terça-feira, 20 de maio de 2008

Barragem Foz Tua: Estudo de Impacto Ambiental já deu entrada no Instituto da Água

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da barragem de Foz Tua, que vai definir a cota de construção da infra-estrutura, já está a ser analisado pelo Instituto da Água (INAG), anunciaram hoje os autarcas do vale do Tua.

Os presidentes das câmaras de Murça, Alijó, Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães reuniram-se hoje pela primeira vez com representantes da EDP, empresa a quem foi concessionada a construção da barragem de Foz Tua.
O anfitrião da reunião, o autarca de Murça, João Teixeira, limitou-se a ler um comunicado através do qual informou que o Estudo de Impacto Ambiental da barragem foi entregue ao INAG.
Acrescentou que se "mantêm em aberto todas as perspectivas" e que os municípios só tomarão uma posição após análise detalhada do EIA e a "apresentação do estudo de impacto", mandado elaborar pelos municípios, e que "servirá de suporte a uma decisão final".
Numa primeira reunião entre os autarcas e a Estrutura de Missão do Douro, a 16 de Abril, em Carrazeda de Ansiães, ficou decidida a realização de um estudo que contemple todos os cenários de evolução possíveis, incluindo a construção ou não da barragem de Foz Tua, bem como a manutenção ou não da Linha do Tua.
Os autarcas do vale do Tua registaram ainda "com agrado uma mudança de comportamento da EDP na participação neste tipo de processo".
A EDP foi a única concorrente à construção da barragem, tendo apresentado uma proposta de construção a uma cota de 195 metros.
Após a reunião de hoje, em Murça, António Castro, da EDP Distribuição, salientou que a decisão final sobre a cota será tomada em sede de Declaração de Impacto Ambiental.
"Qualquer que seja a cota tem sempre impactos na linha do Tua. Mas isto não quer dizer que a linha desapareça, quer dizer que uma parte da linha vai ser desactivada e que podem ser criadas formas de transporte alternativas", referiu o responsável.
António Castro frisou que a barragem é um "projecto estruturante" que pode ser "um motor de desenvolvimento da região".
Acrescentou que o projecto será concretizado tendo em conta as necessidades dos municípios e da região.
A cota dos 170 metros parece ser a mais consensual entre os autarcas dos concelhos envolvidos, menos para José Silvano, presidente da Câmara e do Metro de Mirandela, que defende a manutenção da linha a todo o custo.
O metropolitano é responsável pela circulação na Linha do Tua, ao serviço da CP, ligando Mirandela a várias aldeias da região mas principalmente à Linha do Douro, em Foz Tua.
Lusa

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