terça-feira, 22 de junho de 2010

Carrazeda de regresso à Idade Média

Encenação histórica no castelo de Ansiães foi o ponto alto das festividades que convidaram o público a recuar no tempo
Decorria o período entre 1383-1385, o Castelo de Ansiães é tomado de assalto pelas tropas castelhanas lideradas por João Rodrigues Porto Carreiro.
As hostes do país vizinho chegaram munidas de artilharia pesada e com vontade de conquistar o castelo, fazendo ameaças de morte ao povo de Ansiães. Depois de um período de troca de munições, os homens leais ao Mestre de Avis, sob o comando de Vasco Pires de Sampaio, propuseram aos castelhanos a realização de várias provas para mostrarem a sua valentia. Quem vencesse todas as lutas ficaria com o a fortificação.

Este episódio da história da região foi encenado, no passado sábado, no Castelo de Ansiães, no âmbito da Festa na Idade Média, organizada pela Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães (CMCA).
Durante a recriação deste momento histórico, os actores interagiram com o público presente, dando mais vivacidade ao momento e tornando-o mais real. As pessoas que se encontravam na assistência aderiram aos pedidos dos actores, batendo palmas para incentivar as tropas portuguesas e apupando os castelhanos.
Depois de alguns combates, os portugueses venciam os homens de armas de Porto Carreiro, que se mostraram fracos para combater perante a valentia das tropas leais ao Mestre de Avis.
Depois da limpeza ao nívelda vegetação, as muralhas do castelo vão sofrer uma intervenção de fundo. Os actores conseguiram cativar o público, que se manteve na assistência até terminarem as lutas, que deram a vitória aos portugueses, que expulsaram os castelhanos do castelo de Ansiães.
A par da encenação dentro e fora das muralhas, o “Ansiães na Idade Média”, também decorreu nas ruas da vila e na zona envolvente à Fonte das Sereias e ao pelourinho, com diversas iniciativas alusivas à época, desde as danças sarracenas e encantamento de serpentes aos saltimbancos. Para tornar a festa ainda mais característica não faltaram os comes e bebes nas tabernas do burgo aromatizados à época medieval.
Este foi o primeiro ano que a CMCA organizou esta iniciativa, tendo em vista a dinamização do castelo de Ansiães. “Queremos dar outra dinâmica ao castelo, apesar de não querermos centrar tudo nas muralhas, pelo que descentralizamos as actividades que também decorreram na parte antiga da vila, com o devido enquadramento da época”, frisou o presidente da CMCA, José Luís Correia.
Para receber esta iniciativa, o castelo de Ansiães foi alvo de uma intervenção ao nível da limpeza da vegetação. No entanto, este patrimó­nio classificado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), necessita de uma intervenção mais profunda, nomeadamente ao nível da consolidação das muralhas. “Deram-nos conhecimento que está inventariado o que é preciso fazer no castelo de Ansiães e está a caminho a solução, visto que já foi feita uma candidatura nesse sentido”, garantiu o edil.
O objectivo da autarquia é dar continuidade a esta iniciativa, que já cativou os carrazedenses, visto que esta festa é realizada no contexto específico da história de Ansiães. Jornal Nordeste

4 comentários:

Unknown disse...

Estas iniciativas são interessantes mas parece-me que só devem ocorrer no Castelo,que é o único lugar que pode atrair pessoas de fora do concelho e estas iniciativas devem ter por fim principal a atracção de forasteiros.
Tendo em vista este desiderato,as acções a empreender devem ser meticulosamente estudadas e difundidas.
JLM

Anónimo disse...

É com satisfação que vejo realizar todos estes eventos e a vontade de o Senhor Presidente da Câmara desenvolver a vertente cultural no nosso Concelho.
Eu não estive presente por isso não posso avaliar o acto própriamante ao vivo,mas apoio totalmente quanto mais não seja para que os mais novos fiquem a conhecer as origens daquele que foi o inicio da História da Vila que hoje se chama CARRAZEDA DE ANSIÃES.
Mas só isto é muito pouco porque entretanto deixam-se cair obras porque não há dinheiro.
Concordo que a pesada herança da dívida do Municipio não dê ao Senhor Presidente margens de manobra para grande coisa,mas na minha modesta de ver as coisas o Senhor Presidente não pode ir por esse caminho, mas sim procurar atalhos para bater a algumas portas à procura de meios para resolver pelo menos alguns problemas e assim não deixar cair por terra o que seja importante para o desenvolvimento do Concelho.
Agora dizer-se, não se faz isto porque não há dinheiro,não se faz aquilo porque não há dinheiro é o mesmo que nada fazer.
Toda a vida ouvi dizer qu criança que não berra não mama.
Também a oposição tem aqui o seu papel para desempenhar a menos que o Senhor Presidente não queira,aqui já são questões que me passam ao lado,mas lembrem-se que a união faz a força e quem está em frente da causa pública não pode ter orgulho, mas sim unir-se ao adversário e ir à luta.

Anónimo disse...

Venho aqui só para dizer que este evento não foi única e exclusivamente da nossa Câmara , mas também da EPA.

Anónimo disse...

Ora, tinha de ser!
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