segunda-feira, 31 de março de 2008

Padre diz que igreja matriz é uma capela

"Carrazeda de Ansiães não tem um templo próprio e, por isso, precisa de uma igreja condizente com a sede de concelho". Quem o afirma é o pároco, António Júlio Cruz, notando que Carrazeda não tem, de facto, uma igreja, embora exista um templo que é considerado como tal. Segundo o padre, o imóvel, que data de 1790, é, afinal, "uma capela com algumas dimensões, mas insuficientes". Até porque há gente das aldeias vizinhas que vai à missa a Carrazeda e o espaço começa a faltar. "Temos de pensar mesmo num templo que não seja uma adaptação casual".
António Júlio Cruz sublinha que há muitas aldeias no concelho que têm melhores igrejas que a sede de concelho, embora reconheça que a tal capela da vila "foi bem aproveitada e está limpinha", facto que diz ser realçado por muita gente, mesmo fora da localidade.
"Costumo dizer que sou pároco da única vila que não tem um templo a sério e da única freguesia que não tem uma capela (Castanheiro do Norte, no mesmo concelho)", sorri em declarações ao JN.
O pároco de Carrazeda de Ansiães assinala que não tem sido fácil colocar em prática a ideia de construção de uma igreja na vila. Primeiro por causa da falta de espaço, depois devido à revisão do Plano Director Municipal (PDM). Porém, assume que "a ideia está a fermentar" e que "um espaço bonito" poderia ser o descampado criado pela demolição de um bairro da lata, junto ao velho cemitério. Eduardo Pinto, JN

7 comentários:

Anónimo disse...

Em minha modesta opinião, esta pretensão do páraco de Carrazeda parece um preciosismo e até algo de megalómano, face à desertificação que se tem verificado. Aquele belo templo sempre foi considerado como igreja matriz, suficiente para as práticas religiosas. O anterior pároco, o saudoso Padre Virgílio, durante mais de cinco décadas, mesmo quando havia muito mais população antes do surto emigratório, nunca se queixou da sua igreja. Porque é que só agora, com muito menos gente, se pretende uma nova? Será que este pároco pretende uma catedral? Para quem? Ele, ao considerar esta igreja uma simples capela, está claramente a minimizar um edifício de excelente arquitectura e que deve, por isso, ser respeitado. Quanto ao espaço junto ao cemitério, ele deveria servir para a ampliação do mesmo e aproveitando para alindar a zona envolvente com parque de estacionamento e jardim. Para isso, teriam que demolir o resto das barracas e o "palacete" do Ponas junto às mesmas. Porque é que demoliram umas e outras não? Clientelas? Por outro lado, a amplição do actual cemitério, inutilizaria o novo que nunca deveria ter sido ali construído sobre um lençol de água e serve mais a aldeia de Luzelos do que a vila. Ora isto, para mim, é ridículo como ridícula é a pretensão do actual pároco de Carrazeda.

Unknown disse...

Há que pôr aqui um ponto de ordem:noto alguma semelhança entre o modo de escrever deste anónimo e o meu. Só que não sou efectivamente eu.Este anónimo,qualquer dia, tem que se identificar,para que não haja dúvida nenhuma.
O meu entendimento é um pouco diferente do seu. Não podemos negar à comunidade católica o direito de construir outro templo,sobretudo se isso se fizer à custa das contribuições dos elementos da Igreja Católica.
Também não me repugna que outra qualquer igreja construa um templo.
Quanto à ocupação do terreno atrás do cemitério,o prolongamento do cemitério actual seria óptimo se não existisse já um novo espaço destinado a cemitério.Eu até sou defensor de que se construa um cemitério moderno para todo o concelho,embora,pessoalmente, seja favorável à cremação.
Se me fosse permitido tomar posição sobre a necessidade da nova igreja, acho que a um católico mais interessa contribuir para arranjar casas decentes para muita gente que construir um novo templo,já que este sempre serviu, é bonito e nele tem cabido toda a gente.
JLM

Anónimo disse...

Ora aqui temos, sempre o JLM.
De bem com todos!
Não há mal que ataque o mundo. Assim fosse na terra do povo Afegão, Iraquiano e na Palestina.
Acordando, afinal, eis-nos em Portugal, mais propriamente na conhecidíssima Carrazeda de Herman José!

Anónimo disse...

Bom, se o cemitério não serve para Vila, por estar num lençol de água, também não deve servir para os de Luzelos.
Não pode aqui haver dúvidas sobre esta matéria!
O cemitério construído numa zona conhecida como muitíssimo húmida e na linha de água da zona industrial, foi mais uma estúpida teimosia do ainda Presidente da Câmara, que como em tudo o que tem feito, apenas prima pelo ridículo!
Quando mandou destruir o que era chamado "Bairrro da lata", até aqui o PC foi infeliz (incompetente)pois não viu o óbvio!
E o óbvio era abrir uma negociação séria e honesta com os "sobreviventes" do Bairro, já que estes são apenas ocupantes de terreno Municipal com direito de superfície temporária, limpando a zona para dela dispor em termos de PDM em vigor.
Teria então espaço para moldar a zona conforme o tecnicamente possível e necessário, nomeadamente ampliar o Cemitério Municipal, com ajardinamentos adequados e parque de estacionamento, já agora, gratuito, evitando-se de ir recolher ao Centro Cívico(?).
Assim, uma zona que bem poderia ser nobre por aproveitamento condigno e no exacto centro da urbanidade Carrazedense, era (seria) também aproveitada pelo executivo Municipal para demonstrar diálogo civilizado em política e aos olhos de todos, mesmo daqueles que não querem ver, que nem todos os investimentos eram catastróficos em Carrazeda.
Infelizmente, digo-o com mágoa, esta "nódoa" é mais uma que nem com "barrela" lá vai!

Anónimo disse...

NOVA IGREJA EM CARRAZEDA?
O Senhor Padre que me perdoe este "pecadito", mas
Se ele sabe que os envelopes da Páscoa não primam pela abundência;
Se sabe que do Bispado nem promessas virão;
Se sabe que no Município, o tempo é de "vacas magras";
Se sabe que dos velhos só resta a história e já são cada vez menos, e com necessidades mais de Centro de idosos do que de orações por muito necesárias que sejam para a alma;
Se sabe que os novos são cada vez menos e nada propícios às "Caminhadas de Cristo";
Então é evidente para toda a gente que não se justifica uma nova Casa de Deus para tão poucos humanos em Carrazeda.
O nosso templo é até bem bonito, e acolhedor.
Não nos meta (aos cristãos locais) em trabalhos, porque se nem uma varianete à Vila se conclui e até o Centro Cívico de Carrazeda nem em 20 anos fica pronto e pago, que fará uma Catedral moderna onde se não justifica?!
Bem prega Frei Tomás!...

Anónimo disse...

Quero dizer: "Variante à Vila" e não como está escrito.Desculpem.

Anónimo disse...

Ora, então depois de tanto mamarracho construído por aí, o Padre não há-de ter direito a uma Igreja?
Eu acho que sim, mas não de raiz.
Proponho o aproveitamento de alguns imóveis, como por exemplo o mercado, quiçá o centro civico ou o edificio da cooperativa da batata... são exemplos porque o conta é mesmo a devoção porque Cristo pregava ao ar livre...

Ateu