sábado, 5 de abril de 2008

Burocracia atrasa meios de emergência alternativos

Ainda não há data para instalar no distrito de Bragança os meios de emergência pré-hospitalar que serão uma alternativa ao encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) em oito centros de saúde, nomeadamente um helicóptero e duas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida. A ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu ontem em Bragança, durante uma visita ao Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) que "há um atraso face ao que tinha sido anunciado", e assumiu um compromisso de honra de que se mantém o que estava previsto para a região, ou seja, a instalação de um helicóptero e de uma ambulância SIV em Macedo de Cavaleiros. Sem avançar datas, Ana Jorge explicou que os atrasos estão relacionados com "aspectos burocráticos", nomeadamente o processo do concurso público internacional que é "muito complexo".
Fica assim a garantia de que vai manter-se o atendimento nocturno nos centros de saúde do distrito de Bragança que assinaram protocolos com o Ministério da Saúde com vista à manutenção dos SAP entre as 22 e as 8 horas da manhã.
Os protocolos foram assinados por um ano, terminam precisamente este mês, mas Ana Jorge afirmou que "não terminam". Como forma de contar as grandes distâncias entre os serviços de saúde na região, que obrigam a grandes deslocações, a responsável pela pasta da Saúde disse que é desejável uma maior utilização da linha telefónica Saúde 24, que considera ainda "pouco usada", principalmente pela população idosa. A linha poderá ser uma boa alternativa para que os utentes não saiam de casa sem ter uma primeira orientação. "A linha tem profissionais qualificados que sabem dar as explicações e podem accionar o meio de ir buscar a pessoa a casa se isso for necessário", asseverou.
Ana Jorge inaugurou a nova Consulta Externa do Hospital de Bragança. A obra custou 2 milhões de euros, e é uma valência considerada "fundamental", uma vez que o serviço estava espalhado por vários pisos, "o que constituía uma grande pressão de pessoas no interior do hospital", afirmou Henrique Capelas, presidente do CHNE. O serviço realiza 108 mil consultas por ano. A obra está integrada numa remodelação profunda daquela unidade de saúde, que inclui ainda a Urgência, Blocos Cirúrgicos e pavilhão técnico. Em três anos a administração propõe-se gastar 22 milhões de euros no âmbito das três unidades que compõem o CHNE, nomeadamente Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela. Eduardo Pinto, JN

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