sexta-feira, 28 de março de 2008

Barragem Foz Tua: Autarcas dos cinco concelhos afectados reunem-se a 08 de Abril

Os cinco autarcas dos concelhos afectados pela Barragem do Foz Tua reúnem a 08 de Abril, em Carrazeda de Ansiães, para concertarem uma posição "única" para negociarem com a concessionária da obra, disse hoje fonte da autarquia de Alijó.
A reunião vai contar com a presença dos autarcas de Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela, e ainda com o chefe de projecto da Unidade de Missão do Douro, Ricardo Magalhães.
O presidente da Câmara de Alijó (PS), Artur Cascarejo, disse à agência Lusa que o objectivo do encontro é consertar uma "posição única" em defesa dos interesses das populações, para depois negociarem com a concessionária da obra.

O encontro foi agendado depois de ter sido conhecida a proposta da única concorrente, a EDP, à construção da Barragem, com uma cota de 195 metros.
A EDP já esclareceu que se trata apenas de uma proposta e que a decisão final sobre a cota será tomada em sede de Declaração de Impacto Ambiental.
O presidente da Câmara de Murça (PS), João Teixeira, já disse ter obtido informações, "junto de uma fonte fidedigna", que referem que poderá ser escolhida a cota 170.
A perspectiva dos 170 metros agrada a todos os autarcas dos Concelhos envolvidos (Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor), menos ao de Mirandela, José Silvano, que, não podendo salvar a Linha do Tua para garantir transportes turísticos até e desde a Linha do Douro, preferia a "cota máxima".
João Teixeira refere que, desta forma, se manteria a maior parte da área de vinha e olival em Murça, o Concelho que será mais afectado em termos agrícolas.
Artur Cascarejo diz que é necessário encontrar "um ponto de equilíbrio" entre o aproveitamento hidro-eléctrico, o ambiente e os interesses das populações que serão afectadas com a subida das águas.
Os estudos prévios para a construção da Barragem analisaram várias cotas, entre 160 e 200 metros, e em todos os cenários ficará submersa a parte mais atractiva, do ponto de vista turístico, da linha e a ligação desta à Linha do Douro e ao litoral.
Na cota mínima, serão engolidos pela albufeira os últimos 15 metros da linha, enquanto que com a cota máxima restará pouco mais no outro extremo, ficando a ligação reduzida a um percurso entre Mirandela e o Cachão.
Lusa/Fim
Colaboração: Mário Carvalho

4 comentários:

Anónimo disse...

Dia 8 de Abril é que vai ser!
Mais uma almoçarada a 5 + 1 mesmo com o meu concelho vizinho financeiramente arruinado!

O autarca de Mirandela vai dizer que havendo barragem, ela deve ir à quota máxima (200) para que então, haja o maior aproveitamento.
Vai querer apoio financeiro para transformar a "sua" linha do Tua desde Vilarinho das Azenhas até Mirandela, em passeio de virtudes.
Se a quota for mais baixa que a 200mais linha terá, oferecendo esse transporte às freguesias fora do seu concelho, o que contribuirá para mais gente comercializar em Mirandela. Por outro lado terá uma boa oferta para os turistas que demandam Mirandela. Este autarca é inteligente. Nunca ficará a perder!

O autarca de Alijó, também inteligente, além de almoçar, vai dizer que deve haver uma decisão equilibrada pois a ele tanto lhe faz que a quota seja a 160 ou 200, mesmo que as Caldas de Carlão sejam afogadas. Estas são de um particular ele que se "amanhe"!
Este também tem tudo a ganhar. A sua albufeira é sempre grande e algum empreendimento turístico na freguesia de S. Mamede de Riba Tua, cai que nem ginjas!

De Murça vem ao almoço um autarca que tem tanto de demagogo, como de populista, mas também inteligente.
Vai bater-se pela quota mínima com consciência que não o conseguindo, será um ganhador desde que seja abaixo dos 200, para poder explicar ao concelho de Murça que fez o que podia, na certeza que conseguirá bons preços para os terrenos do vinho generoso e olival.

O autarca de Carrazeda que acolhe os signatários da "cimeira" e como Silvano diz em particular que o Ricardo Magalhães é o padrinho do Eugénio de Castro, joga em casa com o lauto almoço para as panças presentes e boas encomendas para a mala do bólide do convidado especial, como sempre acontece ( para isto há sempre disponibilidade), vai armar-se em rezingão e dizer que dá de barato a conspurcação do aquífero termal de S. Lourenço do Pombal (até era favor que a quota passasse a ser 220)porque assim não tinha de aturar inconveniências dos que defendem as termas, mas que principalmente precisa de dinheiro, muito dinheiro para o seu concelho por força da sua desmesurada incompetência com investimentos falhados e que em vez de resultarem em mais valia para o seu concelho, o veio a tornar, afinal, no mais desgraçado de todo o distrito de Bragança.
Além do dinheiro que precisa e muito e porque as termas ainda serão passíveis de qualquer coisinha, quando mais não seja para enganar os pacóvios do Pombal de Ansiães, vai exigir, se é que pode exigir, aquilo a que ele chama de revisão do PP/ do denominado sítio de S. Lourenço.

Finalmente o meu autarca de Vila Flor, este vai apenas pedir, como os outros, dinheiro, muito dinheiro, porque este por dinheiro é como o diabo por almas!

Anónimo disse...

O último anónimo chama "pacóvios" aos de Pombal!
Não sei se será uma forma de tentar "irritar" alguns ou se é apenas um desabafo, considerando os Pombalenses apenas como rústicos, pouco evoluídos ou se ignorantes e pouco inteligentes.
Pela minha parte e porque como diz o ditado popular, "quem não se sente não é filho de boa gente", direi ao comentarista o seguinte:
Trata-se aqui de uma matéria de análise profundamente política que em princípio deve ser tratada pelos políticos.
Estes, em princípio, devem tomar em mãos todas as suas responsabilidades para poderem responder perante quem os elegeu.
Os eleitores de Pombal( sou natural de Pombal e não eleitor) é que podem e devem responder-lhe "ao consoante".
Pessoalmente faço esta chamada de atenção porque o articulista não distingue os eleitores dos restantes cidadãos, chamando a todos de "pacóvios".
A irritação a que assistimos na questão da barragem e todas as suas consequências (S. Lourenço é uma das consequências)pode levar apreciações ao extremo.
No entanto, algum cuidado nas análises não ficaria mal, partindo do princípio que há uma terra que nos devia UNIR!

Anónimo disse...

Convenço-me que este Pombalense é pessoa muito bem conhecida em Carrazeda...
Desculpe-me mas não quis deliberadamente ofender as pessoas do Pombal e muito menos este suposto anónimo que muito respeito.
Ao correr da "pena" assim calhou!
Estava menos atenta!

Anónimo disse...

Afinal não houve reunião dos autarcas no passado dia oito de Abril em Carrazeda.
Assim como assim, tudo como dantes, quartel em Abrantes!
É por essa e por outras que assim nos quedamos, silenciosamente furibundos com tanto alheamento às nossas pretensões desenvolvimentistas!
Quem têm a dizer a isto os operacionais do poder?