quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Presidente do INAG desmente decisão sobre cota avançada pelo autarca de Mirandela

O presidente do Instituto Nacional da Água negou hoje qualquer decisão sobre a cota da Barragem do Tua mas o autarca de Mirandela alega ter informação de que «será de 200 metros, submergindo a Linha do Tua» (...)
«Desminto categoricamente que alguém do Instituto Nacional da Água tenha admitido qualquer cota», disse à agência Lusa o presidente daquele organismo, Orlando Borges.(...)

Silvano reiterou à Lusa ter «informações do Instituto Nacional da Água» nesse sentido e que seria até «incompreensível» outra solução, porque qualquer das alternativas «acaba com a Linha»
«Então se o Estado vai acabar com a Linha do Tua porque é que há-de optar por uma cota de 160 se tem mais potencial energético para explorar com os 200 metros»,
questionou.
«Como nenhuma das alternativas salvaguarda a Linha, tanto dá construir à cota máxima, como mínima», acrescentou. Silvano entende que a Linha do Tua sem ligação à Linha do Douro e consequentemente ao litoral fica inutilizada.
Segundo disse, e a confirmar-se a cota de 200 metros, ficará debaixo de água mais de metade do último troço de caminho-de-ferro no Nordeste Transmontano.
Dos carris restará apenas o percurso entre Mirandela e o Cachão que, segundo um projecto já existente, deverá ser assegurado pelo metro de Mirandela para servir os trabalhadores do complexo agro-industrial do Cachão.
A Lusa pediu esclarecimentos à CP, que explora comercialmente a linha, e à REFER, responsável pela infra-estrutura, mas ainda não obteve resposta das duas entidades.
O metro de Mirandela faz actualmente o percurso até ao Tua que se encontra encurtado desde ao descarrilamento da carruagem, há quase um ano, que matou três pessoas.
O troço acidentado encontra-se reparado há dois meses mas mantém-se encerrado entre a Brunheda e o Tua, sem data anunciada para a reabertura. Sol

Colaboração Mário Carvalho

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