sexta-feira, 25 de abril de 2008

Um arco para Carrazeda

O italiano Mauro Staccioli é um dos vários escultores reconhecidos internacionalmente que vão deixar a sua marca em Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança), no âmbito de um projecto que pretende transformar a vila num Parque Internacional de Escultura em Granito ao Ar Livre. O projecto da Câmara Municipal é coordenação pelo escultor português Alberto Carneiro.
O arco de Staccioli é inaugurado hoje, às 15 horas, e tem como título único "Carrazeda de Ansiães/2007". É um monumento em granito amarelo instalado na Praça dos Combatentes, junto ao Serviço de Finanças. O arco tem cinco metros de altura e cerca de 12 de comprimento. Se fosse prolongado até fechar a circunferência teria cerca de 20 metros de diâmetro.
"Carrazeda de Ansiães/2007" é a quarto monumento escultórico de um conjunto de 10 com que a autarquia pretende dotar a sede de concelho. Os jardins da biblioteca e da Telheira acolhem já, respectivamente, "Os Sete Livros da Arte e da Vida", de Alberto Carneiro e "A Pedra Bulideira", de Carlos Barreira.
Na praça do Centro Cívico ergue-se um pilar de granito com 10 metros de altura chamado "Em louvor dos limites", assinado pelo irlandês Michael Warren. Ainda este ano, o holandês Mark Brusse iniciará uma intervenção em quatro momentos, um por cada ângulo do Jardim D. Lopo Vaz de Sampaio, onde já começaram as obras referentes às respectivas bases.
"Estamos a tentar inaugurar uma escultura por ano", refere o presidente do Município, Eugénio de Castro, pelo que se prevê que o "corte da fita" do trabalho de Mark Brusse, mesmo que concluído este ano, só aconteça em 2009.
O autarca acredita que o Parque Internacional de Escultura em Granito ao Ar Livre criado em Carrazeda de Ansiães deverá tornar-se uma atracção turística. "Já temos sido contactados por diversas pessoas que tiveram conhecimento do nosos projecto", afirma Eugénio de Castro. Para tal contribui o "rigor" tido na selecção dos escultores convidados por Alberto Carneiro para entrar no programa, bem como o seu próprio prestígio alcançado com inúmeros trabalhos espalhados pelo mundo.
Alberto Carneiro tem repetido que "há muita gente disponível para colaborar neste projecto", apesar de ficar a "custo zero" para a autarquia em termos de direitos de autor. É que, na realidade, os escultores recebem apenas dinheiro para despesas correntes, "cerca de quatro mil euros", de acordo com o autarca. "Se tivéssemos de pagar estas obras teríamos de desembolsar vinte vezes mais", completa.
Depois de preencher a vila, algumas esculturas serão espalhadas pela zona envolvente. É que, de acordo com o promotores, pretende-se transformar Carrazeda num ponto de "referência internacional" em matéria de arte pública. Eduardo Pinto, JN

2 comentários:

Anónimo disse...

e olha que é lindo ,...acho que qualquer trolha faria melhor sem projecto ...talvez a nossa camara não esteja assim tão mal financeiramente. Bota e deixa arder que o ze povinho paga

Anónimo disse...

A beleza é relativa, mas sempre existente.

Porém, será que não temos grandes artistas no nosso concelho?

Porque ficam sempre esquecidos, será para fazer juz ao dito popular «Santos da terra não fazem milagres»?

Mas são os santos da terra que a vivem e a alimentam..