terça-feira, 30 de junho de 2009

Museu no centro histórico com fotos do Douro

A região de Trás-os-Montes vai dispor de um Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior, em Torre de Moncorvo, um projecto privado de um fotógrafo, e que é o primeiro espaço do género na região.
A memória e a história de um povo também se fazem com fotografias, esta é, pelo menos, a ideia de Arnaldo Duarte da Silva, professor e apaixonado pela fotografia, que decidiu criar um Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior para que as populações daquela zona possam aceder ao vasto espólio ligado à fotografia que reuniu ao longo de várias décadas.
Do acervo fazem parte fotografias tiradas nos concelhos de Torre de Moncorvo, Freixo de Espada-à-Cinta, Mogadouro e Vila Nova de Foz Côa, e diverso material, nomeadamente, máquinas fotográficas e outro equipamento, desde 1886 até à actualidade, bem como uma colecção de filmes das décadas de 40 e 50 do século XX.
Trata-se de objectos que o mentor do núcleo reuniu ao longo da vida, sobretudo, junto de antigos fotógrafos. "Está aqui muito tempo e muito dinheiro", referiu Arnaldo Duarte da Silva.
O espaço museológico, a inaugurar no próximo dia 12, está instalado numa casa no chamado casco medieval de Torre de Moncorvo, recuperada para o efeito, após "muita insistência e quatro longos anos" para aprovação do projecto por parte do IPPAR, explicou o mecenas.
O projecto foi custeado totalmente por fundos privados, o proprietário apenas contou com a ajuda de dois mil euros das câmaras municipais de Torre de Moncorvo e de Freixo de Espada-à- Cinta para a edição de uma brochura sobre o núcleo.
Ainda assim, as entradas naquele espaço vão ser gratuitas, mas, numa primeira fase, só vai estar aberto aos fins-de-semana. "A minha ideia é que seja um espaço de partilha, um local que as pessoas possam visitar, ver e consultar", explicou Arnaldo Duarte da Silva, ao JN.
JN

Falar equivocadamente

Antero

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais recuperação e menos construção

Recuperar em vez de construir de novo. Este é mote para que as povoações do Douro ganhem uma nova imagem, que lhe devolva atractividade. As Aldeias Vinhateiras são um bom exemplo da renovação que se pretende.
"Não podemos ter as coisas a cair e estar continuamente a construir coisas novas", salienta Paula Silva, directora do Serviço de Bens Culturais da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN). "Há elementos do património que se não forem recuperados podem diluir-se, ou então perder valor", acrescenta Ricardo Magalhães, chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro.
Paula Silva opina que "é preciso uma mudança de paradigma em relação ao modo como se vê o território", pois é vulgar observarem-se centros históricos a cair aos bocados, rodeados de construções novas. "A mudança de pensamento poderia ser imposto por regulamentos, mas o ideal é que sejam as pessoas a entendê-la", frisa a responsável.
A secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, acha que é preciso encontrar um "ponto de equilíbrio", pois reconhece que há situações em que "é preciso construir de novo". No entanto, entende que é preciso "gostar e cuidar do nosso património", pois "dá identidade", mas ao mesmo tempo ter "uma leitura actual desse património". "Temos que evitar a ideia de que temos de preservar tudo até ao limite", sublinha. Ricardo Magalhães adianta que o abandono tem a ver com a "degradação da economia das aldeias". Há porém, alguns exemplos de localidades que têm vindo a ganhar uma nova vida. Celeirós do Douro, em Sabrosa, esteve "em coma" e nos últimos anos foi reabilitada meia dúzia de casas e "a aldeia agora parece outra".
E isto leva o chefe da Missão do Douro a supor que poderá ocorrer no Douro o que há anos se verificou no Alentejo, ou seja, serem recuperadas aldeias inteiras por acção de pessoas que vivem nas cidades e que passam a ter uma segunda casa nas pequenas povoações da região. Bom exemplo de revitalização de pequenos centros urbanos, são as seis Aldeias Vinhateiras do Douro (Salzedas e Ucanha, em Tarouca; Favaios, em Alijó; Provesende, em Sabrosa; Barcos, em Tabuaço; e Trevões, em São João da Pesqueira). Esta última ainda tem investimentos em curso, já que foi a que chegou mais tarde ao grupo. Foram gastos 12 milhões de euros em intervenções infra-estruturais. Agora resta, estimulá-las para que possa haver mais dinamismo económico e criação de emprego.
De resto, a Estrutura de Missão do Douro quer alargar a rede, mas "só quando a primeira estiver concluída totalmente é que se poderá abrir uma nova frente", afirma Ricardo Magalhães. Eduardo Pinto, JN

Os dois rostos que o país mostra aos reformados

Pensões são muito diferentes nas regiões no país. Em Bragança são metade das de Lisboa
Portugal tem 1,8 milhões de pobres. Por coincidência, é esse o número de reformados existentes no país e cuja pensão média é de 385 euros. Mas uns serão mais pobres do que outros. Só os de Lisboa e Setúbal ganham, em média, acima do salário mínimo.
No outro lado da lista está Bragança, cuja pensão média (272€) é quase metade da paga na capital (504€). São os dois extremos de uma realidade tantas vezes repetida em Portugal: o país não é homogéneo e se, por norma, as reformas são baixas, o certo é que numas zonas são mais miseráveis do que noutras.
Os números são aproximações feitas pelo JN com base nos dados da Segurança Social, mas deixam claras as disparidades regionais: Bragança é o concelho com as mais baixas reformas. Aliás, fazendo pontinhos num mapa, a região Norte surge pintada a vermelho: depois de Bragança vêm as vizinhas Vila Real e Guarda que, colada a si, tem Viseu em quarta posição. Os lugares seguintes são ocupados pelos Castelos, o Branco e o de Viana.
Só depois surgem os concelhos do Alentejo, Açores e Algarve. E no topo? Lisboa e Setúbal, os únicos em que a pensão média está acima do salário mínimo nacional, este ano fixados nos 450 euros. O Porto está em terceiro lugar. Em média, cada um dos seus reformados ganha 422 euros.
Os valores na base deste trabalho são uma média para cada concelho. Em Bragança, há reformas milionárias (não existem só na Função Pública...) e em Lisboa haverá quem ganhe a pensão social. Mas o valor médio ajuda a perceber o panorama de cada região. E só em quatro concelhos a pensão do reformado médio permite-lhe ultrapassar o limiar de pobreza (360 euros). São eles Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro. Considerando todo o país, o valor médio da reforma dos beneficiários da Segurança social é de 385 euros.
O que permite ter melhor qualidade de vida, os 259 euros ganhos pelas mulheres de Bragança ou os 695 euros atribuídos aos homens de Lisboa? A resposta não é óbvia, porque viver no Interior tem inúmeras vantagens. Logo porque, disse Agostinho Moreira Jardim, representante em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza, a rede de vizinhos, amigos e amília é mais entrelaçada do que nas cidades grandes. Em sítios como o distrito de Bragança, diz, "a qualidade de vida é melhor do que a urbana, apesar das desvantagens" da distância dos equipamentos de saúde, culturais, de lazer, entre outros.
E a agricultura de subsistência, acrescentou Lino Maia, da Caritas Diocesana. "Boa vizinhança, família e quintais: estes três factores permitem ter uma qualidade de vida melhor".
Nas cidades, concordam, é mais comum encontrar casos de miséria extrema e abandono, apesar do crescente número de equipamentos sociais.
E também de pessoas com vergonha de pedir ajuda, diz Moreira Jardim, lembrando um idoso que foi encontrado morto já em decomposição, no Porto, na semana passada. "Dificilmente tinha acontecido o mesmo numa aldeia ou cidade pequena. Na cidade, a solidão é muito mais densa", disse.
Longe de ser perfeita, dizem, a situação tem vindo a melhorar. Com a ajuda de apoios públicos, como a recuperação de casas degradadas, em Trás-os-Montes e de instituições de solidariedade privadas, o nível de pobreza tem vindo a baixar. Mas ainda há muito a fazer, lembram
. JN

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Marcha da Educação

lpveloso - intertoon

O que se disse... Manuela Ferreira Leite

«Em democracia, quando nós não passamos numa votação, temos de aceitar esse resultado. Uma pessoa rebelar-se quanto ao resultado de uma votação não é próprio da democracia»
Manuela Ferreira Leite, Público

Oliveiras secam em Trás-os-Montes por causas ainda desconhecidas

Milhares de oliveiras estão a morrer em Trás-os-Montes por causas ainda não completamente esclarecidas que organizações do sector atribuem a efeitos das geadas, mas há também quem fale em doença ou num vírus.
A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro decidiu tomar a iniciativa e, segundo disse à Lusa o presidente António Branco, já solicitou a especialistas académicos colaboração para estudar o caso.
No âmbito das parecerias entre a associação e a Escola Superior Agrária de Bragança do Instituto Politécnico e a Universidade de Trás-os-Montes, técnicos das duas instituições estão a avaliar a situação na tentativa de descobrirem a causa da mortandade.
António Branco realça que "não é uma verdade absoluta", mas a convicção no sector é de que o que está a afectar as oliveiras são ainda efeitos das geadas de Novembro de 2007.
(...) RA

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Salvem os ricos!

O que se disse... Paulo Morais

«Ao pretender desbaratar os nossos impostos neste elefante branco [TGV], o primeiro-ministro surge agora aos olhos da opinião pública como o coveiro da economia portuguesa».
Paulo Morais, professor universitário, "Jornal de Notícias"

Conselho do IVDP decide até Agosto montante de Vinho do Porto para próxima vindima

O Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai decidir, até Agosto, qual o número de pipas que a Região Demarcada do Douro (RDD) vai transformar em Vinho do Porto na próxima colheita.
O vice-presidente do IVDP, Paulo Osório, disse que o benefício (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de Vinho do Porto) “ainda não está decidido” e que “é prematuro falar em números”.
O responsável reagiu assim à moção aprovada pelo Conselho Regional de Viticultores da Casa do Douro (CD) contra a diminuição “drástica” do benefício que diz que poderá estar prevista para a vindima de 2009 na Região Demarcada do Douro.
A moção será enviada para o Governo e todos os partidos da Assembleia da República.
(...)
Lusa/Rádio Ansiães

terça-feira, 23 de junho de 2009

III ENCONTRO DE GRUPOS DE MÚSICA TRADICIONAL

A ACICA promove solidariedade social e humana

Tem sido notável o exemplo de entrega e doação ao próximo, a actividade clínica gratuita, que um credenciado grupo de médicos das especialidades de Ortopedia, Urologia, Ginecologia e Dermatologia, tem desenvolvido no Nordeste Transmontano, sob a orientação do Professor Doutor José Carlos Noronha.

Fruto da observação da realidade humana e clínica do concelho de Carrazeda de Ansiães, a Direcção da Associação Comercial e Industrial de Carrazeda de Ansiães, estabeleceu contactos para que, num futuro muito próximo, este generoso grupo de médicos especialistas venha a Carrazeda e apoie com todo o seu saber profissional, as pessoas que, gratuitamente, queiram ser observadas.

A resposta positiva que tivemos por parte do Exmo Professor José Carlos Noronha, vai de certeza encontrar eco nas Autoridades locais, para que todos em conjunto saibamos acolher este prestigiado e distinto corpo clínico, criando-lhe as melhores condições físicas, para o atendimento dos que mais precisam.

O Presidente da ACICA
Nuno Carvalho

Regeneração urbana em Mirandela

Mirandela vai apostar na acessibilidade e mobilidade urbana, segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade e gestão do espaço público e edificado. Para tal foi apresentado o projecto de regeneração urbana da cidade, que contempla candidaturas no valor total de 3.983.528,00 euros. (...) Jornal Nordeste

18 entidades públicas e privadas constituem rede de apoio ao empreendedorismo

Dezoito entidades públicas e privadas constituem hoje, em Vila Real, uma rede regional de apoio ao empreendedorismo - “EmpreenDouro”, para dinamizar projectos empresariais ligados ao ambiente, cultura e vinhos, disse o responsável pela Unidade de Missão do Douro (EMD).
Ricardo Magalhães, que falava ontem nas I Jornadas do Empreendedorismo a decorrer até terça-feira, em Vila Real, referiu que a ideia é unir as diversas entidades da região que operam na área do apoio ao desenvolvimento económico e empresarial.
O responsável lembrou os diferentes diagnósticos que “sinalizam a debilidade do tecido empresarial e das dinâmicas empresariais e um fraco espírito de iniciativa e de empreendimento”.
Em consequência, o “EmpreenDouro” visa dinamizar iniciativas, investimentos e projectos empresariais que apostem em novas actividades e serviços ligados ao ambiente, cultura e vinhos, diversifiquem a oferta económica e turística regional e valorizem as populações e a qualidade de vida.
Será a primeira vez que tantas instituições cuja actividade tem incidência no Douro concertam um programa efectivo de cooperação. É uma demonstração clara de uma vontade colectiva de atacar o isolamento”, frisou.
O objectivo do projecto passa pelo apoio à criação de micro e pequenas empresas que potenciem, por exemplo, ofertas diferenciadoras nas áreas do turismo rural ou da restauração.
O responsável salientou ainda a necessidade de se aproveitar a mão-de-obra feminina, jovem e disponível para trabalhar próximo da residência.
Os instrumentos financeiros de apoio aos empreendedores poderão passar pelo micro-crédito.
Importante para Ricardo Magalhães é também favorecer a “simplificação do conjunto de procedimentos administrativos e burocráticos relacionados com os processos de licenciamento de novas empresas e actividades”.
Hoje serão ainda divulgados os instrumentos disponíveis de apoio ao empreendedor, no desenvolvimento rural, na actividade empresarial (incentivos às empresas no âmbito dos programas desde o QREN, MODCOM e FINICIA) e na criação de auto-emprego e empresas próprias.
O secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Fernando Medina, preside à sessão de encerramento das jornadas, cerca do meio-dia e meia.
As jornadas são organizadas pela EMD e a CCDR-N.
Lusa/RA

Sócrates, o multifacetado

Estado perde três mil milhões em cinco meses

As receitas fiscais do Estado caíram 20,7%, nos primeiros cinco meses de 2009, para 12 015,9 milhões de euros. Na União Europeia, Portugal foi o único país que aumentou a carga fiscal nos últimos sete anos. (...) JN

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Observatório da Interioridade fica em Bragança

Bragança vai acolher um observatório da interioridade. Esta foi uma das conclusões do segundo curso de Direito e Interioridade, que a Universidade de Lisboa e a câmara de Bragança organizaram sexta-feira e sábado. “Na sequência do trabalho já feito no primeiro e no segundo curso, vamos falar com a câmara de Bragança no sentido que a Universidade de Lisboa possa constituir uma espécie de observatório que olhe para as políticas públicas dirigidas para o interior, faça uma análise disso e depois consiga estudá-las, propor… o observatório tem esse objectivo mas pode ter outros como apoiar estudos no sentido de o conceito de interioridade tenha um peso na legislação. (...) Brigantia

Vinhas mais pequenas isentas de processo de regularização

Todos os viticultores que detenham vinhas com uma área até 1.000 m2 estão isentos do processo de regularização das vinhas ilegais, desde que a sua produção tenha como destino o auto consumo.
Esta isenção surge no âmbito das regras definidas na Portaria n.º 974/2008, de 1 de Setembro, sobre a reforma da Organização Comum do Mercado Vitivinícola (OCM Vinho).
A OCM Vinho obriga à regularização das vinhas ilegais, plantadas até 31 de Agosto de 1998, sem o direito de plantação correspondente, e cuja área seja superior a 1.000m2. O processo de legalização destas vinhas decorre até ao dia 30 de Junho de 2009.
De referir ainda que a isenção do processo de regularização aplica-se a todas as vinhas com uma área até 1.000m2, independentemente do seu ano de plantação.
Eduardo Pinto/RA

domingo, 21 de junho de 2009

O que se disse... Manifesto de 28 economistas

«A insistência em grandes investimentos públicos, de baixa ou nula rentabilidade, e com fraca criação de emprego em Portugal, não é o caminho no combate à crise económica.»
Manifesto assinado por 28 economistas

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Feira de S. Pedro - Macedo de Cavaleiros

"Lei dos Poços": Hidrográfica nega custos para os agricultores

Associação receia que a lei tenha como propósito futuro obrigar os agricultores a pagarem a água, já que esta legislação assenta no princípio do utilizador-pagador.
O presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN), António Guerreiro de Brito, negou que a chamada "Lei dos Poços" implique qualquer custo para os agricultores na legalização ou utilização da água.
O responsável garantiu, em declarações à agência Lusa, que todo o processo é "gratuito e facultativo", ao contrário do que tem sido veiculado.
O esclarecimento surge depois de um grupo de agricultores de Bragança ter constituído a Associação Nacional de Proprietários de Poços, Furos e Captações de Água para "travar" a chamada "Lei dos Poços" ou "Lei dos Furos".
Os promotores da nova Associação dizem que a lei tem como fim último obrigar os agricultores a pagarem a água e que a legalização acarreta custos incomportáveis.
Segundo o presidente da Associação, Carlos Fernandes, os proprietários teriam de pagar entre "150 a 180 euros" para registar cada captação, havendo casos de agricultores que têm sete nas suas propriedades.
Receiam também que a lei tenha como propósito futuro obrigar os agricultores a pagarem a água, já que esta legislação assenta no princípio do utilizador-pagador.
O presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte garante que os receios dos agricultores "não têm qualquer razão de ser" e fala em "confusão" em que incluiu as noticiadas multas para quem não cumprisse o processo de legalização dentro do prazo", que se estende agora até 31 de Maio de 2010.
"Este processo é facultativo", afirmou, garantindo que "ninguém é obrigado a fazê-lo", embora o Estado apele a todos os proprietários para registarem as captações.
Segundo António Guerreiro de Brito, o único interesse e preocupação do Estado é conhecer e fazer uma melhor gestão dos recursos hídricos existentes.
"Nunca foi cobrado nenhum valor", afirmou, acrescentando que o mesmo se aplica no futuro em relação à utilização da água, já que os recursos existentes no subsolo são propriedade privada dos donos dos terrenos.
O ministro do Ambiente, Nunes Correia, marcou para esta sexta-feira uma conferência de imprensa para clarificar este processo.
JN

Granitos criam 2000 postos de trabalho em Vila Pouca de Aguiar

O sector do granito em Vila Pouca de Aguiar emprega directamente cerca de duas mil pessoas e movimenta 30 milhões de euros por ano, disse hoje fonte da autarquia.
O granito, indústria de extracção e transformação, representa a principal actividade económica do concelho, possuindo, segundo a Associação dos Industriais do Granito (AIGRA), cerca de 80 pedreiras todas legalizadas e 20 empresas de transformação.
Domingos Ribeiro, da AIGRA, referiu que a extracção de granito criou neste concelho cerca de 2000 postos de trabalho directos e 3000 indirectos
Para promover o sector, a autarquia de Vila Pouca de Aguiar e a Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT), com o apoio da Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB), realizam entre sexta e segunda-feira a VII Feira do Granito.
(...) Rádio Ansiães

quinta-feira, 18 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Governo maioritário e governo minoritário

Tem-se discutido muito ultimamente sobre qual possa ser melhor para o país, o governo apoiado no parlamento por uma maioria ou aquele que é suportado apenas por uma minoria de deputados.
Aduzem-se razões nos dois sentidos: o governo maioritário é mais sólido, tem força para por em prática as suas soluções; o governo minoritário é mais dialogante, procura mais os consensos, não pode ser tão arrogante.
No primeiro, caímos quase sempre numa ditadura, porque não temnecessidade de acordos, o segundo, muitas vezes, fica paralisadoporque ninguém quer comprometer-se com as suas tomadas de posições.
Tivemos, na nossa história recente, exemplos de ambos . Tivemos governos maioritários da AD, de Cavaco Silva e de Sócrates e minoritários de Cavaco Silva e de Guterres.
O governo minoritário de Cavaco caiu ao fim de pouco tempo; os de Guterres arrastaram-se penosamente e Guterres ficou com fama de homem fraco.
Os maioritários tiveram estabilidade , embora tenham sido apelidadosde ditatoriais.Os pequenos partidos defendem governos minoritários para poderem teruma importância superior às suas forças. Os partidos grandes aspiram a governos de maioria, embora, por vezes, não o confessem.
Ultimamente, o PS defendia o governo de maioria e todos os outros defendiam governos minoritários porque achavam que não podiam evitar a maioria relativa do PS.

Hoje, que as perspectivas são diferentes, já se pensa em formar um governo maioritário PSD/CDS.
E, afinal, eu acho que o governo maioritário é a solução que nos convém: de um só partido ou de dois. Claro que este governo deve ouvir as minorias mas deve ter força para decidir.
E, falando de ditaduras, as empresas privadas são governadas por todosos colaboradores ou , acima deles, pela vontade exclusiva do patrão?
Do meu ponto de vista, portanto, é preferível que o país seja governado por uma maioria PSD ou PSD/CDS a ser governado por um governo minoritário do PS, embora eu propenda, ideologicamente, mais para o PS que para o PSD.
João Lopes de Matos

I Festival de Migas e Peixes do Rio

Decorre até dia 21 o I Festival de Migas e Peixes do Rio na Praia Fluvial da Foz do Sabor.
O Festival de Migas e Peixes do Rio tem como objectivo promover os pratos de peixes do rio e migas, que são já uma tradição no Douro Superior.
(...)
A animação musical no dia de abertura, hoje, ficará a cargo de Quim Barreiros, no dia 19 sobem ao palco a Banda Filarmónica de Carviçais e Coro da Escola Sabor Artes e no dia 20 actuará o Rancho Folclórico e Infantil de Vila Nova de Foz Côa, a Banda Filarmónica de Freixo de Espada à Cinta e Grupo de Cavaquinhos da Escola Sabor Artes.
A Praia Fluvial da Foz do Sabor será ainda animada com um cruzeiro no rio Douro, com embarque no Pocinho até à Foz do Sabor e passeios de barco, gaivotas e bicicleta a contratar no local.
Parte integral deste festival faz também uma mostra de produtos regionais de excelência do Douro Superior que os visitantes podem visitar durante os quatros dias em que decorre o festival. Espigueiro

Museu de Arte Sacra já atraiu mais de mil visitantes

Em menos de um mês, o Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros já ultrapassou os mil visitantes.

O espaço tem sido um pólo de atracção de visitantes de vários pontos da região e do país, e nem mesmo aos turistas estrangeiros passa despercebido.
A expectativa em relação à procura era grandes, mas não eram esperados números tão bons em tão pouco tempo.
O presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, salienta que foi uma aposta ganha.
Mais de mil visitantes em quatro semanas prova que fizemos bem desenvolver este projecto e pôr à disposição do público parte do espólio. E as opiniões da pessoas têm sido muito boas”, disse o autarca.
O Museu apenas encerra à segunda-feira e, no verão, o período de visitas pode vir mesmo a ser alargado.
É natural que no Verão o período de visitas tenha de ser alargado. Nomeadamente nalguns fins-de-semana já tem sido difícil que as pessoas consigam concretizar as visitas no período actual.”
A tipologia de visitantes ainda não está definida.
A verdade é que até agora todos os fins-de-semana, desde o dia 18 de Maio, chegam várias excursões ao local.
Ainda não totalmente mas já verificámos um conjunto bastante alargado de nacionalidades. Em termos nacionais uma cobertura do país. Há uma grande procura de fora do concelho e do distrito.”
O Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros foi inaugurado há um mês pelo ministro da Cultura e já ultrapassou os mil visitantes
. CIR

terça-feira, 16 de junho de 2009

Carrazeda de Ansiães

O último ferrador do Seixo

Começou cedo a percorrer as aldeias com o pai para ferrar animais e foi ganhando o gosto pela arte da família, que aperfeiçoou num curso ligado à veterinária que tirou na tropa. Hoje, Luís Mesquita, natural de Seixo de Ansiães, no concelho de Carrazeda de Ansiães, é o último ferrador da terra.
Antigamente havia muitos animais. Eu e o meu pai encarregávamo-nos de ferrar na zona da Poça, que abrangia Lavandeira, Selores, Seixo e Beira Grande. Depois tinha um primo em Fontelonga. Havia ferradores divididos por todo o lado”, conta.
Na altura de entrar para a tropa, Luís Mesquita não teve dúvidas da área que queria seguir. “Fui para o Hospital Veterinário, em Lisboa, onde tirei o curso de Enfermagem Hípica. Era um curso de ferrador à moderna”, salienta o artista do Seixo.
Aos 77 anos, o ferrador guarda no currículo uma vida dedicada à arte de ferrar, que exerceu num périplo entre cidades e continentes. “Depois da tropa vim para cá, casei-me e continuei com o serviço, porque o meu pai já estava velhote. Mais tarde fui para África, onde voltei a agarrar-me aos martelos e às ferraduras. De regresso ainda estive 4 anos em Braga, onde exerci a profissão de auxiliar técnico de pecuária”, recorda Luís Mesquita.
É com orgulho que o artista guarda a sabedoria de uma profissão que marcou a família Mesquita. “O meu avô já era ferrador, depois passou a arte ao meu pai e eu aprendi com ele”, conta.
Os tempos mudaram e a azáfama dos artistas foi amainado com a substituição dos animais nas tarefas agrícolas. “Agora, os agricultores utilizam os tractores para cultivar a terra e já não gastam as ferraduras aos burros, cavalos ou bois”, justifica a perda de trabalho.
Ferrar animais é mais complicado do que moldar as ferraduras que protegem os cascos”, garante Luís Mesquita

Com o declínio da profissão, Luís Mesquita ainda abriu um café na aldeia, que acabou por fechar, mas faz questão de guardar recordações desses tempos. “Ainda tenho ali a máquina de café”, mostra.
O ferrador afirma que durante o tempo em que teve a casa aberta, ainda havia alguns clientes que lhe pediam para ferrar os “burritos” ou os cavalos. “Ia fazendo, não era que tivesse necessidade de trabalhar, mas nasci nisto e gosto daquilo que faço”, enaltece.
Luís Mesquita afirma que ferrar não é uma arte difícil, mas realça que é preciso força de vontade. O trabalho começa com o molde do ferro quente para as ferraduras na safra, depois são feitos os orifícios onde entram os cravos com ponteiros e, por fim, os ajustes finais já em frio à medida do casco do animal.
Ferrar é mais difícil do que fazer as ferraduras, porque estamos a trabalhar em sangue e se enterramos demais um cravo é como uma pedra no sapato”, realça.
Agora o volume de trabalho diminuiu, mas Luís Mesquita continua a ser requisitado para ferrar ou acudir aos animais em caso de emergência. “Algumas pessoas quando têm animais com problemas pedem-me para os ver enquanto o veterinário não chega ou então ao fim-de-semana. Como tenho alguns conhecimentos, às vezes vou buscar medicamentos e aplico-os”, salienta o artista.
No livro de registos onde guarda memórias e recordações, Luís Mesquita já anotou os poucos animais que ferrou este ano, que diz terem sido, apenas, dois ou três. “Antes havia aqui 5 ou 6 juntas de bois. Agora não há nada. Mas a arte, essa nunca se esquece”, conclui o último ferrador do Seixo. Jornal Nordeste

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Europeias 2009

lpveloso - intertoon

V Torneio de Natação Cidade de Vila Real

Inserido no programa das Festas da Cidade, o V Torneio Cidade de Vila Real realizou-se no dia 10 de Junho na Piscina Municipal de Vila Real, e foi organizado pelo Ginásio Clube Vila Real em colaboração com a Associação Regional de Natação do Nordeste e a Câmara Municipal de Vila Real.
Este Torneio contou com 141 atletas inscritos pertencentes a doze clubes.

Torneio de Verão do Ginásio Clube Vila Real
O Ginásio Clube Vila Real organizou o Torneio de Verão no dia 6 de Junho, contando com cerca de 30 dos seus jovens nadadores. Esta competição permitiu juntar jovens atletas de diferentes idades e oriundos das várias classes de aprendizagem do GCVR numa pequena competição seguida de um lanche convívio com atletas, pais, técnicos e funcionários do clube.

Agricultores criam associação para contestar Lei dos Poços

Um grupo de 30 agricultores do concelho de Bragança quer criar uma associação com o objectivo de negociar com o Governo uma alteração da Lei dos Poços.
Consideram que o diploma é um absurdo, uma aberração e incompreensível.
Alguns proprietários de poços, furos e outro tipo de captações de água de algumas aldeias de Bragança reuniram-se sexta-feira à noite para dar o primeiro passo com vista à criação da associação.
Em primeiro lugar, contestam o facto de só poderem fazer o registo na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
De todo o distrito e até de toda a região Norte têm de se deslocar a Mirandela” afirma impulsionador da associação acrescentando que “conforme a lei prevê, queremos que essa competência seja delegada nas autarquias, através da juntas de freguesia”.
Por outro lado, os agricultores também não concordam com o pagamento para efectuar o registo e posteriormente para o consumo da água. “Não achamos que o Estado tenha legitimidade de nos obrigar a pagar para registar os poços e depois consumir água para fins agrícolas” refere Carlos Fernandes.
Alguns agricultores ouvidos pela Brigantia confessam que preferem tapar os poços e deixar de lavrar a terra. “Se tiver e registar mais vale tapar o poço e deixar os terrenos ao abandono porque pagar não é correcto” considera Octávio Reis. “Está-se mesmo a ver que isto é para depois pagarmos uma renda para o regadio” desconfia Carlos Vale acrescentado que “ninguém que se convença que o registo é de graça pois paga-se entre 150 a 180 euros”.
A maioria dos poços ainda não foi registado e há agora agricultores que preferem esperar pelos resultados da luta que a associação vai travar. “Esta lei é um absurdo porque há poços centenários e não tem lógica nenhuma estar agora a registá-los” defende José Miguel Lousada que ainda não registou os poços de que é proprietário porque quer esperar “para ver os frutos que esta associação possa colher”.
Esta associação quer alargar a sua abrangência a todo o território nacional e para além de uma audiência com o Governador Civil de Bragança ponderam já organizar um abaixo-assinado para enviar ao Ministério da Agricultura. Brigantia

Edital - Junta de Freguesia de Carrazeda de Ansiães

Registo e Licenciamento de todos os cães e gatos existentes na Freguesia de Carrazeda de Ansiães.

'Velocidade' do TGV incendeia debate político

Os grandes projectos de Obras Públicas estão confrontados com uma dívida externa crescente, que já atinge 100% do PIB e que leva João Cravinho, ex-ministro de Guterres, a admitir que "o País está à beira do precipício" e a lembrar que só a ligação Lisboa-Porto em TGV é rentável. O tema volta hoje ao debate político com um colóquio parlamentar em fase de pré-campanha.
A actual crise económica faz com que o PS e todos os partidos da oposição se vejam na necessidade de avaliar a que velocidade se vai avançar com o TGV numa altura em que existe uma forte escassez de crédito e o País está a braços com um preocupante nível de dívida externa que passou de 14 para 100 % do PIB. (...) DN

Motards deixam 500 mil euros

Cerca de meio milhão de euros é o impacto económico estimado para Mirandela, durante o fim-de-semana em que decorre a tradicional concentração motard, num cenário previsível de 1500 a 2000 participantes.
Esta é uma das conclusões do estudo realizado por docentes e alunos do curso de Sociologia do Instituto Piaget de Mirandela, que também dá conta que o evento tem igual ou maior relevância do que o europeu de Jet Ski e a Reginorde, sendo apenas de menor relevância quando comparado com as festas da cidade
. (...) JN

terça-feira, 9 de junho de 2009

Daqui e dali... P. Ranger, um Jovem por Outra Política para a Carrazeda

Votarei pela primeira vez para a Câmara, em Outubro.
E quando estava à espera de candidaturas independentes, mesmo independentes, com propostas diferentes, deparo-me com a ‹‹doutora›› 0. (zero) e a sua independência que não resiste a uma simples pergunta:
— Se tivesse ganho as eleições internas no PSD, estava onde?
A ‹‹doutora›› 0. é mas é uma dissidente. Que está do lado de fora porque não conseguiu estar dentro nem conseguiu acatar democraticamente a votação da concelhia. (Até o sr. Cristóvão, derrotado nas eleições do meu Sporting, lhe poderia dar formação cívica.)
O programa da ‹‹doutora›› 0. nasce disso e a sua independência também não resiste ao apadrinhamento do grupo de interesses que está instalado à sua volta como à da Câmara.
0. é a maior garantia de que tudo continuará na mesma.
E o zero populista que integra vê-se e eu já vi, quando anda a bater de porta em porta, beijinho, beijinho.
Pergunte-se-lhe, caso vença, se irá ou não manter o festival de música medieval ou se antes fechará a piscina, porque o dinheiro não abunda. Beijinho.
E se as suas vinganças que um outro anónimo classificou de Charles Bronson e eu acrescentaria do Chuck Norris vão incidir sobre a figura feminina da outra candidatura (neste momento, ainda candidatura a candidatura independente), continuando os seus processos disciplinares sobre os funcionários. Desaparecida em combate?! Beijinho, beijinho.

P. Ranger, um Jovem por Outra Política para a Carrazeda

Pareceres desaparecem do EIA da Barragem de Foz-Tua

Não é fixação nem brincadeira. Segundo o partido “Os Verdes” terão desaparecido pareceres do processo do EIA da Barragem de Foz-Tua que eram contra a construção do empreendimento.
Os pareceres em causa terão sido dados por entidades e organismos externos na fase de consulta pública e segundo denuncia o partido ecologista não foram tidos em conta na elaboração da Declaração de impacto Ambiental (DIA) porque não faziam parte do processo.
Na verdade, os pareceres teriam que naturalmente integrar a DIA deste projecto que foi emitida no passado 11 de Maio, mas tal não aconteceu.
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) houve um erro informático que impossibilitou a inclusão dos referidos pareces na documentação emitida. Mas “Os verdes” não se convencem com esta justificação e já consideram este acontecimento como “um novo mistério no Tua”.
Segundo Manuela Cunha, responsável do partido, o problema informático não pode ser uma justificação para o desaparecimento dos pareceres de organizações e das entidades que os produziram. O mistério reside numa evidência: todos os pareceres eram contra a construção do empreendimento. Manuela Cunha disse que o que se está a passar à volta deste processo se traduz numa autêntica “anomalia”.
Agora o partido ecologista “Os Verdes” diz que não se vai ficar por aqui, e já prometeu vai pedir esclarecimentos do sucedido junto do Ministério do Ambiente. NN

Carlos do Carmo - Vila Real - 13 de Junho

Carlos do Carmo - Teatro de Vila Real - 13 de Junho - Sábado

Olival sem apoios comunitários

A partir deste ano o olival tradicional vai deixar de receber as ajudas financeiras comunitárias com que contava
A partir deste ano o olival tradicional, o mais representativo no Norte, vai deixar de receber as ajudas financeiras comunitárias com que contava. Teme-se o abandono do olival pelos agricultores.
O Programa Operacional de Desenvolvimento Rural (PRODER) em vigor até 2013 não prevê ajudas específicas ao olival tradicional, com excepção do olival de produção biológica.
A falta de apoios financeiros públicos está a dar origem ao abandono dos olivais. Em diversos concelhos do distrito de Bragança há olivicultores que deixaram de tratar as suas terras e há casos em que já estão a ponderar não proceder à apanha da azeitona.
António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), garante que o abandono do olival tradicional terá um "impacto fortíssimo"na região, com consequências "dramáticas" não só a nível económico, com a diminuição da produção de azeite e redução de rendimentos por parte dos pequenos agricultores, mas sobretudo na perda de capital genético. "Está em causa a identidade genética do olival transmontano, um património genético único no mundo, que é uma marca distintiva dos restantes azeites", explicou António Branco.
Muitos dos olivais de produtores que têm ganho concursos internacionais com azeites transmontanos utilizam espécies do olival tradicional, algumas delas típicas da região, "diferentes das do Alentejo, de Espanha ou de Itália, as novas oliveiras são iguais em todo mundo", acrescentou.
O olival tradicional é o tipo de olival mais representativo de Portugal, distribuindo-se, dominantemente, em pequenas parcelas, envolvendo milhares de pequenos e médios agricultores que retiram do olival uma parte substantiva dos seus rendimentos.
Armindo Lopes, presidente da Cooperativa Agrícola de Izeda, prevê que se os olivais forem abandonados, as consequências ambientais, económicas e sociais "serão trágicas".
Para além da função produtiva de azeitona e de azeite, o olival tradicional contribui fortemente para o equilíbrio ambiental e paisagístico, que são também uma marca da identidade transmontana, até ao nível dos próprios muros em xisto, cujos olivais que os possuíam recebiam uma majoração do subsídio. Olivais abandonados serão mais um risco de incêndios florestais.
"A produção no olival tradicional envolve custos elevados, dada a baixa possibilidade de mecanização, a que acresce a baixa produtividade, por se tratar de uma cultura de sequeiro", explicou Adão Silva, deputado do PSD, que já inquiriu o Ministério da Agricultura sobre que medidas estão previstas para ajudar os olivicultores.
Na última colheita já se registou o abandono da vários hectares de olival. Os proprietários recusaram apanhar a azeitona porque os custos ficavam acima do valor de mercado da azeitona e do azeite. JN

Rangelcídio

Henrique Monteiro

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que se disse... António Ribeiro Ferreira

«Como Constâncio não pede desculpa, é legítimo que alguém lhe diga que tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta».

António Ribeiro Ferreira, "Correio da Manhã"

PSD vence europeias em Bragança

O PSD foi o partido mais votado nas eleições europeias, em todos os concelhos do distrito de Bragança.
Os sociais-democratas obtiveram 46,6% dos votos no acto eleitoral de ontem.
Ainda assim, a abstenção foi a grande vencedora.
69,49% dos eleitores inscritos nas freguesias do distrito não foram às urnas.
O maior nível de abstenção foi registado nos concelhos de Bragança, Vinhais e Vimioso com quase 74%.
Em Alfandega da Fé registou-se a maior adesão às urnas pois a abstenção fixou-se nos 58%.
Comparativamente a 2004, há quatro concelhos que alteraram o sentido de voto.
Há cinco anos, em Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vinhais o PS foi o partido mais votado nas eleições europeias.
Ontem o PSD acabou por levar a melhor nestes três concelhos.
Aliás em todos os concelhos do distrito, foi a força política mais votada, com 46,6% dos votos.
Nuno Reis, director de campanha no distrito, considera que foi um resultado excepcional. “Nas últimas europeias nós concorríamos coligados com o CDS e agora sozinhos subimos, em alguns concelhos conseguimos até melhores resultados” salienta o responsável. Para Nuno Reis este pode ser um pronuncio de bons resultados das legislativas e nas autárquicas pois “se olharmos para Vila Flor, Torre de Moncorvo ou Vinhais que são concelhos onde não temos o poder, os resultados destas eleições são extraordinários” afirma.
O PS obteve 24,44% de votos dos transmontanos.
Bruno Veloso, o 17º elemento da lista do partido às europeias e presidente da Juventude Socialista de Bragança, assume a derrota mas entende que este resultado não vai influenciar as eleições legislativas e autárquicas. “É de facto uma derrota do Partido Socialista que temos de assumir e reflectis sobre ela” refere, acrescentando que “é um sinal claro de protesto dos eleitores”. Ainda assim Bruno Veloso entende que “os portugueses sabem distinguir as situações e para as legislativas o PS está consciente daquilo que prometeu e da obra que fez”.
O CDS foi a terceira força política mais votada no distrito de Bragança com 9,69%.
Armando Pacheco, presidente da distrital, confessa que este resultado vem de encontro às suas expectativas. “Estes resultados são bons e eram mais ou menos o que a distrital do CDS esperava tendo em conta a casa cheia do jantar da campanha em Mirandela” refere.
O Bloco de Esquerda reforçou o seu eleitorado ao obter mais 2296 votos do que em 2004.
Luís Vale não fica surpreendido com este desempenho e explica que isso “se tem notado no contacto com as pessoas e a aproximação que vão fazendo à nossa estrutura distrital pois temos vindo a verificar um crescimento exponencial do número de simpatizantes e aderentes”.
A CDU também cresceu nestas eleições ao arrecadar 6% dos votos contra os 2,79% obtidos em 2004.
José Brinquete, o líder distrital dos comunistas, mostra-se satisfeito com os resultados. “Subimos bastante no distrito, globalmente foram mais 800 votos e por isso é um resultado que nos anima para as próximas batalhas que vamos ter” refere.
No distrito de Bragança foram ainda registados 1424 votos em branco e 986 nulos, nestas eleições europeias. Brigantia

Aterro separa lixo indiferenciado para reciclagem

O aterro sanitário de Urjais, em Mirandela, vai receber uma central de triagem de resíduos que permite reciclar metade do lixo ali depositado.
Este aterro serve os 12 municípios do Nordeste Transmontano e ainda o de Vila Nova de Foz Côa.
Um investimento que segundo vice-presidente da câmara de Bragança ascende aos 25 milhões de euros.
O equipamento que vai ser instalado vai permitir que 25% dos resíduos indiferenciados sejam também reciclados” adianta Rui Caseiro salientando que isso “vai permitir que o aterro recolha menos 50% dos resíduos que recolhe actualmente”.
O autarca revela ainda que “68% dos resíduos recolhidos pela empresa a quem está contratualizado o serviço na Terra Fria são provenientes de Bragança e o restantes pelos concelhos de Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso”.
Este anúncio foi feito à margem de uma visita organizada pela autarquia ao Ecocentro de Bragança, com empresários da construção civil do concelho.
No entanto, apesar dos 500 ofícios enviados pela câmara de Bragança, nem um único empresário compareceu ao encontro.
Uma recusa que desiludiu Rui Caseiro.
Fico desanimado porque esta acção que tínhamos previsto fazer vinha no sentido de eles colaborarem na separação e no encaminhamento correcto dos lixos para a reciclagem evitando a colocação de montes de entulho que por vezes ainda se encontram” afirma.
O vice-presidente da câmara de Bragança revelou ainda que em 2008 houve um decréscimo ligeiro na produção de lixo pelos munícipes face ao ano anterior, que também reciclaram mais.
Em 2008 recolhemos 15700 toneladas o que foi inferior em 1% ao ano de 2007 e espero que em 2009 a redução seja maior” refere. Já no que diz respeito à recolha de lixos separados “aumentamos 10% em relação ao ano anterior recolhendo cerca de 830 toneladas”.
No ano passado, Bragança gastou um milhão e 790 mil euros para tratar os resíduos produzidos.
Uma factura que ascende aos 160 mil euros por mês.
Brigantia

Pois claro!

Antero

domingo, 7 de junho de 2009

PSD ganha em Carrazeda de Ansiães

Carrazeda de Ansiães - resultados percentuais:

PSD - Partido Social Democrata - 49,3 %

PS - Partido Socialista – 22,7 %

CDS-PP - Partido Popular – 10,2 %

BE - Bloco de Esquerda – 5,7 %

PCP-PEV – Partido Comunista Português-P.E.Verdes – 3,3 %

Fonte: http://psd-carrazeda.blogspot.com/

PSD diz que Portugal "ganhou nova força"

Assim que às 20 horas se viram as primeiras projecções das eleições europeias ouviram-se gritos e palmas no 1.º andar da sede do PSD.
Três minutos depois, o vice-presidente do partido, José Pedro Aguiar Branco, afirmou, já numa sala cheia de militantes, ser "inequívoco o sinal de viragem ".
"As projecções, que apontam para um sentido de mundança e dão ao PS uma "fortissíma queda", são um "reforço nítido do PSD".
No entanto, sublinhou, é com "tranquilidade e segurança "que os social-democratas" vão esperar pelos resultados oficiais.
Às 20.37 horas,José Luís Arnault, porta-voz das Relações Internacionais do PSD e ex-ministro de Durão Barroso, desceu as escadas da sede do partido para dizer aos jornalistas que as "projecções são um sinal de vitória clara do PSD". Uma vitória muito merecida, considera, que "mostra o PSD como uma alternativa".
Questionado sobre se o PSD e Manuela Ferreira Leite ganharam nova força para as Legislataivas, disse: "Naturalmente. Todos nós. Portugal ganhou nova força".


Apreensão no PS
A confirmarem-se os resultados lançados às 20 horas, "O PS ficará áquem das nossas expectativas".
Foi desta forma que o porta-voz do PS, Vitalino Canas, reagiu às projecções para as eleições europeias.
Antes de serem conhecidos os resultados, podiam já ver-se rostos apreensivos entre os dirigentes socialistas que entravam no Hotel Altis, onde estão a acompanhar a noite eleitoral. JN

Porta-voz: PS com resultado aquém das expectativas

O porta-voz do PS, Vitalino Canas, afirmou hoje que, se as projecções confirmarem o triunfo do PSD nas eleições europeias, o resultado dos socialistas "ficará aquém das expectativas".
Vitalino Canas fez apenas uma declaração e não respondeu a perguntas dos jornalistas.
Na sua curta declaração, disse apenas que as eleições disputaram-se numa conjuntura "de extrema dificuldade para o PS" e para os partidos do Governo "por essa Europa fora".
Vitalino Canas referiu ainda que a abstenção "foi muito elevada, apesar da importância do acto eleitoral".
DN

Eleições: PSD vence europeias

Fonte: TVI

Já se grita vitória na sede do PSD

“Vitória, vitória." Os gritos irromperam numa das salas do PSD, cheia de militantes, quando as televisões lançaram as primeiras projecções dos resultados eleitorais. Todas, em sintonia, a atribuírem a vitória à lista encabeçada por Paulo Rangel.
O vice-presidente do partido José Pedro Aguiar-Branco, escassos minutos após as projecções, afirmava que estas pesquisas “apontam para um sentido de mudança”.

José Pedro Aguiar-Branco sublinhou que as projecções “apontam para uma fortíssima queda do PS”, que tinha 12 eurodeputados, e “um reforço nítido” do PSD, que nas europeias de 2004 elegeu nove deputados ao Parlamento Europeu em coligação com o CDS. Ainda assim, o dirigente social-democrata refreou o entusiasmo, afirmando: “Acompanhamos com serenidade e confiança o que nos trará esta noite eleitoral."
DN

PSD vence europeias - projecções

O PSD é o partido vencedor das eleições europeias segundo as projecções das três estações de televisão portuguesas.
A projecção da TVI atribui uma vitória clara do PSD enquanto as projecções da SIC e RTP apontam para um empate com vantagem para PSD.
As projecções da TVI dão uma vitória clara ao PSD, com 30,4 a 34,4 por cento dos votos, seguindo do PS com apenas 24,1 a 28,1 por cento dos votos.
Bloco de Esquerda e CDU partilham o terceiro lugar, conseguindo entre 9,7 e 12,8 por cento dos votos. O CDS-PP aparece como quarto partido mais votado, conseguindo entre 6,7 e 9,3 por cento dos votos.
Nas projecções da SIC, o PSD consegue entre 29,2 e 33 por cento dos votos, o que equivale a 7 a 8 mandatos, enquanto o PS consegue entre 27,7 por cento a 31,5 por cento dos votos.
O Bloco de Esquerda aparece como o terceiro partido mais votado, com 11,6 a 13,4 por cento dos votos, seguido da CDU com 9,5 por cento a 11,3 por cento. O CDS-PP alcança apenas 7,5 por cento e 9,3 por cento dos votos.
Nas projecções da RTP, o PSD consegue entre 29 e 34 por cento dos votos, seguido de perto pelo PS com 28 a 33 por cento dos votos. CDU e Bloco de Esquerda dividem o terceiro lugar como partido mais votado, com 9 a 12 por cento dos votos. O CDS-PP consegue apenas 7 a 10 por cento dos votos.
TSF

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Edital - Junta de Freguesia de Carrazeda de Ansiães

Tendo em conta o Acto Eleitoral - "Parlamento Europeu - 2009" - que vai decorrer no próximo dia 7 de Junho - Domingo - será instalado na sede da freguesia equipamento informático para que os eleitores recenseados possam verificar a sua situação quanto ao seu número de eleitor e secção onde poderão votar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Augusto Faustino apresentado pelo PS como candidato à Câmara de Carrazeda

O Partido Socialista confirmou a recandidatura de Augusto Faustino à Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.
A disponibilidade do empresário e líder da concelhia do PS já era conhecida e, sem surpresa, foi apresentado, no passado domingo, como o número um da lista rosa que vai tentar conquistar a Câmara ao PSD.
O candidato socialista está convencido que nas eleições deste ano terá mais hipóteses de vencer, até porque "as pessoas estão cansadas de ver o PSD sistematicamente no poder".
Faustino entende que "é preciso refrescar as práticas políticas que vêm do passado".
A confiança de Augusto Faustino aumenta quando pensa que o aparecimento da candidatura independente de Olímpia Candeias poderá dividir o PSD, habitual vencedor das eleições em Carrazeda.
"Toda a gente percebe que sendo uma candidata que já foi vereadora eleita pelo PSD e pelos apoios que se lhe conhecem, obviamente vai buscar bastantes votos ao PSD e um ou outro aos outros partidos", disse, sublinhando que aos sociais-democratas "não lhes fará nada mal passar pela oposição".
Augusto Faustino ainda não revela quem o vai acompanhar na lista à Câmara. Às Assembleias de Freguesia está tudo bem encaminhado, faltando apenas fechar listas em quatro freguesias.
Eduardo Pinto/RA

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma campanha triste

Antero

Daqui e dali... Helena Matos

Nunca se deve dar poder a um tipo porreiro

O porreirismo de Sócrates, pela natureza do cargo que ocupa, criou um problema moral ao país.

No início, ninguém dá nada por eles. Mas, pouco a pouco, vão conseguindo afirmar o seu espaço. Não se lhes conhece nada de significativo, mas começa a dizer-se deles que são porreiros. Geralmente estes tipos porreiros interessam-se por assuntos também eles porreiros e que dão notícias porreiras. Note-se que, na política, os tipos porreiros muito frequentemente não têm qualquer opinião sobre as matérias em causa mas porreiramente percebem o que está a dar e por aí vão com vista à consolidação da sua imagem como os mais porreiros entre os porreiros. Ser considerado porreiro é uma espécie de plebiscito de popularidade. Por isso não há coisa mais perigosa que um tipo porreiro com poder.
E Portugal tem o azar de ter neste momento como primeiro-ministro um tipo porreiro. Ou seja, alguém que não vê diferença institucional entre si mesmo e o cargo que ocupa. Alguém que não percebe que a defesa da sua honra não pode ser feita à custa do desprestígio das instituições do Estado e do próprio partido que lidera.

O PS é neste momento um partido cujas melhores cabeças tentam explicar ao povo português por palavras politicamente correctas e polidas o que Avelino Ferreira Torres assume com boçalidade: quem não é condenado está inocente e quem acusa conspira.

Nesta forma de estar não há diferença entre responsabilidade política e responsabilidade criminal. Logo, se os processos forem arquivados, o assunto é dado por encerrado. Isto é o porreirismo em todo o seu esplendor.
Acontece, porém, que o porreirismo de Sócrates, pela natureza do cargo que ocupa, criou um problema moral ao país. Fomos porreiros e fizemos de conta que a sua licenciatura era tipo porreira, exames por fax, notas ao domingo. Enfim tudo "profes" porreiros.

A seguir, fomos ainda mais porreiros e rimos por existir gente com tão mau gosto para querer umas casas daquelas como se o que estivesse em causa fosse o padrão dos azulejos e não o funcionamento daquele esquema de licenciamento.

E depois fomos porreiríssimos quando pensámos que só um gajo nada porreiro é que estranha as movimentações profissionais de todos aqueles gajos porreiros que trataram do licenciamento do aterro sanitário da Cova da Beira e do Freeport.

E como ficámos com cara de genuínos porreiros quando percebemos que o procurador Lopes da Mota representava Portugal no Eurojust, uma agência europeia de cooperação judicial?

É preciso um procurador ter uma sorte porreira para acabar em tal instância após ter sido investigado pela PGR por ter fornecido informações a Fátima Felgueiras.

Pouco a pouco, o porreirismo tornou-se a nossa ideologia.

Só quem não é porreiro é que não vê que os tempos agora são assim: o primeiro-ministro faz pantomina a vender computadores numa cimeira ibero-americana? Porreiro. Teve graça não teve? Vendeu ou não vendeu?

Mais graça do que isso e mais porreiro ainda foi o processo de escolha da empresa que faz o computador Magalhães.

É tão porreiro que ninguém o percebeu mas a vantagem do porreirismo é que é um estado de espírito: és cá dos nossos, logo, és porreiro.

E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros. O primeiro-ministro faz comunicações ao país para dizer que é vítima de uma campanha negra não se percebe se organizada pelo ministério público, pela polícia inglesa e pela comunicação social cujos directores e patrões não são porreiros.

Os investigadores do ministério público dizem-se pressionados.

O procurador-geral da República, as procuradoras Cândida Almeida e Maria José Morgado falam com displicência como se só por falta de discernimento alguém pudesse pensar que a investigação não está no melhor dos mundos...

Toda esta gente é paga com o nosso dinheiro. Não lhes pedimos que façam muito. Nem sequer lhes pedimos que façam bem. Mas acho que temos o direito de lhes exigir que se portem com o mínimo de dignidade. Um titular de cargos políticos ou públicos pode ter cometido actos menos transparentes. Pode ser incompetente. Pode até ser ignorante e parcial. De tudo isto já tivemos.

Aquilo para que não estávamos preparados era para esta espécie de falta de escala. Como se esta gente não conseguisse perceber que o país é muito mais importante que o seu egozinho. Infelizmente para nós, os gajos porreiros nunca despegam.
Helena Matos, Jornalista

Desenvolvimento do turismo no Douro justifica aeroporto regional

É mais um passo para a criação de um aeroporto regional no vale do Douro. A Câmara Municipal de Alijó e a empresa Mota-Engil chegaram a acordo para a construção de uma pista de 1400 metros no aeródromo da Chã.
A Mota-Engil lidera o consórcio que vai construir o Itinerário Complementar nº 5 (IC5), entre o IP4, na zona do Pópulo, e Miranda do Douro, estrada que vai estar concluída até finais de 2011.
O estaleiro central vai ficar, precisamente, no concelho de Alijó. Este facto permitiu à Câmara estabelecer uma parceria com aquela empresa para “construir a pista mais pequena do aeródromo, com 1300 a 1400 metros de extensão”, diz o presidente do Município, Artur Cascarejo. Explica que o protocolo vai assentar na “cedência de terrenos” da Câmara para a construção do estaleiro do IC5. “Em vez de recebermos dinheiro por essa cedência durante três anos, eles pagam-nos em espécie”. A pista pequena permitirá a aterragem de voos charter com capacidade de 50 passageiros. O que numa primeira fase é “mais que suficiente”. Porém, há uma outra parceria em cima da mesa que reúne “o Grupo Vila Sol, a Real Companhia Velha e um outro grupo turístico que se mostrou interessado em participar”. O objectivo é construir uma outra pista, com três quilómetros, o que “dará para aterrar qualquer tipo de avião”.
(...) Mais em Rádio Ansiães/Eduardo Pinto

Faltam magistrados no distrito de Bragança

Processos atrasados e julgamentos adiados é o resultado da falta de magistrados do Ministério Público no distrito de Bragança. A denúncia é feita pelo deputado Adão Silva, eleito pelo PSD para a Assembleia da República.

Ao todo são cinco as comarcas afectadas por um problema que, segundo Adão Silva, começou com a recolocação de magistrados no distrito.
Nomeadamente das comarcas de Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo. Esta situação de movimento e novas colocações levou a que estas comarcas ficassem sem um magistrado em permanência, que está a levar ao adiamento de julgamentos”, disse Adão Silva.
Em resposta à agência Lusa, o Ministério da Justiça refere que "a colocação de Magistrados do Ministério Público é da competência do Conselho Superior do Ministério Público, sem qualquer interferência do Ministério da Justiça" e garante ainda que "o recente arranque da reforma do mapa judiciário não afectou as comarcas do norte interior citadas".
Adão Silva reage e diz que esta resposta revela “falta de conhecimento das situações”. “Não nos espanta porque sendo um concelho do interior o Governo não fica intranquilo. Se fosse no centro de Lisboa ou o Porto já estava com mil e uma diligências. E na resposta vem sacudir a água do capote”, acusa.
Por isso, o deputado laranja pede que o Governo financie um recrutamento extraordinário.
Poderemos estar a falar nalgumas escassas dezenas de milhares de euros. É uma verba pequena e inferior, se calhar, àquilo que os cidadãos terão de pagar pelos adiamentos que a falta de magistrados está a causar.”
A falta de magistrados no distrito de Bragança a provocar ainda mais constrangimentos na justiça. Brigantia