segunda-feira, 10 de março de 2008

Petição pela linha com 700 assinaturas

A petição que corre na Internet pela revitalização da Linha do Douro e pela reabertura do troço entre Pocinho e Barca de Alva já conseguiu 719 subscritores. O documento está no sítio www.linhadodouro.com, e pretende reunir a máxima força popular para que a reivindicação ganhe consistência.
"É um número significativo", comenta o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Emílio Mesquita, um dos principais interessados na reabertura daquele troço de via. Porém, entende que mais que o número o que tem de funcionar nesta matéria é "uma visão estratégica de desenvolvimento da região e isso não tem a ver com estatísticas mas com cabeças pensantes".
A petição que tem como destino final o Presidente da República, a Assembleia da República e o Governo, baseia-se na necessidade de reactivação da linha ferroviária do Douro até à fronteira com Espanha, de modo a que depois possa fazer ligação à ferrovia espanhola, e consequentemente a Salamanca e à Europa.
A comissão executiva luso-espanhola saída da convenção de Barca de Alva, no passado dia 9 de Dezembro de 2007, ainda só reuniu uma vez, em Fevereiro. Segundo Emílio Mesquita, foram preparados alguns dossiês para apresentar ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, bem como na CP e na Refer. Mas não deveria haver já mais trabalho feito pela comissão? "Não, porque há muito trabalho feito antes da convenção de Barca de Alva", responde o edil de Foz Côa. A convenção terá sido apenas "um momento importante no percurso", até porque há muito que os municípios tentam reunir apoios para conseguir os seus objectivos.
A comissão executiva engloba os autarcas de Figueira de Castelo Rodrigo, Marco de Canaveses, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Régua. A estes junta-se o chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro, o director do Museu do Douro, a presidente da Diputación de Salamanca e o presidente da associação "Camino de Hierro".
A esta entidade cabe encontrar o modelo de financiamento e gestão da linha, bem como chamar os empresários para o estabelecimento de parcerias público-privadas, sem as quais será mais difícil concretizar o projecto. De resto, o Governo já deixou claro que é imprescindível fazer parcerias. O entusiasmo é partilhado por 28 autarcas do Douro, já que vêem na reactivação da linha um complemento importante à actividade turística na região.
O troço da Linha do Douro entre Pocinho e Barca de Alva foi encerrado a 18 de Outubro de 1988. Eduardo Pinto, JN
Foto: Ansiães Aventura

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