quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Daqui e dali... João Lopes de Matos

Respostas

Há dias fiz neste blogue uma série de perguntas. Vou agora começar a dar as minhas respostas.
Pergunta: Queremos ou não que o concelho de Carrazeda persista como autarquia autónoma?
Em princípio, todos queremos que o concelho de Carrazeda permaneça.
Mas o não permanecer não é forçosamente algo de mau.
Nós temos estado ligados a determinadas dignidades que antes davam sentido à nossa existência.
A naturalidade era até há pouco um conceito fundamental. O lugar onde se saía do ventre materno determinava uma ligação a esse lugar afectiva e existencial indestrutível.
A nossa terra era até há pouco o lugar em que tínhamos nascido e gostávamos de dizer que esse lugar tinha isto e aquilo.
Hoje já não é assim: à naturalidade sobrepôs-se a residência. Afinal, nós actualmente somos da terra onde vivemos, por um lado, para não vivermos desenraizados, por outro, porque o local de nascimento (um hospital, em regra) não quer já dizer nada para nós.
Cada vez mais, portanto, a residência é, pois, a ligação válida. Por vezes, a mobilidade é tão grande que nos apetece dizer que somos do lugar em que em cada momento nos encontramos.
Isto impõe uma nova mentalidade: queremos que no lugar em que vivemos haja as soluções adequadas aos problemas.
Mas é claro que as soluções não são iguais em todos os lugares: - há muita gente concentrada, a solução é uma; - há pouca gente e dispersa, a solução é outra.
Já não é uma questão de prestígio haver, por exemplo, uma comarca num sítio. O estado actual da tecnologia e a eficiência dos serviços pode exigir outra solução que, afinal, sirva melhor toda a gente.
Podemos continuar a lutar pela permanência das soluções actualmente existentes mas, mais cedo ou mais tarde, modificando-se os pressupostos técnicos e humanos, hão-de forçosamente surgir novos rumos.
Como pode haver escolas sem alunos, - polidesportivos sem praticantes, - saneamentos sem habitantes?
A pergunta inicial terá, por agora, a seguinte resposta: - Queremos que o concelho permaneça e vamos fazer tudo para isso. Mas se o território vier a não reunir as características que um concelho actualmente deve ter, então ele desaparecerá e isso não será nenhuma tragédia porque os problemas que surgirem serão devidamente equacionados e resolvidos no novo contexto.
João Lopes de Matos

23 comentários:

Anónimo disse...

"Meu Deus, será isto uma manobra da oposição?" - Autarca envelhecido.

Anónimo disse...

e nessa nova circunscricao admnistrativa, que papel teriam os baroes: senhor das selores e professor doutor hélder rodrigues?

AL

Hélder Rodrigues disse...

Tenho a certeza absoluta de que o papel mais importante no desiderato aqui apontado, caberia, por inteiro, ao (an)tonho lopes deste estulto comentário, tal como a outros tonhos da freguesia que não têm onde cair mortos se, um dia, se lhes esboroa o manancial autárquico que os tem alimentado; à boca e ao pobre ego...

h. r.

Anónimo disse...

É bem certo que os (an)tonhos lopes nao teem a sua moral elevada. O professor doutor fala dos que nao teem onde cair mortos se lhes esbroa o manancial autárquico que os tem alimentado: mas não foi o professor doutor que chegou a casa de gatas e ou que o escrveu, de tanto andar a pedinchar entrar nas listas do eu génio, nas ultimas eleicoes? Voce ate virava logo a casaca para ser alimentado igual aos que por mor critica no desideratto.

AL

Hélder Rodrigues disse...

Quem costuma chegar a casa de gatas e pedir ao chefe (de coisa nenhuma) para pertencer ao rebanho com medo de lhes faltar o pão no fim do mês, são estes tonhos que nem escrever sabem... Entretanto, não entendo o porquê do tratamento honorífico que este tonho me dedica. porque será? Tem alguma dor? Dê a cara e explique, pois tenho absoluta consciência de que nunca fiz mal a ninguém. Bem pelo contrário, como tem sido reconhecido por muito boa gente (gente civilizada, claro) desta tão ilustre terra que também é minha há mais de trinta anos. Não será, pois, um tonho qualquer, refugiado cobardemente no anonimato, que poderá por em causa os valores que defendo em prol de Carrazeda! De resto, não vou alimentar mais conversa com tonhos destes, pelo que, pode continuar a vomitar aquilo que o alimenta...

h. r.

Anónimo disse...

Este h. r. é o cúmulo da insolência!!!!!!!!!!!

laranjinha

Anónimo disse...

essa do professor dr. pegou de estaca; e se mal escrevemos muitos a este dr. o devemos e ao diploma de ferias, feriados e faltas; quanto a ter dor o A.., ela nunca sera tao grande como a deste professor dr. que colou na testa o titulo, quando agrediu um verdadeiro professor doutor, filho da terra: o GIL, cobardemente, usando o nome de professora doutora Maria Limao, pseudonimo á altura da sua eminencia parda; este h. r. julga-se superior a tudo e a todos; mas é natural: é tao pequenino.
luisa b.

Anónimo disse...

Eu até gostava do professor Hélder Rodrigues. Só que dá uma má imagem do que é ser professor. Só vem para aqui HUMILHAR OS OUTROS. Já aconteceu com tantos. Com o meu amigo Carlos Fernandes, igual. O senhor professor esquece que se fosse eleito pelo PS era um dos chefes das pessoas a quem chama nomes lindos: de estulto para arriba. Tenha um cibinho mais de civilização e contenção na arrogância.UMA FILHA DA TERRA.

Anónimo disse...

Esqueçam certas coisas e certas pessoas(as suas virtudes e os seus defeitos). Fixem a vossa atenção nos assuntos que estão a ser discutidos. Doutro modo, nunca mais os blogues terão qualquer utilidade e nunca mais serão um forum de debate de ideias. Tentem, talvez valha a pena, centrar a vossa atenção no que está em discussão. Não é que tenham de ser muito sérios. Podemos brincar. Por exemplo, acho bem que H.R. seja denominado por Prof. Dr., porque ele, primeiro, foi professor do ensino básico(daí o Prof.) e, depois, se licenciou e é costume tratar os licenciados por Dr.. Se me tratarem a mim por careca, eu não me importo, porque não posso deixar de assumir essa evidência . Mas se o fizerem várias e repetidas vezes, como as crianças costumam fazer-me, já fico um tanto aborrecido. Ouvir - careca, careca, careca… cansa. Já cansaram também o citado Professor Doutor porque o disseram muitas e repetidas vezes. Pessoalmente, reconheço-lhe(ao Professor Doutor) certas qualidades( de bem escrever, de erudição, de imaginação…). Terá cometido alguns erros, mas isso já passou. E a mim o que me interessa é a discussão(ainda que um tanto a brincar) dos problemas que se põem. Mantenhamos alguma decência e alguma elegância e esqueçamo-nos(ou passemos por cima) de ninharias ou rivalidades toscas. O Prof. Dr. já vai passando e nós também com ele e vamos ao que interessa.

Hélder Rodrigues disse...

Esclarecimento público:

Em relação ao prof. dr., gostaria que alguém dissesse aqui quantas vezes viram escrito ou me tenham ouvido alardear e exigir esse tratamento. Nunca o fiz nem faria, por o considerar, simplesmente, ridículo. As pessoas, normalmente, tratam-me pelo nome ou por prof., o que é perfeitamente normal num meio social tão pequeno com este. Nunca ninguém me tratou por prof. dr. nos contactos pessoais que temos no dia a dia, o que me leva a concluir que só por mesquinhez e maldade (política?) o fazem sob anonimato. Também me acusam de insolente e de querer humilhar os outros. Nada mais errado. Como poderia eu ousar humilhar os outros, se não me sinto (em sentido lato) superior nem inferior a ninguém? Todos somos humanamente iguais. Eu apenas me tenho limitado a responder (se calhar erradamente, pois seria mais sensato desprezar) a algumas tentativas de humilhação e ataques pessoais que, sem qualquer fundamento, me têm dirigido. Ora, eu tenho absoluta consciência de que não faço mal a ninguém. Quem me conhece, sabe que sou pessoa de paz, respeitador e amigo de toda a gente, seja qual for a raça, o credo ou a ideologia política (porque só essa é a forma correcta de estarmos na vida).
Como não pretendo alimentar mais o lamentável acto de cobardia a que tenho sido sujeito da parte de alguns, que ao agirem assim, fazem baixar assustadoramente o nível que se pretenderia para este (ou outro qualquer) blogue, é com muita pena e, porque não, com sentimento de revolta, que vou deixar de participar neste blogue, obrigando-me, por isso, a apresentar as minhas sinceras desculpas ao seu administrador (pessoa que muito respeito e aprecio), ao sr. dr. João Lopes de Matos e a tantos outros amigos com quem tenho convivido amigavelmente neste espaço.
Um abraço para todos.

HÉLDER RODRIGUES

Anónimo disse...

Mas caro amigo Profº HR existe muitas Gente a ter essa ideia sobre V. Ex.ª e não só, sobre outros intelectuias Carrazedenses acontece o mesmo.
Será que não está na hora de reconhecerem de uma vez por todas que as Gentes deste Concelho não querem nada com V.Exª.s?

O preguiçoso não lavra no tempo
da sementeira:
no tempo da colheita, procura, mas
nada encontra.

É isto meu amigo que tem acontecido a V. Ex.ª e muitos outros, se não sabem semear como podem colher?

António Lopes

RuiCMartins disse...

Todos sentimos por vezes a tentação de discutir assuntos que acabam por desvirtuar a discussão inicial proposta.

Porém, os ataques e as quezílias pessoais em nada enriquecem a discussão, não trazem ideias novas e apenas azedam o ambiente de troca de opiniões que se pretende seja saudável, livre, respeitador do pensamento, do valor e posições de cada um.

Todas as ideias e opiniões são válidas e bem vindas.

Sejam de Hélder Rodrigues, de António Lopes, de João Lopes de Matos, de qualquer pessoa que pretenda manter o seu anonimato, ou de qualquer outro.

No entanto, pretende-se discutir política, cultura, desporto, saúde e todos os assuntos que tenham como razão Carrazeda de Ansiães. Só assim conseguiremos retirar qualquer ideia positiva, ter um espírito crítico e aberto, sem que ninguém se arrogue o direito de pretender falar pelos demais ou querer forçosamente impor suas ideias aos outros.
Por isso, espero que todos continuem a colaborar neste blogue, para que continue a enriquecer-se este espaço que se pretende seja de liberdade, com responsabilidade.
RuiCMartins

vitorino almeida ventura disse...

A julgar pelos comentários, dir-se-ia que estávamos a assistir a um debate sobre telhados de vidro... Penso que é altura de toda a gente se dar ao maior respeito, não atirando segundas e terceiras pedras.

E eu até poderia arremessá-las como muitos — pois também fui vítima das pancadinhas nas costas da saudosa Maria Limão, mas depois (fosse quem fosse) pediu-me desculpa... E o caso, para mim, ficou encerrado.



Embora não tenha a ‹‹douta opinião›› dos ‹‹barões›› assinalados — e não havendo a certeza da identidade do ‹‹senhor das Selores››, personagem criada por João Lopes de Matos numa Epístola... —, sempre me cumpre dizer que João Lopes de Matos é, sem dúvida, um profeta da (des)graça. (Talvez seja, por isso, que todos se ponham a stressar... Digo: aqui, a deitar-se no sofá do psicanalista). Não só prevê — claramente prevista — a morte das Juntas de Freguesia, como já integra o concelho num outro mais vasto. Não sei se com sede em Mirandela, o que o governo já está a fazer com a deslocalização das urgências locais... Com as escolas... João Lopes de Matos é, pois, um profeta de uma des_

graça — mais do que anunciada. É já aí o apocalipse: ou, num eufemismo, a regionalização — com poderes em regiões administrativas tão-só (sem juntas e câmaras).... No deserto.

vitorino almeida ventura

vitorino almeida ventura disse...

Errata: Talvez seja, por isso, que todos se p�em a stressar...

Anónimo disse...

Sou supersticioso, confesso. Tenho sempre medo que o nº.13 me dê azar.
Aconteceu agora. VAV explicita mais do que aquilo que eu quero explicitar.
Os outros que tirem conclusões, num pensamento ainda não inteiramente consciente. Mas VAV não é homem de meias palavras. Não só volta a falar(o que não devia) na famigerada Maria Limão como me põe a dizer coisas que eu não disse. Grande malandro. - O comentário 13 é para esquecer.

Anónimo disse...

Na minha modesta opinião o prof. H.R. até porque foi meu prof não merece a injustiça cometida por gente dita da terra, pois por exemplo todos os seus alunos o adoravam, agora se as pessoas não conseguem fazer uma distinção entre as lides partidárias e as vidas profissionais, só prova que são pequeninas e mesquinhas (como é hábito em carrazeda). Só apoio a decisão do prof H.R. em deixar de escrever e contribuir para o blog, pois se uma pessoa não pode exprimir as suas ideias não vale a pena ser enxovalhado publicamente por pessoas que não tem consideração pelas pessoas e só vêem neste caso laranja à frente, talvez porque o seu ganha pão depende disso, ao contrário de outros...
Tenho dito.

Anónimo disse...

ALJCP

«...Sem saber que eu apreciava as pétalas caídas que davam particular beleza ao jardim, alguém teve a gentileza de varrê-las.
...É preciso sabedoria para adequar as acções às pessoas com as quais se lida.» Masararu Taniguchi


"Um homem só pode identificar um conhecimento e utilizá-lo para si mesmo quando seu próprio estado de consciência for adequado a esse nível de conhecimento." Thorwald Dethlefsen


Alzira Lima de Jesus Castro Pinto

Anónimo disse...

As pessoas, cujos escritos tenho mais dificuldade em entender, são VAV e ALJCP, o primeiro porque a sua linguagem é densa e fora dos cânones comuns, a segunda porque a linguagem que usa é metafórica, filosófica ou poética.
É-me muito difícil decifrar os pensamentos expressos por ALJCP no comentário anterior.
Um pensamento quererá dizer que há falas diferentes conforme as pessoas com quem lidamos?
O outro pensamento pretende transmitir-nos que uma pessoa só interioriza uma ideia quando essa ideia e a pessoa constituem uma mesma natureza?
E como combina isso com o que vem de trás?
Difícil, muito difícil.

Anónimo disse...

João Lopes de Matos, por favor, não me ponha num limbo... Eu nunca defendi para mim a auto-exclusão de que estou além, nem quero excluir os outros... Acho que todos somos poucos e gosto de ouvir as diferenças, o outro lado dos nãos. Sem o Rui C Martins, sem o João Lopes de Matos, sem a Alzira, sem o Helder Carvalho, sem o Alexandre Quinteiro, sem o Quim Zé Ribeiro, sem o Jota, sem o Rui Samões, sem o Milton... Etc. Etc.
Sem humor como seria?
Sem alguém que polemizasse, como?

A primeira citação de Alzira Lima é lindíssima: que temos de sentir o lugar do Outro, na comunicação. Para o não ofender, mesmo não julgando que.

A segunda não tem nada a ver, mas podia com... Se a minha linguagem a diz agora densa, há bem pouco a disse explícita... Prefiro que não use um absoluto. Assim já aceito.

vitorino almeida ventura

Anónimo disse...

Acabar com o Concelho é talvez uma boa ideia.
Poupavam-se uns euros em vencimentos ... e como só têm feito asneira ... mais uma razão.
Já agora podíamos juntar-nos a Moncorvo ou Vila Flor, porque não?
Ficava um Concelho maior, mas temos um problema!
Quem fica com a nossa dívida?
Assim quem nos quer?

Rodrigo

Anónimo disse...

Então deve-se acabar com um Concelho que foi fundado antes da Nacionalidade?

Meu caros amigos devem ler mais um pouco, e sobre a História do Concelho de Carrazeda de Ansiães...

Já agora também os últimos Censos, onde Vila Flor aparece com menos 52 habitantes que Carrazeda de Ansiães, pelo menos aqui ainda estamos à frente.

Deixem-se de hipocrisias, e lutem por ideias válidas, principalmente lutem por este Concelho.

Sempre Carrazedense.

Manuel Pinto

Anónimo disse...

Para mim o desenvolvimento de qualquer terra não está tanto nas suas grandiosas construções, eventos e outros, mas mais na urbanidade, respeito pelo outro e pela sua forma de pensar, educação, correcção e civismo da sua gente nas sua relações interpessoais.
Assim sendo, como pode Carrazeda progredir, desenvolver-se, quando tem no seu seio pessoas de jaez tão soez, como acabam de demonstrar alguns dos escritos que acabei de ler? Se teimarem em continuar, obstinadamente, por esta via todos perderão e desprestigiarão a própria terra, Carrazeda. Tenho pena que isso suceda, porque Carrazeda é uma terra onde o moderno se casa bem com o antigo, sem que se tenha adulterado a genuinidade dos seus usos, costumes e traça arquitectónica.Por favor saibam respeitar-se, pois se o fizerem prestigiar-se-ão e à prória terra.

Anónimo disse...

Certeza!

Por baixo do céu
A vida arranha…

Caímos.

Vamos promover a atitude positiva???
Afinal, acabaremos todos, um dia, por caír...por baixo do céu...para dentro da terra.


Alzira Lima de Jesus Castro Pinto