Garantia dada pela EDP, vencedora do concurso, no final da reunião de ontem, em Murça, que juntou à mesa responsáveis daquela empresa, autarcas dos cinco municípios abrangidos pelo empreendimento, e a Estrutura de Missão do Douro. A empresa assume, no entanto, que terá de encontrar uma alternativa de mobilidade para as pessoas que ficarem privadas de viajar no troço submerso.
António Castro, da EDP-Produção, negou ontem a possibilidade de ser estudada uma solução que permita preservar toda a linha, nomeadamente a parte mais espectacular, entre a Brunheda e o rio Douro. O responsável garantiu que a cota da albufeira “ainda não está definida”, o que deverá acontecer em sede de análise do Estudo de Impacte Ambiental, que já deu entrada, na passada sexta-feira, no Instituto da Água (INAG). “Qualquer que seja a cota que constava do caderno do concurso promovido pelo Estado terá sempre impactos na linha”.
Segundo o economista da EDP, o facto da via-férrea ficar debaixo de água “não quer dizer que desapareça”, do ponto de vista de transporte de passageiros e turistas. “Uma parte da linha ficará desactivada, pelo que haverá que arranjar alternativas que compensem e sirvam claramente as pessoas”, realçou. A EDP, sublinhou, “irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para levar o projecto avante”, desde que asseguradas “as necessidades dos municípios e o próprio desenvolvimento da região”.
Entretanto, já está a ser elaborado o estudo, encomendado pelos cinco municípios do Tua, que vai apurar o modelo de desenvolvimento possível para o vale, quer se faça ou não a barragem. Também vai dar-lhes a conhecer a real situação económica, social, ambiental e cultural da região abrangida.
Eduardo Pinto/JN/Rádio Ansiães
2 comentários:
Acho que ,no estado em que estão as coisas em termos energéticos, não podemos dar-nos ao luxo de não aproveitar esta fonte de energia, ainda por cima limpa.
Os verdes e ambientalistas que me desculpem mas também temos que ir para a frente com a barragem do Sabor e,porque não,reequacionar a barragem de Foz-Coa.
Em todas elas devem tomar-se as medidas que as tornem o menos gravosas possível para os valores e interesses que com isso possam vir a ficar prejudicados.
O aproveitamento das albufeiras de todas as barragens depende muito do carácter empreeendedor das respectivas populações e entidades públicas e privadas que as saibam aproveitar.
JLM
POrque não aproveitar todos os rios, riachos e ribeiras para construir barragens? Talvez fosse uma medida de muita inteligência e saber?! Não entendo muito bem o que se pretende...
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