A EDP não vai apresentar nenhuma proposta para construir uma nova linha férrea entre Foz-Tua e a zona da futura barragem, em Carrazeda de Ansiães. A alternativa ao troço inundado será o transporte rodoviário.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que permite à EDP construir uma barragem hidroeléctrica junto à foz do rio Tua, também a obriga a encontrar uma alternativa de mobilidade, incluindo o estudo da viabilidade de construção de um novo troço de ferrovia. É que os últimos 16 quilómetros da Linha do Tua vão ficar debaixo de água, impedido definitivamente o metro de Mirandela de fazer a ligação à Linha do Douro.
A empresa tem até Julho do próximo ano para apresentar ao Governo o projecto da barragem, bem como todas as soluções para as exigências da DIA. Apesar de ainda não haver nada de definitivo, Paulo Vasconcelos, da EDP produção, diz que “o projecto não vai contemplar a construção de uma nova linha ferroviária”.
Durante um debate sobre os impactos da barragem na região abrangida, realizado em Carrazeda de Ansiães, aquele responsável adiantou que a proposta para o transporte quotidiano, entre Foz-Tua e Brunheda vai ser feito “em autocarro e táxi”, sendo que está a ser considerada a possibilidade de utilizar transportes não poluentes. Da Brunheda a Mirandela poderá perfeitamente voltar a ser utilizado o metro, dado que esse troço não sofrerá qualquer alteração por causa da barragem.
Para efeitos turísticos, a proposta deverá passar por um transporte em autocarro até um cais a ser criado na margem do concelho de Alijó. A partir dali recorre-se a um barco para fazer a travessia do vale do Tua até um outro cais a criar na Brunheda, onde se poderá apanhar o comboio até Mirandela.
Entre os presentes duvidou-se das intenções da EDP e da sua ideia de abandonar, logo à partida, a possibilidade de construir um novo caminho-de-ferro numa cota superior à albufeira. Pedro Vasconcelos reagiu sublinhando que “seria impossível vencer os 100 metros de altitude de diferença entre a Estação de Foz-Tua e o paredão da barragem (cerca de dois quilómetros). A ser a uma opção, uma nova linha ferroviária “teria de ir para o concelho de Alijó e voltar para o de Carrazeda, obrigando à construção de duas novas pontes”. Tendo em conta que se vai trabalhar numa zona “sensível” e os “elevados custos financeiros” de tal empreitada, o responsável frisou que “uma nova linha inviabilizaria o projecto da barragem”.
O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia, é favorável à construção da barragem do Tua, mas também gostaria de manter a linha de comboio. Por isso, recomendou à EDP: “Vamos lá ter imaginação!” Acredita que com boa vontade será possível encontrar uma solução para construir uma nova via-férrea alternativa aos 16 quilómetros que vão ser inundados e ligá-la ao troço não atingido. “Nem que seja através de um sistema de elevação. É que não tem muita piada interromper a ligação à linha do Douro”.
Entretanto, a Quercus apresentou uma queixa à UNESCO contra o Governo português por causa da barragem do Tua. Exige que trave o empreendimento para evitar danos numa zona integrada na área do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. Acentua que com as obras “a paisagem será irremediavelmente alterada”, sendo que a foz do rio Tua será transformada “num imenso estaleiro de obras cujas cicatrizes perdurarão para sempre". Neste momento já são visíveis máquinas e trabalhadores a laborar nas encostas do vale do Tua, na zona onde ficará o paredão da barragem, mas a EDP garante que são apenas trabalhos de prospecção geológica indispensáveis à elaboração do projecto.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que permite à EDP construir uma barragem hidroeléctrica junto à foz do rio Tua, também a obriga a encontrar uma alternativa de mobilidade, incluindo o estudo da viabilidade de construção de um novo troço de ferrovia. É que os últimos 16 quilómetros da Linha do Tua vão ficar debaixo de água, impedido definitivamente o metro de Mirandela de fazer a ligação à Linha do Douro.
A empresa tem até Julho do próximo ano para apresentar ao Governo o projecto da barragem, bem como todas as soluções para as exigências da DIA. Apesar de ainda não haver nada de definitivo, Paulo Vasconcelos, da EDP produção, diz que “o projecto não vai contemplar a construção de uma nova linha ferroviária”.
Durante um debate sobre os impactos da barragem na região abrangida, realizado em Carrazeda de Ansiães, aquele responsável adiantou que a proposta para o transporte quotidiano, entre Foz-Tua e Brunheda vai ser feito “em autocarro e táxi”, sendo que está a ser considerada a possibilidade de utilizar transportes não poluentes. Da Brunheda a Mirandela poderá perfeitamente voltar a ser utilizado o metro, dado que esse troço não sofrerá qualquer alteração por causa da barragem.
Para efeitos turísticos, a proposta deverá passar por um transporte em autocarro até um cais a ser criado na margem do concelho de Alijó. A partir dali recorre-se a um barco para fazer a travessia do vale do Tua até um outro cais a criar na Brunheda, onde se poderá apanhar o comboio até Mirandela.
Entre os presentes duvidou-se das intenções da EDP e da sua ideia de abandonar, logo à partida, a possibilidade de construir um novo caminho-de-ferro numa cota superior à albufeira. Pedro Vasconcelos reagiu sublinhando que “seria impossível vencer os 100 metros de altitude de diferença entre a Estação de Foz-Tua e o paredão da barragem (cerca de dois quilómetros). A ser a uma opção, uma nova linha ferroviária “teria de ir para o concelho de Alijó e voltar para o de Carrazeda, obrigando à construção de duas novas pontes”. Tendo em conta que se vai trabalhar numa zona “sensível” e os “elevados custos financeiros” de tal empreitada, o responsável frisou que “uma nova linha inviabilizaria o projecto da barragem”.
O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia, é favorável à construção da barragem do Tua, mas também gostaria de manter a linha de comboio. Por isso, recomendou à EDP: “Vamos lá ter imaginação!” Acredita que com boa vontade será possível encontrar uma solução para construir uma nova via-férrea alternativa aos 16 quilómetros que vão ser inundados e ligá-la ao troço não atingido. “Nem que seja através de um sistema de elevação. É que não tem muita piada interromper a ligação à linha do Douro”.
Entretanto, a Quercus apresentou uma queixa à UNESCO contra o Governo português por causa da barragem do Tua. Exige que trave o empreendimento para evitar danos numa zona integrada na área do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. Acentua que com as obras “a paisagem será irremediavelmente alterada”, sendo que a foz do rio Tua será transformada “num imenso estaleiro de obras cujas cicatrizes perdurarão para sempre". Neste momento já são visíveis máquinas e trabalhadores a laborar nas encostas do vale do Tua, na zona onde ficará o paredão da barragem, mas a EDP garante que são apenas trabalhos de prospecção geológica indispensáveis à elaboração do projecto.
Agência para desenvolver vale do Tua
Uma das contrapartidas da EDP para os concelhos que vão ser abrangidos pela construção da barragem do Tua é a sua participação, através de um fundo financeiro, no nascimento de uma Agência Regional de Desenvolvimento (ADR). “Podem não acreditar, mas é verdade. A Agência vai mesmo ser criada em colaboração com as autarquias e os agentes privados”, garantiu Pedro Vasconcelos, perante uma plateia que o ouvia com ar de quem pouco acreditava nas suas promessas. E também vão ser criados dois museus em Foz-Tua e em Mirandela.
A constituição da ADR tem vindo a ser reivindicada pelos autarcas como um mecanismo que ajude a criar condições para o desenvolvimento e criação de emprego no vale do Tua, nomeadamente ao nível do turismo. Um turismo que não se pretende de massas, mas antes dirigido a nichos de mercado com interesses de natureza, termais e desportos náuticos.
As termas de Carlão, no concelho de Murça, e as de São Lourenço, no de Carrazeda de Ansiães, também são apontadas como um forte potencial de atracção de turistas. Só que enquanto as primeiras têm funcionado normalmente ao longo dos últimos anos, as segundas reclamam, há décadas, um projecto de requalificação. São mesmo vistas como um motor de desenvolvimento para o concelho. Promessa de eleições a fio nunca concretizada.
O anúncio da construção da barragem do Tua obrigou a alterações do plano de pormenor já realizado e por isso a EDP teve de pagar 75 mil euros à Câmara para se realizar novo estudo. O autarca carrazedense, José Luís Correia, acredita que a criação da ADR virá “permitir investir em São Lourenço a partir de 2010”.
A barragem do Tua vai começar a ser construída em 2011. As obras vão demorar quatro anos. A entrada em funcionamento está prevista para 2015.
Eduardo Pinto/Rádio Ansiães
3 comentários:
Como dizia S.Tomé,no que respeita ao S.LOURENÇO,tenho de ver para crer.
As TERMAS de Carlão funcionam ,mas as de S.LOURENÇO também funcionam e até por acaso com pessoas que não se sentem bem com as águas de Carlão e acabam por procurar as de S.LOURENÇO!!!!!!!..........
Tem razão o último anónimo.
Na verdade já ouvi isso com os dois ouvidos que DEUS me deu.
Porque será que isso acontece?.
Afinal as qualidades das águas não devem ser iguais.
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