segunda-feira, 16 de julho de 2007

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Eternidade - outro texto

Vamos ser mais directos e esquemáticos, não falemos em nomes e usemos apenas o próprio cérebro.
Nota prévia:
-Não vamos preocupar-nos com minudências (ressurreição ou não) e limitemo-nos a um só
Problema: - Existe ou não vida para além da morte?
Primeira resposta: - Existe, porque não seria correcto que Deus nos fizesse iguais aos outros animais.
Segunda resposta: - Não existe, pois nós não passamos de animais como quaisquer outros.
Terceira resposta: - É-me indiferente esta questão. Vou vivendo e depois logo se verá.
Quarta resposta: - Não sei se há ou se não há. Não consigo resolver certas questões.
Minha posição: - Sou levado a crer que não existe, pois não sei o que fazer na eternidade.
- No entanto fico-me na incerteza ou dúvida. Mesmo na questão da existência de Deus tomo a mesma postura – agnóstica, embora aqui a vontade de crer seja mais forte porque é mais aceitável ao comum dos mortais acreditar que tudo tenha resultado dum impulso divino do que crer que tudo tenha resultado dum entrechoque das leis da natureza. Mas como não sou capaz de resolver certos problemas fico-me na dúvida.

Considerações finais: - Estes assuntos são muito interessantes mas prometo que vou deixá-los por uns tempos. Isto pode levar a uma crise existencial e é melhor preocuparmo-nos com questões do nosso mundo.

João Lopes de Matos

4 comentários:

Hélder Rodrigues disse...

Com o máximo e devido respeito, perante o exposto por JLM (já que adora o tratamento), PARECE-ME que essa "crise existencial" o tem denunciado, de algum modo, neste espaço, pelas sucessivas questões que levanta, procurando avidamente (?)respostas...
De resto, não é o cérebro o "fiel armazém" de todos os nossos sentimentos (convicções, angústias, frustrações, medos, amores, ódios, divindade ou não, morte, vida... ou para lá daquela (!)...? Cumprirá, pois, a cada um de nós, na nossa estrita individualidade, "administrarmos", mediante multifacetados factores exógenos e endógenos, esse poderoso e maravilhoso "armazém" como acharmos que ele mais nos agrade ou satisfaça, i. é., nos torne esta tão efémera vida o mais agradável (harmoniosa, feliz, tantos adjectivos que podemos "comprar") possível...

Respeitosos cumprimentos.

Hélder Rodrigues

Anónimo disse...

Não me parece que haja necessidade de tomar posição. Vamos ver como as coisas vão decorrer. É mais que provável que as relações económicas, culturais, pessoais, etc. , irão ser cada vez mais estreitas. Se,depois, isso dará ou não origem a uma qualquer ligação política não o sabemos. Mas o estreitamento de relações concretas pode ser tão grande que pode mesmo ser superior a qualquer ligação política. De todo o modo , vamos partir para o relacionamento sem complexos ou receios.

Anónimo disse...

Não percebo nada de computadores. Não sei como arranjei a que o comentário anterior tivesse vindo aqui parar. O comentário diz respeito às relações Portugal - Espanha.

Anónimo disse...

Caro H.D.: As questões que levanto são-no para serem pensadas com os outros e para dar vida ao blogue e não porque haja qualquer crise existencial. - Diz que o cérebro é o armazém de tudo. - Todo o corpo o é. - Mas há pessoas a pensar de muitas maneiras e é muito interessante problematizar para que cada um possa expôr a sua ideia.- Quanto a nós administrarmos o cérebro,tenho mais uma vez dúvidas que o possamos fazer sem grandes limitações. Por vezes o cérebro toma o freio nos dentes e manda mais do que nós.