domingo, 31 de janeiro de 2010

«Pare, escute e olhe», de Jorge Laiginhas e Leonel de Castro

«Este livro é um documentário fotográfico realizado pelo fotojornalista Leonel de Castro, com texto do jornalista Jorge Laiginhas, motivado pela supressão da chamada Linha do Tua, que irá ficar submersa após a construção da barragem do Tua.
Trata-se de um documento histórico, uma vez que é um trabalho inédito e único de registo fotográfico exaustivo.
Os registos fotográficos captam não só a enorme beleza e dignidade da paisagem, como a própria vida da linha ferroviária: as pessoas que a utilizam, a presença dos carris e do comboio na terra e na vida das gentes da região.
Este livro está associado ao documentário de Jorge Pelicano, com o mesmo nome, que tem ganho diversos prémios nacionais (num só dia ganhou 6 prémios) e que vai estar nas salas de cinema em Janeiro.»

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Partidos da oposição criticam PIDDAC

Nas reacções ao PIDDAC de 2010, o presidente eleito da distrital do PSD diz que o distrito não foi esquecido mas sim excluído.
A verba não é sequer para as câmaras municipais ou para obras, mas sim para obras da administração descentralizada como é o caso da modernização dos tribunais” refere José Silvano. “Não há rigorosamente mais nada por isso nós não fomos esquecidos, fomos excluídos do PIDDAC” acrescenta.
José Brinquete do PCP vai mais longe e diz mesmo que este programa de investimentos é chocante e humilhante. “Ao termos conhecimento da proposta de PIDDAC para o distrito ficamos em choque porque no ranking dos distritos, Bragança fica em ultimo lugar” refere, salientando que “não é aceitável que o distrito fique sem qualquer financiamento com vista a investimentos”.
O Bloco de Esquerda considera que este documento é o espelho do abandono a que o Governo vota a região transmontana.
Isto traduz o desinvestimento dos últimos anos reforçando o sentimento de abandono da região por tarde do poder central” afirma Luís Vale. “Olhando para o mapa, Bragança é o distrito com menos verba inscrita e já era tempo de inverter esta situação”.
Quanto ao PS, Mota Andrade desvaloriza o PIDDAC ao afirmar que não traduz o real investimento no distrito. “Neste documento não aparece a esquadra da PSP de Mirandela que está a ser executada e outras obras como a estrada entre Rebordelo e Mirandela e entre Algoso e Mogadouro” exemplifica, por isso “desvalorizo por completo este mapa do PIDDAC regionalizado”.
A Brigantia tentou ainda ouvir o líder da distrital do CDS/PP, mas não foi possível chegar à fala com Armando Pacheco. Brigantia

Bragança com PIDDAC mais baixo do país

Um milhão e 220 mil euros para o distrito de Bragança.
É o que está destinado no PIDDAC para 2010.
São menos seis milhões e meio de euros do que no ano anterior, no que se refere a investimento.
O orçamento sofreu assim um corte drástico e é mesmo o valor mais baixo em todo o país comparativamente com os restantes distritos.
Este ano, o Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central apresenta dotação para quatro dos 12 concelhos do distrito: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro.
A capital é quem recebe mais dinheiro, perto de 685 mil euros, sendo que grande parte das verbas é destinada às novas instalações do Centro de Respostas Integradas e à reabilitação do Instituto Politécnico de Bragança.
Miranda do Douro é o segundo concelho que mais recebe.
São cerca de 266 mil euros, dos quais 241 são canalizados para a remodelação e ampliação do Museu Terras de Miranda.
Macedo de Cavaleiros recebe 181 mil euros para a câmara municipal e um lar de idosos e Mogadouro 88 mil também para a autarquia e para remodelações no tribunal. Brigantia

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA/2010

Entre os dias 13 e 17 deste mês, realizou-se em Lisboa mais uma Bolsa de Turismo, assumindo-se como “a maior montra da oferta turística em Portugal”.
Integrada neste certame, a Região de Turismo do Douro fez uma aposta muito forte e séria na tentativa de dar a conhecer as potencialidades desta região.

Foi com o objectivo de promover, em termos turísticos, o concelho, que a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães aceitou o repto para estar presente. Assim, no dia 17, o concelho deu-se a conhecer através do que tem de melhor. E, não há nada que supere os efeitos na memória do que as sensações gustativas, olfactivas e visuais. Por isso, muitos foram o que passaram pelo pavilhão da Rota do Douro para degustarem o pão de centeio, os enchidos, os vinhos, o azeite, as maçãs, as compotas e o bolo de maçã… sabores que irão permanecer na sua memória, associados às imagens do património natural e histórico que, em simultâneo, tiveram oportunidade de admirar.
Trata-se de uma iniciativa que, certamente, muito irá contribuir para levar longe o nome de Carrazeda de Ansiães.
Estão de parabéns os produtores que aderiram a esta feira de turismo cedendo generosamente os seus produtos:
Azeite:
· Vale da Santa (Seixo);
· Cooperativa Agrícola de Olivicultores de Carrazeda de Ansiães
Vinho:
· Vale D’Corça;
· Vinhos do Tua;
· Grambeira;
· Trovisco;
· Xara;
· Vinhos Negreiros;
· Para-Ambos;
Maçã:
· Quinta D’Aveleira;
· FRUCAR;
Enchidos:
· Salsicharia S. José;
Compotas/Biscoitos:
· Doces da Puri.

Barragem entra em obras até final do ano

A construção da barragem de Foz Tua deve começar até ao final do ano, adiantou ontem, segunda-feira, em Bragança, João Manso Neto, do Conselho de Administração da EDP.
De acordo com a Declaração de Impacto Ambiental, a empresa tem de entregar até Maio vários documentos, nomeadamente estudos complementares para preencher um conjunto de condições. "Estamos a preenchê-las de forma a poder completar o projecto e lançar o concurso público ainda antes do Verão", afirmou aquele responsável.
No entanto, sobre a questão da criação de uma alternativa à linha ferroviária do Tua, que vai ficar submersa pelo empreendimento, João Manso Neto não adiantou nada: "Não falamos publicamente daquilo que se trata em privado", justificou. JN

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Daqui e dali... António Augusto de Carvalho

“ Tentativas de embargo por incompetentes e irresponsáveis”

Em 15 do mês de Dezembro do ano findo, em companhia de outros munícipes, aproveitou-se a oportunidade de nos aproximarmos das imediações do cemitério municipal em funcionamento, para se conhecer o novo projecto para o seu alargamento, assim como da sua estimativa orçamental e tem todas as razões justificativas para a sua viabilização.
Deste encontro e por alguém responsável da Câmara Municipal, fomos informados que o Sr Engº Palma Azevedo, dos serviços da CCRN e do Srª Drª Cláudia Fernandes, Delegada do Centro de Saúde, que as mesmas entidades foram unânimes em aprovar e ordenar a elaboração do projecto, com a maior urgência possível, por forma a poder funcionar já no próximo ano.
Com este sinal, mais que evidente, de que tudo estava no bom caminho e a contento de todos os carrazedenses, somos surpreendidos com a notícia publicada no J.N. sobre as alegações de autarcas, que quanto a mim só revelam completa falta de bases muito exigentes e de reconhecida competência para assim se manifestarem publicamente.
Para não dar margem a que me julguem de que as bases são inteiramente as mesmas, sem tirar nem pôr, vou dar exemplos significativos para deixar bem patente a enorme diferença entre os meus fundamentos que em nada se confundem com os expressos pelos defensores da “piscina” do Grô, que a seguir revelo:

1º - Ter-se efectuado por volta dos anos 70,com o apoio dos serviços do Ministério da Agricultura, 3 campos experimentais de forragens para gado, nesse mesmo local, que devido ao excesso de água no solo, os mesmos acabaram por não dar o efeito desejado, resultante do asfixiamento do sistema radicular das plantas;

2 º - O mesmo imóvel foi adquirido pela Câmara, com o objectivo de captação e exploração de águas para o abastecimento da Vila.

Não tem de forma alguma, perante estes dois factos, lugar a que apareçam detractores contra a alternativa proposta pelo Município, de ampliação do cemitério antigo, o que me leva ainda a questionar o montante astronómico de 260.000 contos gastos no novo cemitério, um verdadeiro atentado aos limitados recursos económicos e financeiros da autarquia, só comparável a este nível, aos califas do terceiro mundo.

Aos ousados no conceito do vale tudo, não lhes resisto de lhes dar conta que em matéria de construções de cemitérios no concelho, só tenho conhecimento de terem acontecido, desde os anos sessenta, nas localidades de Foz-Tua, Mogo de Ansiães e Luzelos, porque em relação às outras localidades a alternativa encontrada foi o alargamento.
O facto de estar mal gasto o dinheiro no novo cemitério, não dá razão para o seu mau uso, mas sim para de uma vez por todas se pedirem responsabilidades aos responsáveis políticos e técnicos pela aberração e esbulhar de dinheiros públicos!
Para terminar, não deixo de associar a este escandaloso atentado todas as entidades que foram contactadas para pôr termo ao risco potencial para a saúde deste Povo humilde, trabalhador e de sentimentos, com o putativo funcionamento do novo cemitério.

Se há quem sustente que a construção do cemitério novo, se fundamentou em estudos e pareceres técnicos, tenho de contestar energicamente estes valores de caserna, porquanto todos os seus argumentos apresentados foram compilados de uma tese de três casos estudados na prestigiada Universidade de Aveiro, que não deixo de recomendar a sua leitura para não se cair no descrédito.

O Munícipe atento,
António Augusto de Carvalho

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Movimento contesta encerramento da linha do Tua

O Movimento Cívico da Linha do Tua está indignado com a REFER pelo facto de ainda não ter reaberto a circulação ferroviária entre o Cachão e Brunheda.
Aquele troço da linha do Tua está encerrado desde 22 de Agosto de 2008, altura em que aconteceu o acidente que provocou um morto e dezenas de feridos.
Mas Daniel Conde, daquele movimento, não entende porque razão aquele percurso continua sem reabrir já que não será sequer inundado pela barragem de Foz-Tua
É absolutamente incompreensível e imperdoável que esteja fechada desde Agosto de 2008” refere, pois “sempre se soube que aquele troço não vai ficar inutilizado por isso de que é que a REFER está à espera para modernizar esta linha?”
As populações desde o Cachão até à Brunheda estão muito mal servidas com o serviço de táxi porque ainda há dias um passageiro teve de ir na mala” denuncia.
Por outro lado, o Movimento Cívico da linha do Tua manifesta satisfação pelo desfecho do caso “Carril Dourado”, em que o Supremo Tribunal de Justiça condenou a empresa O2, de Manuel Godinho, ao pagamento de uma indemnização de mais de 100 mil euros, à REFER por furto de carris na Linha do Tua.
No entanto, Daniel Conde considera que a REFER deverá encaminhar essa verba para a modernização da linha do Tua, por exemplo na requalificação de estações para maior conforto para os passageiros.
Se os carris foram roubados da Linha do Tua esta indemnização tem de ser aplicada na Linha do Tua até porque ela precisa de obras urgentemente pelo menos entre o cachão e Brunheda” afirma.
O Movimento Cívico da Linha do Tua entende ainda que é grave ignorar que aquela via-férrea constituirá um eixo estruturante de desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Para além disso, considera que o seu serviço público às populações, à indústria e ao turismo, num cenário de ligação à Alta Velocidade, voos “low cost”, e ao Douro Vinhateiro, são preciosos para o desenvolvimento regional e nacional.
CIR/Brigantia

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Piscinas “metem” água

As piscinas municipais cobertas e aquecidas de Carrazeda de Ansiães não vão reabrir tão cedo.
Pelo menos, até que o empreiteiro corrija as deficiências técnicas que deixam escoar a água.

O presidente da Câmara de Carrazeda adianta que as perdas de água são elevadas.
Após 56 dias de encerramento por causa da seca, os dois tanques perderam 323 metros cúbicos de água” revela José Luís Correia. “O tanque pequeno perdeu a totalidade da água. Eram cerca de 105 metros cúbicos e o outro perdeu 218”.
O autarca fala ainda de outras deficiências de construção de um equipamento que custou dois milhões de euros e que está aberto há, apenas, três anos:
Há outras deficiências que nos preocupam como é o caso da parte eléctrica, aquecimento e canalizações e que é urgente reparar e terá de ser feito durante o prazo e garantia” afirma o autarca.
O presidente da Câmara de Carrazeda já contactou o empreiteiro responsável pela construção das piscinas cobertas e, sem adivinhar quanto tempo poderá demorar a reparação das deficiências técnicas, prefere não arriscar uma data para a sua reabertura. Brigantia

Daqui e dali... Fernando Sobral

A farmácia da educação
John Maynard Keynes não acreditava em resultados rápidos. Por isso, um dia, desabafou: "Eu não tenho uma farmácia. Não tenho que fornecer comprimidos nem soluções imediatas para problemas práticos que possam surgir". Os comprimidos, por si só, nem sempre são capazes de resolver os problemas dos pacientes: muitas vezes apenas atiram para o futuro a solução.
Portugal é uma grande farmácia: passa a vida a tratar-se com comprimidos e espera que a doença se cure por si própria. Quando se olha para aquela que costuma ser a prioridade das prioridades para a classe política, a educação, sabe-se que a ela se aplica a política do comprimido. Mesmo como quando era a "paixão" do saudoso António Guterres.
De reforma em reforma, temos criado a educação que é o espelho do País.
Portugal tem a segunda taxa de abandono escolar precoce da UE. Mas, como o que é preciso é mostrar resultados para que os burocratas de Bruxelas fiquem embevecidos, o facilitismo tornou-se a política oficial do Estado. Passa-se, mesmo sem os alunos saberem nada, para atingir níveis de conforto politicamente correctos. Nivela-se por baixo o grau de exigência. Mas, surpresa, mesmo assim os alunos debandam do ensino. Isto só mostra que todo o sistema educacional português está corrompido. Os alunos passam, os professores aprovam e o Ministério aplaude. Tudo em nome das estatísticas. Uma sociedade educada é uma sociedade saudável. E torna-se numa sociedade criativa e disposta a arriscar. Mas é contra isto que o sistema educacional português labuta incessantemente.
Fernando Sobral, Jornal de Negócios

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Maior parte dos idosos alimenta-se mal

Mais de metade dos idosos não institucionalizados alimentam-se mal e dois terços nem sequer toma o pequeno-almoço. São dados de um estudo da DECO Proteste a mais de 3400 portugueses, entre os 65 e os 79 anos. Na região transmontana, a situação é agravada pela maior incidência de população envelhecida e isolada.
Uma alimentação saudável à base de vegetais, fruta e peixe é feita com pouca frequência e o pequeno-almoço é muitas vezes descurado. Cerca de 40 mil idosos em todo o país têm mesmo dificuldades financeiras para satisfazer as suas necessidades alimentares.
Eunice Rodrigues, nutricionista do ACES Nordeste, subscreve este estudo e fala um pouco da realidade transmontana.
Isso é o que infelizmente tenho constatado nas consultas. Os idosos estão isolados, moram sozinhos e acabam por se desleixar um bocadinho. Acabam por ficar desanimados com a vida, não lhes apetece levantarem-se para cozinhar, fazer a sopa porque têm que partir os legumes e dá trabalho.”
Grande parte dos idosos faz as chamadas “refeições de seco”, à base de pão. Uma alimentação provocada sobretudo pelo isolamento familiar a que estão sujeitos.
Outro dos problemas dos idosos da região é, claro está, o consumo excessivo de fumeiro.
Na maior parte das vezes, se não estão doentes, ficam, e se já estão, ficam pior. Acaba por ser um ciclo vicioso. Sabem que se comerem muito fumeiro não controlam a tensão arterial, o peso aumenta. Mas daí até porem em prática, é complicado. Se eles estiverem acompanhados, é complicado”, diz.
Segundo este mesmo estudo da DECO a maior parte dos idosos apenas faz quatro refeições por dia, um número considerado reduzido e que tendencialmente diminui com o avançar da idade.
Medicação e contas como água e luz são encaradas como bens de primeira necessidade pelos mais velhos, o que não se passa com a alimentação.
De salientar ainda que as bebidas alcoólicas fazem parte da dieta.
47% dos homens bebem mais de dois copos de vinho por dia, o que é considerado excessivo.
CIR/Brigantia

Defensor da Linhado Tua faz queixa na CE

O Movimento Cívico da Linha do Tua considera que é tempo de parar com os sucessivos "atropelos ao direito comunitário" que a EDP e o Governo têm protagonizado, no processo de construção da barragem de Foz-Tua. Por isso, promete avançar, ainda este mês, com uma queixa na Comissão Europeia para denunciar essa actuação.
O movimento denuncia a "violação" da EDP em não considerar uma alternativa ferroviária, em caso de submersão de parte do troço da linha do Tua, "indo totalmente contra o estipulado na já manipulada Declaração de Impacto Ambiental", e quando aquele documento dizia que a zona "não facilita o estabelecimento de percursos tradicionais de transporte colectivo rodoviário".
Lucros para o ICNB
Daniel Conde acrescenta que "o tão badalado desenvolvimento prometido pela EDP vai revelando a sua verdadeira face", alegando que a renda de 3% sobre a produção anual da barragem do Tua (avaliada em 1,5 milhões de euros) não reverterá para as autarquias locais, mas para o ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade), "como prémio por deixar destruir a natureza e biodiversidade do vale do Tua", afirma. Além disso, o seu contributo para a população "pauta-se por uns insultuosos 38 euros de poupança anual naquela que é uma das facturas de electricidade mais caras do país, além da simpática oferta de quatro lâmpadas economizadoras". Já relativamente à insistência na construção da barragem do Tua, o Governo PS "desrespeita" um compromisso internacional assumido com a UNESCO, ao "descaracterizar parte do Douro Vinhateiro Património da Humanidade, arriscando seriamente a sua despromoção", afirma Daniel Conde.
Aquele defensor da linha do Tua não entende como é possível que o Governo continue a "encapotar o verdadeiro peso de um estudo independente", encomendado pela própria Comissão Europeia, onde se conclui que o programa nacional de barragens "foi mal avaliado" quanto aos seus impactos, sendo a sua prossecução totalmente desaconselhada, "sobretudo, por impedir que Portugal cumpra outro compromisso internacional: as metas de qualidade da água até 2015", avança.
A finalizar, o MCLT relembra que a zona envolvente à barragem do Tua está identificada no mapa de riscos nacional como zona de "perigo de ruptura de barragem". O tipo mais comum de sismicidade induzida é aquela por reservatório (entenda-se albufeiras), sendo a área envolvente à barragem do Tua identificada com um nível de risco sísmico considerável, já apontado no EIA.
JN

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O que se disse... Paulo Ferreira

«O Governo tem a obrigação de nos contar toda a verdade. É preciso dizer que, sem os sacrifícios de hoje, o nosso modo de vida só piorará. Voltam os sacrifícios? Infelizmente voltam».
Paulo Ferreira, "Jornal de Notícias"

As teias do Magalhães

Região transfronteiriça realiza Jornadas Gastronómicas e Enológicas

A região transfronteiriça do Douro Internacional acolhe as Jornadas Gastronómicas e Enológicas “Caminho do Queijo e do Vinho”.
Todos os fins de semana até dia 14 de Março, o objectivo é dar a conhecer dois dos melhores produtos desta região ibérica. Trás-os-Montes, Douro e Arribas do Douro.
Os apreciadores dos bons queijos e bons vinhos têm a oportunidade de degustar a genuína gastronomia da região do Douro Internacional. Assim ao longo dos próximos oito fins-de-semana até ao dia 14 de Março. A iniciativa está inserida nas jornadas gastronómicas e enológicas “Caminos del Queso y del Vino”.
Para além da componente gastronómica este roteiro oferece aos visitantes a oportunidade única de apreciar as paisagens e maravilhas naturais de uma região detentora de uma fauna e flora únicas em toda a península ibérica.
A actividade é dirigida aos amantes da boa mesa e dos bons néctares produzidos naquela região transfronteiriça e destinados aos palatos mais apurados. O percurso engloba adegas e queijarias tradicionais e unidades hoteleiras em que menus únicos visam valorizar os recursos gastronómicos dos concelhos de Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, isto do lado português.
Do lado Espanhol o visitante poderá viajar pela cultura e história das regiões fronteiriças desde Zamora até Salamanca, e visitar locais emblemáticos do ponto vista histórico e cultural.O primeiro dos 10 menus do certame gastronómico poderá ser apreciado, hoje, no complexo turístico AldeiaDuero, junto à barragem de Saucelle, a excessos 10 quilómetros de Freixo de Espada à Cinta, há muito considerada como a vila mais Manuelina de Portugal.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Montalegre - Feira do Fumeiro 2010 - 21 a 24 Janeiro

Agricultores transmontanos também podem receber apoios devido ao mau tempo

O Governo vai aumentar os apoios aos agricultores que sofreram prejuízos com o mau tempo.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Agricultura.
Estava previsto um fundo comunitário a 50 por cento disponível a fundo perdido para os agricultores. Mas as negociações com a União Europeia permitiram alargar a comparticipação até aos 75 por cento do programa de desenvolvimento rural, o PRODER, num total de 18 milhões. Recorde-se que o mau tempo das últimas semanas provocou danos um pouco por toda a região transmontana, com danos em estufas, caminhos, árvores de fruto e outras culturas
. Brigantia

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Ansiães na Idade Média" substitui Festival de Música Medieval

Depois do fim do Festival de Música Medieval de Carrazeda de Ansiães, a Câmara Municipal pretende avançar no Verão deste ano com a realização de uma iniciativa denominada “Ansiães na Idade Média”.
O Festival de Música Medieval, que chegou a ter grande promoção a nível nacional, perdeu importância ao longo dos últimos anos e em 2009 já não se realizou.
Em vez de o reactivar, o actual executivo pensou em substituí-lo por uma iniciativa mais abrangente. O presidente da Câmara, José Luís Correia, explica que a intenção é “dar vida” ao Castelo de Ansiães. Para tal vão ser levados a cabo “alguns eventos que dêem uma ideia bastante fiável do que era a vida no Castelo na Idade Média”.
Vão ser contratadas empresas que façam a encenação dos momentos históricos do concelho de Carrazeda. O presidente da Câmara recorda alguns: “A crise de 1393/85, que também teve repercussões no nosso concelho, a partida de alguns guerreiros de Ansiães para a batalha de Alcácer-Quibir e algum evento relacionado com D. Lopo Vaz de Sampaio”.
A Câmara deverá trabalhar em parceria com a Escola Profissional de Ansiães, que também tem organizado alguns eventos relacionados com a época medieval.
Entre a Oposição na Câmara, o vereador do PS, Augusto Faustino, entende que o modelo do Festival de Música Medieval estava gasto, mas havia a possibilidade de o continuar. Para isso devia primeiro definir-se o que se queria dele. Ou seja, se o festival fosse só para o concelho, “ter pessoas entendidas que explicassem este género de música ao público”, mas se o objectivo fosse ter um evento de âmbito nacional e internacional, então “divulgá-lo o mais possível para tentar trazer cá muitas pessoas conhecedoras desta música”.
Já a vereadora independente, Olímpia Candeias, concorda com o aparecimento de uma nova iniciativa para substituir o Festival de Música Medieval. É que se nos últimos anos se constatou que o festival não correspondia aos anseios da população, “pois havia que o questionar”. E “se a alternativa é melhor, mais abrangente e vem de encontro ao que as pessoas pretendem, então faça-se”.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Público

Câmara quer acabar obras do centro cívico após falência do empreiteiro

A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães vai tentar concluir o Centro Cívico durante este ano.
Uma obra que começou em 2001 e que, por falência do empreiteiro, está parada há anos, degradando-se a cada dia que passa.
A estrutura engloba um auditório, salas de exposições, bar, galeria comercial e parque de estacionamento subterrâneo.
O investimento já feito ronda três milhões e meio de euros e a população ainda não aproveitou o espaço. O autarca, José Luís Correia, anunciou a intenção da Câmara Municipal em iniciar a conclusão de uma estrutura que está numa “situação deplorável”. Porém, o projecto inicial vai ser alterado. “Vamos ampliar o palco do auditório e dar outra funcionalidade a alguns espaços”. “Temos de o pôr a funcionar de forma que todos os munícipes o possam utilizar”, defende Augusto Faustino, enquanto Olímpia Candeia salienta que “deve ser feito o levantamento das obras necessárias e pô-lo a funcionar rapidamente". JN

Daqui e dali... Carlos Fernandes

Cai neve em Carrazeda…
O Domingo de 10 de Janeiro acordou com pequenos "farrapinhos" de neve que caiem docemente do Céu nublado. Mas, durante a tarde, a situação complica-se e, pelos vistos, a neve veio mesmo para ficar por Carrazeda.

É uma alegria para miúdos e graúdos. Os pequenos fazem bolas de neve, já os mais velhos aproveitam para tirar fotografias, para mais tarde recordar.
Carlos Fernandes
http://wwwabcdesporto.blogspot.com

O que se disse... Anónimo(a)

«Este blogue chegou ao cemitério e morreu. Não escreveu mais nada. Aproveite-se para o enterrar no cemitério novo.»

Anónimo(a) em comentário rejeitado ao post Cemitério antigo de Carrazeda vai ser ampliado e novo fica por usar : em 10 de Janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cemitério antigo de Carrazeda vai ser ampliado e novo fica por usar

O executivo da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães vai alargar o cemitério velho da vila e deixar o novo sem qualquer uso, pelo menos para já. A oposição não concorda.

A justificação do presidente da Câmara, José Luís Correia, é a de que a nova estrutura foi construída numa zona onde corre muita água e que por isso é frequentemente inundada, pelo que ninguém estará na disposição de enterrar ali os seus mortos.

Ora, este foi o argumento que um grupo de cidadãos utilizou, há nove anos, para que o novo cemitério não fosse construído nas proximidades da aldeia de Luzelos.
Mas o executivo de então não deu ouvidos e gastou cerca de um milhão e trezentos mil euros numa obra que nunca foi inaugurada.

O autarca de Carrazeda avança com outras justificações para optar pela ampliação do velho cemitério, em detrimento da utilização do novo:
“Tem uma linha de água que o circunda. O empreiteiro declarou falência e a câmara tem de proceder à posse administrativa, um processo que pode ser moroso. Enquanto isso, o antigo está à beira da rotura”, explicou.
A vereadora independente, Olímpia Candeias, diz que o presidente da Câmara está a precipitar-se e recomenda a realização de mais estudos sobre a viabilidade do novo cemitério:
Está a haver uma decisão algo precipitada. Porque não chamar cá os técnicos que deram parecer favorável?”
Por seu lado, o vereador socialista Augusto Faustino, não vê razões para não se aproveitar já o novo cemitério:
Completamente contra esta decisão precipitada. Nunca faria o cemitério novo naquele ponto. Mas ele está lá e suportado tecnicamente. Por isso, temos de ver se o retomamos”.

O novo cemitério de Carrazeda de Ansiães, onde foram gastos um milhão e trezentos mil euros, vai ficar sem qualquer serventia nos próximos anos. A Câmara prefere alargar o velho, no meio na vila, porque o novo mete água a mais.
CIR/Rádio Brigantia

Daqui e dali... Carlos Fernandes

O Renascer do Cantar dos Reis em Carrazeda

A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães levou a efeito no passado dia 3 de Janeiro um evento cultural com o tema: Vamos Cantar os Reis pelas Ruas da Vila.
Participaram neste evento:
A Escola de Música de Zedes, a Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães, Associação Recreativa e Cultural de Luzelos, o Agrupamento de Escuteiros nº 658 de Carrazeda de Ansiães, o Grupo de Zíngaros de Carrazeda, bem como o Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães.
Os grupos concentraram-se na Praça do Município onde, sob a orientação da organização, foram distribuídos pelos respectivos Bairros da Vila, com o objectivo de levarem a todos os munícipes votos de um Bom Ano 2010.
O encerramento foi feito nas escadarias da Câmara Municipal, onde todos os grupos procederam a uma breve actuação.
Apesar do frio que se fazia sentir, os intervenientes conseguiram transmitir, com a sua música, muito calor e alegria a um bom aglomerado de assistência que com muita atenção seguiu todo o reportório.
De parabéns está a organização pelo lançamento desta iniciativa. Esperamos que esta seja a rampa de lançamento para fazer Renascer o Cantar dos Reis em Carrazeda.
Finalmente uma palavra de apreço a todos os músicos deste evento que, com boa vontade transfiguraram uma pacata tarde de Domingo, numa belíssima tarde cultural.

Cantar dos Reis animou vila em tarde fria

Sete grupos cantaram os Reis, ontem à tarde, pelas ruas da vila de Carrazeda de Ansiães. Uma iniciativa da Câmara Municipal que pretendeu envolver as associações do concelho na recuperação das tradições locais.
Longe vão os tempos em que a adesão era bem maior, mas também havia o aliciante dos 250 euros com que a autarquia subsidiava cada participação. Mesmo assim, a actuação das Associações de Pombal de Ansiães e Luzelos, dos Grupos de Zíngaros, de Cantares de Carrazeda e da Escola Profissional de Ansiães, bem como do Agrupamento de Escuteiros locais e da Escola de Música de Zedes, deu para lembrar que a quadra natalícia ainda vai até ao dia de Reis.
Jorge Carvalho preside à Associação Recreativa e Cultural de Luzelos, fundada há dez anos, e reconhece que, actualmente, só "mesmo quem goste muito é que participa nestas iniciativas". Depois há o problema das aldeias cada vez mais despovoadas. "Não há gente disponível para ajudar a associação e a juventude é muito pouca".
Deste problema não se queixa a Escola Profissional de Ansiães, pelo que todo o grupo de cantadores é composto por jovens. O professor Ricardo Almeida diz não ter dificuldades em motivá-los para participar em tradições como o cantar dos Reis "porque eles estão muito ligados à terra".
É "o gosto pelas tradições e pela sua preservação" que o presidente da Câmara, José Luís Correia, quer ver incentivados com esta iniciativa. Espera que nos próximos anos a "adesão seja maior", de modo a também poder realizar o encontro nas freguesias.
Eduardo Pinto, JN
Foto: Carlos Fernandes - http://wwwabcdesporto.blogspot.com/

domingo, 3 de janeiro de 2010

Uma visão limitada!...

Canal construído em 2007 para desviar a água do ribeiro de Belver para a barragem de Fontelonga.

Plano e Orçamento da Câmara para 2010 aprovados com abstenção da oposição

O Plano e Orçamento da Câmara de Carrazeda de Ansiães para 2010 foi aprovado em Assembleia Municipal com 16 votos a favor da bancada da coligação PSD/CDS-PP e 20 abstenções das bancadas socialista e independente.
O Orçamento de 18 milhões de euros prevê a conclusão de algumas obras que já estão iniciadas, como o Centro Cívico e o Centro Escolar, a recuperação do fundo da vila, a construção de equipamentos desportivos na sede de concelho, a beneficiação das estradas municipais, a ampliação do cemitério da vila, entre outras.
João Gonçalves, líder do grupo municipal da coligação de direita, explica que é “
o Orçamento possível dadas as várias circunstâncias que o limitam no actual momento”.
Albino Gomes, líder dos membros independentes na Assembleia Municipal de Carrazeda, apresentou uma declaração de voto onde é justificada a abstenção: “
Este Plano e Orçamento é a continuação de outros. E isto não nos traz desenvolvimento”.
Albino Gomes entende, porém, que nesta fase houve necessidade de viabilizar o Plano e Orçamento da Câmara. “Temos de dar uma oportunidade a este executivo de demonstrar as suas capacidade e relançar o concelho face aos novos desafios”.
Pelo mesmo diapasão afinou a bancada do PS. O líder, João Rodrigues, justifica, no entanto, que o Plano e Orçamento “deveria dar mais atenção à criação de riqueza e postos de trabalho”. Assume que “há verbas que poderiam ser retiradas de umas rubricas para outras”, mas preferiu não especificar “para não melindrar algumas pessoas”.
Este primeiro Plano e Orçamento do novo executivo da Câmara de Carrazeda de Ansiães passou na Assembleia Municipal com a abstenção de toda a oposição, que está em maioria.
Uma sessão que durou quase sete horas, o que quase constituiu um facto histórico, dado que ao longo dos últimos anos as sessões de Assembleia Municipal, que começam às 10 horas da manhã, terminaram sempre antes do almoço, algumas tendo durações de hora e meia.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

Barragem do Tua não garante renda energética aos municípios

Os autarcas dos concelhos onde vai ser construída a barragem do Tua, Carrazeda de Ansiães e Alijó, reivindicam uma renda de 3% sobre a produção de energia. Uma compensação pelo aproveitamento dos recursos locais.
A Câmara de Carrazeda de Ansiães já recebe anualmente cerca de 300 mil euros referentes a 3% líquidos sobre a produção energética da barragem da Valeira, instalada no rio Douro. E por isso também quer beneficiar de igual percentagem em relação ao que se vier a produzir na futura barragem do Tua. Só que o autarca, José Luís Correia, adianta, com base em informações recolhidas junto de responsáveis da EDP, que aquela verba, na ordem de um milhão e meio de euros, vai reverter a favor do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

Seria uma renda muito importante para o nosso concelho”, afirma o edil, que promete, juntamente com os homólogos de Alijó, Murça, Vila Flor e Mirandela, vir a bater-se pela obtenção do máximo de contrapartidas pela construção daquele aproveitamento hidroeléctrico. O presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, não vê qualquer lógica na atribuição dos tais 3% sobre a produção eléctrica ao ICNB. “Esta é a parte que tem de ser alterada. Já que vamos deixar de ter um património importante como é o vale do Tua, então devemos garantir as melhores contrapartidas”. Acrescenta que os autarcas “vão bater-se por isso” durante as negociações que irão decorrer com a EDP.

Outra questão que está a preocupar os dois autarcas é a falta de acessos prevista para a zona onde vai ser implantada a barragem. De acordo com José Luís Correia, “o coroamento do paredão não contempla a travessia de uma margem para a outra”. Uma situação que “não está a ser fácil explicar às populações nem tão-pouco aceitá-la”. O edil admite que os autarcas dos outros concelhos serão solidários com esta revindicação. Artur Cascarejo garante que essa será uma das reivindicações a apresentar à EDP, pois uma travessia sobre o paredão da barragem entre Carrazeda de Ansiães e Alijó, vai garantir “o acesso do espelho de água ao IC5”. E com ele, acrescenta, “também ficaria salvaguardado que as populações ribeirinhas locais não ficariam abandonadas”.

Tanto o autarca social-democrata de Carrazeda como o socialista de Alijó convergem na necessidade de garantir, de forma concertada, o máximo para os concelhos abrangidos. José Luís Correia até admite vir a manifestar-se contra a barragem caso ela não represente benefícios significativos para Carrazeda. Cascarejo sempre foi a favor do empreendimento, mas também não abdica de uma boa mão-cheia de compensações.

Ambos desejam que a Agência de Desenvolvimento Regional, a ser constituída durante 2010, que deverá resultar de uma parceria entre os cinco municípios e a EDP, possa garantir financiamento comunitário para a criação de estruturas, nomeadamente de âmbito turístico, capazes de gerar emprego e riqueza.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães

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