A população da localidade de Fiolhal, no concelho de Carrazeda de Ansiães, reivindica a conclusão da rede de saneamento básico daquela aldeia. As canalizações estão instaladas vai para três anos, mas a fossa para a qual os esgotos vão drenar ainda não está construída, devido a problemas resultantes da expropriação de terrenos.
O povo já se cansou de esperar e exige mais celeridade, pois a demora obriga à construção de novas fossas particulares. "Começaram o trabalho ao contrário. Puseram as condutas sem terem um local para despejar o esgoto", critica uma moradora, Maria de Jesus Martins, corroborada pela vizinha, Delmina Seixas "Isto não tem jeito nenhum. Há três anos que estamos à espera", garante.(...)
Questão burocráticaO atraso na conclusão do saneamento em Fiolhal deve-se a um problema burocrático, relacionado com a expropriação, por parte da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, do terreno escolhido para a instalação da fossa geral.
"Não houve acordo com o proprietário", começa por justificar o autarca, Eugénio de Castro, adiantando que "a declaração de utilidade pública foi contestada pelo dono das terras, a Edilidade teve de replicar e o processo está a correr os seus trâmites na Administração Central", justifica o autarcaSó quando aquela declaração for conseguida, "com acordo ou sem acordo, pela via judicial ou de forma amigável, a obra prosseguirá", acrescentou o edil. (...) Eduardo Pinto, in JN
1 comentário:
Antigamente também era assim: Para os trabalhos de casa " ...os meninos amanhã trarão um redacção sobre a nossa terra "
Na generalidade os alunos abriam o texto com o seguinte parágrafo: Eu gosto muito da minha terra. Ela é muito bonita e asseada. Os meus pais também gostam muito dela. Temos uma Igreja muito bonita, com muitos santinhos e sempre fazem uma festa no mês de Agosto (ou outro mês).
As Ruas são muito limpas e calcetadas (quando eram), etc., etc..
Hoje as pessoas também hoje continuam a gostar muito da sua terra porque acrescentam, ou não, que "já temos saneamento" e as fossas encontram-se nos terrenos dos senhores...que colaboraram muito bem com a autarquia e o povo.
Sem isso não teríamos saneamento!
Ora, independemente de as pessoas, ricas ou pobres, terem direito à indemnização pela ocupação de 50 ou 60 metros quadrados de terreno, á desvalorização que tais fossas levam ao terreno, será preciso não se perder a noção do bem público geral que uma anuência voluntária desta natureza, transporta para todos os cidadãos.
Se se pensa que poderemos ficar "ricos" com a venda ou expropriação desta quantidade de metros quadrados, é pura ilusão.
Mas os cidadãos que na localidade esperam, desesperam sem que haja uma forte razão para tal.
A Autarquia é apenas uma parte, não do problema, mas creio que da solução.
Carlos Fernandes
Enviar um comentário