quarta-feira, 30 de junho de 2010
Daqui e dali... João Lopes de Matos
Candidatura ao Parque de Ciência e Tecnologia deve ser aprovada dentro de três meses
A candidatura está a ser analisada, mas segundo Mário Rui Silva, da comissão directiva do Programa Operacional Regional do Norte, tudo indica que venha a ser aprovada.
“A candidatura está a ser analisada. Numa primeira abordagem tem condições para ser ganhadora. Estamos apostados que no âmbito de uma rede de parques de ciências e tecnologia no interior, estamos solidários que esta rede deve ter um ponto em Bragança e outro em Vila Real. No prazo de dois, três meses, teremos uma decisão, que prevejo positiva.”
Este responsável revela ainda que foi necessário proceder a alterações ao projecto inicial para promover uma gestão conjunta dos dois espaços.
“O projecto inicial foi objecto de uma avaliação técnica mas entendeu-se que por uma questão de massa crítica não era desejável haver um com uma gestão autónoma em Vila Real e outro em Bragança. O projecto foi remodelado”, explicou.
O projecto do Parque de Ciência e Tecnologia está orçado em 22 milhões de euros e deverá ser financiado em 80% por fundos comunitários. Brigantia
terça-feira, 29 de junho de 2010
Daqui e dali... Fernando Sobral
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Auto-estrada Transmontana pode vir a ter portagens
O primeiro-ministro, José Sócrates, propôs ontem a cobrança de portagens “em todas as sete SCUT”, e naquelas que venham a ser realizadas.
No entanto, o chefe de Governo defendeu, em declarações à Lusa, que os residentes ou os que tenham “actividade económica registada” na área atravessada pela via fiquem isentos de pagamento.
Para José Sócrates, esta é “a melhor forma de responder a todas as preocupações, de igualdade e de justiça”.
O primeiro-ministro entende que, pela sua parte, “o que é importante é que na A23 ou que na futura auto-estrada transmontana, nas auto-estradas do interior ou naquelas em que não há alternativa, como por exemplo no Algarve, aqueles que aí vivem não paguem a auto-estrada”, afirmou José Sócrates.
Brigantia
Movimento propõe referendo regional à Linha do Tua
Aquele movimento acredita ainda ser possível parar a construção da barragem do Tua.
O Movimento Cívico da Linha do Tua, enviou vários documentos para os autarcas de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança, e para os alcaides de Pedralba de la Pradería e de Puebla de Sanábria, com o intuito de os desafiar a reunirem para que a defesa da linha centenária seja feita a uma só voz.
Daniel Conde considera que é tempo de sacudir o marasmo e fazer perceber aos autarcas que é preciso pensar no futuro da região e não apenas nos respectivos concelhos. “O objectivo é sacudir de vez o marasmo que acontece na linha do Tua tanto na zona do vale como na parte encerrada até Bragança e pensando até no prolongamento até à Puebla de Sanábria” afirma.
“Queremos convidar os autarcas a reunirem-se e a pensar e a pensar no futuro da região como um todo e não apenas no seu quintal” refere, argumentando que “reabrir a linha do Tua não seria uma obra muito cara e iria trazer desenvolvimento para a região”.
Outro desafio do movimento vai no sentido de que os autarcas defendam um referendo regional definitivo sobre a reabertura, modernização e prolongamento da Linha do Tua, desde a estação do Tua até ao lago da Sanábria, passando pelo renovado aeroporto de Bragança e pela estação de Alta Velocidade da Puebla de Sanábria, na nova linha Madrid - Ourense - Vigo.
“Há que ouvir a voz do povo e eu penso que aqui seria unânime em querer a reabertura, prolongamento e modernização da linha do Tua” afirma, confiante. “Lisboa não teria outro remédio se não ceder à vontade da população”.
Ao lançar estes desafios, o movimento pretende que tenham o mesmo sucesso da coligação de autarquias que finalmente convenceu "Lisboa" a reabrir o troço Pocinho - Barca d'Alva na Linha do Douro.
“Num dos documentos explicitamos lá o exemplo que houve com a reabertura da linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva em que foi a vontade dos autarca locais que fez com que se avançasse com a reabertura deste troço” lembra. “Não podemos estar à espera que Lisboa pense se é ou não rentável para a região reabrir a linha do Tua”. Para os autarcas seguiu também a proposta de afixar cartazes explicativos sobre as verdadeiras consequências, caso avance a construção da barragem do Tua.
O Movimento Cívico da Linha do Tua espera por respostas dos autarcas até ao final deste mês.
CIR/Brigantia
terça-feira, 22 de junho de 2010
Carrazeda de regresso à Idade Média
Reginorde altera calendário para atrair mais visitantes
A feira das actividades económicas de Trás-os-Montes acontecia sempre na última semana de Maio, mas desta vez, a organização decidiu mudar a calendarização para meados de Julho, com um orçamento de 200 mil euros.
A Reginorde deixa o mês de Maio e passa para Julho.
De 10 a 17, foi a nova data escolhida pelo conselho consultivo da Associação Comercial e Industrial de Mirandela.
Uma escolha que tem em conta as condições climáticas, mas também por ser um mês que já conta com muitos emigrantes na região.
“Em Julho, Mirandela é palco de outros eventos aos quais nós podemos dar continuidade” explica Jorge Morais. Por outro lado, “temos mais gente pois há pessoas oriundas de outros concelhos e de outros países” acrescenta.
Para além disso, a organização do certame fez questão de aproximar a data à realização de uma série de eventos em Mirandela, como o Jet Ski e as festas da cidade, e Jorge Morais confessa que, este ano, pretende-se dar ao certame um novo conceito de feira e festa.
“Durante o dia é a feira porque a entrada só é permitida a profissionais e durante a noite, com os espectáculos, o acesso é a todo o público em geral” afirma.
Nesse sentido, a organização aposta nos espectáculos que absorve 100 mil dos 200 mil euros do orçamento.
Os Ídolos, Santa Maria, Rui Bandeira, José Malhoa, são algumas das figuras para a edição deste ano, cujos bilhetes de acesso variam entre os dois e os cinco euros.
Jorge Morais conta ter cerca de duas centenas de expositores, distribuídos por três pavilhões e este ano com a novidade dos profissionais poderem visitar a feira de forma gratuita durante a tarde. (...) CIR/Brigantia
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Carrazeda de Ansiães quer dinamizar comércio local
O projecto Guild'Ouro foi apresentado ontem e vai estender-se até Junho de 2011.
Nuno Carvalho, vice-presidente daquela entidade, que é composta pela Câmara Municipal e pela Associação Comercial e Industrial, explica o projecto.
“É um projecto submetido ao QREN e aprovado há dois meses. Anda tudo à volta de acções para promover e dinamizar o comércio local. Vamos ter desde o Dia dos Namorados, Feira do Folar, feira de Stocks, Páscoa Animada.”
Nuno Carvalho admite que o débil comércio local só tem a ganhar com esta iniciativa:
“Como há uma certa debilidade, qualquer tipo de acções tem uma grande apetência por parte dos aderentes. Tudo ajuda.”
O nome Guild'Ouro deriva das antigas Guildas, associações de comerciantes que existiam em Constantinopla e vai servir de marca-chapéu para todas as iniciativas:
Nuno Carvalho destacou ainda a Feira da Maçã, Vinho e Azeite, que se tem realizado sempre num parque próprio e este ano vai ter as principais actividades distribuídas pela zona comercial da vila de Carrazeda, precisamente para que as lojas possam estar a abertas durante mais tempo e lucrar mais alguma coisa com o fluxo de pessoas que o evento gera.
CIR/Brigantia
terça-feira, 15 de junho de 2010
Rio Sabor e Linha do Tua entre as 7 Ex-Maravilhas
A Linha do Tua, com mais de 25 por cento dos votos, foi mesmo a candidatura mais votada entre as 13 propostas. Já o rio Sabor colheu 13,6 por cento, cotando-se como a terceira mais votada.
Descobrir as aberrações que proliferam Portugal fora é o mote deste movimento, comissariado por Pedro Quartin Graça, Gastão Brito e Silva e Rui Cunha.
“Locais que a natureza criou belos e que a mão humana tornou horrendos serão postos em xeque numa iniciativa que pretende mobilizar os cidadãos e despertar a discussão sobre a preservação do nosso património natural”, segundo se lê no site da iniciativa, em 7exmaravilhas.net.
O objectivo é “mobilizar a população para a indiferença a estas situações de abandono e desleixo”. Esta iniciativa pretende tornar-se num grande movimento cívico pela defesa e preservação da paisagem nacional.
Os resultados finais serão anunciados no dia 7 de Setembro. Brigantia
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Daqui e dali... Carlos Fiúza
Aliás, é de Aristóteles a afirmação de que "todo o homem deseja naturalmente saber".
Troçando da doutrina de Buridan, filósofo escolástico do século XIV, os seus adversários serviram-se do exemplo de um hipotético burro que, posto entre dois feixes iguais de feno, se deixa morrer "burramente" de fome, por lhe faltar o poder de agir ou não agir por escolha.Este exemplo não se encontra na doutrina de Buridan, mas o chamado "burro de Buridan" é, de facto, uma expressão tipicamente filosófica, no que a Filosofia tem de curioso.
O burro não soube ser árbitro ou senhor do destino do feno ... Verdade, verdade, e sem ofensa, também há homens assim, para honra dos asnos ...
Aqui se segue (pelo menos no que respeita ao intento) um estudo a respeito de palavras de Filosofia e, está claro, irei “filosofando” a propósito das mais interessantes.
Na linguagem de todos os dias, é fácil ouvir: "Fulano tem carácter". Mas, se entrarmos na Filosofia, o termo carácter já é upa, upa!
Parece esquisita esta paronímia do pneumático ou pneu de um carro e pneumática, ciência das coisas dos espíritos? Tudo se explica.
Em grego (e os filósofos adoram o grego para engendramento do seu palavreado) pneumatikós é relativo ao sopro, pneuma. Os pneus de um carro enchem-se de ar a sopro de bomba.
Mas o espírito não é sopro também? Portanto, a pneumática ... ciência das coisas espirituais.
Que é acidente? Filosoficamente, nós temos o acidente predicamental, (o que existe em outro) e o acidente predicável (o que se acrescenta à essência); enfim, o acidente é o que não pode existir em si mesmo. Accidens (accidentis), é o que cai para fora, é o que chega caindo, o que aconteceu.
"Cair com um acidente na rua", diz-se por aí, algo pleonasticamente. O acidente é que cai, na verdade.
E o que é, filosoficamente, a alma?
Esse portentoso Padre António Vieira diria que a alma é, no homem, "tudo o que há de beleza, de ciência, de arte, de valor, de majestade, de virtude".
Filosoficamente e secamente, alma é princípio imaterial da vida, é substância espiritual perceptível somente pela consciência humana. Já para os gregos psykhé significava ao mesmo tempo alma e vida.
A origem de alma, etimologicamente, é anima, isto é, sopro, vida.
Substantivado, deu-nos conceito, em Filosofia a ideia geral, abstracta.
Na linguagem vulgar entrou o conceito: "Que conceito fazes de mim?". Porém, o derivado concepção toma-se, em Filosofia, por acção de formar conceito.
Como é que o Povo traduz isto? Traduz por fantasmas ou visões. A alucinação é uma perturbação mórbida e vigil da sensibilidade, que nos faz ver, ouvir, ou apalpar objectos exteriores ausentes.
Alucinação encerra o latim allucinare, isto é, não poder chegar à luz, ou estar enganado com ela.
Allucinatio é erro pela luz do espírito, divagação, sonho, delírio.
Inacessível ao vulgo uma palavra como alucinação, ele adopta em geral coisa mais fácil de entender: "vê fantasmas, tem visões"!
No fundo, ambos dizem o mesmo, pois o termo hipótese é suposição (em grego hypóthesis).
Às vezes escreve-se: "Não há direito; aquele negócio é uma especulação, uma exploração".
Se subirmos à Filosofia, a especulação também explora, mas observando, pois especular, como já no latim speculare, de specula (ponto alto de observação ao longe), é observar. O fim da especulação, filosoficamente, é observar, para conhecer ou explicar.
"O avançado-centro não tem dinamismo". "A falta de dinamismo do Ministério A, X ou Z"
É o grego dynamis, força, que entra no palavrão, tornado deveras corriqueiro talvez por culpa de Leibniz e do sistema que dá à matéria, essencialmente constituída de forças.
Filosoficamente, o devaneio é o sonho acordado. (Curiosa é a formação: de + vão). O devaneio é o pensamento em coisas vãs.
O latinismo criterium, já era do latim escolástico. A raiz é o grego krinein, julgar, por meio de kriterion, aquilo com que se julga.
É tão vulgar na linguagem corrente que até se diz: "Fulano é muito criterioso".
Contingente, o que pode ser, o que existe e poderia não existir.O étimo de contingente é expressivo: con + tangere, tocar.
Contingere significa chegar por acaso, tocar em sorte, tocar uma coisa que chega, contra o que se esperava, mas em bem.
A Estética é a ciência de sentir a beleza. Há quem julgue o termo infantil, mas, olhando a que se trata das manifestações sensíveis do belo, o vocábulo é bem constituído.
O estoicismo, como palavra, veio de um facto simples: as lições dos estóicos eram dadas num pórtico de Atenas, e pórtico, em grego, é stos. Stoikós é referente ao pórtico.
Na lógica das formas, a dialéctica é o acto de raciocinar, porque em grego dialektiké é discussão, ou arte de discutir. Foi o latim filosófico dialectica o espalhador do termo.
Já agora lembre-se o dialelo, ou seja, filosoficamente, o círculo vicioso, do grego diallelos, um pelo outro.
Dedução veio de deductio, e esta de deducere, fazer sair de, conduzir de cima para baixo, fazer descer.
Por isso deduzir, em Filosofia, é descer do geral para o particular, é vir do derivante para o derivado.
Ora a doutrina segundo a qual se deve fazer o conhecimento de si mesmo pela consciência tem este nome espampanante – heautognose, do grego heauton, de si mesmo + gnósis, conhecimento.
A origem da palavra céptico é o grego skeptikós, o observador, de sképtomai, observar, examinar, porque os cépticos gregos gabavam-se de observar sem afirmar.
Outro termo, também derivado em ismo, e deveras batido: o empirismo.
Empirismo, a teoria que impinge a experiência e só a experiência, prende-se no grego empeirikós, de empeirós, experimentado.
Primeiramente termo médico, passou à Filosofia. A Medicina empírica anterior à Ciência, a Filosofia empírica anterior às leis do Espírito, estão pela hora da morte, desde o século XVIII... mas ainda há empíricos com fartura.
O altruísmo é, de certo modo, a filantropia, o que mais cristãmente se chama amor do próximo ou caridade.
A etimologia de átomo é o que se não divide. Dividido o átomo, a etimologia levou um quinau.
Porque é asnidade dizer surrealismo, e nisto ainda ninguém reparou neste País que recebe, de cócoras, tudo quanto vem do estrangeiro.
O surréalisme nasceu em França como o novo movimento que parte do conceito de que o subconsciente é a mais alta realidade, e o espírito subconsciente é que se deve expressar na arte e na literatura.
A realidade do subconsciente é uma realidade-superioridade, e o automatismo psíquico é que deve ser externado.
Mas em Portugal surrealismo é uma grossa asneira!
Super-realismo, supra-realismo ou até sobre-realismo é o que está certo. Surrealismo, nunca!
Mas que é actual, se tudo na vida foge num presente que, daí a nada, já é passado?
Carlos Fiúza
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Distrital do PSD contra encerramento de escolas
O presidente da estrutura já tinha anunciado esta posição enquanto autarca de Mirandela, mas ontem na festa do partido, em Moncorvo, José Silvano anunciou que o PSD não aceita o fecho dos estabelecimentos de ensino sem o consentimento das câmaras municipais.
“A distrital está contra este encerramento de escolas” porque “o que se está a passar é uma medida avulsa que vem contrariar o reordenamento que estava nas cartas educativas” explica.
“As escolas que tiveram de fechar ou é com o acordo das câmaras e das juntas de freguesia ou nós seremos frontalmente contra porque vem desertificar as aldeias e pôr em causa o planeamento que se fez com o ministério há um ano e meio” e que previa o encerramento das escolas apenas “quando os centros escolares estivessem concluídos, e ainda não estão” salienta.
Os autarcas da região estiveram reunidos, quarta-feira, com o secretário de estado da educação para debater este assunto.
Segundo José Silvano, o governante “foi sensível a este apelo e afirmou-nos que só haverá encerramentos negociados com as autarquias locais. Se não houver acordo, o encerramento pode ser adiado”.
A distrital do PSD contra o encerramento de escolas primárias na região com menos de 21 alunos.
Brigantia
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Movimento Cívico acusa ministro dos Transportes de «total desrespeito»
A reunião da Comissão Parlamentar de Obras Públicas para ouvir o ministro foi agendada por iniciativa do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e estava marcada para sexta-feira, mas António Mendonça não compareceu.
O MCLT manifesta, em comunicado, “a sua indignação pela atitude de total desrespeito manifestada pelo ministro para com a Assembleia da República e, sobretudo para com os habitantes do vale do Tua, com a sua ausência inesperada”.
O movimento questiona também a tentativa de o ministro se fazer substituir pelo secretário de Estado dos Transportes e a posição da deputada socialista e ex-secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, que acusou os partidos da oposição de quererem fazer “chicana política e de não estarem interessados em ser esclarecidos ao rejeitarem a substituição”.
“Se o secretário de Estado está tão a par da realidade das vias estreitas do Douro, o que se passou então no lamentável episódio de Abril último, em que manifestou total desconhecimento sobre a situação da linha do Corgo, enquanto recebia três autarcas trasmontanos servidos por esta via?”, questionam os defensores da ferrovia.
Para o MCLT, “este tem sido o modus operandi deste e do anterior Governo, que tudo têm feito para se esquivarem a perguntas incómodas sobre um tema para o qual não conseguem arranjar nenhuma base de sustentação - a construção criminosa da barragem do Tua - agindo assim à margem da democracia e numa linha que se confunde de forma notável com a de uma qualquer ditadura”.
A linha do Tua esta encerrada na maior parte da sua extensão há quase dois anos, desde o acidente de agosto de 2008, o último de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.
Entretanto recebeu “luz verde” a barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros da via férrea.
De acordo com informações prestadas pela EDP à Lusa, a empresa deverá concluir ainda este mês a entrega de toda documentação exigida pela Declaração de Impacto Ambiental.
Uma das obrigações impostas é o estudo de mobilidade na zona afetada, incluindo a alternativa ferroviária que a EDP descarta apontando como alternativa à perda do comboio, as viagens de barco e de autocarro.
Toda a documentação apresentada pela EDP será analisada pela Agência Portuguesa do Ambiente e competirá ao Governo decidir se a barragem avança e a linha do Tua encerra ou não definitivamente.
O MCLT classifica de ”indesculpáveis os atrasos em relação à linha” e responsabiliza o Governo pelos “avultados prejuízos que a situação está a causar à Câmara e ao Metro de Mirandela, que assegura o transporte na via ao serviço da CP.
“Têm suportado estoicamente custos motivados pela cobiça do Governo e da EDP por impedir ou dificultar ao máximo a deslocação diária de centenas de passageiros locais, e pelo decréscimo do número de turistas que se deslocam na Linha do Tua e do efeito que têm sobre o comércio da região”, refere.
O movimento exorta os “responsáveis políticos a terem vergonha e sentido de honra e compromisso para com os cidadãos”.
Lusa, 2010-06-08
terça-feira, 8 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Câmara de Mirandela desconfia que Urgências vão fechar em Julho
José Silvano adverte a equipa liderada por Henrique Capelas que, caso essa decisão venha a ser tomada, avança para tribunal, denunciando que está a ser violado o protocolo assinado, há três anos, entre o Município e o Ministério da Saúde. Entretanto, Henrique Capelas garante que a urgência médico-cirúrgica vai manter-se. (...) Brigantia
Câmara de Carrazeda deixa cair construção de polidesportivo
Na Assembleia Municipal da passada quarta-feira, o autarca explicou que a estrutura desportiva ao ar livre vai ficar adiada devido à falta de capacidade financeira, embora admita que é uma necessidade:
“As crianças e os jovens de Carrazeda não têm um sítio para jogar. Depois das aulas vão para o largo das Finanças. Era nossa intenção colmatar essa carência através da construção do pavilhão polidesportivo ao ar livre. Mas não temos muito dinheiro para fazer um polidesportivo e um gimnodesportivo, já que o orçamento ficou acima do previsto, atinge os 150 mil euros. Então vamos concentrar as atenções no gimnodesportivo.”
Mesmo assim, o pavilhão gimnodesportivo está dependente de fundos comunitários, já que a Câmara não tem hipóteses de o construir a expensas próprias e os magros recursos já têm para onde ir:
“Se viermos a ter condições financeiras do município e que abra um programa, avançamos com ele. Mas temos de ser realistas, todos os programas obrigam à comparticipação municipal. E aí temos outros programas, como o centro escolar, a regeneração urbana, de três milhões de euros e vamos entrar com a repavimentação de estradas. Temos de optar”, sublinha.
O presidente da Câmara de Carrazeda, José Luís Correia, na Assembleia Municipal de quarta-feira, onde assumiu que o concelho precisa urgentemente de um pavilhão gimnodesportivo, já que o da Escola Secundária já não oferece condições para receber provas oficiais.
CIR/Brigantia
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Crianças comemoraram 500 anos do foral de Carrazeda de Ansiães
Alunos do segundo ciclo do ensino básico de Carrazeda de Ansiães encenaram, ontem, a cerimónia de entrega do foral por D. Manuel I a Ansiães, há 500 anos.
As comemorações coincidiram com o Dia da Criança e o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia, assinalou que a participação de cerca de 400 crianças no evento, realizado no Castelo de Ansiães, teve um efeito pedagógico:
“Coincidiram os 500 anos com o dia da criança e nada melhor do que atribuir-lhes a responsabilidade da encenação.” E esta é uma forma de que “se sintam motivados para visitar o castelo mais vezes.”
Os alunos que participaram na encenação da entrega do Foral ficaram satisfeitos com a prestação, mas não não tanto com o incómodo das roupas quentes em dia de calor. Caso do Diogo, Artur, Jorge e Mafalda:
“É um bocadinho quente. Não pesa mas é quente e os sapatos apertados”, conta o Diogo. Já Artur, que leu a carta de foral, confessa que estava “um bocadinho nervoso”. Jorge também se queixou do calor e das “cinco camisolas”. Mafalda, que fez de rainha, tinha “cinco saias”, o que tornou a roupa “muito quente”.
Nos próximos dias 18 e 19 de Junho regressam as actividades ao Castelo de Ansiães, com a realização da iniciativa da Câmara “Ansiães na Idade Média”. Contempla um assalto ao castelo e um torneio medieval.
Haverá mais eventos na zona histórica da vila de Carrazeda.
Ora, como se disse, ontem foi o dia da criança, comemorado um pouco por todo o distrito.
Mas, no concelho de Bragança, e ao contrário do habitual, a câmara municipal não organizou o encontro, que reunia todas as crianças do concelho num dia desportivo no estádio municipal.
A contenção orçamental terá estado na origem desta medida.
As escolas da cidade tiveram apenas direito a alguns insufláveis para permitir alguma brincadeira às crianças.
CIR/Brigantia