Luis Ramos, investigador e autor de estudos sobre o desenvolvimento de Trás-os-Montes, diz que a região tem razões para apresentar os piores receios sobre o QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional.
Sublinha que já estão a ser cometidos erros graves de desperdício e favoritismo que podem prejudicar o Norte do país e em concreto o interior.
O docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro apresenta três argumentos para criticar a forma como o Estado Português está a gerir o QREN.
O primeiro tem a ver com o que considera ser um atraso nas propostas portuguesas.
O programa comunitário deveria ter entrado em vigor em Janeiro deste ano, o que não aconteceu, congelando os planos de autarcas e empresários.
Por outro lado, Luis Ramos diz que não está suficientemente clara a dotação financeira para a região e que o alarme soou quando o próprio presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte veio reclamar os mais de oito mil milhões de euros prometidos.
A terceira crítica prende-se com o modelo de gestão dos fundos.
Se nos Quadros anteriores se optou pela descentralização de verbas e de intervenções, agora, lembra que o modelo é altamente controlado por Lisboa, com os perigos que isso representa para o interior do país.
Luis Ramos lembra que o QREN não pode ser desperdiçado por Trás-os-Montes e Alto Douro, pois é provavelmente a última oportunidade de desenvolvimento para a região. RBA
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