Eleições
Mas algum candidato com bom senso apresenta propostas, digo promessas, em manifesto eleitoral? E se as apresentar são para levar a sério?
Ter ideias, inovar, desenvolver e sonhar tudo é possível, basta querer. Mas o mais importante é saber onde conseguir a parte financeira indispensável para edificar qualquer projecto. Não basta dizer que se vai fazer, mas como vamos fazer (meios).
Conseguir saneamento financeiro é o objectivo mais importante, para posteriormente existir possibilidades de alcançar investimentos, e muitos são prementes neste concelho, cito como exemplo, gimnodesportivo, parque de campismo, resolução definitiva da “carência” de água na barragem, etc. A gestão não passa apenas por obras, todos sabemos, a dinâmica autárquica e dos processos deve ser melhorada, como sempre o todo é a soma das partes.
Mas estamos desejosos de promessas, mesmo que continuem a não ser cumpridas, vamos insistir no S. Lourenço e noutros lugares comuns, quem sabe se não conseguimos um milagre?Os principais candidatos ao mais alto lugar autárquico aí estão, goste-se ou não. Estes são importantes, as companhias também, vamos ver o que nos reservam.
Sabre07
Sabre 07 aflora o problema do investimento público.
Temos que começar a pensar naquilo que verdadeiramente interessa à Câmara fazer.
Qual é a primeira necessidade? Julgo que será criar postos de trabalho, não só no sector público mas também no sector privado.
A Câmara tem que lutar por fazer obras necessárias à vivência com mais qualidade das pessoas residentes e deve promover o incremento do investimento privado, construindo as infra-estruturas.
Tanto umas como outras devem, na medida do possível, tender para a auto-sustentabilidade e para a criação de empregos.
Sem estes,Carrazeda desaparece porque fica sem ninguém nas actividades económicas. O gimnodesportivo, a busca de mais água são necessários.
Mas a construção de infra-estruturas turísticas ainda é mais. Contribuir para uma agricultura e pecuária modernas também é importante.
Contribuir para que os cidadãos válidos tomem decididamente as rédeas da economia e criem postos de trabalho é uma atitude urgente de todos os responsáveis autárquicos.
João Lopes de Matos
Caro Dr. João
Criar postos de trabalho, é o problema mais importante e ao mesmo tempo o mais difícil de conseguir. Estou plenamente de acordo, é desejável fixar os jovens, mas tarefa árdua, quase missão impossível. Onde os criar, na agricultura? Pecuária? No estado actual das coisas não sei se não é mais rentável, mesmo com os condicionalismos actuais, investir na bolsa. Os espanhóis colocam aqui todos os produtos, a preços inferiores aos nossos, esta é a realidade.
A autarquia criar emprego? Já foi chão que deu uvas, quadro completo durante vários anos. Investimento privado, nomeadamente no turismo, filme várias vezes revisto. Por muito que acenem que temos potencialidades, território virgem (não devem acreditar), ninguém lhe pega, nem assim nem com algumas infra-estruturas.
Concordo que temos uma população envelhecida e descrente, mas é isto que temos, e a renovação da população não existe, ano após ano acordamos com crescimento demográfico negativo, alguém se deu ao trabalho de saber qual o decréscimo populacional desde os censos 2001? Nem vale a pena..
Só falta desviarem deste concelho alguns serviços, para a migração, despovoamento ser maior.
Mas continuo a pensar que o saneamento financeiro autárquico é o ponto principal, e a realidade a ser o que consta, endireitar as contas vai demorar anos. Logo investimentos, em qualquer área, na linha vermelha. Não podemos desanimar, baixar os braços, convém incentivar toda a gente, mas a realidade é cruel e não se compadece com estados de alma.
Espero estar enganado e concluir que sou pessimista.
Já agora uma provocação, para quando, o JLM, ser nomeado para as listas autárquicas (não se devem desperdiçar bons elementos, a/c dos candidatos conhecidos à câmara).
Sabre07
Fiquei com a ideia de que a partir da decisão da não candidatura do actual presidente da câmara (que toda a gente aplaudiu, excepto o próprio que estava à espera que lhe implorassem para se candidatar), a posição da concelhia local do PSD seria a de acabar de vez com a promiscuidade que se respira, para de uma vez por todas apresentar à presidência da câmara pessoas até agora afastadas da politiquice reinante, mas que não deixam de estar presentes na vida activa desta vila.
Espanto meu, quando vejo anunciado o próximo candidato, que, sem ter qualquer intenção de menosprezar, penso ser uma pessoa do sistema (aquele sistema de que tanto se fala), que progrediu por seus próprios meios pela sua inteligência pela sua vontade, nada está em causa, mas que não é possível separa-lo destas décadas de puro despotismo.
Pergunto-me agora o que se passou? É o sistema que impõe as regras?
A política e os políticos estão desacreditados, toda a gente o sente, e o desinteresse vem precisamente quando são tomadas atitudes de seguidismo quando toda a gente estava à espera de rejuvenescimento.
A perpetuar-se as candidaturas existentes, mais as independentes que estão para aparecer, não vejo senão trocas de lugares. Como não tenho jeito para liderar uma candidatura, por incompetência assumo, não me vejo representado por qualquer das pessoas de que se fala, por isso, só me resta votar em branco… E se todos os abstencionistas que não vão votar por não se sentirem representados votassem em branco de certeza que seria a maioria e, aí, poderia haver espaço para se modificar as mentalidades.A abstenção significa desleixo e incapacidade de pensar.
Ezequiel Maia