quarta-feira, 19 de março de 2008

Metro e CP pedem prorrogação da licença provisória para Linha do Tua por mais dois meses

A CP e o Metro de Mirandela pediram hoje a prorrogação por mais dois meses da licença provisória de circulação na linha do Tua, o prazo reclamado pela REFER e LNEC para conclusão das medidas de segurança.
Esta posição, tomada em assembleia-geral do Metro de Mirandela, que assegura o transporte ao serviço da CP, surge na sequência do ultimado dado pelo Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT).
O IMTT deu um prazo, que termina sábado de Páscoa, à REFER e ao LNEC para entregarem um relatório fundamentado com as medidas de segurança necessárias à circulação.
Este prazo já é uma prorrogação da licença provisória que terminava a 15 de Março e que obrigava à interdição da circulação, desde o dia 16, no troço em que ocorreu o acidente que há um ano tirou a vida a três pessoas.

1 comentário:

mario carvalho disse...

Linha do Tua
REFER e LNEC têm mais dois meses para concluirem estudos
O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) concedeu hoje mais um prolongamento do prazo para a REFER e o LNEC concluírem os estudos de segurança da linha do Tua



Esta decisão afasta a ameaça de encerramento no Domingo de Páscoa do troço onde ocorreu o acidente que matou três pessoas há mais de um ano.

A informação chegou hoje à tarde ao Metro de Mirandela, responsável pelo transporte ao serviço da CP, depois das duas empresas terem pedido a prorrogação do prazo por mais dois meses.

Segundo disse à Lusa o presidente do Metro de Mirandela, José Silvano, o IMTT comunicou que permite o prolongamento da marcha à vista - com velocidade reduzida - até 21 de Maio, no troço entre a Brunheda e a Estação do Tua.

O instituto revoga assim, pela segunda vez, a Instrução Complementar de Segurança (ICS) que determinava a interdição da exploração deste troço a partir de 16 de Março.

Esta ICS surgiu por cauda da REFER e o LNEC não terem entregado até 15 de Março, data em que expirava a licença provisória de circulação, o relatório fundamentado com estudos e medidas de segurança.

A ordem do IMTT já tinha sido adiada por uma semana e expirava a 22 de Março, sábado, o que podia levar ao encerramento no dia de Páscoa do troço que liga à linha do Douro e ao litoral.

Passado mais de um ano do acidente de Fevereiro de 2007, a REFER, proprietária da infra-estrutura, e o LNEC responsável pelos estudos, não concluíram as intervenções exigidas.

O IMTT entendeu não haver condições para alterar a situação que vigora desde a reabertura a 27 de Janeiro, e passar a licença de provisória a definitiva.

Deu contudo mais uma semana às duas entidades, que responderam ser insuficiente, alegando que «as análises de risco a fazer nalguns troços da linha são difíceis e demoram bastante tempo».

A REFER e o LNEC alegaram ainda necessitar de mais tempo, até 17 de Maio para estabelecerem a tabela de velocidades nos diferentes troço da linha.

O Metro de Mirandela discutiu hoje o assunto em Assembleia-Geral e disponibilizou-se, junto com a CP, a continuar a operar no regime «mais penalizador», o da marcha à vista nestes dois meses.

A posição foi enviada ao IMTT que aceitou prolongar mais uma vez o prazo, evitando que se regressasse à situação que se prolongou por quase um ano, em que o comboio circulava entre Mirandela e a Brunheda, e ligação à estação do Tua era feita de táxi ao serviço da CP.

O troço entre a Brunheda e a estação do Tua reabriu a 27 de Janeiro, quase um ano depois do acidente e de obras para reparar os danos causados pelo desabamento de pedras que arrastaram uma carruagem com cinco pessoas por uma ravina em direcção ao rio Tua.

No Ministério Público de Mirandela permanece ainda por concluir um inquérito judicial às causas do acidente com vista a apurar eventuais responsabilidades criminais.

Lusa/SOL