terça-feira, 4 de março de 2008

«...constato que o Parlamento não tem nada a ver com o país real»

Maria Olímpia do Nascimento Castro Candeias é a nova deputada do PSD pelo círculo de Bragança substituindo Lima Duarte que pediu a suspensão do mandato. O mau estar entre a comissão politica distrital, vários autarcas e notáveis do PSD no distrito são a causa politica para esta remodelação.
As críticas no seio do PSD distrital não são recentes uma vez que Duarte Lima foi sempre uma imposição do PDS nacional. Nos últimos meses agudizou-se esse clima, pois estão já a ser preparadas internamente as listas para as legislativas o que levou a alguns pré candidatos a candidatos a assumirem publicamente que não aceitariam de novo a candidatura de Duarte Lima pelo distrito de Bragança.
Desde o passado dia 16 de Janeiro que Olímpia Candeias assumiu o cargo, depois de João Henriques, vice-presidente da Câmara de Mogadouro e Provedor da Santa Casa da Misericórdia da mesma localidade não ter aceite substituir Duarte Lima.
Olímpia Candeias tem 48 anos, é natural de Carrazeda de Ansiães, Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, é membro da Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães e da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Carrazeda.
Já foi vereadora a tempo inteiro da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães entre 1998 e 2005. Quem a conhece diz que é uma mulher de armas, lutadora e humana. Uma apaixonada pela poesia publicou um livro de seu nome: «Mágoa». Foi integrada na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, de Educação e Ciência e Assuntos e Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional. A sua primeira intervenção foi no passado dia 17 de Janeiro onde fez uma intervenção de espantar os seus colegas. Antes Miguel Tiago, deputado do PCP, tinha criticado duramente a politica governamental de educação de seguida, Olímpia Candeias na sua intervenção, teceu um elogio rasgado á intervenção do deputado comunista o que deixou os seus colegas de partido muito espantados e até bastante indignados.
No final da sua intervenção deixou um desabafo: «Sou uma estreante e constato que o Parlamento não tem nada a ver com o pais real». Notícias do Nordeste

7 comentários:

Anónimo disse...

Não sei o que entende a ilustre deputada por país real. Se entender o país real como sinónimo da gente de Carrazeda, então estou em desacordo porque há muito mais país para lá da gente de Carrazeda.
Se acha que os deputados gostam da vidinha de Lisboa e esquecem-se do resto,vai ver que em breve vai sentir-se integrada, porque não há vidinha como essa.

Anónimo disse...

Tenha cuidado Drª Olímpia Candeias!
Já muito antes de si houve deputados que tiveram a "ousadia" do mesmo discurso.
Resultado: - Foi bonito de se ouvir no momento, ficou muito bem ao discursante, mas não lhe sobrou grande tempo para a continuidade na bancada respectiva.
Se com essa "lapalissada" quer significar o "politicamente correto" com finalidade política local a médio prazo, havemos de lhe perguntar depois porque razão não conseguiu.
A sua resposta então será evidente: - NÃO TIVE TEMPO PARA...
Caminhe devagar, devagarinho para não tropeçar em Lisboa, nem em Carrazeda.Disse!

Anónimo disse...

isso era o que fazia o Lima e não lhe adiantou de nada

Anónimo disse...

O que mais me impressiona no desabafo da doutora Olímpia é a confissão: sou uma estreante. O que parece ir contra a sua ideia de salvação do mundo e de dizer aquilo que lhe vem à cabeça (isso para ela é que é o país real) em vez de se inteirar das posições do seu partido primeiro. Não era melhor, mesmo em relação às suas posições sobre a educação, avulsas em nome do seu país real, ouvir o que têm a dizer, porque têm ideias, o dr. Paulo Rangel ou o dr. Matias Alves do seu partido? Pense, primeiro, antes de falar, ou toda a gente fica a pensar que qualquer pessoa que bebe um copo no Tchitaka lá poderia estar em sua vez.

Anónimo disse...

Deixem a senhora em paz! Se qualquer um pode estar na Assembleia da Republica, porque é que poucos assentam lá o rabo?

Anónimo disse...

A injustiça reside precisamente nisso: porque é que pelo menos nós, os comentadores, não podemos assentar lá o rabo? Seria tão bom.
A vida em Lisboa é tão boa!

Anónimo disse...

e podem , vão para as galerias