
DNOutras questão por esclarecer é quem vai explorar a alternativa que vier a ser encontrada. Afastada uma solução ferroviária, restarão as alternativas fluvial e rodoviária, que é a que tem sido utilizada durante o período em que a linha do Tua esteve fechada para obras após o acidente de 2007 (ver texto em baixo). E nestas opções, poderão ainda ser equacionadas respostas para a população local e opções mais vocacionadas para o potencial turístico da linha. O tipo de solução dependerá ainda da dimensão do troço que ficar inundado, o que irá depender da cota proposta para a barragem. Quanto maior, mais interessante o empreendimento será do ponto de vista económico, mas mais graves serão os impactos, quer ao nível da extensão da linha afectada, quer também em área de vinha da região do Douro que se perde. E esta incerteza representa um risco ambiental significativo para o operador, já que a proposta vencedora pode ser condicionada quando o projecto for para avaliação de impacte ambiental. Apesar de reduzir em 170 metros a cota inicial prevista para salvar 15 quilómetros de um total de 35 km, que ficariam debaixo de água -a linha tem 54 km - a solução apresentada em Outubro não salvaguarda o troço mais importante, que é a ligação da linha do Tua à do Douro. Os concorrentes lutam ainda contra o pouco tempo dado para a elaboração das propostas, iniciadas em Fevereiro para serem entregues a 24 de Março. Houve pedidos de adiamento, mas foram recusados pelo júri. São quatro as eléctricas que se apresentaram na corrida à primeira das novas barragens: EDP, Galp Energia e as espanholas Endesa e Gas Natural. Mas neste concurso especial, a EDP tem vantagem, na medida em que foi ela a primeira a propor o empreendimento e, por isso, para garantir a vitória basta-lhe igualar as condições e a pontuação da proposta vencedora. DN
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