quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval em Carrazeda de Ansiães

Beja, Bragança e Portalegre correm risco de desaparecer

Algumas capitais de distrito como Bragança, Portalegre ou Beja "estão perto de situações perigosas" num país cada vez mais macrocéfalo. Dependentes dos serviços do Estado, a sua pequena dimensão não lhes permite captar investimento privado. Portugal continua a ser Lisboa, o resto é paisagem. O centralismo "quase genético" ganhou novo alento com a União Europeia e globalização.
"É uma combinação explosiva", diz o geógrafo Álvaro Domingues. "Pequena escala misturado com pouca diversidade funcional", se falhar um sector, "pode ser o caos" em cidades como Bragança, Portalegre ou Beja. A grande dificuldade destas áreas urbanas é sobreviver sem a dependência do investimento público. (...) DN

A Última Viagem do Comboio da Linha do Tua

Daqui e dali... Fernando Sobral

O legado de Sócrates
Na nova fábula da política portuguesa a raposa não abdica das uvas porque estão verdes. Alguém lhe oferece uma escada para ela as deglutir. Esta raposa não distingue uvas verdes de maduras: não come por prazer. Come pelo poder.
Sócrates criou uma tribo que não distingue uvas verdes de maduras: só quer empanturrar-se. Talvez esteja agora em extinção.
Ou deveria estar. Sócrates transformou desconhecidos carreiristas políticos em gestores com barriga cheia. É esse o legado do Governo de Sócrates: nunca, como nestes anos, se tinha tornado o Estado uma prova de 110 metros sem barreiras para aqueles que seguem cegamente o chefe.
Antigamente, a política era lealdade, afeição, respeito, memória. Com Sócrates criou-se o princípio de que a lealdade canina é mais importante que a qualidade pessoal. O resultado vê-se.
O que se passou na PT, como se depreende das próprias palavras de Henrique Granadeiro, foi o arrombar das últimas portas da decência política. O que foi feito na PT já não é moral nem imoral: é simplesmente amoral. Esta gente não tem sentimentos. Quer apenas poder e os benefícios da sua gestão. Já não é a legalidade, ou não, das escutas que está em jogo. É o assalto à mão desarmada à PT, empresa onde a "golden share" do Estado serve para tornar o amiguismo a nova ideologia política. De Sócrates não sobra uma ideologia de direita ou de esquerda: resta um clube de devoradores. Ninguém duvida que, como Macbeth de Shakespeare, Sócrates lutará até ao fim. Mas a tragédia do País perdurará depois dele.
Fernando Sobral, Jornal de Negócios

Edifício da estação do Tua vai ser recuperado

A Refer vai recuperar o edifício da Estação do Tua, em Carrazeda de Ansiães, que no passado mês de Agosto foi destruído por um incêndio que teve origem em duas carruagens antigas.

O imóvel servia de apoio à CP, nomeadamente durante o programa de viagens do comboio histórico.
Agora, a Refer abriu concurso para a sua recuperação, como confirma o director da Unidade Operacional do Norte da Refer, Mário Rodrigues:
A Refer entendeu, e já tem o concurso na rua, recuperar aquelas instalações, mantendo a traça original e reforçando alguns meios de socorro a incêndios que não insistiam”, explica Mário Rodrigues, garantindo que “se tudo correr bem, num mês e meio, dois meses”, já haverá obra.
A utilização futura deverá ser a mesma que tinha:
Destina-se a permitir alguma vitalidade comercial da estação, que é procurada no âmbito do turismo e permite ainda ao operador ter um ponto de apoio aos passageiros.”
As obras devem estar prontas até ao Verão e vão custar pouco mais de 100 mil euros.
CIR/Brigantia

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

“OS VERDES” acusam a EDP e o governo de falta de pudor e de promiscuidade no processo da barragem do Tua

O Partido Ecologista “Os Verdes” considera escandalosa a falta de pudor do Governo e da EDP no que diz respeito ao processo que está a decorrer referente à possível construção de uma barragem na Foz do Tua. O Governo escolheu a véspera da data do primeiro acidente na Linha do Tua, dia 11 de Fevereiro, para publicar uma Portaria relativa às albufeiras que abrange também a albufeira do Tua.
Num país onde muita legislação, após anos de publicação continua por regulamentar, desta vez temos - uma situação inédita - uma Portaria que é publicada referindo-se a uma albufeira que ainda não existe e cuja barragem que poderá vir a dar-lhe origem ainda não foi definitivamente adjudicada e poderá vir a não o ser.

Por seu lado, a EDP escolheu exactamente o dia de hoje, data do acidente da Linha do Tua, para contactar proprietários de terrenos e de casas que poderão vir a ser submersas para lhes anunciar a marcação dos seus terrenos ao nível da cota de submersão.
O PEV considera que a escolha destas datas para as iniciativas da EDP e do Governo e a coincidência com a data do acidente não foi fortuita e traduz uma atitude despudorada para com as populações do Vale do Tua que têm demonstrado a sua rejeição a este projecto e uma provocação para todos os opositores à Barragem.

A EDP e o Governo tentam, com estas iniciativas, fazer passar a barragem como um facto consumado e, com estas atitudes provocatórias, desanimar todos os que se têm empenhado na luta contra a construção desta barragem. Para “Os Verdes”, até ao lavar dos cestos ainda é vindima e, como tal, vão continuar empenhados na luta contra a construção desta barragem que é um atentado ao património cultural e natural do nosso país.

O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes

O baú

Henrique Monteiro

Verdes chamam ministra da cultura por causa da Linha do Tua

Reconhecer o valor patrimonial da Linha do Tua seria a melhor forma de homenagear as pessoas que ali morreram em acidentes ferroviários.
A opinião é do Partido Ecologista “Os Verdes”, numa altura em já passaram três anos depois do primeiro acidente que vitimou três funcionários do Metro de Mirandela.
Para “Os Verdes”, o dia 12 de Fevereiro de 2007, marcou o início de um período negro para aquela ferrovia e segundo o partido muito há ainda por esclarecer.
Por isso, entende que a melhor forma de homenagear as vítimas da Linha do Tua, é reconhecer o valor patrimonial da ferrovia.
A melhor homenagem que gostaríamos de ter às vítimas dos acidentes do Tua é reconhecendo o valor patrimonial da linha” refere a dirigente Manuela Cunha. “Nós consideramos que a linha te um valor patrimonial imenso e não há outra peça igual em Portugal, por isso, achamos que é preciso preservá-la, valorizá-la e potenciá-la do ponto de vista turístico”.
Por isso, “Os Verdes” vão pedir a presença da ministra da cultura na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República, para que Gabriela Canavilhas esclareça sua a posição em relação à linha do Tua que integra a área do Alto Douro Vinhateiro, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.
Nós gostaríamos que a ministra, que tem estado muito silenciosa sobre esta matéria, desse a conhecer a posição do seu ministério” afirma. “Até porque uma parte da linha, está incluída na classificação do Alto Douro Vinhateiro, património da humanidade” acrescenta. “E foi exactamente nessa zona que já arrancaram carris para fazer prospecções para a barragem” lembra Manuela Cunha.
Três anos depois do primeiro acidente mortal na Linha do Tua, Os Verdes querem assinalar a data com uma homenagem às vítimas chamando a ministra cultura à Assembleia da República para esclarecer a posição do Governo sobre aquele património. Brigantia

Última derrocada na Linha do Douro foi a maior em Portugal

A derrocada que no passado dia de Natal destruiu cerca de 30 metros da Linha do Douro, entre Tua (Carrazeda) e Pocinho (Foz Côa), terá sido a maior de que há registo em Portugal. A Refer estima que terão caído 1500 toneladas a pedras e terra. Troço reabre em Março.
A derrocada que no passado dia de Natal destruiu cerca de 30 metros da Linha do Douro, entre Tua (Carrazeda) e Pocinho (Foz Côa), terá sido a maior de que há registo em Portugal. A REFER- Rede Ferroviária Nacional estima que terão caído 1500 toneladas de pedras e terra. A circulação de comboios mantém-se suspensa até ao final de Março, embora já fosse possível reatá-la neste momento, uma vez que a plataforma já foi reparada e as travessas e carris recolocados.
Porém, por um lado houve necessidade de criar condições de segurança na zona para que os trabalhadores não corressem risco de lhes cair alguma pedra em cima; por outro, verificou-se ser necessário consolidar toda a encosta próxima da via, numa área de cerca de um hectare. Esta empreitada decorre há duas semanas e vai durar até Setembro.
"Compreendemos os transtornos que isto está a causar, mas não podemos correr o risco de reabrir o troço sem garantias de segurança", disse, ao JN, o director da Unidade Operacional do Norte da REFER, Mário Rodrigues. Admite que "risco zero não há", contudo acredita que após a intervenção, orçada em um 1,1 milhões de euros, a probabilidade de novo desmoronamento será bem menor do que a que existia.
Mário Rodrigues admite que a derrocada do dia de Natal se deveu ao mau tempo de Dezembro. Os prejuízos só não foram maiores porque o maquinista do comboio, que naquela manhã fazia a ligação entre Tua e Pocinho, conseguiu activar a tempo o sistema de travagem automático e parar antes de chegar ao obstáculo.
Cerca de 20 trabalhadores da empresa OFM continuavam, ontem, a preparar o terreno para a chegada de máquinas pesadas, já na próxima semana, fundamentais para os trabalhos de colocação de redes de alta resistência no talude vertical de onde se desprenderam os blocos graníticos e que tem uma altura de 90 metros.
No último ano a Refer investiu cerca de um milhão e meio de euros em obras de estabilização de taludes na Linha do Douro. Eduardo Pinto, JN

Liberdade condicionada

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Municípios não vão lucrar com barragem do Tua

Os autarcas dos concelhos onde vai ser construída a barragem do Tua, Carrazeda de Ansiães e Alijó, reivindicam uma renda de 3% sobre a produção de energia. Uma compensação pelo aproveitamento dos recursos locais.

A Câmara de Carrazeda de Ansiães já recebe anualmente cerca de 300 mil euros referentes a 3% líquidos sobre a produção energética da barragem da Valeira, instalada no rio Douro. E por isso também quer beneficiar de igual percentagem em relação ao que se vier a produzir na futura barragem do Tua. Só que o autarca, José Luís Correia, adianta, com base em informações recolhidas junto de responsáveis da EDP, que aquela verba, na ordem de um milhão e meio de euros, vai reverter a favor do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

"Seria uma renda muito importante para o nosso concelho", afirma o edil, que promete, juntamente com os homólogos de Alijó, Murça, Vila Flor e Mirandela, vir a bater-se pela obtenção do máximo de contrapartidas pela construção daquele aproveitamento hidroeléctrico.

O presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, não vê qualquer lógica na atribuição dos tais 3% sobre a produção eléctrica ao ICNB. "Esta é a parte que tem de ser alterada. Já que vamos deixar de ter um património importante, como é o vale do Tua, então devemos garantir as melhores contrapartidas". Acrescenta que os autarcas "vão bater-se por isso" durante as negociações que irão decorrer com a EDP.

Outra questão que está a preocupar os dois autarcas é a falta de acessos prevista para a zona onde vai ser implantada a barragem. De acordo com José Luís Correia, "o coroamento do paredão não contempla a travessia de uma margem para a outra". Uma situação que "não está a ser fácil explicar às populações nem tão-pouco aceitá-la".

O edil admite que os autarcas dos outros concelhos serão solidários com esta revindicação. Artur Cascarejo garante que essa será uma das reivindicações a apresentar à EDP, pois uma travessia sobre o paredão da barragem entre Carrazeda de Ansiães e Alijó, vai garantir "o acesso do espelho de água ao IC5". E com ele, acrescenta, "também ficaria salvaguardado que as populações ribeirinhas locais não ficariam abandonadas".

Tanto o autarca social-democrata de Carrazeda como o socialista de Alijó convergem na necessidade de garantir, de forma concertada, o máximo para os concelhos abrangidos. José Luís Correia até admite vir a manifestar-se contra a barragem caso ela não represente benefícios significativos para Carrazeda. Cascarejo sempre foi a favor do empreendimento, mas também não abdica de uma boa mão-cheia de compensações.

Ambos desejam que a Agência de Desenvolvimento Regional, a ser constituída durante 2010, que deverá resultar de uma parceria entre os cinco municípios e a EDP, possa garantir financiamento comunitário para a criação de estruturas, nomeadamente, de âmbito turística, capazes de gerar emprego e riqueza. Eduardo Pinto, JN

Homens da Luta apoiam Mário Crespo: conheça a nova música

Crespação democrática

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Todos pela Liberdade

São na sua maioria autores de blogues. As suas simpatias políticas vão da esquerda à direita. Uniram-se para pedir esclarecimentos sobre o caso Face Oculta depois das revelações feitas pelo semanário "Sol". Lançaram uma petição pública “pela liberdade” e, quinta-feira, às 13h30, manifestam-se frente à Assembleia.

No manifesto, que pode ser lido em http://todospelaliberdade.blogs.sapo.pt/, começam por afirmar que “o primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião”Essa dificuldade, acrescentam, tem sido evidenciada ao longo dos últimos 5 anos, em sucessivos episódios, todos eles documentados”. “Desde o condicionamento das entrevistas que lhe são feitas, passando pelas interferências nas equipas editoriais de alguns órgãos de comunicação social, é para nós evidente que a actuação do primeiro-ministro tem colocado em causa o livre exercício das várias dimensões do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz o documento.
A publicação de despachos judiciais, proferidos no âmbito do processo Face Oculta, que “transcrevem diversas escutas telefónicas implicando directamente o primeiro-ministro numa alegada estratégia de condicionamento da liberdade de imprensa em Portugal”, dá, segundo os principais subscritores do manifesto, “uma nova e mais grave dimensão à actuação do primeiro-ministro”.
É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem. É para nós claro que o Presidente da República, a Assembleia da República e o poder judicial também não podem continuar a fingir que nada se passa. É para nós claro que um Estado de Direito democrático não pode conviver com um primeiro-ministro que insiste em esconder-se e com órgãos de soberania que não assumem as suas competências. É para nós claro que este silêncio generalizado constitui um evidente sinal de degradação da vida democrática, colocando em causa o regular funcionamento das instituições”, dizem.
Dizendo assistir “com espanto e perplexidade a esse silêncio mas, respeitando os resultados eleitorais e a vontade expressa pelos portugueses nas últimas eleições legislativas”, dizem não se conformar: “Da esquerda à direita rejeitamos a apatia e a inacção. É a liberdade de expressão, acima de qualquer conflito partidário, que está em causa.”
Por fim, apelam aos órgãos de soberania para que “cumpram os deveres constitucionais que lhes foram confiados e para que não hesitem, em nome de uma aparente estabilidade, na defesa intransigente da Liberdade”. Público

O novo Governo de José Sócrates já recrutou quase um milhar de pessoas

O segundo Governo de José Sócrates já nomeou 1361 pessoas desde que assumiu funções no final de Outubro.
Só para os gabinetes ministeriais já foram recrutadas 997 pessoas, 323 sem qualquer vínculo à Administração Pública. Estas são as principais conclusões que se podem retirar da pesquisa efectuada pelo PÚBLICO aos despachos publicados em Diário da República até à última sexta-feira. Público

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Corte da Linha do Douro obriga a mudar rota das amendoeiras

A suspensão da circulação de comboios na Linha do Douro, entre Tua e Pocinho, obrigou a CP a alterar a sua Rota das Amendoeiras. A via afectada por queda de pedras já foi reparada mas só reabre no final de Março.
A partir de meados de Fevereiro e até finais de Março, vários concelhos de Douro Superior festejam a flor das amendoeiras, promovem feiras e programas de animação, atraindo milhares de visitantes, sobretudo, do litoral. Atenta a estes fluxos, a CP criou a Rota das Amendoeiras, há alguns anos, e disponibilizou vários comboios para ligar o Porto ao Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa, durante os fins-de-semana das festas.
O programa vai manter-se este ano mas vai ter alterações, pois as obras que decorrem na zona onde os pedregulhos destruíram a ferrovia, quilómetro 142,5, não vão terminar antes do final dos festejos.
Comboios especiais
Fonte oficial da CP adiantou ontem, ao JN, que a empresa vai realizar o programa da Rota das Amendoeiras "entre os dias 27 Fevereiro e 27 Março".
Revelou que "está prevista a realização de cinco comboios especiais no percurso Porto - Tua, e volta", e acrescentou ainda que, devido às restrições à circulação na Linha do Douro, "teve de ser suspensa a Rota B". Este percurso incluía os concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Meda, Penedono e Trancoso.
As outras duas Rotas seguidas habitualmente pela empresa mantêm-se, mas começam na estação de Foz-Tua e, como tal, tornam obrigatória a passagem pelo concelho de Carrazeda de Ansiães. A Rota A inclui ainda os municípios de Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa. A Rota C passa, para além de Moncorvo, por Alfandega da Fé e Mogadouro.
"É um pequeno acréscimo no percurso rodoviário que habitualmente se efectua e é a novidade de 2010", notou a fonte da CP.
Entretanto, a Refer definiu ontem o final de Março como a altura previsível para reabrir o troço Tua-Pocinho à circulação de comboios.
Via desobstruída
Neste momento, "a via já se encontra completamente desobstruída dos blocos de granito e os carris já foram recolocados", disse, ao JN, fonte oficial da Refer.
A mesma fonte acrescentou, no entanto, que a estabilização geotécnica de toda a área adjacente vai obrigar a que naquela zona, a cerca de três quilómetros da estação do Tua, "sejam impostas limitações à velocidade máxima das composições".
É que, apesar de estarem garantidas as condições de segurança para que os comboios voltem a passar naquele troço de 30 metros de ferrovia, o acentuado declive da área vai obrigar a Refer a passar a pente fino todas as rochas que possam vir a demonstrar alguma instabilidade.
A empresa prevê que as restrições possam ser "eliminadas no final de Setembro, com a conclusão da empreitada".
Até à reabertura da via continua a ser realizado serviço rodoviário de substituição, com autocarros ao serviço da CP.
As autarquias de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães e de S. João da Pesqueira, manifestaram acordo quanto aos percursos definidos, bem como aos locais de paragem dos autocarros e respectivos horários. JN

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Portugueses consideram que a vida piorou nos últimos cinco anos

A maioria dos portugueses considera que a sua vida, em termos gerais, piorou nos últimos cinco anos, revela um inquérito sobre o "clima social na União Europeia", divulgado hoje em Bruxelas pela Comissão Europeia.
Os dados do "Eurobarómetro", recolhidos entre Maio e Junho do ano passado, revelam que, em 2009, os portugueses eram dos europeus mais convictos de que a sua vida era melhor cinco antes, e não tinham grandes expectativas de que melhorasse nos 12 meses seguintes.Relativamente ao grau de satisfação com a vida em geral, numa escala de -10 (nada satisfeitos) a +10 (satisfeitos), Portugal regista um valor ligeiramente positivo, de 0,5 pontos, ainda assim o sexto mais baixo da UE (média de 3,2 pontos positivos).

Quando instados a comparar a evolução da sua vida entre 2004 e 2009, os portugueses são dos que fazem um balanço mais negativo, sendo apenas "superados" por húngaros e búlgaros.
Neste caso, numa escala de -100 a +100 - o resultado é calculado com base na diferença entre os inquiridos que responderam que a vida melhorou ou piorou -, Portugal regista um resultado de -29 pontos, bastante mais negativo do que a média europeia (-3). Apenas a Hungria (-54) e a Bulgária (-33) têm piores resultados.

Por fim, quando questionados sobre as suas expectativas para o ano seguinte - no caso, e dada a demorada divulgação do inquérito, os 12 meses seguintes até Junho próximo -, os portugueses, novamente numa escala de -100 a +100, registam um resultado praticamente "neutro" - na ordem de um ponto positivo -, quando a média comunitária é de 10 pontos positivos.
Em Portugal, o inquérito foi realizado pela TNS Euroteste, entre 29 de maio e 16 de junho de 2009, junto de 1020 pessoas. Público
Público

Linha do Douro abre em Abril

O troço da Linha do Douro entre Foz-Tua e Pocinho só vai reabrir no próximo mês de Abril. Está encerrado desde 25 de Dezembro do ano passado devido a uma derrocada de pedras e os trabalhos de reparação estão a demorar mais que o previsto.
Depois de o PCP de Torre de Moncorvo e de o PS de Vila Nova de Foz Côa terem vindo a público manifestar o seu receio pela demora no reatamento das ligações de comboio entre Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães) e Pocinho (Foz Côa), não tardaram rumores que davam conta do encerramento definitivo da linha. Porém, fonte oficial da REFER desmente tal intenção, até porque se a tivesse "não estaria a efectuar os trabalhos de reparação".
Essa garantia já foi dada também aos autarcas da região. O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, adiantou, ao JN, que as informações que recebeu da REFER em recentes contactos indicam que "a reabertura da linha está prevista para princípios de Abril" e, por isso, não alinha nas desconfianças sobre o eventual encerramento definitivo da via. "Isso não tem qualquer fundamento", acredita.
O problema é que a derrocada do dia de Natal ocorreu numa zona de elevado risco e que até já estava referenciada pela REFER. Por esse mesmo motivo, tinha uma empreitada a decorrer numa zona adjacente para minimizar o risco de derrocadas.
Desprendimento de pedras
Devido ao mau tempo e especialmente à grande pluviosidade de Dezembro, grandes pedregulhos desprenderam-se da encosta de declive muito acentuado e destruiu a linha numa extensão de quase 30 metros, a cerca de três quilómetros da estação de Foz-Tua. Desde então, a REFER tem no local homens e máquinas a trabalhar na remoção das toneladas de pedras e terra que caíram e na consolidação da escarpa, de modo a precaver a ocorrência de novos incidentes. De resto, são bastante comuns na Linha do Douro, que atravessa zonas muito íngremes, mas raramente da dimensão daquela que mantém encerrada a ferrovia.
A intervenção em curso no local engloba a colocação de redes de resistência elevada e pregagens, medidas que são comuns quando é necessário tornar mais segura uma zona rochosa instável. JN