sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Um novo sítio arqueológico

O sítio arqueológico do Castelo Velho de Freixo de Numão, situado em Vila Nova de Foz Côa, abre hoje as portas ao público numa cerimónia que conta com a presença do secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho. Depois da intervenção arqueológica levada a cabo por Susana Oliveira Jorge, desde 1989, e de uma série de trabalhos de conservação e restauro das estruturas, vai ser agora possível visitar o monumento, cujo projecto do centro interpretativo e de musealização esteve a cargo dos arquitectos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez.
Castelo Velho de Freixo de Numão é um sítio arqueológico muralhado do Calcolítico e da Idade do Bronze, que terá sido utilizado entre cerca de 3000 e 1500 a.C., provavelmente de forma contínua. Tradicionalmente classificado como um «povoado fortificado», em xisto, com muralhas e outras estruturas de pedra, é um dos poucos sítios muralhados desta época no Norte da Península e, ao que se sabe, seria habitado por uma elite que teria à sua guarda os bens e estruturas que ali se conservariam, como relíquias (por exemplo, ossos humanos), bens de ostentação e mesmo de consumo, provavelmente relacionados com determinadas cerimónias.

A intervenção nestas estruturas, da resposanbilidade do IPPAR e co-financiada pelo Programa Operacional da Região Norte através da Medida 3.9-Cultura – numa parceria com a Universidade do Porto e a Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão –, desenvolveu-se entre 2001 e este ano, totalizando o montante global de 1.221.441 mil euros. Este investimento enquadra-se na estratégia de conservação e valorização de monumentos, conjunto edificados e sítios arqueológicos da Região Norte, entendidos como marcas de ocupação e povoamento capazes de proporcionar ao cidadão uma leitura cronológica do território e importante recurso cultural a visitar nas proximidades do Vale do Côa e do Alto Douro Vinhateiro. Assim sendo, depois das intervenções arqueológicas e de conservação e restauro, foi construído um centro interpretativo do monumento, definidos percursos de visita e produzido material de apoio ao visitante. Tal implicou a construção de um edifício com um miradouro sobre a paisagem e a instalação de um passadiço em madeira que permite aos visitantes percorrerem o sítio arqueológico sem danificarem as estruturas arqueológicos. PJ

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