quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O que se disse...

“Os radicalistas do ambiente só conhecem a palavra restringir, muitas vezes sem conhecerem a realidade no terreno”
Mota Andrade, deputado do Partido Socialista por Bragança na Assembleia da República

10 comentários:

Anónimo disse...

Aqui está um boy, rei do betão, preocupado apenas em eleitoralismos e defender a todo o custo o partido, seja qual for a barbaridade que este queira fazer. Isso leva a afirmações básicas destas. Revela uma falta de bom senso e uma arrogância confrangedora.

Anónimo disse...

Apesar de não gostar do Deputado Mota Andrade e das suas ideoligias, desta vez tem toda a razão.

Jorge Miranda

mario carvalho disse...

in Jornal do Nordeste

SECÇÃO: Informação Regional
Mota Andrade acredita que o Governo vai viabilizar a colocação de aerogeradores nas áreas protegidas

Montesinho terá energia eólica

O Governo não vai abdicar do aproveitamento de energia eólica no Parque Natural de Montesinho (PNM). A garantia é do deputado do PS por Bragança, Mota Andrade, que encara o aproveitamento do vento no PNM como uma questão de interesse nacional.
"Estou certo que o Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho, que será aprovado em Conselho de Ministros, contemplará a possibilidade de aerogeradores e mini-hídricas nas áreas protegidas e estará bem distante daquele que foi apresentado" em consulta pública, considera o parlamentar, que também preside à Federação Distrital de Bragança do PS.
Esta decisão, acrescenta Mota Andrade, será tomada "contra a opinião dos radicalistas do ambiente, que só conhecem a palavra restringir, muitas vezes sem conhecerem a realidade no terreno".
Em matéria de energia eólica, o PS defende uma solução capaz de conciliar os aerogeradores com a conservação na natureza. "Não é, obviamente, plantar toda a serra de Montesinho de aerogeradores, mas um modelo que aproveite minimamente os nossos recursos", salienta o deputado.

"Os radicalistas do ambiente só conhecem a palavra restringir, muitas vezes sem conhecerem a realidade no terreno"

Mota Andrade recorda que o Portugal é altamente dependente em termos energéticos e
tem necessidade de produzir energias limpas, como é o caso da solar, hídrica e eólica. "Seria absurdo continuar a ver os aerogeradores espanhóis a partir da cidade de Bragança e de imensas zonas do PNM, e do nosso lado não existirem. Isso é de um fundamentalismo bacoco", dispara o dirigente .
Mota Andrade defende, igualmente, a barragem das Veiguinhas, alegando que se trata duma infra-estrutura fundamental para garantir o abastecimento de água à capital de distrito. "Tenho para mim que a Natureza também se adapta ao homem, aliás como aconteceu na albufeira do Azibo. Os fundamentalistas do Ambiente é que não querem ver isto", lamenta o parlamentar rosa.

"Desaparece uma linha de caminho de ferro, mas o comboio teve a sua época e o seu tempo"

Numa altura em que se discute o futuro da ferrovia no Nordeste Transmontano, Mota Andrade defende a construção da barragem da Foz do Tua à cota máxima, mesmo que isso sacrifique o comboio. "Esta é a minha posição e isto que fique bem claro: acho que a barragem deve ir para a cota máxima para ser rentável e produzir o máximo de energia possível", sustenta o responsável.
O deputado recorda que "a ferrovia foi uma conquista fabulosa para Bragança há 100 anos", mas "hoje o que é importante são as estradas para reforçar a mobilidade das pessoas e essas estão em marcha".
Aliás, Mota Andrade não esconde que o caminho-de-ferro pode ter os dias contados no distrito de Bragança, caso a barragem comece a produzir a 100 por cento.
"Desaparece uma linha de caminho de ferro, mas o comboio teve a sua época e o seu tempo. Em regiões com pouca gente e uma grande extensão de território a ferrovia não é viável, pois não há passageiros nem mercadorias capazes de rentabilizar o investimento", considera o deputado.
Para o responsável, há que pesar bem os dois pratos da balança. "Se quisermos manter a ferrovia, então não há barragem, pois esta tem que ser feita na Foz do Tua e não pode ser feita 10 km abaixo, nem 10 km acima", alega.


Por: João Campos

mario carvalho disse...

Cito do texto anterior

"Seria absurdo continuar a ver os aerogeradores espanhóis a partir da cidade de Bragança e de imensas zonas do PNM, e do nosso lado não existirem. Isso é de um fundamentalismo bacoco", dispara o dirigente .

Comento :

Assim como é absurdo continuar a ver o nível de vida dos espanhóis, o valor dos impostos dos espanhóis,
por ex o IVA, o preço dos bens essenciais dos espanhóis, o preço dos combustíveis dos espanhóis, a qualidade do ensino dos espanhóis, a qualidade da saude dos espanhóis,
as centrais nucleares dos espanhóis, etc etc etc... e tudo isso deve-se a quê?... à qualidade dos deputados espanhóis e ás suas preocupações na defesa dos seus (das populações e não dos próprios )reais interesses....

mario carvalho disse...

e, continuo a citar:

Para o responsável, há que pesar bem os dois pratos da balança. "Se quisermos manter a ferrovia, então não há barragem, pois esta tem que ser feita na Foz do Tua e não pode ser feita 10 km abaixo, nem 10 km acima", alega.


Pergunto
- Que tipo de fundamentalismo é este?

ou de menino mimado ou quem não é por nós é ... contra nós... será?

mario carvalho disse...

Vale a pena ver

http://douropress.com.sapo.pt/grandereportagem_salamancada.htm

o Prof António Aroso diz.. é uma estupidez encerrar a linha do tua por causa duma barragem....

Daniel Conde disse...

Acho verdadeiramente impressionantes estas declarações de quem pelos brigantinos foi eleito para os representar na Assembleia da República. É tamanha a banalidade e debilidade de visão e de respeito pelo distrito que nos devemos perguntar se queremos que esta seja uma voz dos brigantinos no Poder Central. Começando por chamar de radicalistas e fundamentalistas bacocos aos ambientalistas é verdadeiramente de um trato urbano indicado para uma figura na sua posição; entre isso e o " mierda" proferido num discurso pelo Hugo Chávez, há semelhanças notáveis.



Este deputado que tanto defende a barragem talvez desconheça que o distrito que representa já é o distrito que mais contribui em termos de produção de energia hidroeléctrica para o país: conhece Miranda, Picote, Bemposta, Pocinho, Valeira? E conhece porventura o que lucrou o distrito com essas barragens? Mais estradas e mais turismo, como apregoam os defensores da Barragem do Tua? É absolutamente incrível que venha a público dizer que o comboio foi bom há 100 anos, mas que hoje nada disso importa. Conhece este deputado as políticas da União Europeia no que aos caminhos-de-ferro dizem respeito, nomeadamente quando o considera o transporte do futuro? A incongruência de apontar a dependência de Portugal energeticamente afirmando depois que o futuro passa pelas estradas é notório: o comboio é o único meio de transporte que pode usar combustível nacional e não poluente: a electricidade. Não senhor deputado, o comboio não teve o seu tempo; o tempo do comboio é agora, mais que nunca. Nem os argumentos que aponta para o seu fim são válidos; que o diga a Linha do Douro, que por metade do preço de 1Km da nova CRIL, que terá por km um preço de 25 milhões de euros, serão reabertos 28Km de via-férrea, reatando a ligação ferroviária com a Espanha, erradamente suspensa desde 1985.



A mobilidade das pessoas só sairá verdadeiramente reforçada se com as estradas houver um reforço dos transportes públicos. Senão, como irá a zona com mais idosos do país e a segunda NUTS III do Norte em termos de população matriculada no Ensino Superior, movimentar-se? Projectam-se carros a bom preço e carta vitalícia para os brigantinos? O mesmo se passa com os projectos de ciclovias no leito da Linha do Tua e do Sabor; vão os idosos a uma consulta e os novos à escola melhor de bicicleta pelas ciclovias do que iriam de comboio? Eu faço BTT em Vinhais e não preciso de ciclovias, e faltam-me transportes articulados para ir de Lisboa a Vinhais.



Gerar energia sim, mas não à custa dos brigantinos. Estradas já se prometem há décadas, e nem as vias-rápidas estão concluídas. A barragem da Foz do Tua não vai gerar postos de trabalho: as barragens do Douro são controladas a partir da Barragem de Bagaúste; não vai trazer turismo: não há acessos às escarpas do Tua; matar o comboio e/ou a sua ligação à Linha do Douro: serão menos 20.000 turistas por ano pelos padrões actuais, e quando a Linha do Douro reabrir serão muitos mais. Muito se fala em produzir energia, e nada se fala em poupá-la. A energia que se desperdiça é tanta que igualam a produção de várias barragens.



Pergunto ao senhor deputado por Bragança Mota Andrade o que conhece ele do distrito de Bragança, pergunta que laconicamente deixou aos "fundamentalistas". Não sou fundamentalista ou ambientalista sequer, mas como brigantino não me revejo nas suas palavras, que se não são "bacocas", nada de positivo ou construtivo vêm lançar sobre o futuro que o distrito merece.

Anónimo disse...

O Senhor deputado Mota Andrade está ficar "passado".
Diz a certa altura que "o Caminho de Ferro foi bom durante 100 anos e que agora, sem pessoas a ocupar o espaço transmontano para movimentar o transporte ferroviário, mais se justificam as barragens"...
Aos anos que o Senhor Deputado faz parte do "BEM BOM POLÍTICO" do País é caso para lhe perguntar o que é que fez realmente para inverter a desertificação humana do interior!?
E neste caso concreto da linha do Tua, este deputado aos costumes, disse nada!
Vou esperar por ele nas próximas campanhas eleitorais para, como simpatizante do PS lhe dizer na cara que há muito deveria ter ficado em casa em vez de se pavonear na AR!
Aqui só vem quando precisa de votos!

Daniel Conde disse...

Se estamos entregues a gente desta estamos muito mal servidos, e, meus senhores, proponho que nos deixemos de "simpatias". Eu sou simpatizante de quem trabalhe e não seja um cretino demagogo vendido sabe-se lá a que argumentos e a troco do quê. Como não tenho visto políticos desses na nossa terra, sugiro veementemente que nas próximas legislativas todo o distrito de Bragança vote NULO para a Assembleia da República, ou então, de futuro, que nunca mais se queixe de andarmos a pôr na casa maior da nossa República indivíduos destes para (não) falarem por nós.

Anónimo disse...

Sr. Daniel Conde:
Nós estamos realmente entregues a gente desta natureza, (qualificativo que empregou relativamente ao Sr. deputado)...
mas posso dizer-lhe, com todo o respeito, que podemos e devemos ser simpatizantes de quem trabalha, mas, independentemente das simpatias políticas, que as deve haver.Deixando de as haver meu caro...
Concordo com o VOTO NULO para acabar com imbecilidades ...