Scolari é realmente o melhor treinador virtual do mundo... Não precisa de ir ver os jogadores ao vivo, nem os jogos nem. Em sua táctica perfeita, o 4x3x3, de um qual espírito superior que recusa fazer bluff e surpreender os adversários, cabem sempre a Nossa Senhora de Caravaggio e o Padre Nosso, ao balneário com… As bandeirinhas nas janelas e a padeira de Aljubarrota. Depois ainda dizem que a selecção não tem colectivo! Que marquetingue infalível, pago a peso de ouro por um povo sobre-endividado, mas tão dado a luxos, em seu órgão corporativo, à imagem real do Antigo Regime: a Federação Portuguesa de Futebol.
Também quem hoje quereria tal cargo? José Mourinho, ao menos, disse que não, porque ainda gostava de trabalhar.
vitorino almeida ventura
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2 comentários:
Admira-me VAV querer remar contra a corrente.Deixe andar que isto tudo a algum lado irá parar.
JLM
Admira-me (mesmo o admirando) que JLM, um grande defensor da ideia de Barragem, queira assim deixar fluirem as águas do rio, em as não aproveitar para uma energia mais limpa e positiva.
Como sabe - mas o problema será meu -, vejo tudo sobre os olhos da poesia. Cito de Fernando Branco, de Plantas Hidropónicas, o poema "Último incêndio":
Procura-se um bombeiro caído ao rio, próximo/da barragem do Carrapatelo. Não se sabe bem como,/consertava o motor de um barco que em dia algum/nele haveria de navegar. Nisto, em turbulhão de calmaria,/o rio, sereno em seu ângulo líquido, ainda assim o engoliu./E os fogos desse Verão arderiam em paz/porque a água do Douro foi a última chama/que o bombeiro haveria de molhar.//Este nome não me é estranho, há muitos anos,/ti Francisco Monteiro haveria de interromper/as caçadas às perdizes e a labuta das hortas,/para desperdiçar um pouco de morte trabalhando/na barragem do Carrapatelo, a troco de uma fome/mais suave para os seus. Ele, nesse tempo,/recordava a barragem com ressentimento,/como se nessa água já então boiasse um corpo/de bombeiro havido.
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