Torre de Moncorvo é a primeira vila digital transmontana e, um ano depois de oferecer Internet sem fios, a autarquia faz um balanço «muito positivo» deste projecto que conta já com mais de 900 munícipes aderentes. A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, presidida pelo socialista Fernando Aires Ferreira, decidiu “aderir ao choque tecnológico” e tornar a vila mais competitiva e atractiva aos turistas, pagando para proporcionar aos seus munícipes e visitantes Internet sem fios (wireless) “à borla”. (...) in Diário de Trás-os-Montes
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2 comentários:
O nosso espelho!
Um ditador já é velho demais quando inicia a ditadura. Porque recorre à arte mais velha do mundo que é impor o seu mando a outros. E que me desculpem as senhoras da vida, o vosso ofício está longe de ser o mais antigo, ainda vocês não tinham descoberto a forma de ganharem os vossos honorários com as misérias femininas e já havia ditadores em funções. Porque qualquer ditador faz o que há de mais simples, ancestral e primitivo no mundo e que é mandar pela força.
Os povos deviam, no estado adulto em que nos julgamos, ser poupados ao primarismo do mando bruto. Mas o ancestral é rijo como cornos. Custa a desfazer. Se custa.
O pior de uma ditadura é quando ela é servida por um ditador velho. Sobretudo quando envelheceu na arte de ser ditador. Di-lo quem sabe de uma vida a gramar um ditador longevo e, sempre, mais e mais teimoso. Tão teimoso que morrerá estúpido e deixará uma herança de estupidez. E tão estúpido que nos quis ensinar a arte de obedecer. E ensinou, essa é que é essa. Pois, a estupidez também é antiga. E a ditadura é a arte da velhice.
Os fins dos ditadores, como todos os seus actos, são encenados minuciosamente pelas suas cortes. Mesmo as suas respeitáveis decadências humanas. Há qualquer coisa de nefando e obsceno na forma como se castigam os ditadores com o prolongamento forçado da encenação do seu mando para além da capacidade física e intelectual para mandar o quer que seja. Ditadores moribundos, ou para lá caminhando, são sujeitos a grotescos jogos de resistência ao fim da vida. Na efémera mensagem de que são eternos. Foi assim com Salazar (a quem representaram a senilidade teatral de que ainda mandava quando Marcelo já despachava na sua vez); idem com Franco; o mesmo com Brejnev que, nos últimos anos, já tinha camaradas a sacudirem-lhe o braço para acenar encavalitado no mausoléu de Lenine. Agora, o nosso espelho não escapa à regra.
A ditadura é velha e sábia mas (por isso?) não tem nada de criativa. E é cruel, até para os próprios ditadores.
Júlio César
Em Carrazeda a Câmara paga Internet sem fios para quê? Ninguém consegue usar tal Internet!...Para que continua a manter o contrato com tal empresa?É que são os nossos impostos!...
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