segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Habitantes querem ampliação de velho cemitério de Carrazeda

A polémica em torno dos cemitérios de Carrazeda de Ansiães está para durar.
Um grupo de moradores entregou ao presidente da câmara um abaixo-assinado, em que 540 pessoas exigem o alargamento do velho em vez da inauguração do novo.
O velho, no centro da vila, está a rebentar pelas costuras.
O novo, nos arredores, está concluído e por estrear, e até já precisa de obras para debelar sinais de degradação e vandalismo.
O executivo minoritário do PSD queria gastar este ano 75 mil euros para alargar a estrutura lotada e inscreveu o objectivo no plano e orçamento de 2011.
A oposição socialista e do movimento independente, em maioria, chumbou-o numa primeira votação e só o viabilizou com a garantia de que o projecto seria abandonado em detrimento do aproveitamento do novo cemitério.
Pelo menos 540 pessoas de Carrazeda e de Luzelos não gostaram da medida e organizaram um documento reivindicativo.
O porta-voz, António Carvalho, explica as razões do protesto.
Estamos contra uma monstruosidade porque depois de já terem lá gasto 260 mil contos em quatro paredes ainda estão a pensar gastar mais” refere. “Fizemos um abaixo-assinado para mostrar ao presidente aquilo que pretende o povo” acrescenta.
António Carvalho diz conhecer bem o terreno onde foi construído o novo cemitério e repetiu o que já anda a dizer há 10 anos: que a nova estrutura está em cima de um lençol de água.
É preciso ter em atenção que aquele terreno foi adquirido pela câmara para exploração de água” afira, considerando que se o velho cemitério fosse ampliado, o novo “ficava para as calendas negras porque destes mais gastos está o país cheio”.
O porta-voz da contestação alertou ainda o presidente da câmara que se o abaixo-assinado não resultar poderão ser tomadas outras medidas. “Temos de ir para outro campo que queremos evitar” avança.
O autarca, José Luís Correia, recebeu o dossiê e disse que sempre foi a favor da ampliação do velho cemitério, no entanto, a oposição maioritária não deixou.
Com os sentimentos das pessoas não se pode fazer política” afirma o presidente. “Seria extremamente desagradável obrigar as pessoas a sepultar os seus defuntos onde não querem” acrescenta. “E é mediante esse princípio que eu sou defensor da ampliação do cemitério, mas não posso garantir que vou proceder à ampliação porque estou condicionado” salienta.
A única hipótese é a oposição mudar de ideias e permitir a ampliação no velho cemitério.
O presidente da câmara prometeu que o abaixo-assinado que lhe foi entregue será tema de discussão na próxima reunião de câmara.
CIR/Brigantia

"Não haverá mais comboios na Linha do Tua devido à barragem"

Os comboios não voltarão a circular na Linha do Tua, considerou o administrador da CP Nuno Moreira, adiantando que a empresa não pretende assegurar "indefinidamente" transportes alternativos às Linhas do Corgo e Tâmega, que custam anualmente 221 mil euros.
"Do lado da Linha do Tua, é conhecida publicamente a situação da barragem e é uma situação que, a meu ver, é irreversível. Não haverá mais comboio na Linha do Tua devido à barragem", disse Nuno Moreira, à Lusa.
A CP é a responsável pela exploração comercial dos cerca de 60 quilómetros da última via férrea do Nordeste Trasmontano, entre Mirandela e o Tua, que se encontra encerrada há mais de dois anos, depois de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais. Durante este período, foi aprovada a construção da barragem de Foz Tua que submergirá 16 quilómetros da linha, cortando a ligação à rede nacional ferroviária.
Confrontado com estas declarações, o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, considera que "já não são novidade nenhuma". O autarca, que sempre lutou contra a barragem, já dá o facto como consumado e que "a linha do Tua acabou tal como existia".
Segundo o autarca social-democrata, também o metro de Mirandela, que ainda circula, entre a cidade e Cachão, vai acabar dentro de "três a quatro anos", logo que esteja executado o plano de mobilidade.
Em troca da barragem, vão ser investidos 35 milhões de euros para criar um novo plano de mobilidade na zona, que implica um pequeno troço de via férrea da estação do Tua ao paredão, um funicular, dois barcos para levarem os passageiros até à Brunheda e comboio até Mirandela. JN

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Contrapartidas financeiras da barragem do Tua já estão definidas

É mais um passo decisivo para a construção da barragem do Tua. Os presidentes das Câmaras Municipais de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor já têm um principio de acordo com as entidades envolvidas na construção do empreendimento hidroeléctrico para estabelecer as contrapartidas financeiras resultantes do avanço desse projecto que vai levar à submersão de 16 dos cerca de 54 quilómetros da linha ferroviária do Tua.
Esta quinta-feira, realizou-se, no Porto, mais uma ronda de negociações entre os autarcas do Vale do Tua e membros do Instituto Nacional da Agua (INAG) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que terá sido decisiva na obtenção de um acordo consensual a formalizar até ao final de Fevereiro, avançou fonte ligada ao processo.
Ao nível do plano de mobilidade para servir de alternativa à linha, a EDP já se tinha comprometido com um envelope total que deve rondar os 10 milhões de euros.
Ficou agora decidido que entre o Tua e a barragem continua a ligação ferroviária, com instalação de um funicular até ao paredão.
Do empreendimento hidroeléctrico até Brunheda está prevista uma alternativa fluvial que poderá ser realizada utilizando barcos com capacidade para cerca de 60 passageiros e recomenda a construção de 4 cais: barragem, Amieiro, São Lourenço e Brunheda.
O restabelecimento da ligação ferroviária entre Brunheda e Mirandela implica uma requalificação numa extensão de 33 quilómetros, que vai permitir a extensão do serviço regular de passageiros e potencia a organização de serviços ocasionais dirigidos ao segmento turístico, bem como recupera parte do património ferroviário da linha do Tua.
No entanto, esta requalificação da linha será alvo de uma candidatura a fundos comunitários a apresentar pela CCDRN, no valor total de 30 Milhões de euros, com a contrapartida nacional de 10 milhões a ser assegurada pela EDP.
Com esta solução, deixam de circular na linha as composições do Metro de Mirandela, passando a circulação a ser da responsabilidade da agência de desenvolvimento do Vale do Tua, outras das contrapartidas já asseguradas.
A sua constituição deverá ser proposta e aprovada nas assembleias municipais dos cinco municípios envolvidos e terá um capital inicial de 9 milhões de euros, transferidos pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), para a componente do parque ambiental.
Para alem disso, a agência vai dispor de mais 3 milhões de euros para o seu funcionamento e ajuda ao auto-emprego.
Os protocolos da mobilidade e da criação da agência de desenvolvimento, bem como os respectivos pacotes financeiros devem ser assinados até ao final de Fevereiro.
CIR/Brigantia

Carrazeda de Ansiães - FOTOS

Sete concelhos com todo o património sacro inventariado

A primeira fase do Inventário Histórico e Artístico da diocese de Bragança e Miranda, levado a cabo pela Associação de Defesa do Património Arqueológico de Macedo de Cavaleiros “Terras Quentes”, já terminou e resultou na inventariação de mais de 11 mil peças. Agora, o trabalho vai estender-se a mais cinco concelhos.
Nesta primeira fase foi inventariado todo o património sacro dos concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada á Cinta, Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vimioso. Bragança, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro e Vinhais aguardam por idêntica intervenção, na fase seguinte. Além destas autarquias, que aderiram ao projecto, integram também esta parceria a Universidade de Lisboa e a Polícia Judiciária (PJ). A Associação “Terras Quentes”, que promove o projecto, justifica a iniciativa com o facto de “o património artístico em causa, além de ser desconhecido da população, em geral, o ser também da comunidade científica”. Daí o interesse em o catalogar para que, depois de o tornar conhecido, seja possível protegê-lo e “salvaguardar todo o seu conjunto”. “A avaliação do estado de conservação destas obras de arte, as patologias apresentadas e os cuidados que requerem “ é encarada pelos promotores do projecto como “factor de enorme importância para a administração dos bens”.
(...) Semanário Transmontano

O que se disse... António Barreto

"A função que exerce e a responsabilidade que tem, estão muito, muito acima das suas capacidades."

António Barreto respondendo à questão "José Sócrates, por exemplo, falemos dele. É um 'case study'?" Diário Económico, 28/01/2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Verdades incontestáveis!

Sócrates ligou a Merkel a "implorar" ajuda

A notícia avançada pelo diário inglês cita fontes da chanceler alemã. Sócrates queria evitar o recurso ao Fundo de Estabilização Europeu e FMI.
José Sócrates terá implorado por ajuda à chanceler alemã, Angela Merkel, revela a edição de hoje do jornal inglês "The Guardian". O diário cita fontes que assistiram à conversa telefónica entre os dois líderes.
O primeiro-português português prometeu "tudo fazer" para não ser necessário o recurso ao Fundo de Estabilização Europeu e consequentemente ao FMI, como foi o caso da Grécia e da Irlanda.
Merkel terá então ligado a Dominique Strauss-Khan, director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), para lhe dar conta do telefonema feito por Sócrates. Mas este transmitiu à chanceler alemã que não valia a pena, "pois Sócrates não seguiria nenhum conselho que lhe fosse dado".
O telefonema entre Sócrates e Merkel aconteceu na passada semana.
DN

PARE, ESCUTE, OLHE - exibição + lançamento dvd + sessão de autógrafos

5 FEV 15H30 AUDITÓRIO PAULO QUINTELA EM BRAGANÇA
5 FEV 21H30 CENTRO CULTURAL MACEDO DE CAVALEIROS

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

José Silvano desiste de lutar contra a barragem e vira-se para a alternativa à linha do Tua

José Silvano já dá o assunto da construção da barragem do Tua como arrumado. O presidente do Município de Mirandela não estranha o aval dado pela Ministra do Ambiente para avançar o empreendimento hidroeléctrico e diz que agora a luta passa pela aprovação do plano de mobilidade com a manutenção do troço ferroviário entre Brunheda e Mirandela e as compensações financeiras pela construção da barragem a serem geridas por uma agencia de investimento.
Para nós está mais do que decidido que a barragem se vai fazer. Por isso, a nossa luta, e a minha em particular, é restabelecer a mobilidade entre o Tua e Mirandela, com um funicular de ligação ao espelho de água, de barco até à Brunheda e, depois, comboio seguro até Mirandela. É esta solução que estamos a estudar. Para compensar o que perdemos, estamos a fazer uma agência de desenvolvimento que as câmaras decidirão em Março ou Abril, para recebermos as respectivas contrapartidas pela construção da barragem.”
A reacção de José Silvano depois de Dulce Pássaro, Ministra do ambiente, ter dito, na comissão parlamentar de ambiente, que já tinha dado aval a construção da barragem de Foz-Tua, no passado dia 7 de Janeiro. Depois de muita insistência, por parte da deputada do Bloco de Esquerda, Rita Calvário, a titular da pasta do ambiente acabou por confirmar a aprovação do empreendimento hidroeléctrico e a consequente submersão da linha do Tua, nos primeiros 16 quilómetros.
CIR/Brigantia

Vendetta

Henrique Monteiro

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Obras do Centro de Carrazeda sem prazo para conclusão

A conclusão do Centro Cívico de Carrazeda de Ansiães continua sem conclusão à vista, 10 anos após o início das obras.
A falência do empreiteiro e alguns erros de construção não permitiram a abertura de uma infra-estrutura que permitiria dar outro incremento à actividade cultural no concelho.
De resto, a degradação já se nota há muito, o que deverá encarecer uma obra de quatro milhões de euros.
O presidente da Câmara de Carrazeda não consegue avançar um prazo para concluir o centro cívico.
É uma obra muito complicada pois não conseguimos arranjar uma forma de financiamento para a concluir” explica José Luís Correia, acrescentando que “ainda é um custo muito elevado, para cima de um milhão de euros e já está em quatro milhões de euros”. “Foi uma obra feita para exposições e com esse argumento eu não consigo justificar a viabilidade daquela obra. Temos de arranjar outras soluções” refere.
Soluções que estão já a ser estudadas.
A vereadora independente Olímpia Candeias lamenta o atraso na conclusão do edifício, que é tido como muito importante para a cultura no concelho.
É uma obra que tem de ser concluída. Lamento que tenha parado mas é preciso conclui-la nem que seja com ajustes” considera.
O vereador do PS entende que alguma solução terá de ser encontrada para viabilizar o centro cívico.
Aquilo foi concebido para um centro de exposições e tem de ser nessa base que o centro tem de ser concluído” afirma Augusto Faustino, salientando que “não faz sentido ter aqui uma infra-estrutura que não se possa utilizar”.
O Centro Cívico de Carrazeda de Ansiães começou a ser construído há 10 anos e ainda não se vislumbra uma data para a sua conclusão.
CIR/Brigantia

domingo, 16 de janeiro de 2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

Turistas que visitam Trás-os-Montes são os mais satisfeitos do Norte

Os turistas estrangeiros que visitam a região transmontana são os mais satisfeitos de todo o Norte do país. É o que revela um inquérito feito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) divulgado recentemente, que diz que 49,9% dos turistas que visitaram Trás-os-Montes manifestaram-se “muito satisfeitos”.
De seguida, está a região do Porto com 41,9%, o Douro com 31,7% e o Minho com 23,5%.
No capítulo da recomendação, Trás-os-Montes volta a liderar com 56,5% dos turistas a garantir que “muito provavelmente” recomendariam a região a alguém para visitar.
O Porto aparece em segundo lugar com 50,7%, o Minho em terceiro com 44,1% e por fim o Douro com 30,7%.
Mas é no capítulo da revisita que a região transmontana mais se destaca.
60,3% dos turistas dizem que “muito provavelmente” vão voltar a visitar a zona.
O mesmo acontece com 59,9% dos turistas que passaram pelo Minho, 43,5% dos que foram ao Porto e 27,8% dos que estiveram no Douro.
O vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal manifesta-se satisfeito com estes resultados.
Destaca-se a agradabilidade pelo sub-destino Trás-os-Montes. Associado a tudo isso está uma data de produtos estratégicos, como a Natureza, gastronomia e vinhos e a animação cultural. A simpatia tem feito com que os turistas fiquem satisfeitos quando vão ao Nordeste Transmontano e mais de 56 por cento querem repetir, o que é inédito porque o turista procura novos destinos”, destaca Júlio Meirinhos.
E para melhorar este desempenho, Júlio Meirinho adianta que até ao final do ano, todos os concelhos do distrito de Bragança vão estar equipados com lojas interactivas de informação ao turista.
As 12 câmaras que foram candidatas e que têm as suas lojas e que vão ser aprovadas e as terão ao longo de 2011. Vamos ter uma cobertura a cem por cento”, sublinha.
A primeira destas lojas deverá ser colocada no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto. Brigantia

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Torno Monetário Internacional

Henrique Monteiro

Transmontanos desconhecem qualidade do “seu” azeite

A Produção de Azeite de 2010 foi a melhor no “Solar dos Cortiços 1748” desde que a produção foi retomada em 2004. Mesmo Assim o azeite de Denominação de Origem Protegida (DOP) ainda não é reconhecido pelos próprios transmontanos. Quem o afirma é Bernardo Patrício, um dos responsáveis pelo Núcleo Museológico do Azeite dos Cortiços, em Macedo de Cavaleiros.
Bernardo Patrício garante que têm sido vários os visitantes do Museu do Azeite dos Cortiços que procuram o azeite (DOP) “Solar dos Cortiços 1748”. No entanto são os próprios transmontanos que muitas vezes não reconhecem as qualidades deste azeite.
As pessoas, quando provam um azeite de qualidade, dizem que amarga, que pica. Mas, isso é uma das características da nossa azeitona, da cobrançosa transmontana. Essa azeitona é colhida na devida altura e laborada a baixas temperaturas, sendo conservado o verdadeiro sabor da azeitona. Antigamente elevavam as temperaturas
Maria Helena Chéu, presidente do Piaget de Macedo de Cavaleiros reforça as qualidades deste azeite, através de um estudo realizado na sua dissertação de mestrado.
Sem dúvida alguma que é um produto de excelente qualidade, porque reúne características excelentes a nível sensorial, a nível químico e físico-químico, distinguindo-se de vários azeites aqui da região transmontana. Principalmente a nível sensorial”.
Bernardo Patrício alerta ainda para o facto de muita gente comprar azeite no supermercado sem saber que tipo de produto vai consumir.
Muitas pessoas vão ao supermercado e não sabem que estão a consumir um azeite misturado com um azeite refinado. Pelo preço julgam que é idêntico a este, mas não é. Este é mesmo o que sai da polpa da azeitona, é natural. Queixam-se que é mais caro, mas este tem todas as garantias de qualidade. Por vezes chama-se azeite a um produto que já foi alterado com químicos, que perdeu o sabor e que é misturado com azeite bom”.
Para que o azeite mantenha o verdadeiro sabor, Bernardo Patrício revela ainda que a azeitona deve ser colhida entre meados de Novembro e meados de Dezembro, precavendo-se contra as fortes geadas que podem alterar a qualidades naturais do fruto. Considerada a melhor época desde que foi retomada a produção do azeite dos cortiços em 2004, este inverno já foram produzidos cerca de 5 mil litros deste azeite DOP mas o responsável conta produzir pelo menos mais mil até ao final do mês.
Bernardo Patrício aponta as condições climatéricas como o factor principal para a boa produção deste ano.
Nunca tivemos uma produção tão boa como este ano, devido às condições climatéricas. Muita chuva e sem problemas na altura da floração.”
Este foi o melhor ano de sempre para a produção deste azeite DOP.
CIR/Brigantia

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Orgulhosamente só

Henrique Monteiro

Piscinas de Carrazeda de Ansiães afundam-se em despesas mensais

O concelho de Carrazeda de Ansiães não tem capacidade para suportar o funcionamento das suas piscinas municipais cobertas e aquecidas. Quem o diz é o próprio presidente da Câmara, José Luís Correia.
É que as piscinas têm dois tanques, um de aprendizagem e outro de competição, bem como bancadas.
Uma estrutura demasiado grande e difícil de sustentar, tendo em conta que a ocupação também é reduzida:
O concelho não pode suportar uma piscina de competição. Aquela piscina não está só vocacionada para a aprendizagem e no nosso concelho não há competição. Fica muito caro, seguramente para cima de 15 mil euros”, adianta o autarca.
A alternativa não é encerrar as piscinas, mas antes encontrar meios de tornar os custos de funcionamento menos pesados para a autarquia:
Estamos a estudar a solução para diminuir os custos, desde a candidatura para a eficiência energética. Estamos a estudar se apenas o tanque pequeno serve as necessidades e ter a piscina aberta menos meses, ligada aos jovens”, explica.
Autarca de Carrazeda a admitir que é preciso encontrar outras soluções para viabilizar as piscinas cobertas e aquecidas, pois a Câmara não tem capacidade financeira para aguentar o funcionamento de uma estrutura que regista baixa procura por parte da população.
CIR/Brigantia

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

BPN: ver para crer

Henrique Monteiro

Carrazeda investe 16 milhões este ano

O plano de actividades da Câmara de Carrazeda de Ansiães para este ano vai custar 16 milhões de euros.
A maior fatia vai para a regeneração urbana da zona antiga da vila e para a beneficiação de estradas municipais.
Segundo o presidente da câmara trata-se de um orçamento realista em tempo de vacas magras.
É o orçamento que o município consegue suportar” considera José Luís Correia. “No quadro das candidaturas, nós temos lá quatro milhões de euros numa obra que já está em funcionamento e que é a regeneração urbana e noutra que já vai iniciar, referente à primeira fase da requalificação viária” refere. “Depois há ainda o moinho de vento, o centro de informação turística, infra-estruturas tecnológicas e a conclusão do centro escolar” acrescenta.
Em relação às Caldas de São Lourenço, o autarca prevê que no próximo Verão já possa funcionar um balneário que a câmara adquiriu recentemente.
Novidade para este ano é também a criação de uma oficina domiciliária.
A oficina domiciliária prende-se com a prestação de serviços do município a pessoas idosas e carenciadas, que estejam numa situação frágil, dependente e que tenham problemas nas suas habitações e que nós possamos resolver” explica o autarca.
Para que esta medida entre em vigor falta ainda fazer o regulamento.
CIR/Brigantia

sábado, 1 de janeiro de 2011