O dinheiro que o Estado vai receber pela construção da futura barragem na Foz do Tua deve ficar na região. A ideia é defendida por José Silvano, autarca de Mirandela, que abordou o tema na cerimónia de abertura da Festa da Geografia, que decorre até sábado naquela cidade transmontana. Silvano diz que o dinheiro que a EDP pagou ao Instituto da Água (INAG), uma entidade estatal, deveria ser empregue nos concelhos afectados pela construção da barragem. O autarca de Mirandela revela que só pela pré-adjudicação da obra, a EDP pagou ao Estado cerca de 53 milhões de euros, e que consoante a cota que a futura barragem irá ter, o Estado receberá um determinado valor. Por exemplo, se a cota defenida for a máxima, a EDP vai pagar ao Estado 128 milhões de euros. José Silvano revelou também que os autarcas do vale do Tua estão a ponderar pedir contrapartidas ao INAG. No entanto, ainda estão à espera das conclusões finais do estudo encomendado. Estudo esse que analisa todos os cenários possíveis, isto é a construção ou não da barragem, assim como a manutenção ou encerramento da Linha do Tua. O autarca de Mirandela abordou o tema durante a cerimónia de abertura da Festa da Geografia, a qual contou com a presença do Secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, que elogiou o municipio de Mirandela por ter apostado num evento como a Festa da Geografia, que é visto por João Ferrão como uma forma de combater o preconceito da interioridade que existe em certas zonas do país.
A Festa da Geografia é dedicada ao tema da Água e está inserida na edição deste ano da REGINORDE, que decorre até sábado em Mirandela. RBA
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