões deontológicas”, mas garantiu que as obras nas duas concessões vão continuar.
Eduardo Pinto, RA
DN

Túnel não interfere com a qualidade das Águas do Marão

O Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE) do Túnel do Marão admite que as obras possam ter alguma interferência nas captações da Águas do Marão, mas sem colocar em causa a sua qualidade.
Foi com este receio que a empresa apresentou, na semana passada, no Tribunal Administrativo de Penafiel, uma providência cautelar que fez parar as obras do túnel que vai ligar Amarante a Vila Real. Ontem, a concessionária Auto-estradas do Marão apresentou ao juiz as suas justificações para que os trabalhos possam continuar, alegando milhares de euros de prejuízo.
O RECAPE salienta que “da realização da obra não se prevêem impactes na qualidade das Águas do Marão”, mas admite que “poderão ocorrer influências quantitativas, pouco significativas, a partir de um troço do túnel atravessando uma zona fortemente tectonizada” (fragmentada). Tal situação pode vir a “por em contacto o túnel e as formações xistosas onde se desenvolve a zona de chamada das Águas do Marão”. Deste modo, “a zona de contribuição será, provavelmente afectada”. Apesar de tudo, aquele relatório considera que é “perfeitamente exequível” conciliar a construção do túnel e a continuação da operação da Águas do Marão, desde que seja feito o “registo sistemático de níveis e caudais nas captações” daquela empresa. No caso de esta opção não ser possível foi proposta a construção de quatro piezómetros (aparelho que serve para avaliar a compressibilidade dos líquidos) em ligação hidráulica com as Águas do Marão, a partir dos quais se faz a gestão do recurso. E se surgirem situações anormais decorrentes da construção do túnel, o RECAPE aconselha a preparação de um projecto de captações alternativas. Eduardo Pinto, RA