segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Daqui e dali... Vitorino Almeida Ventura

Hélder de Carvalho e o surrealismo

Estava outro dia a folhear Apenas uma Narrativa de António Pedro e nem pensei no alinhamento do poeta com o regime salazarista. Vi que o livro estava dedicado a Aquilino Ribeiro e esta moralidade ainda muito viva:
"Era tão verdade que ainda não tinha acontecido".
Não era assim, numa concepção puramente ficcional, que todos deviam ler As Mentiras Verrinosas de Hélder de Carvalho e não tratá-las como se fossem notícia? O problema é que os cenários criados por ele são assumidos como factos — na tradição do Expresso, 2º Marcelo Rebelo de Sousa... —, e, não como no romance surrealista, onde tudo se joga na imaginação.

vitorino almeida ventura

6 comentários:

vitorino almeida ventura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
vitorino almeida ventura disse...

Se fosse hoje a escrever este texto, poderia também falar nas virtudes da sátira do meu bom amigo Hélder de Carvalho, pelos seus efeitos moralizantes, digo: reformadores... De quem muito ama a Terra, porque nela está implicado. O jogo é um acto muito-muito sério.

Já a auto-paródia, de outro dos meus amigos, João Lopes de Matos, fá-lo levitar sobre... Joga-se na pura diversão, em passatempo. Aqui, tudo (se) passa... De não se levar mesmo nada a sério.

vitorino almeida ventura disse...

Digo: De não se levar mesmo nada-nada a sério.

Anónimo disse...

Acho que acertou numa parte muito substancial de mim e da minha postura perante as coisas e o próprio mundo.Tenho bem a noção da minha(nossa) insignificância e, por isso, não me(nos) levo nada-nada a sério. Além disso, levar a vida a brincar(com um sorriso, se quizer)é uma óptima maneira de marcarmos a passagem por este mundo.

Anónimo disse...

De facto o sorriso com que brinda os seus interlocutores,(jlm) demonstra a sua boa f� na caminhadada da vida, manifestando com naturalidade, a autenticidade que cada um de n�s n�o desdenharia possuir.
Mesmo a ousadia, que n�o precisava de lhe ser reconhecida, ao interpelar a sociedade sobre os mais variados temas, demonstra apre�o e estima, mesmo pelos que por vezes o tentam depreciar.
Com respeito - Carlos Fernandes-Pombal

Anónimo disse...

A vida tem de ser vivida com optimismo, amizade e respeito pelos outros e por nós próprios.Por isso, JLM está certo e demonstra, efectivamente, ter muito apreço e estima por todo o ser humano, o que aliás evidencia de forma bem nítida nos seus escritos. E, no nosso quotidiano, o importante é isso, respeitarmos e amarmos o outro, os outros.