O Ministério decidiu manter a suspensão da circulação na linha do Tua - entre Cachão e Tua - e dá 30 dias para que sejam estabelecidas "medidas correctivas" que melhorem as condições de segurança da via e do material circulante.
Depois de ter analisado os relatórios da Comissão Técnica de Inquérito (CTI) e do Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF) relativos ao acidente na linha do Tua, do dia 22 de Agosto, que resultou na morte de um dos passageiros e feriu outros 37, o O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), em comunicado divulgado ontem à noite, faz saber que aprovou na generalidade as recomendações destes organismos.
Entre estas recomendações, destaca-se a necessidade de identificar as alterações a fazer às carruagens ou às características da frota, a definição de regulamentação e normativos técnicos a aplicar nas infra-estruturas de via estreita, a elaboração de um plano de intervenção na linha e de um plano integrado de manutenção e monitorização da Linha do Tua, abrangendo as carruagens e a via.
A coordenação deste plano é entregue ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), que tem 15 dias para apresentar "um cronograma detalhado para a concepção e concretização" destas medidas.
No comunicado, o MOPTC determina ainda que a REFER e a CP têm um mês para realizarem "averiguações internas para apuramento das causas que conduziram às anomalias identificadas". O MOPTC solicita ainda a "verificação imediata pela REFER e CP da existência de outras linhas ferroviárias onde possam existir indícios de não estarem cumpridos os requisitos de segurança ferroviária".
Recorde-se que a CTI teve muita dificuldade em elaborar um relatório suficientemente conclusivo, tendo em conta que os pareceres solicitados a diversas entidades foram muito ambíguos, apesar de se inclinarem para que na origem do acidente de 22 de Agosto tenha estado uma ligeira inclinação da via, no local onde aconteceu o descarrilamento, alegadamente provocada por um abatimento da linha. No entanto, a CTI não encontra explicações para esta situação ter acontecido.
Na reacção ao comunicado, o presidente da Metro de Mirandela, José Silvano, considera que "não eram precisos 60 dias para chegar à conclusão que o binómio linha/veículo fosse a principal causa do acidente", acrescentando que "finalmente se diz objectivamente que a linha do Tua, em vários locais, não está consolidada e que tem falhas". O também autarca de Mirandela congratula-se pelo facto do "Ministro assumir por escrito que não vai encerrar a linha".
JN/Rádio Ansiães
Depois de ter analisado os relatórios da Comissão Técnica de Inquérito (CTI) e do Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF) relativos ao acidente na linha do Tua, do dia 22 de Agosto, que resultou na morte de um dos passageiros e feriu outros 37, o O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), em comunicado divulgado ontem à noite, faz saber que aprovou na generalidade as recomendações destes organismos.
Entre estas recomendações, destaca-se a necessidade de identificar as alterações a fazer às carruagens ou às características da frota, a definição de regulamentação e normativos técnicos a aplicar nas infra-estruturas de via estreita, a elaboração de um plano de intervenção na linha e de um plano integrado de manutenção e monitorização da Linha do Tua, abrangendo as carruagens e a via.
A coordenação deste plano é entregue ao Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), que tem 15 dias para apresentar "um cronograma detalhado para a concepção e concretização" destas medidas.
No comunicado, o MOPTC determina ainda que a REFER e a CP têm um mês para realizarem "averiguações internas para apuramento das causas que conduziram às anomalias identificadas". O MOPTC solicita ainda a "verificação imediata pela REFER e CP da existência de outras linhas ferroviárias onde possam existir indícios de não estarem cumpridos os requisitos de segurança ferroviária".
Recorde-se que a CTI teve muita dificuldade em elaborar um relatório suficientemente conclusivo, tendo em conta que os pareceres solicitados a diversas entidades foram muito ambíguos, apesar de se inclinarem para que na origem do acidente de 22 de Agosto tenha estado uma ligeira inclinação da via, no local onde aconteceu o descarrilamento, alegadamente provocada por um abatimento da linha. No entanto, a CTI não encontra explicações para esta situação ter acontecido.
Na reacção ao comunicado, o presidente da Metro de Mirandela, José Silvano, considera que "não eram precisos 60 dias para chegar à conclusão que o binómio linha/veículo fosse a principal causa do acidente", acrescentando que "finalmente se diz objectivamente que a linha do Tua, em vários locais, não está consolidada e que tem falhas". O também autarca de Mirandela congratula-se pelo facto do "Ministro assumir por escrito que não vai encerrar a linha".
JN/Rádio Ansiães
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