Metade dos concelhos do distrito de Bragança não têm verbas atribuídas no plano de investimentos do Estado, o que para alguns autarcas "é irrelevante, como o próprio PIDDAC. Acabem com isso, o PIDDAC não serve para nada", defenderam, à Lusa, os presidentes das câmaras de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, o socialista Artur Pimentel e o social-democrata Eugénio de Castro. Estes concelhos, e mais quatro dos 12 do distrito de Bragança, não têm um cêntimo no PIDDAC para 2008. Vila Flor está nesta situação pelo segundo ano consecutivo, mas o autarca local (PS) diz que "nem por isso deixa de ter obra. Já no ano passado não tinha verbas no PIDDAC e Vila Flor tem três obras financiadas pelo Estado", disse, referindo-se à remodelação do centro de saúde, por um milhão de euros, a conservação de 11 quilómetros de uma estrada e um campo de futebol. O da Câmara de Carrazeda de Ansiães, Eugénio de Castro (PSD), dá o exemplo que considera "caricato", o do centro de saúde daquele concelho. Durante anos o centro de saúde teve "largas dezenas de milhares de contos em PIDDAC e que foi feito justamente quando só lá tinha uns 20 mil euros atribuídos. Esta é uma prova prática da relevância do PIDDAC", afirmou o autarca. Por isso, sustentou, "este documento do Orçamento de Estado não faz nenhum sentido e não se justifica".
Os dois autarcas transmontanos sustentam que há programas alternativos para obras de maior relevância e frisam, pela sua experiência de anos frente às autarquias, que "constar do PIDDAC não é sinónimo de concretização. O PIDDAC é só uma arma de arremesso político", diz o socialista Artur Pimentel.
Os dois autarcas transmontanos sustentam que há programas alternativos para obras de maior relevância e frisam, pela sua experiência de anos frente às autarquias, que "constar do PIDDAC não é sinónimo de concretização. O PIDDAC é só uma arma de arremesso político", diz o socialista Artur Pimentel.
O distrito de Bragança é contemplado no PIDDAC regionalizado do Orçamento de Estado para 2008 com pouco mais de 45 milhões de euros, com metade dos concelhos a não terem qualquer verba atribuída. JN
Seis concelhos do distrito de Bragança ficaram fora do PIDDAC. Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Vinhais e Vila Flor não tiveram qualquer verba inscrita no plano de investimentos. Brigantia
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