A unidade de saúde de Mirandela do centro hospitalar do Nordeste pode vir a ficar sem a urgência pediátrica, já a partir de segunda-feira. Uma valência que deverá ficar concentrada na unidade de saúde de Bragança.
A falta de recursos humanos nesta especialidade parece ser o argumento para a decisão. No entanto, depois de confrontada a administração do Centro Hospitalar do Nordeste, parece ter acontecido um recuo nas intenções e tudo por voltar a ficar como está, com um pedido de maior sacrifício aos médicos.
Desde Junho de 2007 que o director do serviço de pediatria do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) tem vindo a informar o conselho de administração do Centro Hospitalar da dificuldade em prestar um serviço eficiente e de qualidade nas duas unidades de saúde, tendo em conta que em Mirandela existem três pediatras, contra apenas um em Bragança. É que uma médica está de baixa com um atestado médico de longa duração.
Esta falta de recursos humanos leva a que exista uma maior mobilidade dos médicos, o que tem causado algum incómodo. Nos últimos dias, conselho de administração e director de serviços reuniram para tomar decisões sobre esta situação, ficando praticamente assente que a urgência e o internamento de pediatria ficaria apenas concentrado em Bragança, tendo em conta que ali existe a maternidade e a neonatologia.
Quisemos saber junto da administração do CHN da veracidade desta informação, sendo que inicialmente o director clínico, sem prestar declarações gravadas, admitiu a falta de recursos humanos na especialidade e que seriam obrigados a tomar algumas decisões temporárias. Mas, Sampaio da Veiga revelou que solicitou ao director de serviço de Pediatria, Óscar Vaz, que apresentasse uma solução.
Posteriormente, o mesmo director clínico já acedeu a prestar declarações sobre o assunto e nega que esteja previsto o encerramento da urgência pediátrica. "É verdade que temos algumas dificuldades, mas tudo se vai manter a funcionar até aqui", disse Sampaio da Veiga, aguardando com "expectativa" que a médica doente recupere depressa.
Sampaio da Veiga notou ainda que a solução para manter a urgência pediátrica em Mirandela passa por pedir "um pouco mais de esforço" ao médicos pedriatras, "retirando-lhe algumas horas de descanso para tentar colmatar as dificuldades".
A Administração Regional de Saúde do Norte confirma que a situação está a ser estudada para ver a melhor forma de ultrapassar a falta de recursos humanos, mas nega que exista uma decisão para encerrar a urgência pediátrica, ou até de uma presumível data para tal acontecer.
Sampaio da Veiga revela que têm sido feitas diversas tentativas para contratar mais pediatras, mas nem sequer um contrato mais aliciante tem sido suficiente para convencer os especialistas.
Quem parece não acreditar neste desmentido é o presidente da câmara de Mirandela. José Silvano revela que este é um sinal claro que as promessas do Ministro da Saúde e da administração do CHN são falsas e que a intenção é de continuar a estratégia de esvaziamento dos serviços do hospital de Mirandela.
O autarca também não entende porque razão o critério da mobilidade dos médicos só seja válido para levar médicos para Bragança e não para trazer profissionais de saúde para Mirandela.
CIR/Eduardo Pinto/Rádio Ansiães
A falta de recursos humanos nesta especialidade parece ser o argumento para a decisão. No entanto, depois de confrontada a administração do Centro Hospitalar do Nordeste, parece ter acontecido um recuo nas intenções e tudo por voltar a ficar como está, com um pedido de maior sacrifício aos médicos.
Desde Junho de 2007 que o director do serviço de pediatria do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) tem vindo a informar o conselho de administração do Centro Hospitalar da dificuldade em prestar um serviço eficiente e de qualidade nas duas unidades de saúde, tendo em conta que em Mirandela existem três pediatras, contra apenas um em Bragança. É que uma médica está de baixa com um atestado médico de longa duração.
Esta falta de recursos humanos leva a que exista uma maior mobilidade dos médicos, o que tem causado algum incómodo. Nos últimos dias, conselho de administração e director de serviços reuniram para tomar decisões sobre esta situação, ficando praticamente assente que a urgência e o internamento de pediatria ficaria apenas concentrado em Bragança, tendo em conta que ali existe a maternidade e a neonatologia.
Quisemos saber junto da administração do CHN da veracidade desta informação, sendo que inicialmente o director clínico, sem prestar declarações gravadas, admitiu a falta de recursos humanos na especialidade e que seriam obrigados a tomar algumas decisões temporárias. Mas, Sampaio da Veiga revelou que solicitou ao director de serviço de Pediatria, Óscar Vaz, que apresentasse uma solução.
Posteriormente, o mesmo director clínico já acedeu a prestar declarações sobre o assunto e nega que esteja previsto o encerramento da urgência pediátrica. "É verdade que temos algumas dificuldades, mas tudo se vai manter a funcionar até aqui", disse Sampaio da Veiga, aguardando com "expectativa" que a médica doente recupere depressa.
Sampaio da Veiga notou ainda que a solução para manter a urgência pediátrica em Mirandela passa por pedir "um pouco mais de esforço" ao médicos pedriatras, "retirando-lhe algumas horas de descanso para tentar colmatar as dificuldades".
A Administração Regional de Saúde do Norte confirma que a situação está a ser estudada para ver a melhor forma de ultrapassar a falta de recursos humanos, mas nega que exista uma decisão para encerrar a urgência pediátrica, ou até de uma presumível data para tal acontecer.
Sampaio da Veiga revela que têm sido feitas diversas tentativas para contratar mais pediatras, mas nem sequer um contrato mais aliciante tem sido suficiente para convencer os especialistas.
Quem parece não acreditar neste desmentido é o presidente da câmara de Mirandela. José Silvano revela que este é um sinal claro que as promessas do Ministro da Saúde e da administração do CHN são falsas e que a intenção é de continuar a estratégia de esvaziamento dos serviços do hospital de Mirandela.
O autarca também não entende porque razão o critério da mobilidade dos médicos só seja válido para levar médicos para Bragança e não para trazer profissionais de saúde para Mirandela.
CIR/Eduardo Pinto/Rádio Ansiães
1 comentário:
In Jn de Hoje
Falta de especialistas na Urgência Pediátrica
A Administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) está com dificuldade em assegurar a Urgência Pediátrica na unidade de saúde de Bragança, devido à falta de especialistas, agravada com a recente baixa de uma pediatra. O CHN - que integra os hospitais de Bragança, Mirandela e Macedo - tem apenas quatro pediatras disponíveis, três dos quais em Mirandela, restando apenas um em Bragança. Perante este cenário, tem sido necessário recorrer à mobilidade dos médicos para que Bragança consiga ter pelo menos um pediatra de serviço.
Esta situação tem causado algum incómodo e o próprio director do serviço de Pediatria já solicitou à administração a contratação de mais especialistas.
Ao JN, o director clínico do CHN confirma a falta de recursos humanos e que têm sido feitas diversas tentativas para contratar mais pediatras, mas nem sequer um contrato mais aliciante tem sido suficiente para convencer os especialistas. Sampaio da Veiga revela "Estava praticamente tudo acertado com um médico que acabou recentemente a especialização. Oferecíamos um bom salário, mas houve outro hospital que lhe ofereceu ainda melhores condições e foi tudo por água abaixo".
Para resolver este problema, o JN sabe que esteve em cima da mesa a possibilidade de encerrar a Urgência Pediátrica de Mirandela e ficaria apenas concentrada em Bragança, com o argumento de que ali existe a única maternidade do distrito de Bragança e o serviço de Neonatologia. No entanto, Sampaio da Veiga nega esse cenário, referindo que "vai continuar tudo como está e vamos pedir mais um esforço aos nosso médicos para colmatar esta dificuldade, até que termine o período de baixa médica da outra profissional de saúde".
Fonte da ARS Norte diz que a situação está a ser estudada para ver a melhor forma de ultrapassar a falta de recursos humanos, mas nega que exista uma decisão para encerrar a Urgência pediátrica. Para o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, este "é um sinal claro que as promessas do ministro da Saúde não estão ser cumpridas". O autarca não tem dúvidas que a intenção da administração do CHN é de continuar a estratégia de esvaziamento dos serviços do hospital de Mirandela. Fernando Pires
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