O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) acusou hoje de «desinteresse e desleixo» a Refer e o Lnec por ainda não terem garantido as condições de segurança, o que quase levou à suspensão da circulação este fim-de-semana
O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) emitiu dia 14 uma ordem de interdição da exploração comercial no troço acidentado há um ano.
A ordem foi revogada poucas horas depois, tendo sido dada uma semana à Refer e ao Lnec para providenciarem os estudos e intervenções para garantir a segurança da operacionalidade da linha.
Para o MCLT, «é incompreensível e inaceitável o facto de estas duas entidades não terem garantido, executado e terminado dentro do prazo todas as intervenções necessárias para garantir o normal funcionamento da Linha do Tua, facto esse que merece total repúdio e condenação».
«Certo é que após a reabertura da linha, os trabalhos de reforço da segurança estão por terminar e este aspecto representa bem o desleixo e desinteresse por parte dos responsáveis pela gestão e manutenção da Linha do Tua» , considera o movimento num comunicado enviado.
Ao MCLT «causa grande estranheza, desconfiança e suspeição que um ano não seja suficiente para estudar os perigos e efectuar os trabalhos necessários numa linha que demorou apenas dois anos a construir, há 120».
Foi com «grande preocupação que o movimento recebeu a notícia da ameaça de enceramento da linha do Tua», um mês e meio depois da reabertura do troço entre a Brunheda e a estação do Tua.
A reabertura ocorreu quase um ano depois do acidente que, em Fevereiro de 2007, matou três ferroviários e feriu dois passageiros.
O IMTT deu uma licença provisória para a reabertura da linha que expirava a 15 de Março.
Dentro deste prazo, a Refer e o Lnec deviam ter providenciado os estudos e medidas necessárias à segurança da circulação, que está a ser feita, no referido torço, no chamado regime de «marcha a vista».
Embora a velocidade não seja muito inferior à normal nesta linha, que liga Mirandela à linha do Douro, e, Foz Tua, o propósito é permitir ao maquinista parar perante qualquer obstáculo.
Por não ter recebido os relatórios de que foram feitas as diligências necessárias, o IMTT emitiu uma Instrução Complementar de Segurança (ICS) em que interditava a circulação, neste troço, a partir de Domingo.
A ICS foi revogada poucas horas depois por uma semana e prorrogado pelo mesmo período o prazo para o Lnec e a Refer apresentarem os requisitos exigidos.
Se até sábado, o IMTT não vir satisfeitas estas exigências, a ICS entra em vigor e a circulação fica interdita.
«Estranhamente ou não, também se pode verificar que este infeliz e inoportuno episódio coincide com as vésperas do concurso para a construção da barragem» , refere o movimento de defesa da linha, referindo-se à hidroeléctrica que faz parte do plano nacional de barragens e irá submergir parte da linha.
O MCLT condena ainda o que considera «o genocídio ferroviário que tem vindo a ser praticado na Linha do Tua e manifesta-se contra novo encerramento da linha, exigindo que seja normalizada a circulação entre Brunheda e o Tua o mais breve possível».
Lusa / SOL
O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) emitiu dia 14 uma ordem de interdição da exploração comercial no troço acidentado há um ano.
A ordem foi revogada poucas horas depois, tendo sido dada uma semana à Refer e ao Lnec para providenciarem os estudos e intervenções para garantir a segurança da operacionalidade da linha.
Para o MCLT, «é incompreensível e inaceitável o facto de estas duas entidades não terem garantido, executado e terminado dentro do prazo todas as intervenções necessárias para garantir o normal funcionamento da Linha do Tua, facto esse que merece total repúdio e condenação».
«Certo é que após a reabertura da linha, os trabalhos de reforço da segurança estão por terminar e este aspecto representa bem o desleixo e desinteresse por parte dos responsáveis pela gestão e manutenção da Linha do Tua» , considera o movimento num comunicado enviado.
Ao MCLT «causa grande estranheza, desconfiança e suspeição que um ano não seja suficiente para estudar os perigos e efectuar os trabalhos necessários numa linha que demorou apenas dois anos a construir, há 120».
Foi com «grande preocupação que o movimento recebeu a notícia da ameaça de enceramento da linha do Tua», um mês e meio depois da reabertura do troço entre a Brunheda e a estação do Tua.
A reabertura ocorreu quase um ano depois do acidente que, em Fevereiro de 2007, matou três ferroviários e feriu dois passageiros.
O IMTT deu uma licença provisória para a reabertura da linha que expirava a 15 de Março.
Dentro deste prazo, a Refer e o Lnec deviam ter providenciado os estudos e medidas necessárias à segurança da circulação, que está a ser feita, no referido torço, no chamado regime de «marcha a vista».
Embora a velocidade não seja muito inferior à normal nesta linha, que liga Mirandela à linha do Douro, e, Foz Tua, o propósito é permitir ao maquinista parar perante qualquer obstáculo.
Por não ter recebido os relatórios de que foram feitas as diligências necessárias, o IMTT emitiu uma Instrução Complementar de Segurança (ICS) em que interditava a circulação, neste troço, a partir de Domingo.
A ICS foi revogada poucas horas depois por uma semana e prorrogado pelo mesmo período o prazo para o Lnec e a Refer apresentarem os requisitos exigidos.
Se até sábado, o IMTT não vir satisfeitas estas exigências, a ICS entra em vigor e a circulação fica interdita.
«Estranhamente ou não, também se pode verificar que este infeliz e inoportuno episódio coincide com as vésperas do concurso para a construção da barragem» , refere o movimento de defesa da linha, referindo-se à hidroeléctrica que faz parte do plano nacional de barragens e irá submergir parte da linha.
O MCLT condena ainda o que considera «o genocídio ferroviário que tem vindo a ser praticado na Linha do Tua e manifesta-se contra novo encerramento da linha, exigindo que seja normalizada a circulação entre Brunheda e o Tua o mais breve possível».
Lusa / SOL
Colaboração: Mário Carvalho
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