«Um grupo de activistas do ambiente que pedala pela Península Ibérica chamando a atenção para questões ambientais incluiu, ontem, no percurso o Nordeste Transmontano para se manifestar contra a construção da barragem do Baixo Sabor. Cerca de 20 pessoas estão a fazer de bicicleta o percurso entre Barcelona e Aljezur. A localidade portuguesa deverá receber nas duas primeiras semanas de Agosto cerca de 500 ecologistas e activistas do ambiente de várias nacionalidades num acampamento que se faz há 17 anos em diferentes pontos da Europa. JN
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Muito se tem opinado sobre barragens, nomeadamente no que respeita ao " baixo Sabor ", concelho de Torre de Moncorvo e " Tua " do nosso concelho de Carrazeda.Sempre os activistas do ambiente se vêm manifestando contra estas possibilidades de investimento.
Com todo o respeito pelas boas vontades destes ecologistas, não consigo entender a verdadeira razão da sua negatividade absoluta relativamente aos empreendimentos,tendo em conta que eles são fonte de muito desenvolvimento e riqueza das regiões onde se desenvolvem.
Evidentemente que pode haver vários inconvenientes na preservação de algumas espécies, cclassificadas como protegidas, mas a pergunta que sempre se deve fazer é, se a incompatibilidade sempre é total e se o for, porquê sacrificar o " homem " e o seu bem-estar à existência dessas respeitáveis aves, répteis, etc..
Depois sempre nos queixamos que o interior está desertificado porque a falta de desenvolvimento empurra os jovens para o litoral e quiçá, para o resto do mundo.
Ou será mais importante e lucrativo para nós que por cá ficamos, tomar conhecimento de vez enquando que alguns desportistas descem os rios admirando-os sem que daí surja efectiva riqueza e sério desenvolvimento ?
Carlos Fernandes-Pombal
Também não compreendo a expressão "tendo em conta que eles são fonte de muito desenvolvimento e riqueza das regiões onde se desenvolvem". Se me convencer que esta afirmação é verdadeira poderá ver-me a subir e descer o Tua e o Sabor manifestando-me para que as barragens sejam feitas.
Quando o homem coloca a questão: ou eles ou eu - ou a Natureza ou o homem - Já perdeu. Quem defende a natureza, está acima de tudo a defender a espécie humana, mas vendo o homem como fazendo parte de um todo no mais perfeito equilíbrio possível. Conheço bem o Douro Internacional onde há algumas barragens. Onde está o desenvolvimento? Progresso?! São zonas mais desabitadas do que Carrazeda. Até o Barco Escola, em Miranda do Douro, é explorado por espanhóis. Não é a falta de barragens que leva as pessoas para o litoral mas é com o bem estar do litoral que se preocupam os políticos quando pretendem criar reservatórios de água no interior. Calculo que para alguns autarcas até haja algumas vantagens, espero é que pensem em desenvolvimento a sério e não em obras de fachada que apenas enriquecem o seu ego.
Visitei ontem a Brunheda. Que belo está o Tua!
Não consigo ficar indiferente aos contra-barragens evocando questões ambientais.
Porque vejo nesses sujeitos uma atitude algo hipócrita. Caso contrário, voltariam para a floresta, voltariam ao paleolítico e nem sequer usavam fogo.
Mas não, esses mesmos sujeitos, usam computador, calçam sapatos de cabedal e deslocam-se em automóvel.
Numa altura em que temos de arranjar solução ao défice energético, todas as formas de energia limpa são necessárias. Mesmo a nuclear. Até porque só assim, a Europa consegue ficar menos dependente do crude e dos acidentes marítimos que daí advêm. Não nos podemos esquecer que com o petróleo vamos morrendo devagarinho com cancro do pulmão, com cheias, com secas, etc... mas isso as pessoas não conseguem ver. Da mesma forma que não conseguem ver que um derrame de um petroleiro mata muitos peixes e aves...mas por ser no mar parece que não nos afecta tanto. Enganam-se.
Quanto à fauna, estou perfeitamente convencido que com as barragens, ficaremos muito mais ricos também nesse campo. E mesmo para a prática de lazer e desporto. Água é vida.
Enviar um comentário