terça-feira, 17 de junho de 2008

Médicos/Bragança: Sub-região colmata saída de espanhóis com diversas nacionalidades

A sub-região de Saúde de Bragança tem conseguido suprir a perda de médico espanhóis com a contratação de clínicos de diversas nacionalidades, como brasileiros, do Leste Europeu e dos PALOP, disse hoje à Lusa a responsável.

De acordo com a coordenadora Berta Nunes, esta região tem sentido o fluxo de regresso dos médicos espanhóis ao país de origem, perdendo nos últimos dois anos metade dos 14 que prestavam serviço nos centros de saúde.
Porém, garantiu que este Distrito continua a ser dos poucos do país com a cobertura total de médico de família para os cerca de 150 mil utentes dos 12 centros e saúde.
"Temos conseguido substituir os médicos espanhóis por alguns internos portugueses que acabam o internato e ficam na região, por médicos de Leste, brasileiros e dois dos PALOP (africanos)", disse.

Dos cerca de 100 médicos de família a exercerem no Nordeste Transmontano, 14 eram espanhóis, a maior parte das regiões de Galiza e Castela e Leão, que escolheram Portugal para fazer o internato e integravam os quadros da sub-região.
Nos últimos dois anos, sete médios espanhóis foram embora, um casal deixou o centro de Saúde de Carrazeda de Ansiães, duas medicas o de Vinhais, um médico o de Miranda do Douro, outro o de Alfândega da Fé e outro ainda o de Mogadouro.
Estas partidas obrigaram, segundo a coordenadora da sub-região de Saúde, a uma sobrecarga temporário dos restantes médicos, que tem sido minimizada com as novas contratações.
Apesar de garantir que tem sido possível colmatar a saída dos espanhóis, Berta Nunes reconhece que "seria mais complicado" se os restantes sete médicos resolvessem também regressar a Espanha.
Segundo a coordenadora, este fluxo de regresso dos médicos espanhóis nota-se também quando abrem concurso para o preenchimento de vagas.
"Desde há dois anos que já não concorrem praticamente espanhóis", afirmou.
Depois da falta de oportunidades, que fez obrigou muitos médicos espanhóis a procurarem as regiões fronteiriças portuguesas, o Serviço Nacional de Saúde de Espanha está agora a oferecer mais propostas de emprego e melhores remunerações que as portuguesas.
Berta Nunes está convencida que os salários não são, no entanto, a principal razão do regresso dos médicos espanhóis, mas sobretudo questões familiares . RTP

6 comentários:

mario carvalho disse...

só espero que não sejam tipo

" cirurgiâo dentista" com cursoa de 2 anos por correspondencia...

para trás os montes tudo serve.. é para acabar e quanto mais depressa melhor

J.R disse...

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Anónimo disse...

Porque não deixaram que os jovens portugueses, que quisessem, entrassem para Medicina? Porquê é que o numero clausus só se aplicou ao curso de Medicina? É estranho, não é? Defesa dos interesses só de média dúzia, ainda que se prejudiquem, desacautelem e ponham em perigo o atendimento e prestação de cuidados médicos de toda uma numerosa população, como é o caso.Tantos jovens, que poderiam ser, por certo, uns bons médicos, tiveram de enveredar por outra áreas, porque não conseguiram ter as famigeradas notas exigidas para se lá entrar. Não poderia ter-se usado um sistema mais transparente e equitativo, como se utiliza noutros países mais evoluídos do que o nosso? Enfim, é o país que temos. Agora sujeitamo-nos a ser tratados por pessoas com formação médica duvidosa..... Agora serve tudo. Parece que no interior não existem seres humanos!...

Anónimo disse...

O problema é o número vagas existentes, a nota de entrada é uma consequência. Assim se houver 300 vagas entram os que tiverem melhor nota. Se no curso referido tiver mais candidatos que vagas, vão ser inflacionadas as notas de acesso e assim são seleccionados em função da sua nota final. De igual modo se um curso tiver mais vagas que candidatos a nota de acesso pode ser a nota mínima de entrada.
São estas as regras quer se aceite ou não.
Esta situação leva à necessidade de mais profissionais, e a carência ainda não está no seu auge, a crise vai começar a ter repercussões mais intensas dentro de sete a dez anos, pelo menos assim mostram os estudos efectuados, a meu ver e pelo atrás exposto, o número de vagas devia ser aumentado com vista a colmatar ou minimizar este problema. Haja vontade política e muitos governos, e de várias cores, tomaram conhecimento e nada fizeram, esta é a realidade nua e crua.
Continuamos a deixar (sem alertar) os nossos jovens terminarem cursos cujo mercado de trabalho está esgotado obrigando a aumentar o desemprego ou a emigração.
Sabre07

Anónimo disse...

Ainda este ano abriu a nova Faculdade de Medicina em Braga que comportará cerca 100 alunos. O problema é que só agora é que se está a fazer alguma coisa e um médico demora alguns anos a formar. Mas mais vale tarde do que nunca.

mario carvalho disse...

só que os médicos escasseiam não só no interior mas também no litoral por isso quando se formarem não vêm para interior tendo vagas noutros lados

um cirurgião sem experiencia terá 6 anos de licenciatura mais 5 (pelo menos ) de especialidade