O partido ecologista “Os Verdes” não entende como podem andar os presidentes de câmara de Alijó, Murça, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães a negociar compensações pela construção da barragem do Tua sem que sequer esteja pronto o Estudo de Impacte Ambiental. Numa carta aberta dirigida aos autarcas, que esta quarta-feira reunem com a EDP, “Os Verdes” estranham a situação e levantam um conjunto de questões em torno da construção do empreendimento.
Desde logo dizem que as populações podem vir a ser prejudicadas e nem foram devidamente informadas sobre as consequências que a barragem pode ter, para a linha ferroviária do Tua, para o turismo, para as termas e para a agricultura local. Manuela Cunha, do partido ecologista, pergunta se há um “preço justo” que pague tanta destruição. Estes autarcas, mais o de Mirandela reunem esta quarta-feira à tarde com a EDP, em Carrazeda de Ansiães. A maior parte troca a linha do Tua pela barragem, como é o caso de Eugénio de Castro, presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães. O único que está na outra margem é José Silvano. O autarca de Mirandela considera inaceitável que a barragem como “o fim da linha”. A reunião entre os autarcas e a EDP está marcada para as 14h, em Carrazeda de Ansiães. RBA
1 comentário:
Antonio Maria, Carcavelos, Portugal
Aquilo que está a ocorrer com a barragem do Tua é o mesmo que levou à destruição das grandes estátuas da Ilha da Páscoa. Naquelas paragens longínquas, uma civilização desapareceu, precisamente porque os seus habitantes, liderados por políticos inconscientes e ávidos de uma riqueza insustentável, conduziram os ilhéus à destruição da floresta de que dependiam para quase tudo: para se aquecerem, para cozinhar, para a construção dos barcos de pesca, para a manufactura de utensílios e... fundamentalmente, para o equilíbrio ecológico da ilha. Eu recomendo vivamente aos edis transmontanos que leiam, antes de fazerem a maior asneira das suas vidas de autarcas, o livro Collapse, de Jared Diamond. Depois, se persistirem na enormidade que querem praticar contra a sua terra, as suas gentes e o sobretudo o seu futuro, não poderão dizer que não foram bem avisados!
comentário à noticia no Jornal Publico
Enviar um comentário