Nesta sexta-feira santa como todas as outras, na nossa Câmara Municipal, um milagre aconteceu, do nada surgiram vários pecadores, não os contei, mas há informação que foram muitos. Os que ficaram de penitência foram diligentes na resolução dos imensos problemas da autarquia, não há reclamações pelo serviço prestado e por vozes em surdina, parece que conseguiram diminuir o deficit camarário. Como agradecimento pelo cumprimento integral da pena de forma exemplar, vão ser libertados dos seus pecados para que fiquem em paz nesta quadra natalícia, mas não se esqueçam a reincidirem nos pecados a pena será mais pesada. Sou dos que condeno os faltosos, penso até que denunciar as autoridades era pouco, considero crime público, inscreverem-se em duas caçadas nocturnas, não é crime? Mas condeno igualmente a tolerância, acho de mau gosto contrariar os provérbios, quem não é para comer não é para trabalhar, pelos vistos nesta câmara é o contrário, quem não come tem que trabalhar, ou será que trabalhar dá saúde e o nosso Primeiro só estava a olhar pela saúde dos faltosos? Já os festeiros bem se sabia que não padeciam de doença, pelo apetite que demonstraram. Magoados devem estar os protectores dos animais e os verdes (convite só para maduros) são contra as caçadas e foram apanhados na mesma rede, aprendam quem não tem cão caça com os amigos. Tristes estão os da tolerância do dedometro, porque engordaram não fizeram ginástica nem actualizaram as conversas para o fim-de-semana, que se predispõe a ser longo, haja vontade para tal. Aos trabalhos forçados lembrem-se que foi só um dia em 365, para o ano há mais um. A todos, incluindo os pecadores e como estamos em maré de perdoar, fiquem bem e tenham um Santo Natal.
«...aprendam quem não tem cão caça com os amigos.»
«...aprendam» quem não tem amigos, caça.
A frustração e o desespero manifestam-se em actos acriançados. A imaturidade atrai estes momentos de insanidade: ora vamos lá premiar com trabalho, os que trabalham! Desculpem, mas até tem um certo sentido…
2 comentários:
Folgados ou tolerados
Nesta sexta-feira santa como todas as outras, na nossa Câmara Municipal, um milagre aconteceu, do nada surgiram vários pecadores, não os contei, mas há informação que foram muitos. Os que ficaram de penitência foram diligentes na resolução dos imensos problemas da autarquia, não há reclamações pelo serviço prestado e por vozes em surdina, parece que conseguiram diminuir o deficit camarário. Como agradecimento pelo cumprimento integral da pena de forma exemplar, vão ser libertados dos seus pecados para que fiquem em paz nesta quadra natalícia, mas não se esqueçam a reincidirem nos pecados a pena será mais pesada.
Sou dos que condeno os faltosos, penso até que denunciar as autoridades era pouco, considero crime público, inscreverem-se em duas caçadas nocturnas, não é crime?
Mas condeno igualmente a tolerância, acho de mau gosto contrariar os provérbios, quem não é para comer não é para trabalhar, pelos vistos nesta câmara é o contrário, quem não come tem que trabalhar, ou será que trabalhar dá saúde e o nosso Primeiro só estava a olhar pela saúde dos faltosos? Já os festeiros bem se sabia que não padeciam de doença, pelo apetite que demonstraram.
Magoados devem estar os protectores dos animais e os verdes (convite só para maduros) são contra as caçadas e foram apanhados na mesma rede, aprendam quem não tem cão caça com os amigos.
Tristes estão os da tolerância do dedometro, porque engordaram não fizeram ginástica nem actualizaram as conversas para o fim-de-semana, que se predispõe a ser longo, haja vontade para tal. Aos trabalhos forçados lembrem-se que foi só um dia em 365, para o ano há mais um.
A todos, incluindo os pecadores e como estamos em maré de perdoar, fiquem bem e tenham um Santo Natal.
Uma pequena modificação ao excelente texto:
«...aprendam quem não tem cão caça com os amigos.»
«...aprendam» quem não tem amigos, caça.
A frustração e o desespero manifestam-se em actos acriançados.
A imaturidade atrai estes momentos de insanidade: ora vamos lá premiar com trabalho, os que trabalham!
Desculpem, mas até tem um certo sentido…
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