Mais uma acha, que o tempo vai mau.
Constitui-se arguido o actual PC, com os crimes que se descrevem a seguir.
-Este concelho fica localizado no deserto, dentro do pequeno oásis do distrito, culpa do PC.
-Só passa por aqui quem tem GPS desorientado ou necessidades imperiosas, culpa do PC.
-Raras são as empresas sedeadas nesta maravilhosa terra, culpa do PC.
-O Concelho é pobre, culpa do PC.
-A agricultura já não é rentável, e vai ficando a monte, culpa do PC.
-A indústria é de pequeníssima dimensão, e foge para outras paragens, geralmente o litoral, culpa do PC.
-O turismo é uma eterna criança, e com futuro adiado, culpa do PC.
- O comércio é de subsistência, culpa do PC.
A fauna já debandou à muito, culpa do PC.
A flora (virgem) já foi, culpa do PC.
Confirmam-se os factos e o réu e condenado à pena de jejum autárquico durante quatro anos, a ser cumprida na íntegra, após 2009, dado a persistência destes crimes durante alguns mandatos. Fim de citação.
Voltando a este Concelho, é notório a insatisfação e o desânimo instalados no espírito (fado) carrazedense, no domínio do progresso, passando pela melhoria do nível de vida e terminando na criação de empregos. Partindo destes pressupostos, podemos continuar o rosário de queixumes, de imputar responsabilidades a torto e a direito, seguindo este caminho é certo e sabido que não vamos a lado algum, mas dás-nos imensa alegria, gozo e satisfação, conseguimos passar muito das nossas responsabilidades ou insuficiências para terceiros e com esta paixão cega conseguimos culpar o PC por necessidades não satisfeitas quando compete a nível superior, leia-se governo.
Vamos ao essencial, deve o actual PC recandidatar-se? Falo em renovação.
Nas últimas autárquicas renovou a equipa, ficou mais jovem, todos sabem que assim foi, podemos sempre discutir, se as apostas foram bem feitas, mas será uma discussão estéril porque como é bom de ver, cada um nós tem ideias diferentes, seria pessoalizar os candidatos e não as suas capacidades para as funções ou trabalho produzido. Sempre podemos dizer que não participamos nessas escolhas, o que é verdade, mas que não se negue a renovação que existiu.
Quero chegar ao ponto, dar lugar aos novos, frase muito badalada.
Para qualquer potencial candidato, será importante a idade? Ou os projectos que apresenta?
Quanto aos projectos: deve haver plano de actividades, objectivos realistas e metas exequíveis, quem as tem? Quem as poderá ter? É que não basta ter ideias é fundamental ter capacidade económica para a sua realização, e na situação actual desta Câmara, tenho muitas dúvidas que alguém com sentido de responsabilidade possa assumir e cumprir qualquer programa de trabalho (lá estou a levar as coisas a sério).
Serei pessimista ou realista?
O conhecimento procura-se no desconhecido, confirma-se este dizer.
Para que não fiquem dúvidas contesto pontualmente a gestão autárquica, (a democracia deu-nos essa liberdade) muitas coisas faria de forma diferente, focalizo as promessas não cumpridas, uma ou outra nunca irá ser concretizada, todos temos opinião e raramente será compartilhada ou igual, mas também tenho a certeza que dificilmente se pode aspirar a um futuro mais risonho só porque se mudam os actores. Para mudar deve ser para melhor, neste momento (ainda é cedo?) só fumo negro.
Qual será o melhor candidato?
Com o desespero de mudança, vale tudo.
Sabre07
5 comentários:
O articulista acha que não é necessária a mudança. Acha-a uma superficialidade. Esquece-se também, neste caso, de que o cabeça de lista tem uma superioridade indiscutível sobre os restantes elementos e até sobre a oposição.
E, muitas vezes, a resistência à inovação vem mais dos relacionamentos que temos e dos mentores que tivemos que de nós próprios.
Ao decidirmos ao arrepio dos nossos mestres, temos a sensação de que os estamos a atraiçoar. Os novos não têm essas peias, pois não têm passado tão longo.
Os menos novos podem até conseguir ver de modo actualizado. Duvido é que tenham coragem para vencer certas resistências.
Hoje é mais importante um presidente apoiar, incentivar o desenvolvimento do que construir edifícios. Serão os menos novos capazes de fazer esta política nova?
Novas perspectivas, novas políticas, exigem actores novos. A natureza daquelas coaduna-se melhor com a natureza destes.
Além do mais, esta é a última esperança.
JLM
mais velho que o senhor e que também tem acertado é o Nostradamus
Nostradamus?Mesmo só por brincadeira.
JLM
Mais PC
Mudar só para melhor, ou será que se quer mudar para ter novas experiências, independente do que possa acontecer, tipo "tiro no escuro"? É bom assinalar os condicionalismos. Por mim não compro só pelo embrulho, mesmo que este seja muito apelativo, quero ver o conteúdo.
Quanto a influência do chefe, todos sabemos que assim é, mas quando se está rodeado de pessoas competentes e sabem o seu valor, em sentido figurado, "não comem tudo o que lhe dão", o normal é mostrar serviço e deixar a sua marca pessoal. Aceitar funções delegadas ou pelouros significa isso mesmo, assumir responsabilidades. Caso contrário não passam de servos obedientes e invertebrados, e estes não merecem o nosso voto/apoio e a perda de tempo.
Constata-se isto em várias autarquias, os assessores e vereadores dão cartas.
Se o PC vai ou não recandidatar-se pouco me importa, mas sim quem se apresenta para assumir o lugar e a equipa que o rodeia, dar este passo em frente é uma decisão pessoal que deve ser respeitada.
E nas circunstâncias actuais, a confirmarem-se as condições económicas, estamos próximo do abismo só falta dar o passo em frente ou pedir ajuda (empurrem).
Quem sabe, se deixarmos correr o tempo não se adquira mais conhecimentos e se possa opinar com mais seriedade e empenho (pela minha parte).
Sabre07
Que lhe parece que é mais importante,fazer obras que dêem origem a novas actividades e,portanto,criação de emprego duradouro ou apenas obras que tenham em vista satisfazer as necessidades dos que ainda vão por Carrazeda vivendo?
O apoio da Câmara a todas as novas iniciativas parece ser a prioridade das prioridades,de contrário o concelho despovoa-se definitivamente e lá desaparecem, primeiro,as freguesias, e,depois, o concelho. Parece-me que estamos num momento decisivo para o concelho e há que jogar tudo por tudo e não ficar apenas indiferente.
A não ser que se chegue à conclusão de que já não vamos a tempo ou que o concelho persistirá mesmo tendo só meia dúzia de gatos pingados.
Não sei. Talvez a sua indiferença seja a atitude mais realista.
JLM
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