Chama-se Humberto Coelho mas não é craque da bola, como foi o homónimo do Benfica. É padre. Responsável por 16 paróquias no concelho de Carrazeda de Ansiães. Com 30 anos e ar juvenil consegue, sobretudo, a empatia dos mais novos. E por isso se orgulha de contar com 41 acólitos - é o que tem mais em toda a diocese de Bragança - 16 dos quais na aldeia da Fontelonga, onde vive.O padre Humberto não faz milagres, mas reconhece que trabalhar num meio pequeno é mais compensador. A todos os níveis. Em afecto e em reconhecimento, sobretudo. No que dá e no que recebe. "Quando alguém faz anos mando-lhe sempre um postal. Se alguém adoece, visito-o. Percorro a aldeia todas as manhãs", revela. O povo agradece. Da forma que sabe e pode por exemplo, pagando a côngrua de forma espontânea. Raramente alguém se furta à obrigação. Poucos padres poderão dizer o mesmo.
Enquanto os mais velhos lhe reconhecem a dedicação, nos mais novos encontra o maior desafio torná-los católicos praticantes. O número de acólitos é uma evidência. "Não há receita especial. Talvez a forma como estou e falo com eles. Entendemo-nos". Humberto Coelho tirou-lhes da cabeça a ideia feita e enraizada de que "a missa é uma seca". E substituiu-a, com aparente sucesso, por uma convicção: "a Igreja precisa de vós para marcar a diferença".
Partilhar ideias e projectos
Sem tinta mas com palavras, firmou-se uma espécie de acordo de cavalheiros. Preconiza que o padre está com eles, a conversar ou a praticar desporto, quando é preciso, mas eles também têm de estar com o padre quando este necessita. "E têm cumprido", confessa. Como se gere este grupo? "Há regras. Digo-lhes que para a celebração da missa basta um sacerdote, pão e vinho. Que só são precisos se se portarem bem. Eles percebem isso". Os acólitos servem o altar, organizam as procissões de entrada em cada celebração de missa, mantêm o Turíbulo aceso, entre outras tarefas.
Não duvida de que os jovens das suas paróquias se identificam com ele. Na sua opinião, é a falta de identificação com o seu pároco que também tem contribuído para alargar o fosso entre a Igreja e os cidadãos, com o consequente aumento do número de não praticantes. Daí que a mensagem passada recentemente pelo Papa Bento XVI aos bispos de Portugal seja "oportuna", no sentido de aproximar a Igreja da comunidade.
O padre Humberto entende, porém, que o recado também serve para os leigos. "Para que participem mais". Mas isto não quer dizer, opina, "que haja padres que queiram fazer tudo e leigos que queiram ser padres". O mais importante será, portanto, "trabalhar em comunhão, partilhar ideias e projectos", para que o ditado popular "Padre da aldeia que cante e que leia", não assente como uma luva na maior parte dos párocos. Texto e foto: Eduardo Pinto, JN
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19 comentários:
Reconheço que o sr. Padre Humberto Coelho é uma pessoa fora de série. Educado, delicado, aberto, simples, o sr. Padre faz a diferença.Parece-me desenvolver um papel muito importante na Igreja e na sociedade.Continue.
Boa Padre Humberto!
Não ficou à espera, foi de encontro a;
Excelente exemplo.
Continue.
Ainda hei de perceber isso dos comentários eliminados... censura?!
Enfim..
Parabens ao padre Humberto pela pessoa que é. Abraço
"Abraço", peço desculpa pela observação, mas, tirando a parte a referir-se ao dito, parece me a mesma maneira de escrever.
PS: Os comentários eleminados, não continham linguagem despropositada e continham argumentos para sustentar, não percebo o porque de terem sido eleminados.
Será por ser outra opinião?
Efectivamente está errado!
Defender a liberdade de expressão, falando de pessoas individualizadas num espaço público, não se identificando claramente, não é correcto.
Claro que tem o direito a ter as suas opiniões que podem ser divergentes das outras.
No entanto, todas essas opiniões devem respeitar e não insultar, muito menos quando o faz através da capa do anonimato.
Porque é que o(a) senhor(a) "liberdade de expressão" não faz essa crítica tão acutilante e insultuosa directamente com a pessoa visada? Porque também não é correcto?!
"Porque é que o(a) senhor(a) "liberdade de expressão" não faz essa crítica tão acutilante e insultuosa directamente com a pessoa visada? Porque também não é correcto?!"
Porque nem sequer sei o que continham os comentários eliminados. Nem sequer pude formar opinião sobre o seu conteúdo, e é isso que acho mal. Mas tudo bem...
...agora fiquei curioso com os comentarios "censurados" será que continham alguma mensagem ou historia escondida por detras de tanta bondade demonstrada por esse pastor do rebanho de deus...
O que é que traz de novo e positivo para a discussão de ideias que se quer livre e responsável sabermos que A ou B usa o telemóvel X ou Y, usa esta ou aquela marca de roupa e dá passeios para aqui ou para ali?
Esses A e B e X e Y servem para demonstrar outro 'padre'.
Duvido que ele veja esta discusão. ()
Talvez esses exemplos demonstrem algo que vai para além deste artigo.
Se puder acrescentar algo de positivo ao assunto,pois aqui vai;-
Apenas conhe�o o padre Humberto quando fui de V.Flor,� Beira Grande, assistir � missa de 7� dia duma grande amiga falecida.
Se porventura estivesse sonolento ou distante,depressa acordaria,porque gostei muito da mensagem e da forma como foi transmitida aos presentes na igreja.
N�o recordo bem,todo o conte�do,mas recordo sim a linguagem directa,terrena falando-nos daquilo que fectivamente conhecemos e com que lidamos todos os dias-olhos nos olhos,chamando �s coisas e pessoas pelos nomes.
Fiquei ent�o curioso,em conhec�-lo um pouco mais,mas sem pressa-quando houvesse oportunidade,mas agora que veio a lume este assunto,vou sim tentar completar o"desenho" ainda esbo�o que tenho do padre Humberto.
Mas,ter um relacionamento t�o f�cil com jovens,nos tempos que correm,j� � para mim uma grande qualidade,quanto mais faz�-lo na qualidade de padre.Penso ser bom e essa rela�o deve continuar,numa atitude m�tua,positiva,construtiva,frontal mas leal.
Se assim for s�tem a ganhar especialmente a comunidade.
Um abra�o a todos
Rui Guerra
O primeiro comentário que consta em cima é meu. Não sei se o sr.Padre tem ou não defeitos. Quem os não tem? Continuo,porém, a acreditar que as suas virtudes(que poderão ser defeitos para outros)ultrapassam de longe os defeitos.Desejo mesmo que o sr. Padre desempenhe um papel benéfico à sociedade carrazedense. Quero que tenha êxito na sua missão.
JLMJLM
Nao há muito tempo que conheço o Padre em pareço.
Passados poucos dias de o ter conhecido, passei numa Repartição Pública e ali se falava do novo Padre...
Opinei também que me parecia ser pessoa com uma nova "roupagem", porque também portador de mensagens mais terrenas, directas, objectivas e por isso, entendíveis aos olhos do nosso meio rural.
De pronto uma funcionária me interrompeu e disse: - Sabe o que ele é?
Não sei, respondi!
É UM GRANDE MAL EDUCADO E UM ENORMÍSSIMO PREPOTENTE!
Bom, eu conhecia-o há muito pouco tempo, pelo que não podia, em boa verdade, estar a defender quem não conhecia.
Daí para cá fui observando o referido Senhor Padre e hoje tenho uma opinião mais formada.
Direi por isso que me parece ser um "angariador" de jovens, aproximando-os da Igreja, o que nos dias de hoje já não é mau.
Mau será que os leve ao Estádio da Luz fazendo deles uns viciados em viagens sem IC5, o que pode ser um perigo!
Estou a bricar, como diz o GORDO!
O Senhor Padre parece-me pessoa absolutamente respeitável que fala ao povo do meio da Igreja, com microfone para se fazer ouvir melhor, numa perspectiva de melhor convencimento, num discurso que qualquer dia acabará em diálogo.
Pô-los a rir já consegue e não é nada mau para um povo cinzentão como o nosso.
No entanto deverá ter algum cuidado
ao mexer em política, porque de piadas foleiras estamos todos fartos de ver em televisão, como aquela dos "morcões" aos de Murça!
Também "coagir" para que o povo se confesse ou tome a hóstia, parece-me ser de algum mau gosto!
Eu confesso-me em diálogo com DEUS e encontro-me bem. Tomar a hóstia, embora não sendo viciante, não é Lei deixada escrita por Deus ou por Cristo.
De resto o senhor Padre tem um bom discurso de circunstância, fazendo entender a mensagem da Bíblia. Dá aos crentes o que nas entrelinhas eles não conseguem ler e perceber.
Depois é também um "pedinte" para a Igreja, para obras necessárias. Sempre pede dinheiro sobrante, que esteja "para lá", debaixo do colchão...
Só que, quando se pede dinheiro, as pessoas de princípio riem, mas depois ficam demsiadamente sérias.
Não é assim que se pede dinheiro tendo o fim em vista!
Ele não sobra e o que há é preciso esticá-lo e muito!
É um jovem padre e por isso tem também muito a aprender!
Que Deus o ajude a não ser aquilo que os que não gostam dele, dizem!
Este Padre corta certos comentarios, porque esconde a realidade.
o padre humberto sem duvida que é um pastor que tenta ao maximo juntar o seu rebanho que por algum motivo se encontra separado...
este adora o seu povo e o seu povo também o adora a ele uns mais que outros como em tudo na vida...mas em relação aos acótilos só que lide com ele dia-a-dia cumprindo a su função como acólito percebe a dedicação e o gosto que ele tem em tem muitos e bons acóloitos que se coorelacionam bem entre si e com o seu pároco que em tudo os apoia quando dele precisem...
Boa Tarde.
A minha admiracoa pela padre Humberto nao vem da agora ja de algins anos logo desde que o conheci em carrazeda de ansiaes. Fazia nos falta mais Padres assim na nossa diocese é pena so termos dois assim que interajam com os jovens de uma forma clara e consiga que os façam ver as coisas e que os cativem para a Igreja com a sua boa disposicao e a sua alegria. Obrigado por serem assim Padre Humberto e Padre Eduardo Novo
ola quero dizer que o senhor padre humberto é muito fixe e divertido para toda a gente um grande abraço da acólita liliana Patricia de Parambos
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