sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Verdes questionam desmantelamento da Linha do Tua

Os Verdes” apresentaram, na Assembleia da República, um requerimento a pedir esclarecimentos ao Governo sobre o eventual levantamento dos primeiros quatro quilómetros de carris da linha ferroviária do Tua, nos primeiros dias do próximo mês de Janeiro.
Um rumor que está a preocupar aquele partido ecologista.
Segundo a deputada Heloísa Apolónia, circula, em Mirandela, a informação de que o levantamento dos primeiros quatro quilómetros de carris da linha do Tua pode acontecer já no início de 2010, pelo que a deputada, revela, em comunicado, que avançou com essa pergunta ao Governo, porque a confirmar-se, ela torna-se profundamente preocupante, diz aquela deputada, designadamente porque a construção da barragem do Tua implicava, de acordo com a Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, a concretização de vários pressupostos, entre os quais o, previsto no caderno de encargos, de apresentação de uma linha ferroviária alternativa à hoje existente.
Ora, nada disso se conhece, nem de nada disso se fala, refere aquela deputada que considera estranho o facto destas informações circularem justamente na altura em que decorre a Conferência de Copenhaga, que visa estipular metas de combate às alterações climáticas, metas que, segundo “Os Verdes” nunca poderão ser cumpridas sem que os Estados tomem medidas internas ao nível dos focos de maior emissão de gases com efeito de estufa.
Ora, um dos maiores focos de emissões é justamente o sector dos transportes e o paradigma da mobilidade completamente centrado no sector rodoviário.
A fechar, aquela deputada refere que a gravidade desta decisão, caso se venha a confirmar, é tanto maior quanto ainda há cerca de um mês um estudo independente da União Europeia veio confirmar que o Programa Nacional de Barragens, das quais a barragem do Tua é um dos projectos seleccionados, vai contribuir para uma maior degradação da qualidade da água em Portugal e que os proveitos deste Programa para o país ainda estão por provar, conclui o comunicado do partido ecologista. Escrito por CIR/Brigantia

3 comentários:

Anónimo disse...

A linha,tal como existe,não serve para nada:já deu o que tinha a dar,morreu.
É preciso arrancá-la e substituí-la por outra, moderna,segura,para poder servir o único fim porque se poderá vir a justificar a sua permanência,o turismo,ou então morrer de vez,dando lugar à barragem´.
A linha,para fins de transporte,não entendo:para transportar uma ou outra pessoa velha,que ainda queira ir de combóio a Mirandela,só tem sentido para as almas muito misericordiosas como "Os Verdes" e quejandos.

Anónimo disse...

Não tem graça nenhuma os Verdes andarem a inventar boatos para justificarem o seu trabalho, mas que obrigam o Governo a justificar o injustificável,quando poderiam estar a gastar as energias noutros assuntos mais importantes para o país e os portugueses, nomeadamente os empregos que a barragem e o turismo vão criar. Por seu lado, a linha só dá prejuizo ao povo que paga os impostos, o tal povo que os Verdes dizem defender mas não defendem.

mario carvalho disse...

20 Dezembro 2009 - 00h30

Trás-os-Montes
Carris do Tua começaram a ser retirados
Os carris da centenária Linha do Tua começaram a ser levantados por uma empresa da zona do Porto. Os primeiros trabalhos arrancaram no início da última semana, mas só anteontem a retirada das travessas e carris começou a ser levada a cabo.


A linha já está despojada de carris em cerca de três quilómetros, entre o túnel de Foz Tua e o apeadeiro de Tralhariz (Carrazeda de Ansiães). Segundo fonte da Refer, "a intervenção tem a ver com os estudo geológicos para a construção da barragem do Tua", garantindo que os trabalhos "vão continuar".

João Branco, da Quercus, considerou ao Correio da Manhã que "é uma ilegalidade o que estão a fazer". De acordo com o ambientalista, "a destruição da Linha do Tua constitui um rude golpe nas aspirações de desenvolvimento de um turismo ferroviário". Este dirigente "apela à GNR para que pare a intervenção, dada a sua ilegalidade".