
Foi com este receio que a empresa apresentou, na semana passada, no Tribunal Administrativo de Penafiel, uma providência cautelar que fez parar as obras do túnel que vai ligar Amarante a Vila Real. Ontem, a concessionária Auto-estradas do Marão apresentou ao juiz as suas justificações para que os trabalhos possam continuar, alegando milhares de euros de prejuízo.
O RECAPE salienta que “da realização da obra não se prevêem impactes na qualidade das Águas do Marão”, mas admite que “poderão ocorrer influências quantitativas, pouco significativas, a partir de um troço do túnel atravessando uma zona fortemente tectonizada” (fragmentada). Tal situação pode vir a “por em contacto o túnel e as formações xistosas onde se desenvolve a zona de chamada das Águas do Marão”. Deste modo, “a zona de contribuição será, provavelmente afectada”. Apesar de tudo, aquele relatório considera que é “perfeitamente exequível” conciliar a construção do túnel e a continuação da operação da Águas do Marão, desde que seja feito o “registo sistemático de níveis e caudais nas captações” daquela empresa. No caso de esta opção não ser possível foi proposta a construção de quatro piezómetros (aparelho que serve para avaliar a compressibilidade dos líquidos) em ligação hidráulica com as Águas do Marão, a partir dos quais se faz a gestão do recurso. E se surgirem situações anormais decorrentes da construção do túnel, o RECAPE aconselha a preparação de um projecto de captações alternativas. Eduardo Pinto, RA
1 comentário:
Ora meus senhores, vamos lá pôr a cabecinha a pensar. Então se o túnel for impermeabilizado, tal como um enorme tubo de PVC, para onde foge a água ? Não fica lá ? Para onde vai ? Só se o túnel estivesse "roto"!
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