Uma exploração de porcos bísaros de Carrazeda de Ansiães vai ser distinguida na Galiza, no âmbito da Feira Agrícola de Silleda (Espanha), que decorre em meados do próximo mês. A pocilga transmontana venceu o prémio de melhor exploração pecuária, em disputa com diversos concorrentes de todo o Norte de Portugal e Galiza.
Trata-se duma unidade que se dedica à criação de leitões de raça bisara, que têm como mercado alvo várias unidade de restauração do Grande Porto.
A estrutura da exploração e o sistema de maneio foram alguns dos aspectos que pesaram na atribuição do prémio, como confirma a secretária técnica da Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB), Carla Alves. “É uma exploração modelo e diferente, tanto por ser de leitão, como pelo sistema de maneio radial, totalmente ao ar livre”, explicou a responsável.
Situada na freguesia de Vilarinho da Castanheira, a pocilga conta com 100 porcas reprodutoras, que passeiam livremente pelos 50 hectares da exploração, já que só as maternidades estão em recinto coberto, mais propriamente em parques em fibra. A ideia partiu de dois engenheiros Zootécnicos licenciados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que, após a licenciatura, decidiram apostar na suinicultura.“Há uma grande procura deste produto de excelência”. Não se trata de carcaças de animais destinados à produção de fumeiro, mas para a venda de leitão de raça bísaro.“Há uma grande procura deste produto de excelência, porque o leitão de raça bisara é mais comprido e costela não tem grandes massas musculares”, explica Carla Alves.
Enquanto na Terra Fria predomina a produção de suínos para fumeiro, nos concelhos da Terra Quente e do Planalto Mirandês a aposta são as suiniculturas vocacionadas para a criação de leitão, aliás como também acontece na zona da Beira Litoral. Nesta região do País existe uma exploração com cerca de 300 efectivos, vocacionada para a criação das carcaças destinadas à confecção do afamado Leitão à Bairrada.
Recorde-se que a Carne de Bísaro Transmontano já está certificada com Denominação de Origem Protegida, pelo que a ANCSUB quer reactivar o Agrupamento de Criadores para definir regras de comercialização deste produto.“Tem de haver um apoio na comercialização, porque já aparece muita gente a solicitar carne de bísaro, mas não sabe onde adquiri-la”, revela Carla Alves. Jornal Nordeste
1 comentário:
Parabéns.Destas iniciativas é que importa apoiar e louvar...
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