Já há muito tempo que não se via tanta opinião apaixonada, peremptória, sobre uma questão.
As forças começam a ficar entrincheiradas.
Os primeiros a tomarem posições conjuntas fortes, com argumentos definitivos, irrefutáveis, foram os ambientalistas, os verdes, os defensores da manutenção da linha e da envolvência dela.
Do outro lado, por enquanto, aparece, sobressaindo, um deputado da assembleia da república.
Vamos tentar ver para que servirá a manutenção da linha do Tua, que ninguém defende (não sei porquê) que se estenda até Bragança, que constituía o seu término natural: para servir como transporte moderno, limpo (portanto, eléctrico, se possível) justificava-se que servisse todo o nordeste transmontano.
Como ninguém fala nessa hipótese (linha até Bragança), vamos ver se ela se justifica de Mirandela ao Tua e porquê.
Como transporte moderno, rápido, parece que a linha exigiria uma remodelação total para a tornar mais veloz. Claro que essa rapidez deveria ter sequência na linha do Douro. Esta deveria ser até Barca de Alva e, depois, Espanha, totalmente remodelada à semelhança do que já acontece, salvo erro, do Porto a Marco de Canaveses.
Com estas modificações, a linha do Tua (e a do Douro) ficava com óptimas condições para um transporte moderno: limpo, rápido, cómodo, de acordo com o século XXI.
E iria transportar quem?
As populações ribeirinhas do rio Tua até Mirandela (esta incluída). Mas são estas populações em número que justifique o investimento necessário? E os mirandelenses passariam a prescindir da A-4 para optar pelo transporte ferroviário?
As forças começam a ficar entrincheiradas.
Os primeiros a tomarem posições conjuntas fortes, com argumentos definitivos, irrefutáveis, foram os ambientalistas, os verdes, os defensores da manutenção da linha e da envolvência dela.
Do outro lado, por enquanto, aparece, sobressaindo, um deputado da assembleia da república.
Vamos tentar ver para que servirá a manutenção da linha do Tua, que ninguém defende (não sei porquê) que se estenda até Bragança, que constituía o seu término natural: para servir como transporte moderno, limpo (portanto, eléctrico, se possível) justificava-se que servisse todo o nordeste transmontano.
Como ninguém fala nessa hipótese (linha até Bragança), vamos ver se ela se justifica de Mirandela ao Tua e porquê.
Como transporte moderno, rápido, parece que a linha exigiria uma remodelação total para a tornar mais veloz. Claro que essa rapidez deveria ter sequência na linha do Douro. Esta deveria ser até Barca de Alva e, depois, Espanha, totalmente remodelada à semelhança do que já acontece, salvo erro, do Porto a Marco de Canaveses.
Com estas modificações, a linha do Tua (e a do Douro) ficava com óptimas condições para um transporte moderno: limpo, rápido, cómodo, de acordo com o século XXI.
E iria transportar quem?
As populações ribeirinhas do rio Tua até Mirandela (esta incluída). Mas são estas populações em número que justifique o investimento necessário? E os mirandelenses passariam a prescindir da A-4 para optar pelo transporte ferroviário?
Mas há uma outra razão que justifica a manutenção da linha: o turismo.
Neste caso, interessa tornar a linha segura mas dispensam-se as modernices e a velocidade. Convém que o comboio seja lento, para melhor se apreciar a paisagem e, se possível, voltar mesmo às locomotivas a carvão para a sensação do regresso ao passado ser mais completa.
Justificar-se-á a linha só para o turismo? Conseguirá ela produzir directamente (os bilhetes) ou indirectamente (a ocupação dos hotéis e restaurantes de Mirandela e outros no percurso) a receita necessária à sua manutenção?
Claro que a completar esta visão turística estão também os aproveitamentos das caldas de Carlão e S. Lourenço.
Por seu lado, a construção da barragem tem a virtude de produzir energia limpa e proporcionar uma albufeira também aproveitável para fins turísticos. Neste caso, ficaríamos com um pequeno passeio pedonal, pela antiga linha, desde a estação do Tua até à barragem, depois, um passeio de barco até à 1ª estação não inundada e, por fim, um passeio, pelo metro de superfície, até Mirandela. Desapareceriam, neste caso, muita paisagem alagada, as termas (excepto S. Lourenço?) e a linha numa grande extensão.
As coordenadas do problema parece, portanto, estarem delineadas. Há que optar: - Não se pode ter tudo. A vida pessoal ou colectiva é feita disto mesmo: - opções.
Por mim acho que qualquer das soluções (à excepção da primeira) pode ter um aproveitamento razoável: - é preciso é que, após a solução tomada, se procure optimizar a que for escolhida.
Não fiquemos é como estamos: - sem um verdadeiro aproveitamento turístico, sem termas, sem barragem, numa morte lenta que parece que é aquilo que muita gente subliminarmente quer.
Já me esquecia de uma coisa: - é preciso que a solução adoptada dê desenvolvimento e empregos.
E sejamos razoáveis: - Não transformemos tudo em causas pelas quais vale a pena toda a espécie de lutas.
Neste caso, interessa tornar a linha segura mas dispensam-se as modernices e a velocidade. Convém que o comboio seja lento, para melhor se apreciar a paisagem e, se possível, voltar mesmo às locomotivas a carvão para a sensação do regresso ao passado ser mais completa.
Justificar-se-á a linha só para o turismo? Conseguirá ela produzir directamente (os bilhetes) ou indirectamente (a ocupação dos hotéis e restaurantes de Mirandela e outros no percurso) a receita necessária à sua manutenção?
Claro que a completar esta visão turística estão também os aproveitamentos das caldas de Carlão e S. Lourenço.
Por seu lado, a construção da barragem tem a virtude de produzir energia limpa e proporcionar uma albufeira também aproveitável para fins turísticos. Neste caso, ficaríamos com um pequeno passeio pedonal, pela antiga linha, desde a estação do Tua até à barragem, depois, um passeio de barco até à 1ª estação não inundada e, por fim, um passeio, pelo metro de superfície, até Mirandela. Desapareceriam, neste caso, muita paisagem alagada, as termas (excepto S. Lourenço?) e a linha numa grande extensão.
As coordenadas do problema parece, portanto, estarem delineadas. Há que optar: - Não se pode ter tudo. A vida pessoal ou colectiva é feita disto mesmo: - opções.
Por mim acho que qualquer das soluções (à excepção da primeira) pode ter um aproveitamento razoável: - é preciso é que, após a solução tomada, se procure optimizar a que for escolhida.
Não fiquemos é como estamos: - sem um verdadeiro aproveitamento turístico, sem termas, sem barragem, numa morte lenta que parece que é aquilo que muita gente subliminarmente quer.
Já me esquecia de uma coisa: - é preciso que a solução adoptada dê desenvolvimento e empregos.
E sejamos razoáveis: - Não transformemos tudo em causas pelas quais vale a pena toda a espécie de lutas.
João Lopes de Matos
6 comentários:
O meu caro parece não optar, antes apazigua e muito bem.
Eu digo (temo ) o seguinte, porque barragem e linha são impossíveis a não ser que se fizesse uma barragemzinha mas o investimento não o justificaria;
1º Se permanecer a linha tudo continuará como está;
2º Se a barragem for construída perder-se-á a linha e apenas mudará a paisagem porque o aproveitamento deverá ser idêntico ao da bacia do rio Douro que nos corre ali ao lado! ZERO!
Por isso meu caro JML eu até gosto do Sócrates quando diz que dentro das alternativas, há uma que para ele não existe - é ficar tudo como está.
Amigo da terra
Optar por toda a espécie de lutas, também não direi tanto!
No entanto caríssimo Dr. João Lopes de Matos, os ziguezagues do autarca principal do nosso "reino de Ansiães" não motiva esse tipo de comportamento (bem por um lado) e por outro serve de péssimo exemplo para uma saudável tomada de posição junto das Entidades responsáveis e do próprio Governo da República.
Foi homem que nunca soube tomar uma só posição e defendê-la como por exemplo, fez o de Mirandela. Foi sim e sopas ao mesmo tempo!
De tal forma que por tudo o que anteriormente tem sido dito, nos parece tratar-se de uma personalidade que o nosso concelho bem poderia prescindir o mais breve possível.
Sejamos claros. Todos concordamos da infelicidade deste concelho. Uns dizem-no abertamente, outros com mais uns rodeios dizem a mesma coisa...
Já não se trata de dar aqui largas aos interesses partidários. Isto é já um problema de lesa concelho que merece uma resposta puramente INDEPENDENTE!
Em linhadotua.net
Subscrevemos –
· Reabertura imediata do troço Tua - Mirandela , na sua totalidade;
· A melhoria do transporte regional, pela adopção de horários compatíveis com as necessidades dos utilizadores e com a modularidade com outras linhas / transportes;
· A valorização do património ferroviário da Linha, enquanto memória do passado e ponte para o futuro;
· A criação de comboios históricos, incluindo-se nestes uma programação de animação cultural diversificada;
· A reabertura da linha entre Carvalhais e Bragança;
· O regresso de um clima de confiança, pela adopção de meios e práticas de segurança compatíveis com uma linha de montanha.
Solicitávamos o favor de verificar o ponto 5
cumprimentos
mario sales de carvalho
Ps . Penso ser necessário definir uma estratégia .. com objectivos bem definidos e timings e... fazer tudo para a cumprir... com responsabilidade de todos... está na altura de se acabar com os anónimos...
Caro amigo da terra
Cito:
Eu digo (temo ) o seguinte, porque barragem e linha são impossíveis a não ser que se fizesse uma barragemzinha mas o investimento não o justificaria;
1º Se permanecer a linha tudo continuará como está;
2º Se a barragem for construída perder-se-á a linha e apenas mudará a paisagem porque o aproveitamento deverá ser idêntico ao da bacia do rio Douro que nos corre ali ao lado! ZERO!
Por isso meu caro JML eu até gosto do Sócrates quando diz que dentro das alternativas, há uma que para ele não existe - é ficar tudo como está.
Amigo da terra
continuo a citar:
1º Se permanecer a linha tudo continuará como está
.........
2º Se a barragem for construída perder-se-á a linha e apenas mudará a paisagem porque o aproveitamento deverá ser idêntico ao da bacia do rio Douro que nos corre ali ao lado! ZERO!
Caro amigo da terra
Permita-me que discorde um pouco..
não ficará tudo como está....!
Ficamos sem um património considerado único por milhões mas
estupidamente abandonado pela minha geração e políticas tacanhas de politiqueiros corruptos( mas que a próxima geração vai valorizar) .. a linha do tua e o vale do tua.. portanto como diz e muito bem só temos a perder..
Quanto à política que diz admirar..
também infelizmente não posso concordar... destruir tudo, mesmo o que está bem, só para dizer que se fez?!.. Isso é o que se chama política de terra queimada...
mais util seria deitar abaixo a camara de carrazeda, as finanças e tudo o mais e semear milho nesses locais que só poluem e nada produzem.. com o milho produzia-se
combustivel para as pessoas de Lisboa e do Porto poderem continuar a poluir e a viver nos seus "ar condicionado" a verem no canal 2 da Rtp um programa sobre desenvolvimento sustentado.. com bichinhos e autóctenes transmontanos em vias de extinção
um abraço
mario
ps não liguem à falta de pontuação
É preciso é que a solução adoptada não perca nunca de vista a criação de desenvolvimento e, em particular, de empregos. Se não houver empregos não há pessoas e que será do interior sem pessoas?
Quantas contradições?! O que se pretende é mesmo uma política de terra de ninguém. Como se pode construir algo de ~´alido Assim
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