quarta-feira, 17 de junho de 2009

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Governo maioritário e governo minoritário

Tem-se discutido muito ultimamente sobre qual possa ser melhor para o país, o governo apoiado no parlamento por uma maioria ou aquele que é suportado apenas por uma minoria de deputados.
Aduzem-se razões nos dois sentidos: o governo maioritário é mais sólido, tem força para por em prática as suas soluções; o governo minoritário é mais dialogante, procura mais os consensos, não pode ser tão arrogante.
No primeiro, caímos quase sempre numa ditadura, porque não temnecessidade de acordos, o segundo, muitas vezes, fica paralisadoporque ninguém quer comprometer-se com as suas tomadas de posições.
Tivemos, na nossa história recente, exemplos de ambos . Tivemos governos maioritários da AD, de Cavaco Silva e de Sócrates e minoritários de Cavaco Silva e de Guterres.
O governo minoritário de Cavaco caiu ao fim de pouco tempo; os de Guterres arrastaram-se penosamente e Guterres ficou com fama de homem fraco.
Os maioritários tiveram estabilidade , embora tenham sido apelidadosde ditatoriais.Os pequenos partidos defendem governos minoritários para poderem teruma importância superior às suas forças. Os partidos grandes aspiram a governos de maioria, embora, por vezes, não o confessem.
Ultimamente, o PS defendia o governo de maioria e todos os outros defendiam governos minoritários porque achavam que não podiam evitar a maioria relativa do PS.

Hoje, que as perspectivas são diferentes, já se pensa em formar um governo maioritário PSD/CDS.
E, afinal, eu acho que o governo maioritário é a solução que nos convém: de um só partido ou de dois. Claro que este governo deve ouvir as minorias mas deve ter força para decidir.
E, falando de ditaduras, as empresas privadas são governadas por todosos colaboradores ou , acima deles, pela vontade exclusiva do patrão?
Do meu ponto de vista, portanto, é preferível que o país seja governado por uma maioria PSD ou PSD/CDS a ser governado por um governo minoritário do PS, embora eu propenda, ideologicamente, mais para o PS que para o PSD.
João Lopes de Matos

14 comentários:

Anónimo disse...

Mas meu caro:
PSD + CDS é o regresso há 5 anos atrás. Portas é o mesmo, sai Durão entra Manuel F. Leite, a mesma que enquanto ministra das Finanças daquele governo vendeu o país aos bocadinhos para enganar o défice que depois nós tivemos que pagar!

OL

Anónimo disse...

Já todos sentimos na pele os efeitos das maiorias, sejam elas da esquerda ou de direita, se é que ainda podemos continuar a falar nesses termos.

Unknown disse...

Pois muito bem.Mas a existir governo,que seja apoiado por uma maioria de deputados(absoluta,claro),para que possa governar.
JLM

Anónimo disse...

Será que se pode considerar que há governo quando se gere um país de forma tão autista, prepotente e autoritária, como aquela a que vimos assistindo?! Sem que sejam tidos em conta e devidamente analisados os reais interesses de todos quantos, nas ruas, se manifestam, maioritariamente, contra aquilo que consideram uma violação clara dos seus direitos?! E, em contrapartida, o governo continua, obstinadamente, a manter, de forma arrogante, a mesma atitude, fazendo tábua rasa das pretensões desses mesmos manifestantes e contestários?! Tenhamos como exemplo o que se passou com os Professores. Uma vergonha! Por tudo isto continuo a afirmar, maiorias? Devemos evitá-las a todo o transe. Não é que uns políticos sejam melhores do que outros. Para mim são todos iguais, mas a mudança é sempre salutar. E o Povo, que já sabe muito bem o que quer, no momento oportuno lá faz a sua justiça, (quando entender que a a governação não corre da melhor forma) utilizando a única arma de que dispõe - o voto.

Anónimo disse...

Ao Sr. Comentarista de cima...18 Junho de 2009 8:37.

O seu país, se é Portugal, e imagino que seja, não gera riqueza suficiente para tantos direitos, benesses, regalias, ADSE'S, etc. etc.
No passado e à falta destes mesmos recursos para aumentar salários como todos queriam eram dadas as ditas regalias. Agora é hora de as racionar porque baixar salários ... CREDO!
Porque é que os professores, médicos, enfermeiros, juízes, PSP, GNR, etc. etc. têm que ser diferentes de todos os outros?
Porque é que todos estes descontando menos, no fim e durante a vida activa têm muito mais?
Quando o seu país não consegue puxar para o mesmo patamar os que menos têm é justo que o retire a quem mais tem.
Percebo contudo, que esta não é a sua justiça. Imagino que seja a da continuidade. Os intocáveis e os outros que trabalham para sustentar os vencimentos dos que para o Estado trabalham.
E não questiono isto porque quem trabalha seja para quem for tem direito ao seu salário.

Crise! Crise! Crise!
É engraçado que todos falam na crise mas ela neste momento não chega a todos, antes pelo contrário. A função pública é neste momento de "crise" a que menos sente ou até a que mais beneficia.
A ver:
- Despedimentos estão fora de questão;
- Aumentos de 2,9€ para este ano;
- O país encontra-se em deflação, combustíveis a preços de há anos atrás e taxas de juro impensáveis.
São apenas exemplos...
Motivo para perguntar, afinal quem está a levar com a dita "crise"?

Sócrates poderá, e repito, poderá vir a ter razão, quando um dia disse que se um dia fosse primeiro-ministro e fizesse o que Portugal precisava perderia as eleições seguintes!
Numa análise séria, parece-me que Sócrates não fez de todo o que o país precisa.
Mas,
caro senhor, alguém vai ter que o fazer. Com Sócrates, sem Sócrates o caminho terá que ser o mesmo, para salvaguardar a independência do seu país e sustentar o futuro dos seus filhos e netos.
E não esqueça que está um novo défice de 6 e tal % que dentro em breve vamos começar a pagar!

Assinado:
Um trabalhador por conta própria que se levanta às 07:00 da manhã, que trabalha 9 a 10 horas por dia, almoça quando calha, normalmente ceia, não janta, desconta para a S.S. 200,00 € / mês pelo salário mínimo nacional com um rendimento anual de 9.640,62 €, sem direito a comparticipação em óculos...(de sol), próteses, ortóteses, medicamentos e outros e com direito a baixa a partir do segundo mês de doença em 70% do salário minimo e que sente a crise, como muitos iguais a ele!

Anónimo disse...

Pergunto a este trabalhador por conta própria: quem o ensinou a ler e a escrever? E aos seus filhos? Quem o trata nas doenças? Quem o ajuda em toda a sua documentação social? Quem o protege em caso de perigo? Quem lhe varre a rua?, etc. etc. Ora, quem havia de ser: FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS!!!

Anónimo disse...

Continuo a dizer, e não mudo de opinião, urge pôr termo a este governo ditatorial, prepotente e autista e não são os seus argumentos que me demovem. As maiorias são sempre más,sejam elas da esquerda ou da direita e as consequências são bem visíveis. E se atentar bem no que está a acontecer, pode verificar que é cada vez maior o fosso entre os ricos e os pobres. Nunca se viu tanta corrupção. etc, etc...

Anónimo disse...

A questão é sempre a mesma e raros são os que assumem a verdade e deixo a questão.
Se os funcionários públicos são pagos com dinheiro do meu trabalho porque hão-de eles ter regalias, mordomias etc. etc. que eu não tenho?
Se o Estado não me pode dar igual, porque não há-de tirar aos senhores?
Ensinam? Protejem? etc. etc. e então não são pagos (BEM PAGOS)para tal?

Acha justo uns ganharem 1000 €, 1500 €, 2000 € e mais euros/ mês com um sistema social priveligiado e outros precisamente o inverso?

Tem toda a razão o ultimo comentarista quando fala da diferença entre ricos e pobres. Encaixa bem nestes dois tipos de classes.

E já agora abaixo da transcrição que a seguir faço do meu primeiro comentário desafio os senhores a fazer o mesmo!

" Assinado:
Um trabalhador por conta própria que se levanta às 07:00 da manhã, que trabalha 9 a 10 horas por dia, almoça quando calha, normalmente ceia, não janta, desconta para a S.S. 200,00 € / mês pelo salário mínimo nacional com um rendimento anual de 9.640,62 €, sem direito a comparticipação em óculos...(de sol), próteses, ortóteses, medicamentos e outros e com direito a baixa a partir do segundo mês de doença em 70% do salário minimo e que sente a crise, como muitos iguais a ele! "

O espaço que se segue é suficiente para os professores, GNR, PSP, médicos, etc. etc.

Haja coragem ... para podemos comparar!

Anónimo disse...

Um dos grandes problemas, é que doutores, engenheiros, médicos, cientistas, etc. em tempos de escola, quando eram novos, muito dinheiro gastaram aos pais e muitas horas e muitas horas de estudo que roubaram às suas brincadeiras, para mais tarde serem alguém. Enquanto outros, nesses tempos de estudante, passavam a vida em noitadas e copofonia, "putas e vinho verde" e depois, a solução foi ir para as obras ou para a agricultura, porque nada fizeram na escola. Então quem é que tem culpa? Então não acha que quem muito estudou para ter um bom emprego ou ter uma função pública de grande importância e responsabilidade, não deve ganhar conforme o seu alto estatuto? Então acha que um trolha ou um pedreiro ou um sapateiro, com o devido respeito que tenho por todas as profissões, devem ganhar o mesmo que um cirurgião, um cientista, um professor, etc.? Por favor... Claro que para o mundo ser perfeito, não havia de haver ricos nem pobres, sermos todos iguais, mas como isso é uma utopia, olhe, arranje um Deus que seja mais justo e verdadeiro do que o seu. Procure por aí, talvez o encontre...

Anónimo disse...

Todas as profissões requerem aprendizagem. Umas com regras e estudo devidamente acuteladas, outras nem tanto e outras até nem por isso. Umas de elevado risco como as que citou outras menos, como a sua por ex.
Pelos vistos o sr. teve a sorte de sair de uma familia capaz financeiramente. Muitos não a tiveram. Aprenderam a trabalhar por si próprios e sujeitaram-se e sujeitam-se sabe-se-lá ao quê para sobreviver.
Quer dizer-me que os estudantes não faziam noitadas, copofonia com bem mais (putas e vinho verde)...
Se foi para rir, deu jeito.
Mas caro amigo.
O problema é o mesmo e não é com a desculpa das "pestanas queimadas" que o esconde. Quem mais ganha e mais mordomias tem é quem mais reclama e é assim que se aumenta o fosso entre ricos e pobres. O poder conseguido durante anos serve hoje para hipocritamente espezinhar os outros porque de uma maneira falsa dizem-nos que não são contra "os pobrezinhos" mas querem sempre mais para si mesmo sabendo que não chega para todos!
O que chama a isto?

Mas isto todos nós sabemos por mais que alguns tentem assobiar para o lado.
Por sua vez o estado que sempre foi fraco perante tanta exaltação e interesses ajudou às diferenças que hoje temos.
Mas tenha atenção porque já começa a sentir-se alguma agitação em redor desta questão...

E depois, caro amigo, nunca ouviu dizer que cada um na sua profissão é doutor?

Pode custar-lhe mas é bem verdade.

Anónimo disse...

Já percebi: estou a falar com um bom samaritano, amigo dos pobrezinhos e que até dá a roupa do corpo. E anda tão triste tão triste com as injustiças da vida, que nem quer receber o ordenado que ganha, nem come, só para dar tudo aos pobrezinhos. Desculpe então, sr. samaritano, franciscano ou lá o que é... sendo assim, é bem certo que v. entará muito feliz no reino dos céus... amén.

Anónimo disse...

Mas eu prefiro ser samaritano e amigo dos pobrezinhos.
Sabe porquê?
Porque não são EGOISTAS!

Anónimo disse...

Eu logo vi!!!

Anónimo disse...

É caso para dizer, tanta parra e tão pouca uva. Se cada um desempenhar as suas funções com honestidade e lhaneza não tem que vir atacar esta ou outra profissão, pq todas são nobres, qd desempenhadas com responsabilidade, integridade e empenhamento que é o que, infelizmente, nem todos usam no seu quotidiano.