segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

National Geographic vai ajudar a promover o Douro no Mundo

A National Geographic Society vai ajudar a internacionalizar o Alto Douro Vinhateiro como destino turístico sustentável. A parceria com as entidades regionais vai ser assinada esta segunda-feira, em Vila Real.
É no dia em que a região comemora oito anos sobre a atribuição pela Unesco do galardão de Património da Humanidade que se vai dar mais este passo para o seu desenvolvimento. A cerimónia vai fechar a conferência “Destino Douro – Turismo, Sustentabilidade e Património Mundial”, que vai decorrer no Teatro de Vila Real, a partir das dez horas da manhã, e que reunirá representantes de diversas organizações nacionais e internacionais. Um dos desafios que, neste momento, se colocam ao Douro é o modelo de desenvolvimento turístico a seguir. O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, explica que mais importante que querer assumir a região como um destino, é que este “se desenvolva mediante elevados padrões de qualidade e sustentabilidade”. Outro, não menos importante, é a sua internacionalização. “A parceria com a National Geographic Society persegue, precisamente, esses desafios”, já que se trata de “uma das maiores organizações mundiais da natureza científica. Não é só a revista que todos conhecem, é muito mais que isso”. Aquele organismo também estimula e apoia o processo de valorização dos destinos turísticos sustentáveis, o que, diz Ricardo Magalhães, “só por si já justifica a parceria”. De recordar que na avaliação deste ano, a National Geographic Society colocou o Alto Douro Vinhateiro no sétimo lugar de uma lista de 133 regiões de todo o Mundo, o que na altura foi considerado “excepcional”. O chefe da Missão do Douro explica que, na prática, a promoção internacional da região poderá passar por “integrar informação sobre o destino Douro na revista mensal que aquele organismo publica”. Tal representaria “um passo enorme” na concretização dos objectivos que a estrutura duriense persegue, já que a publicação “tem uma tiragem de uns milhões de exemplares, em vários idiomas”. Ricardo Magalhães deseja ainda que a parceria que vai ser formalizada segunda-feira seja alargada a outras entidades. No mesmo dia vai ser assinada uma declaração de compromisso entre instituições durienses para apresentar uma candidatura à rede mundial de destinos Património da Humanidade.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

2 comentários:

Anónimo disse...

Não será esta a altura da nossa Câmara começar a apostar forte no Desenvolvimento Turistico no Concelho?.Não será esta uma das poucas oportunidades que temos para isso?.E digo isto porquê?.
Não vislumbro nem a curto,médio ou longo prazo medidas que nos tirem deste marasmo em que vivemos.
A agricultura está de rastos,o comércio idem-aspas,de maneira que só a aposta no Turismo nos trará alguma esperança.
Mas perguntarão muitos,o que é que temos para mostrar aos Turistas?.
Eu respondo,temos muito,basta meter mãos á obra para que as condições sejam criadas,como por exemplo:Dar incentivos às pessoas para que elas possam reconstruir as suas habitações como elas eram antigamente,renovar os lagares de azeite antigos,aproveitar os miradouros que temos nomeadamente o da SRA DA GRAÇA E OUTROS, os moínhos antigos,as fontes onde em tempos passados se abasteciam as populações e tinham ao lado os bebedouros para os animais,as Termas de S. Lourenço,os vestigios deixados pelos Romanos que são muitos,a chamada Quinta do Pobre,as nossas IGREJAS E CAPELAS TODAS ELAS TÃO BONITAS.
Posto isto, será de grande importância a construção de um Hotel em Carrazeda,embora existam no Concelho alguns locais de alojamento como por exemplo:
CASAL DE TRALHARIZ,HOTEL RURAL DE POMBAL,TURISMO RURAL EM VILARINHO DA CASTANHEIRA e outros que de momento não me ocorrem.
Qem não tem cão, caça com gato e a nós resta-nos aproveitar todas as dádivas que a Natureza nos deu,assim haja ideias e vontade em as concretizar.
PENSEM BEM.

J.M.P.O disse...

"Nunca além do poder, se encarou o paiz; nunca o estado servio de ponto de apoio, do centro promotor do progresso individual e social. Tem-se empunhado o poder, como meio de acquisição de fins privados, de clientela: tem-se sido governo, mas não se tem governado.
A governação, tem sido convertida em uma espécie de Igreja militante, em que só são admittidos os iniciados nos mistérios da seita theocratica do poder, que fazendo-se a donatária exclusiva do paiz, se tem collocado, por esse exclusivismo mesmo, muito longe de poder governar, curando como lhe cumpria dos interesses públicos. Em semelhante modo de ser, taes interesses não podem ser attendidos; por que o interesse máximo de taes administrações, não pode ser outro, senão o interesse dessas parcialidades, de que fallamos; impor e sustentar uma situação anómala, em que as facções vigoram e dominam; em que o paiz enfraquece e se desmoralisa."


Francisco Joaquim de Almeida Figueiredo, in "Instrucção Publica e Governo", Lisboa, Impr. Commercial, 1854 [via off. de E. de Sousa, em bom papel e asseada edição]

Apud Almocreve das Petas