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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Daqui e dali... José de Morais Neves

CARRAZEDA VERSUS VILA FLOR

É natural e até salutar haver rivalidades entre localidades vizinhas. Porém ao ler as opiniões expressas nos últimos tempos, até parece que em Carrazeda nada existe, tudo é mau.
Vila Flor dispõe de um importante conjunto arquitectónico civil e religioso construido.
A Carrazeda que hoje conhecemos, data do 2º quartel do sec.XVIII, pois até essa data a localidade cingia-seá vila amuralhada de Ansiães, bem desenhada no livro das fortalezas de Duarte de Armas e apelidada também de mui nobre.
Fruto do tempo, da incúria dos homens e da perda de importancia militar, a vila e o seu castelo cairam em ruinas.
Restaram as muralhas e as igrejas românicas, as quais são um notável exemplo da arquitectura medieval. O seu estado de conservação é da competência do Igespar e todos infelizmente sabemos como o Estado cuida do património. Penso este conjunto, a par das igrejas paroquiais e dos vestígios pré históricos, dão a este concelho alguma pecularidade no património artistico.
Quando se fala do Centro Cultural e se cita o exemplo do de Vila Flor, não posso deixar de referir que este é o exemplo pleno de má arquitectura e de total desenquadramento no espaço urbano.
O que está em construção em Carrazeda, tem uma arquitectura correcta, tem funcionalidade e está bem integrado na malha urbana.
Os problemas com o seu termino,devem-se exclusivamente á saga dos concursos públicos.
Carrazeda, por iniciativa da Autarquia, tem em curso um dos mais interessantes e importantes programas nacionais de escultura moderna em espaços públicos.
Por circunstâncias particulares foi possível trazer até nós alguns dos mais importates escultores mundiais, que com um prémio pecuniário quase simbólico, que aqui deixaram a sua obra. Quando dentro de um ano o projecto estiver concluido, será motivo de orgulho para nós e motivo de visita para aqueles que se interessam pela cultura.
Ele que será publicitado em livro, teve também a particularidade de incluir no grupo que gere o trabalho no terreno, um jovem escultor de carrazedense.
O mesmo poderemos dizer do Festival de Música Medieval, único a nível nacional e que já vem citado internacionalmente.
Se for possível levar a bom termo a aquisição da mais importante colecção de balanças peninsular, haverá mais uma razão diferente e peculiar que marcará a diferença.
Se juntarmos a requalificação em curso na Vila e o restauro do pequeno núcleo histórico do "Fundo da Vila", estarão reunidas, conjuntamente com o património natural e gastronómico, as motivações e as condições para haver visitas qualificadas.
Não creio que um parque de campismo, referencie qualidade, vide o caso de Vila Flor, pois o turismo de qualidade, o que gasta no local, exige hoteis confortáveis e adequados ao meio, exige restaurantes e lojas de produtos tradicionais.... mas isso é da competencia da iniciativa privada. Como facilmente podemos depreender, afinal em Carrazeda, também tem algo de que se pode orgulhar.
José de Morais Neves

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Daqui e dali... José de Morais Neves

A Barragem...

Vi hoje o video promocional da EDP sobre a Barragem do Baixo Sabor e não posso deixar de lamentar o embuste que é feito para vender as ilusões do negócio do betão.
Pior vai acontecer com o Tua, onde se prepara a destruição de uma paisagem única, tal como única é a linha férrea.
O retorno económico e turistico para a região é pouco mais que nulo, pois para além da criação de reduzidos postos de trabalho, apenas haverá produção eléctrica para uma população de 80.000 pessoas. Benefício irrisório, em face da delapidação irreversível de todo um património histórico e paisagistico ímpar.
Todos não seremos demais para impedir este atentado, que envergonha todos aqueles que amam a natureza e a história e nos coloca mal no ambito das nações civilizadas e cultivadas... e assim juntos poderemos para sempre dizer... este é o Rio Tua.

José de Morais Neves