Na última semana, o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, afirmou ter informações do INAG (Instituo Nacional da Água) de que a cota que vai ser aprovada para a barragem será de 200 metros.
Esta solução submergiria mais de metade da linha do Tua, que liga Mirandela, no distrito de Bragança, ao Tua, onde se cruza com a linha do Douro e faz a ligação ao litoral, nomeadamente ao Porto.
Se a cota do empreendimento, que faz parte do plano nacional de barragens aprovado pelo Governo, for de 200 metros a linha fica debaixo de água até ao Cachão, restando apenas cerca de 15 quilómetros utilizáveis entre aquela localidade e Mirandela.
Com esta solução ficará debaixo de água a paisagem que tem motivado o protesto dos ambientalistas por considerarem que faz desta «uma das mais belas vias estreitas do mundo».
O presidente do INAG, Orlando Borges, negou que esteja já decidida qualquer cota e assegurou que essa decisão só será tomada depois da avaliação ambiental que será feita pela vencedora do concurso de construção.
O presidente do INAG e os estudos já realizados confirmam que, independentemente da cota que vier a ser adoptada - mesmo que seja a mínima de 160 metros - os últimos quilómetros da linha do Tua ficarão inutilizados, deixando de ligar à linha do Douro, já que a barragem está projectada para a foz do rio Tua.
A REFER continua a fazer investimentos na linha para criar condições de segurança depois do acidente de 12 de Fevereiro em que morreram três pessoas.
Quase um ano depois, o troço onde descarrilou uma carruagem do metro de Mirandela ao serviço da CP, já foi reparado, mas mantém-se encerrado.
A ligação ferroviária é feita entre Mirandela e Brunheda e dali até ao Tua os passageiros seguem de táxi, e vice- versa, ao serviço da CP.
Na informação enviada à Lusa, a REFER esclarece que «quanto à reabertura do troço acidentado, decorrem os contactos finais com o operador ferroviário para o acerto do retomar do serviço».
A Lusa pediu também esclarecimentos à CP, mas ainda não obteve qualquer resposta.
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