Recuperar em vez de construir de novo. Este é mote para que as povoações do Douro ganhem uma nova imagem, que lhe devolva atractividade. As Aldeias Vinhateiras são um bom exemplo da renovação que se pretende.
"Não podemos ter as coisas a cair e estar continuamente a construir coisas novas", salienta Paula Silva, directora do Serviço de Bens Culturais da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN). "Há elementos do património que se não forem recuperados podem diluir-se, ou então perder valor", acrescenta Ricardo Magalhães, chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro.
Paula Silva opina que "é preciso uma mudança de paradigma em relação ao modo como se vê o território", pois é vulgar observarem-se centros históricos a cair aos bocados, rodeados de construções novas. "A mudança de pensamento poderia ser imposto por regulamentos, mas o ideal é que sejam as pessoas a entendê-la", frisa a responsável.
A secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, acha que é preciso encontrar um "ponto de equilíbrio", pois reconhece que há situações em que "é preciso construir de novo". No entanto, entende que é preciso "gostar e cuidar do nosso património", pois "dá identidade", mas ao mesmo tempo ter "uma leitura actual desse património". "Temos que evitar a ideia de que temos de preservar tudo até ao limite", sublinha. Ricardo Magalhães adianta que o abandono tem a ver com a "degradação da economia das aldeias". Há porém, alguns exemplos de localidades que têm vindo a ganhar uma nova vida. Celeirós do Douro, em Sabrosa, esteve "em coma" e nos últimos anos foi reabilitada meia dúzia de casas e "a aldeia agora parece outra".
E isto leva o chefe da Missão do Douro a supor que poderá ocorrer no Douro o que há anos se verificou no Alentejo, ou seja, serem recuperadas aldeias inteiras por acção de pessoas que vivem nas cidades e que passam a ter uma segunda casa nas pequenas povoações da região. Bom exemplo de revitalização de pequenos centros urbanos, são as seis Aldeias Vinhateiras do Douro (Salzedas e Ucanha, em Tarouca; Favaios, em Alijó; Provesende, em Sabrosa; Barcos, em Tabuaço; e Trevões, em São João da Pesqueira). Esta última ainda tem investimentos em curso, já que foi a que chegou mais tarde ao grupo. Foram gastos 12 milhões de euros em intervenções infra-estruturais. Agora resta, estimulá-las para que possa haver mais dinamismo económico e criação de emprego.
De resto, a Estrutura de Missão do Douro quer alargar a rede, mas "só quando a primeira estiver concluída totalmente é que se poderá abrir uma nova frente", afirma Ricardo Magalhães. Eduardo Pinto, JN
"Não podemos ter as coisas a cair e estar continuamente a construir coisas novas", salienta Paula Silva, directora do Serviço de Bens Culturais da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN). "Há elementos do património que se não forem recuperados podem diluir-se, ou então perder valor", acrescenta Ricardo Magalhães, chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro.
Paula Silva opina que "é preciso uma mudança de paradigma em relação ao modo como se vê o território", pois é vulgar observarem-se centros históricos a cair aos bocados, rodeados de construções novas. "A mudança de pensamento poderia ser imposto por regulamentos, mas o ideal é que sejam as pessoas a entendê-la", frisa a responsável.
A secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, acha que é preciso encontrar um "ponto de equilíbrio", pois reconhece que há situações em que "é preciso construir de novo". No entanto, entende que é preciso "gostar e cuidar do nosso património", pois "dá identidade", mas ao mesmo tempo ter "uma leitura actual desse património". "Temos que evitar a ideia de que temos de preservar tudo até ao limite", sublinha. Ricardo Magalhães adianta que o abandono tem a ver com a "degradação da economia das aldeias". Há porém, alguns exemplos de localidades que têm vindo a ganhar uma nova vida. Celeirós do Douro, em Sabrosa, esteve "em coma" e nos últimos anos foi reabilitada meia dúzia de casas e "a aldeia agora parece outra".
E isto leva o chefe da Missão do Douro a supor que poderá ocorrer no Douro o que há anos se verificou no Alentejo, ou seja, serem recuperadas aldeias inteiras por acção de pessoas que vivem nas cidades e que passam a ter uma segunda casa nas pequenas povoações da região. Bom exemplo de revitalização de pequenos centros urbanos, são as seis Aldeias Vinhateiras do Douro (Salzedas e Ucanha, em Tarouca; Favaios, em Alijó; Provesende, em Sabrosa; Barcos, em Tabuaço; e Trevões, em São João da Pesqueira). Esta última ainda tem investimentos em curso, já que foi a que chegou mais tarde ao grupo. Foram gastos 12 milhões de euros em intervenções infra-estruturais. Agora resta, estimulá-las para que possa haver mais dinamismo económico e criação de emprego.
De resto, a Estrutura de Missão do Douro quer alargar a rede, mas "só quando a primeira estiver concluída totalmente é que se poderá abrir uma nova frente", afirma Ricardo Magalhães. Eduardo Pinto, JN
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